ODES DE SALOMÃO
VIDE Orações
Apócrifos del Antiguo Testamento, Alejandro Díez Macho †, Antonio Piñero Sáenz, tomo III, Ediciones Cristiandad, Madrid, 1982 , 2002 (segunda edición), 613 p., ISBN: 84-7057-323-3.
Odes de Salomão — [OdSl] — por A. Peral e X. Alegre
Contribuição e tradução das páginas 105-106 por Antonio Carneiro
Ode XIII
1. Eis aqui que nosso espelho1 é o Senhor./ Abris os olhos e mirai nele.
2. Conheçais como é vosso rosto / e proclamais a louvação a seu Espirito,
3. limpai a impureza2 de vosso rosto, / amai sua santidade e revestis dela3.
4. E estareis sem defeito junto a Ele em todo tempo. / Aleluia.
Olhando a Deus que é seu espelho (tem consubstancialidade entre Deus e o pneumático), o homem pode descobrir seu rosto (v.2), quer dizer, conhecer-se a si mesmo, descobrir seu verdadeiro ser espiritual e divino que está oculto pela imundice, as manchas da ignorância (OdSl 18, 11.13) e pela escuridão (OdSl 15, 2). Compreende-se melhor a ode tendo em conta seu panorama gnostizante. Em Sb 7, 26 é a Sabedoria quem é o espelho de Deus. ↩
impureza: se aceita-se uma correção do texto (“ syyt’ ” ) proposta por Harris, J.R, e Mingana, A., “The Odes and Psalms of Solomon” (2 vols.; Manchester, 1916 e 1920) e aceita pela maioria dos autores. Harris parece ler “syt’ ” (caçadora), que se fosse a leitura original teria um significado figurado desconhecido para nós. Lattke, M., “Oden Salomos. Text Übersetzung, Kommentar” . Vol.1: OdSl 1-14 (Freiburg/Göttingen, 1999), p.117, propõe ler “sn’ t’ ” (ódio). O meio pelo que nas odes o gnóstico se eleva à Deus, limpa a sujeira de seu rosto, quer dizer, se despoja do que há de carnal nele (OdSl 25, 8) e se reveste da santidade de Deus é a louvação. ↩
NT: Possivelmente cf. J.C.Cooper na página 45 de seu Diccionário de símbolos (ed.GG — Gustavo Gili, Barcelona, 2004, 205 p., ISBN: 84-252-1976-0) no verbete caza/cazador[a] define: “ Morte, participação ativa; desejo; a busca dos objetivos terrenais. O[A] caçador[a] selvagem com sua matilha de cães representa a morte em busca de sua vítima. Ou também pode ser uma alusão a Diana, a caçadora, sincretizada com Artemisa, com tudo que elas representam em suas mitologias. ↩