PÉROLA EVANGÉLICA I
A PÉROLA EVANGÉLICA — LIVRO I
O primeiro livro nos ensina a conhecer Deus, e nós mesmos, a restituir e remeter a sua primeira justiça as forças de nossa alma deformadas e comprometidas. Nos ornar de Fé, Esperança e Caridade, e de outras virtudes, e nos unir com Deus nossa origem, que está dentro de nós presente.
CAPÍTULOS
Do nobre e excelente princípio, do qual originalmente saímos, e ao qual pelos méritos de Jesus Cristo, nosso Salvador e Redentor, devemos retornar
Da criação, e ruína ou queda dos Anjos
Da origem, justiça e queda do homem
De nossa reparação e restauração em nosso primeiro estado, por meio do filho de Deus
Da tripla união na qual a vida supraessencial, iluminativa e ativa são perfeitas
Do ornamento destas três partes
Como devemos desenraizar os vícios, e em seu lugar plantar as virtudes
Como devemos conhecer Deus em nós mesmos
Um certo simples conhecimento ou confissão da Santíssima Trindade
Das forças da alma e de sua operação
Como Deus está dentro de nós
Primeiramente, que são, e onde estão em nós os poderes da alma
Segundo, porque estes poderes são promovidos à alma
Terceiro, os males que incorreram estes poderes
Quarto, por que meio doravante os poderes da alma devem ser retomados e restabelecidos em seu primeiro estado
Quinto, em que eles devem persistir e permanecer sempre
Das cinco utilidades que adquire aquele que cuidadosamente é atento e considera os cinco pontos acima ditos, e se exerce neles
Como devemos perfeitamente morrer em nós mesmos e só viver em Deus
Como a alma busca seu amado nos quatro elementos, o qual ela o encontra dentro de si mesma
Como Deus está dentro de nós, e como somos feitos a sua imagem
Como a alma razoável deve considerar sua nobreza e excelência, e se converter a Deus
Como o Sol divino atrai a si todas as faculdades ou poderes da alma, e os ilumina da luz celeste
Como a alma convertida a Deus é embelezada, e como ela é poluída e infectada pelas criaturas
Como devemos continuamente nos exercer nos quatro fins últimos, pela contínua meditação deles
Algumas mui belas instruções e ensinamento tocando as três virtudes teologais, a saber, Fé, Esperança e Caridade: e primeiramente de quatro espécies de fé que devemos ter em nossa alma
Da firme confiança em Deus, a qual nasce da fé
Como a alma pela esperança é introduzida
Da bem-aventurada esperança, a qual procede da fé
Da divina caridade, a qual procede da Fé e da Esperança
Como a alma deve-se totalmente abandonar em propriedade ao amor divino
De qual maneira devemos converter-nos, e retirar-nos dentro de nós para amar a Deus
Como se deve rejeitar todo temor servil
Como devemos beneficiar no amor
Do temor divino, o qual procede do amor
Da cuidadosa e diligente vigilância de encontro a todas as tentações; oração para impetrar a ajuda divina
Como devemos pôr nosso fundamento na paixão de Jesus Cristo
Que não devemos perturbar-nos em nossa enfermidade
A imagem de Jesus crucificado deve ser o espelho contínuo, no qual temos de nos mirar
Devemos manter um olhar contínuo a este espelho, e nos pôr entre esta divindade e a humanidade muito nobre
A abnegação, o sofrimento, e o nada devem ser todo nosso exercício
Dez pontos que aquele que deseja avançar, e mais agradar a Deus, deve procurar adquirir, aos quais o nada será mais difusamente declarado
Da abnegação ainda, do sofrimento e do amor
Da aniquilação no espírito, na alma e no corpo, para se revestir de Jesus Cristo
De qual maneira devemos unir-nos com Deus, quando queremos orar por nosso próximo
Em nossas obras devemos sempre permanecer simples em Deus
Da mui nobre porção da alma, e como ela permanece sempre em Deus
Da plena e perfeita mortificação de nós mesmos
Como conforme à vida de Jesus Cristo, devemos instituir nossa vida, e habitar em sua Divindade
Devemos observar duas coisas, de medo de ser enganados na consideração ou investigação da Divindade
De que modo a alma deve comportar-se quando da visitação divina, e como ela não deve investigar nenhum deleite exterior nem interior
Como a alma em tuas palavras e em toda extroversão deve comportar-se
Dos dez mandamentos, como devemos exercer-nos neles em espírito, ornar-nos deles e guardá-los escritos em nós
Os dois principais mandamentos nos quais todos os outros estão compreendidos
Dos sete santos sacramentos da Igreja, como nos devemos naqueles nos comportar segundo o espírito
Das oito beatitudes que é preciso exercer no espírito
Como as sete artes liberais devem ser exercidas e postas em prática, segundo as sete palavras que Jesus Cristo disse na Cruz