SÍMBOLOS — LUZ
VIDE: FIAT LUX; PHOS; AOR; RADIAÇÃO
BÍBLIA: LUZ COMO SÍMBOLO BÍBLICO
CRISTOLOGIA
Evangelho de Jesus: Jo 1,4; Jo 1,5; CANDEIA ACESA
Escoto Eriugena: VERDADEIRA LUZ; A LUZ DOS SERES HUMANOS; LUZ NA ESCURIDÃO
QUAKERS: Luz Divina do Cristo; DOUTRINA DA LUZ INTERIOR
A tradição mística, perpetuada pelos Reformadores Espirituais Protestantes, tinha-se tornado difusa na atmosfera religiosa do tempo quando George Fox obteve sua primeira grande “abertura” e conheceu, por experiência direta:
que cada Homem é iluminado pela Luz Divina de Cristo, e eu a via brilhar através de todas as coisas. E aqueles que acreditavam nisso deixaram a Condenação e chegaram à Luz da Vida e novamente tornaram-se crianças; e aqueles que a odiavam e nela não acreditavam foram por ela condenados, embora fizessem a profissão pública de Cristo. Isto eu via na pura Abertura de Luz, sem o auxílio de qualquer homem, pois nem eu sabia onde a encontrar nas Escrituras, embora mais tarde, buscando nas Escrituras, a encontrasse. (Do Journal de Fox)
Gnosticismo: LUZ PARA O GNOSTICISMO
SUFISMO
Algazel: TABERNÁCULO DAS LUZES
Henry Corbin: HOMEM DE LUZ; LUZ VERDE
René Guénon: LUZ OU A MORADA DA IMORTALIDADE; A LUZ E A CHUVA
Frithjof Schuon: O PENSAMENTO: LUZ E PERVERSÃO; VÉU PROVENIENTE DA LUZ
Ananda Coomaraswamy: BELEZA, LUZ E SOM
Jean Tourniac: OS TRAÇADOS DE LUZ
Andre Allard: L’ILLUMINATION DU COEUR
Sobre a Luz Branca existencialmente conhecida no Desvelamento, é preciso entender que a Luz existencial é branca na medida que não desvela ao contemplativo «O Exemplar eterno (Arquétipo) à imagem do qual foi criado», como diz Ruysbroeck, quer dizer o Aspecto «colorido» do qual o contemplativo procede; mas esta Luz é entretanto «colorida» segundo a Clemência misericordiosa ou segundo a Justiça rigorosa, pois tudo isto que Deus criou, o fez por «seu Braço (ou lado) direito que guarda a Vida e a Clemência, por seu Braço (ou lado) esquerdo, que detém a Morte e o Rigor, e pela coluna do Meio, cujo coração é Tipheret, que harmoniza todas as oposições em sua unidade». Não, a princípio, que Deus tenha criado para fazer alternar implacavelmente Clemência e Rigor. Vida e Morte, em um Samsara (devir) submetido à necessidade, quer dizer, no final das contas, ao Rigor. Mas Deus utilizou o Rigor para promulgar leis limitativas, na ausência das quais não teria nenhuma finitude formal, e portanto, nenhuma Criatura; e, até o pecado original que foi transgressão da Lei das leis, o universo criado existia em regime de Clemência, esta recobrindo o Rigor e o tronando inaparente e inofensivo, desde que o homem, criado livre, continuasse a observar a única Lei da qual dependia sua vida.
Contendo nela os dois grandes aspectos de Clemência e de Rigor, a Luz Branca de Deus pode ser conhecida seja em regime de Clemência, seja em regime de Rigor. Logo ela é «colorida» na medida que é recebida como uma bendição ou como uma maldição. O Trono sobre o qual Alá está assentado é chamado «Trono da Clemência» segundo é ensinado que «Minha Misericórdia precede Minha Cólera». Aí onde reina a ordem divina (aos dois sentidos de comando e de harmonia), o Rigor divino não é abolido, mas é «coberto» pela Clemência. O Rigor, ou Justiça, não se manifesta senão aí onde há pecado; aí onde o pecado não é mais, a Clemência absorve o Rigor e a oposição Clemência-Rigor desaparece.