A tradição rabínica considera os profetas Ageu, Zacarias e Malaquias como «elos» na transmissão da Torá oral (Abot do Rabi Nathan, versão I, 1), tal como diz (ib.) que os «Homens da Grande Assembleia», colégio de mestres que teriam assistido ao padre Esdras na aplicação das suas reformas, receberam a Torá oral destes três profetas que teriam feito parte deste organismo do qual o Talmude diz algures (Meg., 17 b) que contava nas suas fileiras «vários profetas». Desta maneira, a tradição quer assegurar a continuidade de uma certa inspiração profética que, mesmo após o dom da profecia ter cessado, estaria perpetuada no ensino oficial. Neste sentido, a autoridade dos mestres e dos «anciãos» é mesmo estimada como ocupando um lugar superior ao dos profetas (cf. B. B., 12 a e j. Ber. I, 7, 3 b). (CTJ)