O ódio não pode ser destruído pelo ódio. O ódio só pode ser destruído pelo amor. Buda
Eis aí, ó monges, a verdade santa sobre a dor: o nascimento é dor, dor é a velhice, a doença é dor, dor é a morte, a união ao que se não ama é dor, dor é a separação do que se ama, não alcançar o que se deseja é dor, numa palavra, dor é o apego às coisas terrestres.
Eis aí, ó monges, a santa verdade sobre a origem da dor: é a sede incessante (da existência), acompanhada pelo prazer e pela cobiça, que sempre turva o prazer: a sede de prazeres, a sede de existência, a sede de poder.
Eis aí, ó monges, a verdade santa sobre a supressão da dor: a extinção daquela sede pelo aniquilamento completo do desejo, banindo o desejo, renunciando a ele, dele se libertando, não lhe dando lugar algum.
Eis aí, ó monges, a santa verdade sobre o caminho que leva à supressão da dor: é o caminho sagrado de oito braços que se chamam: fé pura, pura vontade, linguagem pura, pura ação, meios puros de existência, aplicação pura, pura atenção, meditação pura.
Buda, Sermão de Benares, cit. por Le Senne, Traité de Morale Générale, p. 113.