DYNAMIS = PODER, POTÊNCIA, CAPACIDADE, PRODÍGIO, FORÇA, ATO DE PODER, VIRTUDE, MILAGRE
EVANGELHO DE JESUS: fizemos muitos milagres (dynamis) Mt 7:22; operando os milagres (dynamis)Mt 11:20-23; poderes milagrosos (dynamis) Mt 13:54-58; poderes milagrosos (dynamis) Mt 14:2; poder (dynamis) de Deus Mt 22:29; poderes (dynamis) dos céus Mt 24:29-30; capacidade (dynamis) Mt 25:15 — vide Parábola dos Talentos; poder (dynamis) Mc 5:30 — vide Fluxo de Sangue; milagre (dynamis) Mc 9:39; poder (dynamis) Lc 1:35
Segundo o “Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento”, de Coenen & Brown, a palavra dynamis sugere a capacidade inerente de alguma pessoa ou coisa para realizar algo, seja físico, espiritual, militar ou político. Denota, outrossim, a expressão geralmente espontânea de tal dynamis, exousia, do outro lado, se emprega somente com referência a pessoas. Indica o poder para agir que alguém recebe em virtude da posição que detém. Tal autoridade existe, independentemente de poder ser exercida em determinadas circunstâncias, thronos, “trono”, também é relevante neste contexto. Originalmente significava a sede do governo e depois, igualmente a pessoa que detinha semelhante posição de autoridade ou força.
dynamis, “poder”, “potência”, “força”, “fortaleza”, “habilidade”, “capacidade”, “ato de poder”, “recursos”; dynamai, “ser suficientemente forte”, “poder”; dynastes, “governante”, “soberano”; dynamoo, “fortalecer”; endynamoo, “fortalecer”; dynatos, “poderoso”, “forte”, “potente”, “capaz”; dynateo, “ser forte”, “capaz”, “suficientemente forte”; adynatos, “impotente”, “sem poder”.
No Novo Testamento ocorre 118 vezes com relativa frequência nos escritos de Paulo, excetuando-se 1 Timóteo, Tito e Filemon; não há emprego do substantivo nos escritos de João, nem em Tiago, nem Judas, ocorrendo raras vezes em Paulo o verbo dynamoo e dynateo, mas dynamai, “poder”, ocorre até nos escritos onde não se acha o substantivo., exceto Tito e Filemon.
Nos Evangelhos sinóticos denota o poder de Deus, os “poderes” celestiais, “poder milagroso” (“milagres”) e o “poder” que leva a salvação à sua perfeita conclusão. No Evangelho segundo São João e no Apocalipse, não corre dynamis, mas dynatai. Paulo enfatiza o poder de Deus, reconhecido em Cristo, o Ressuscitado, agora o Glorificado é portador e Mediador deste mesmo poder.
Filosofia
TRADIÇÃO FILOSÓFICA GREGA
Segundo o “Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento”, de Coenen & Brown, origina de dynamai, “eu posso”, “eu sou capaz”. Nos pré-socráticos e médicos do Corpus hipocrático, é uma potência concreta: como no tratado da “Antiga medicina” (c.14), onde é dito que a saúde do corpo depende do temperamento (krasis, isos), as dynameis (os sucos, fluidos, considerados como potências diversas) que são os elementos do metabolismo animal. Platão, aplicando o exemplo médico à retórica (Fedro, 270d), dele faz a capacidade inerente a tal ou tal ser de ação ou de paixão. As dynameis são potências no panteísmo filoniano.
O termo dynamis se acha frequentemente de Homero em diante, com o sentido de “capacidade de realizar”, “força física” e em seguida “força de combate”, “poder político”. Nos tempos helenísticos, a palavra assumiu conotações metafísicas. Posidônio via o princípio da existência numa “força” elementar. Os estoicos consideravam igual a Deus uma “força” criadora que a tudo permeava. Os gnósticos honravam a Deus como Onipotente, e esperavam a redenção dos homens mediante a sua incorporação nos poderes celestiais. Os homens procuravam, mormente através da magia, obter uma participação nos poderes sobrenaturais (Iamblichus); os doentes esperavam que receberiam a cura mediante uma demonstração do poder do deus [wiki base=”pt”]Asclépio ou Esculápio[/wiki].
Versão francesa
Seja o movimento que leva do não-criado — ageneton — ao criado — geneton -, seja uma faculdade da alma, capaz de movimento recíproco do criado ao não-criado.
Renascimento
Juan Luis Vives
Criado o homem para a felicidade eterna, concedeu-se-lhe a faculdade de aspirar o bem, para que deseje a ele unir-se. Esta faculdade chama-se vontade. E como não se pode desejar o que não se conhece, para este fim existe outra faculdade, que se chama inteligência. Ademais, nosso espírito não permanece sempre em um mesmo pensamento, mas passa de uns a outros, pelo que necessita um certo depósito em que, ao se apresentarem os novos, conserve os anteriores como tesouro de coisas agora ausentes, as quais reproduza e tome quando necessário for. O nome desta função é a memória.
Assim, a alma consta de três funções principais, faculdades, ou seja forças, dons e ofícios, ou, segundo outros, potências e partes, não porque tenha alguma parte o que é indivisível, mas porque assim as chamamos pelo ofício e função que desempenham. São aquelas a mente ou inteligência, a vontade e a memória, nas quais se representa a imagem da Trindade, segundo já demonstraram os Santos Padres.
PERENIALISTAS
René Guénon: MANAS
En cuanto a la palabra indriya, significa propiamente “poder”, lo que es también el sentido primero de la palabra “facultad”; pero, por extensión, su significación, como ya lo hemos indicado, comprende a la vez la facultad y su órgano corporal, cuyo conjunto se considera como constituyendo un instrumento, ya sea de conocimiento ( buddhi o jnana, tomándose aquí estos términos en su acepción más amplia ), o ya sea de acción ( karma ), y que se designan así con una sola y misma palabra. Los cinco instrumentos de sensación son: las orejas o el oído ( shrotra ), la piel o el tacto ( twach ), los ojos o la vista ( chakshus ), la lengua o el gusto ( rasana ), la nariz o el olfato ( ghrâna ), que son enumerados así en el orden del desarrollo de los sentidos, que es el de los elementos ( bhutas ) correspondientes; pero, para exponer en detalle esta correspondencia, sería necesario tratar completamente las condiciones de la existencia corporal, lo que no podemos hacer aquí. Los cinco instrumentos de acción son: los órganos de excreción ( pâyu ), los órganos generadores ( upastha ), las manos ( pâni ), los pies ( pâda ) y finalmente la voz o el órgano de la palabra ( vach ) 1, que se enumera el décimo. El manas debe considerarse como el undécimo, que comprende por su propia naturaleza la doble función, puesto que sirve a la vez a la sensación y a la acción, y que, por consiguiente, participa en las propiedades de los unos y de los otros, que centraliza en cierto modo en sí mismo 2.