Chouraqui
1 Ils sont achevés, les ciels, la terre et toute leur milice.
Nothomb
[(Gen 2,1 E foram completadas a Realidade («o céu e a terra) e todo seu exército.)]
«Assim foram completados os céus e a terra e todo seu exército» traduz Segond, segundo à Septuaginta, à Vulgata e toda a tradição. Seja! Mas poucas são as bíblias que têm notas de rodapé consagradas a explicar este versículo o que quer dizer este «exército» atribuído aqui aos céus e à terra. Todo mundo se questiona se não se trata de uma metáfora mas de que? Não importa, parece, é «bíblico», é vago como «o exército dos céus» do NT ou o «Deus dos Exército» do Antigo, no limite isso quer dizer «etc.» e passa-se adiante. A única explicação fornecida, aqui e acolá, é que o «exército» em questão designa todas as criaturas que povoam «os céus e a terra» agora que a Criação está acabada.
O Homem estaria então compreendido neste «exército», seria como os astros e os animais ou as plantas um ornamento dos céus e da terra, um componente destes, subordinado ao universo material que o abrigaria, o alimentaria e que deveria em contrapartida servir? Pois o que é um exército senão um instrumento a serviço de um poder superior, mesmo no caso do exército dos céus, ou exércitos de anjos apocalípticas?
Em outros termos, o Homem Criado à imagem de Deus seria, segundo esta explicação, um simples elemento do cosmo. É exatamente o oposto de toda perspectiva bíblica, na qual o Homem é o ápice e a meta da Criação. Ao final deste relato que o afirma de ponta a ponta, esta contradição flagrante é totalmente inaceitável.
Como estou persuadido que este texto não diz não importa o que, é preciso encontrar uma explicação que sustente este estranho «exército». Mas se se traduz «os céus e a terra», como fiz desde Gen 1,1, por Realidade, aquela que Deus Criou-no-princípio-na-cabeça-do-Homem [Bereshith], não se está longe. Pois esta Realidade, é o conjunto das representações, das formas, das cores, das significações que ao longo dos Seis Dias o Homem, sobre a impulsão divina, pouco a pouco revestiu o «Tohu-Bahu» que o cerca, e dispõe para tal de um instrumento que herdamos, mas se nosso cérebro mortal é sem dúvida infinitamente menos «performante» que o seu. Sim, mesmo na «condição humana» nosso cérebro contém cerca de cem bilhões de «neurônios», um verdadeiro «exército» a serviço disto que chamamos a «realidade». Que seria então daquele que «computava» a Realidade da origem?
Fabre d’Olivet
1 Ainsi, devant s’accomplir en acte, s’accomplirent en puissance et les Cieux et la Terre, et la Loi régulatrice qui devait présider à leurs développements.
LXX
(2:1) και συνετελεσθησαν ο ουρανος και η γη και πας ο κοσμος αυτων
Vulgata
(2:1) igitur perfecti sunt caeli et terra et omnis ornatus eorum