Relato dos Seis Dias: Gn 1,19 – quarto dia

Chouraqui

19 Et c’est un soir et c’est un matin: jour quatrième.

Nothomb

[(Gen 1,19 E houve uma duração completa («uma noite e uma manhã») quarto dia.)]

Com este quarto dia se completa a exposição da Criação do tempo, depois do espaço, enfim da inscrição do tempo no espaço, que constituem como os quadros da Realidade cujo Homem antes de ser completamente Criado ele mesmo é considerado (por razões didáticas) tomar progressivamente consciência. Estas razões didáticas explicam porque os astros, o sol e a lua, contra todo bom senso «objetivo» não somente aí não aparecem no primeiro dia, antes da «luz» enquanto apesar de pertencerem ao «reino mineral» são ultrapassados pelo «reino vegetal». E que este, que inaugura a ordem das espécies genéticas, aí esteja separado das espécies que evidentemente lhe sucedem, quer dizer o «reino animal», por esta intrusão do «reino mineral» sob a forma do céu estrelado e das luminárias desmitificadas, que evocam todavia o Tohu Bahu e o «Big Bang» quer dizer o retrocesso. No entanto a progressão aí está na sequência dos «dias». Ao mesmo tempo mental e «categorial». Sua repulsão «natural» da decomposição orgânica abre o espírito do Homem à ideia do tempo imutável embora cíclico que sugere o espetáculo dos astros. É portanto uma prévia. E se os astros são seres não genéricos, são mais próximos dos vegetais, que estes dos animais, na medida que são desprovidos uns e outros da autonomia dos animais. Na «cosmogonia subjetiva» que desenrola este relato, as categorias «passivas» do tempo e do espaço são apresentadas como prévias à categoria superior, «ativa» da liberdade, que caracteriza por excelência a Criação bíblica, que que vai ser obra dos dois últimos «dias».

Souzenelle

[(É noite, é manhã, dia quatro)]

O “quatro” é a passagem de uma porta

Simboliza as estruturas deste porta e a passagem ela mesma

As estruturas estão a serviço da vida, sem a qual nada são,
e a vida ela mesma não pode crescer sem se apoiar sobre as estruturas

A criação, neste quarto dia, apreendida nas garras do Adversário,
sob a luz de יהוה, alcançado ao despertar
Ela recebe a força de devolver as energias das trevas à luz

A passagem da porta é uma inversão da horizontal à vertical

A vida desta passagem é simbolizada pelas estrelas, ícones de יהוה,
que tecem sua teia secreta, cantam e dançam sua vitória
Então eles desaparecem em Elohim… Ayin — Nada
Buraco negro…

Fabre d’Olivet

19. Et tel avait été l’occident, et tel avait été l’orient, le but et le moyen, le terme et le départ, de la quatrième manifestation phénoménique.

LXX

(1:19) και εγενετο εσπερα και εγενετο πρωι ημερα τεταρτη

Vulgata

(1:19) et factum est vespere et mane dies quartus