Figueira Infrutifera (Mt XXI,18-22; Mc XI, 12-14, 20-21; Lc XIII, 6-9)

PARÁBOLAS EVANGÉLICAS — A FIGUEIRA INFRUTÍFERA (Mt XXI,18-22; Mc XI, 12-14, 20-21; Lc XIII, 6-9)

EVANGELHO DE JESUS: Mt 21,18-22; Mc 11:12-14; Mc 11:20-21;Lc 13:6-9

6 Ele diz este exemplo:
«Um homem tinha uma figueira plantada em sua vinha. Ele vem procurar nela fruto, mas não o encontra.
7 Ele diz ao vinhateiro: “Eis que há três anos venho procurar fruto desta figueira
sem encontrá-lo.
Corta-a! Por que ela exaure a terra?”
8 Mas ele responde e lhe diz:
“Adôn, deixa-a mais este ano: o tempo que eu cave em volta e lhe ponha adubo.
9 E se ela der fruto, no futuro?
Senão, tu a cortarás!”» [Chouraqui, Luc XIII, 6-9]


Hipólito

(A Docetae sustenta) que Deus é o (Ser) primal, enquanto uma semente da figueira, que é ao mesmo tempo muito pequenina em tamanho, mas infinita em poder. (Esta semente constitui, de acordo com a Docetea), uma magnitude baixa, incalculável em quantidade, (e) operando sob nenhuma deficiência com relação a geração. (Esta semente é) um refúgio para o atingido de pânico, um abrigo para o despido, um véu para a modéstia, (e) o produto procurado, para o qual Ele veio em busca (por fruto), ele diz, três vezes, e não descobriu (nenhum). Portanto, ele diz, Ele amaldiçoou a figueira, porque Ele não encontrou nela aquele fruto doce — o produto procurado.

Tomás de Aquino: Catena aurea

Padres da Igreja — nosso site francês

Joachim Jeremias

Es la última hora. El dominio divino de gracia ha comenzado. Pero todavía está a la puerta el diluvio (Mt 24, 37-39, cf. 7, 24-27), la segur está colocada en las raíces de la higuera estéril. Suspendiendo, de modo incomprensible, su santa voluntad, Dios ha prorrogado el plazo de penitencia (parábola de la higuera, Lc 13, 6-9), así como El suspenderá su santa voluntad en los últimos tiempos de calamidad y acortará el plazo del anticristo a causa de los elegidos (Mc 13, 20).

Lc 13, 6: En to ampeloni = «en la viña»: las viñas en Palestina están plantadas también con árboles frutales; son, pues, huertos.

V. 7: tria ete = «tres años»: al árbol se le habían concedido, en primer lugar, tres años para el crecimiento (Lv 19, 23), así, pues, han pasado ya seis años desde su plantación. No hay esperanzas de que produzca fruto. katargey: la higuera absorbe especialmente mucho alimento, y a las cepas que la rodean les quita las sustancias nutritivas.

V. 8: legei = «dice»; sobre el presente histórico en Lucas como característica de una antigua tradición, cf. págs. 222s. kai balo kopria = «y echaré estiércol»: en ningún pasaje se menciona en el Antiguo Testamento el abono de una viña; de ningún modo necesita estos cuidados el cultivo de una modesta higuera. El hortelano va a hacer, por tanto, lo desacostumbrado, va a intentar lo más posible.

V. 9: eis to mellon (a saber, etos) = «sí al año que viene». Este año es el plazo último. En la historia de Ahiqar (ya conocida en el siglo V antes de Cristo) se dice: «Hijo mío, tú eres como un árbol que no daba frutos, aunque estaba junto al agua, y su amo se vio obligado a cortar. Y él le dijo: Trasplántame, y, si entonces tampoco doy fruto, córtame. Pero su amo le dijo: Cuando estabas junto al agua no diste fruto, ¿cómo vas a dar fruto cuando estés en otro lugar?» Jesús utiliza esta narración popular que circulaba en diferentes versiones, pero le da otra conclusión: la petición no es rechazada, sino concedida; del anuncio de una sentencia se hace una llamada a la penitencia. La misericordia de Dios llega hasta suspender la decisión de castigo ya tomada. Nuevo del todo en Jesús es el ampelourgos = «viñador» que intercede. ¿La introducción de esta figura proviene solamente del deseo de componer la narración vivamente?

¿O está detrás de ella el mismo Jesús, que se oculta tras el hortelano que intercede y que logra la dilación del tribunal. Se tiene que recordar aquí que las parábolas tuvieron que ser entendidas de modo distinto por los discípulos que por la muchedumbre o los enemigos Para el modo de entenderlo los discípulos puede ser acertada la segunda posibilidad (cf Lc 22, 31)

Pero el plazo de gracia que Dios concede es irrevocablemente el último. Su paciencia se ha agotado, cuando transcurre inútilmente el último dies poenitentiae. Una vez transcurrido el plazo de penitencia concedido por Dios, ya no hay poder humano que lo prolongue (Lc 13, 9).


Nicolas Boon: Au Coeur de l’Écriture

Na parábola em Lucas o viticultor implora ao Senhor de ter paciência até o quarto ano. O número 4 é o número da preparação. Tem também uma relação com as quatro estações. O quarto ano será a estação de portar o fruto. Senão tu a cortarás. Aqui a parábola sugere o fim dos tempos. Este fim é a completude que profetizou São João Batista: “E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo. (Mt 3:10)”. Isto já é a completude dos tempos, bem próximo pelo advento de Jesus, o Messias.

Porque Jesus amaldiçoa a figueira?

Há duas espécies de figueiras. As figueiras de baixo submissas às mudanças das estações, assim como Adão, que depois da desobediência, se apercebendo que estava nu, se revestiu das folhas da figueira, como se se tornasse figueira ele mesmo. Em seguida há figueiras do alto que estão ao abrigo das mudanças e da corrupção que reconhecem a Árvore de Vida como seu Senhor e se tornam semelhantes a ele, portando frutos cada mês do ano. Elas se tornaram abrigo elas mesmas e clausuras da Paz para todos aqueles que sobem ao Paraíso. É por esta razão que Santo Efrem chama esta clausura exterior do Paraíso a região das figueiras silenciosas.

Das figueiras de baixo é feito menção na Escritura: “Certamente os apanharei, diz o SENHOR (YHWH); já não há uvas na vide, nem figos na figueira, e até a folha caiu; e o que lhes dei passará deles.” (Jer 8:13) Em Isaías: “E todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um livro; e todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide e como cai o figo da figueira.” (Isa 34:4) A maldição da figueira por Jesus contém portanto uma profecia a respeito do fim dos tempos. Este concerne necessariamente também o começo, a figueira do Cântico dos Cânticos se mantendo no meio: “A figueira já deu os seus figos verdes, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem.” (Cant 2:13)


Antonio Orbe: FIGUEIRA INFRUTÍFERA


Maurice Nicoll: FIGUEIRA INFRUTÍFERA