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Pla
Vieram a um samaritano que, levando um cordeiro, entrava em Judeia. Ele disse a seus discípulos: Este, que quer fazer com o cordeiro? Eles lhe disseram: Matá-lo e comê-lo. Ele lhes disse: Enquanto esteja vivo, não o comerá; só se o mata e se faz um cadáver. Eles disseram: De outro modo não poderia fazê-lo. Ele lhes disse: Vós também buscais um lugar para vós mesmos no descanso de modo que não os torneis cadáveres e os comam.
Puech
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Canônicos
Roberto Pla
Ao cordeiro “natural”, visível, que o samaritano leva sobre si, opõe Jesus o cordeiro espiritual, invisível, o “filho da luz” que todo homem leva em si mesmo, posto que este é seu verdadeiro Eu. O primeiro, o natural, só serve de alimento se antes for sacrificado e convertido em cadáver; e este é o final previsto para cada discípulo enquanto homem natural e visível: morrer e ser convertido em cadáver, para alimento dos abutres ou vermes. Por isso aconselha Jesus buscar em si mesmo o lugar santo do Cordeiro espiritual, invisível, de Vida eterna, cuja carne e sangue são o alimento real da alma em sua busca do descanso; o único alimento que leva à redenção. Neste sentido é dito: “levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro” (Ap 7,14).
- A “grande tribulação” que segundo o texto apocalíptico, procede ao “branqueamento das vestes” poderia interpretar-se segundo a história “manifesta” como a purificação que pôde operar-se em muitos cristãos em consequência da perseguição a que padeciam nos tempos de Nero; mas em sua vertente “oculta” tal tribulação não é outra coisa que as “dores de parto” que precedem à “presença manifesta” do Filho do homem, presença interior chamada Dia do Senhor.