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Saint-Martin (SMMHE, II) – fogo

Pelo contrário, ao se preservar de toda iniquidade, o homem permite que seu óleo sagrado se desenvolva. Ora, quando o óleo sagrado que está em nós se desenvolve, ele se aproxima do fogo, e ao se aproximar do fogo, não pode deixar de se inflamar. A partir daí, todos os nossos caminhos são iluminados, e a hipocrisia não tem mais lugar. SEGUNDA PARTE. Do Homem. Infelizmente, é mais do que verdadeiro que o homem pode, por atos mal dirigidos, e abrindo-se a falsas contemplações, acender em si um fogo que seja prejudicial tanto a ele mesmo quanto a todas as regiões onde deve exercer seu ministério; pois tudo é poder, e é a força respectiva dessas diversas potências que causa o perigo, o sofrimento e a terrível resistência de todos os seres que se combatem aqui embaixo. SEGUNDA PARTE. Do Homem. É apenas à medida que ele se liberta desse inferno passivo que os tesouros do contrato divino penetram nele, e saem dele para vivificar os outros homens, sejam vivos ou mortos. É por aí que o homem se torna não só o órgão, mas também, de certa forma, o objeto da admiração, manifestando essas maravilhas inesgotáveis das quais seu coração pode se encher e inchar; que podem, de fato, sair dele, e que nos são representadas por esses brilhantes prodígios que a luz nos faz descobrir à medida que se lança para fora de sua fonte de fogo. SEGUNDA PARTE. Do Homem. Pois a idolatria do fogo vem de mais longe; ela só pode ter se gerado na medida em que, por uma sequência dos direitos primitivos do homem, alguns mortais tenham conhecido sensivelmente a origem do fogo (o que não é apenas ver brilhar relâmpagos e cair raios), porque é uma verdade fundamental que cada coisa deve fazer sua própria revelação, assim como não há nada do que se opera na universalidade dos seres que não seja a prova disso. SEGUNDA PARTE. Do Homem. Que se recorde a prevaricação do primeiro homem, cujas consequências foram uma mudança absoluta para ele, e o fizeram passar da região da luz para a morada tenebrosa que habitamos; que se recorde as abominações de sua posteridade até o dilúvio, e que se julgue pela imensidão dos culpados que esse dilúvio engoliu, quantos crimes enormes foram assim roubados ao nosso conhecimento; que se recorde as abominações dos egípcios e dos povos da Palestina, que atraíram sobre essas regiões a cólera de Deus, a ponto de forçá-lo a armar contra elas todos os elementos, todas as potências da natureza, e até o fogo do céu para exterminá-los. SEGUNDA PARTE. Do Homem. Mesmo que esta chaga não assuma exteriormente um caráter semelhante, não ignoramos que carregamos no seio das substâncias que nos constituem desde o crime, um veneno corruptor que consome secretamente todas as nossas carnes, e que desse veneno o homem não pode se livrar; que não pode corrigir a sua malignidade; que não pode deter por um único instante os seus progressos, pois este veneno é ele mesmo esse fogo devorador sobre o qual repousa hoje a nossa existência, e que é reconhecido pelas ciências humanas, pelo menos pelos seus efeitos, como o princípio da nossa destruição, já que elas confessam que a nossa respiração animal não é senão uma combustão lenta. SEGUNDA PARTE. Do Homem. Não é preciso dizer também que, para conter esse fogo que nos devora, não temos à nossa disposição senão alimentos corrosivos como ele, e que depositam diariamente em nós seus sedimentos, e só nos dão a vida como ele ao nos dar a morte. SEGUNDA PARTE. Do Homem.

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