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Saint-Martin (SMMHE, Natureza) – Alma humana

Quando em seguida louváveis escritores e estimáveis defensores da verdade querem tentar provar que existe um Deus, e deduzir de sua existência todas as consequências que dela resultam, não encontrando mais esta alma humana suficientemente harmonizada para lhes servir de testemunho, eles se reportam à natureza e a especulações tiradas todas da ordem externa. É por isso que em nossos séculos modernos, muitos excelentes espíritos empregaram todos os recursos da lógica, e puseram em contribuição todas as ciências exteriores, para tentar estabelecer solidamente a existência da Divindade; e, no entanto, apesar desses numerosos testemunhos, nunca o ateísmo teve mais voga e estendeu tanto seu império. O Ministério…: Da Natureza Mas ao trabalharmos para nos tornarmos novamente imagens de Deus, obtemos a vantagem inexprimível, não apenas de fazer desaparecer em intervalos nossa privação e nossa degradação; mas ao mesmo tempo a de nos aproximarmos e gozarmos realmente do que os homens ávidos de glória chamam de imortalidade; pois o desejo vago do homem da torrente, de viver no espírito dos outros, é a prova mais frágil e mais falsa de todas as que o vulgo emprega em favor da dignidade da alma humana. O Ministério…: Da Natureza Não preciso mais demonstrar ao homem sua horrível transmigração; eu o disse: um único suspiro da alma humana é, sobre este ponto, um testemunho mais positivo e mais peremptório do que todas as doutrinas da ordem externa, e do que todos os balbucios, e todas as ruidosas reclamações da filosofia da aparência. O Ministério…: Da Natureza Mostrei suficientemente também em meus escritos, que a alma humana era ainda mais sensível que a natureza que, de fato, não é senão sensitiva. É por isso que eu disse que esta alma humana, trazida à sua sublime dignidade, era o verdadeiro testemunho do agente supremo, e que aqueles que só sabiam provar Deus pelo espetáculo do universo, empregavam ali apenas uma demonstração precária e frágil, visto que o universo está na servidão, e que o escravo não é admitido como testemunho. O Ministério…: Da Natureza Que digo eu, a inteligência do homem? Seria mesmo com os mais perfeitos dos livros que ela poderia se abrir? Ela se obscureceu, ela se assimilou à da infância. A criança, como o selvagem, não pode compreender nada senão por sinais substanciais ou mesmo grosseiros, e pela vista do próprio objeto que se quer fazer-lhe conhecer. Seu pensamento ainda está apenas em seus olhos. Não procure tratar a inteligência do homem de forma diferente da da criança e do selvagem. Desenvolva nele e diante dele as potências ativas da natureza, as potências ativas da alma humana, as potências ativas da Divindade, se quiser que ele conheça Deus, o homem e a natureza. Sua razão está morta sobre todos esses objetos; perderá todos os seus cuidados, se se limitar a falar-lhe deles. O Ministério…: Da Natureza De todos os títulos que podem servir para caracterizar o homem trazido aos seus elementos primitivos, não encontramos nenhum que preencha melhor toda a extensão do pensamento, e que satisfaça tanto os vastos e louváveis desejos da alma humana, quanto o de aprimorador universal. Pois ela experimenta, esta alma humana, uma necessidade urgente até a importunidade de ver reinar a ordem em todas as classes e em todas as regiões, para que todos os pontos da existência das coisas concorram e participem desta soberana harmonia que pode fazer explodir a glória majestosa da eterna unidade. O Ministério…: Da Natureza Qual é, entre os diferentes privilégios da alma humana, aquele que devemos procurar primeiro valorizar como sendo o mais eminente de todos, e aquele sem o qual nossos outros direitos seriam como nulos? É o de poder retirar Deus, por assim dizer, da mágica contemplação em que ele está, de suas infindáveis maravilhas, que estiveram eternamente diante dele, que nascem eternamente dele, que são ele, e das quais ele não pode se separar, assim como não pode se separar de si mesmo. O Ministério…: Da Natureza Pela maneira como os homens administraram esses dois diferentes domínios, eles deixaram secar essas duas fontes que nos teriam produzido frutos deliciosos, cada uma segundo seu gênero, isto é, que a filosofia humana que tratou das ciências da natureza, por marchar apenas em sua superfície, nos impediu de conhecê-las, e não nos colocou em condições de saborear mesmo os prazeres da inteligência que elas teriam sempre estado prontas para nos proporcionar; e que os instituidores das coisas divinas, por torná-las tenebrosas e inacessíveis, nos impediram de senti-las, e consequentemente nos privaram da admiração que elas nos teriam infalivelmente trazido, se as tivessem deixado aproximar de nós. O complemento da perfeição do mistério é reunir em uma justa e harmoniosa combinação, o que pode ao mesmo tempo satisfazer nossa inteligência e nutrir nossa admiração; é aquele de que teríamos gozado perpetuamente se tivéssemos conservado nosso posto primitivo. Pois a porta por onde Deus sai de si mesmo, é a porta por onde ele entra na alma humana. O Ministério…: Da Natureza A porta por onde a alma humana sai de si mesma, é a porta por onde ela entra na inteligência. O Ministério…: Da Natureza Terminarei aqui o que tinha a dizer sobre o que concerne os corpos astronômicos, e passarei ao objetivo principal desta obra, que é tratar do repouso da natureza, do repouso da alma humana e do repouso da palavra; repouso ao qual deve concorrer o ministério do Homem-Espírito. O Ministério…: Da Natureza

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