tableau_naturel:materia-lcsm-tn-v

Saint-Martin (SMTN, V) – matéria

SMTN

Com efeito, esses são os direitos que todas as coisas desta região temporal têm hoje sobre o homem. Como cada um dos Seres que a compõem é completo e inteiro em sua espécie, os olhos deste infeliz homem permanecem fixos em objetos que de fato representam a unidade, mas que só a representam por imagens muito falsas e muito defeituosas; já que são todos formados por montagens; já que, assim que podem ser vistos por nossos olhos de matéria, são necessariamente compostos, visto que nossos olhos materiais são eles mesmos compostos, e que só há relação entre os Seres da mesma natureza. SMTN: V

O homem é, portanto, reduzido, permanecendo nesta região temporal, a perceber apenas unidades aparentes: ou seja, ele não pode mais conhecer hoje senão pesos, medidas e números relativos, em vez dos pesos, medidas e números fixos que ele empregava em seu lugar natal: e ele tem a prova disso nas experiências mais comuns; pois seria de toda impossibilidade para ele fixar uma porção de matéria que fosse igual em peso, em número e em medida a outra porção: visto que ele precisaria conhecer o peso, o número e a medida fixa da primeira, e que ele deixou o lugar de tudo o que é fixo. SMTN: V

Mas isso também só é verdade para os corpos, pois todas as ações materiais, não operando nada análogo à verdadeira natureza do homem, são de alguma forma ou podem ser estranhas para ele, quando ele quer usar suas forças e se aproximar de seu elemento natural. Enfim, a matéria é verdadeira para a matéria, e nunca o será para o espírito. Distinção importante com a qual há muito tempo se teriam terminado as disputas daqueles que pretenderam que esta matéria era apenas aparente, e daqueles que pretenderam que ela era real. SMTN: V

Poder-se-ia, portanto, exclamar com razão: Homens, era por meio de vocês que os Ímpios deviam conhecer a justiça, e mal podem responder quando lhes perguntam o que é a justiça; era por meio de vocês que deviam ser reconduzidos aos caminhos da luz e da corrupção dos caminhos. Era por meio de vocês que a verdade devia aparecer, e vocês só oferecem a mentira. Como, então, a justiça, a luz e a verdade serão conhecidas, se o Ser encarregado de expressá-las, não só não conservou a ideia, mas se esforça até para destruir os vestígios que delas estavam escritos nele e em toda a Natureza? Como se saberá que o princípio necessário é Santo e Eterno, se vocês professam o culto e a doutrina da matéria? Como se saberá que ele só se ocupa em perdoar e que arde de amor pelos homens, se vocês só respiram ódio e se só pagam seus benefícios com blasfêmias? Enfim, como se acreditará na ordem e na vida, se vocês só mostram em si a confusão e a morte? SMTN: V

Eis, com efeito, quais são os direitos que hoje têm sobre o homem todas as coisas desta região temporal. Como cada um dos Seres que a compõem é completo e inteiro em sua espécie, os olhos desse infeliz homem permanecem fixos em objetos que representam, de fato, a unidade, mas que a representam apenas por imagens muito falsas e muito defeituosas; visto que todos são formados por assemblages; visto que, assim que podem ser vistos por nossos olhos de matéria, são necessariamente compostos, considerando que nossos olhos materiais são compostos eles mesmos, e que só há relação entre os Seres da mesma natureza. SMTN: V

O homem é, portanto, reduzido, ao permanecer nesta região temporal, a perceber apenas unidades aparentes: isto é, ele não pode mais conhecer hoje senão pesos, medidas e números relativos, em vez dos pesos, das medidas e dos números fixos que empregava em seu lugar natal: e ele tem a prova disso nas experiências mais comuns; pois seria de toda impossibilidade para ele fixar uma porção de matéria que fosse igual em peso, em número e em medida a outra porção: considerando que ele precisaria conhecer o peso, o número e a medida fixa da primeira, e que ele deixou o lugar de tudo o que é fixo. SMTN: V

Mas isso também só é verdadeiro para os corpos, pois todas as ações materiais, não operando nada análogo à verdadeira natureza do homem, são de alguma forma ou podem ser estranhas para ele, quando ele quer usar suas forças e se aproximar de seu elemento natural. Enfim, a matéria é verdadeira para a matéria, e nunca o será para o espírito. Distinção importante com a qual teríamos terminado há muito tempo as disputas daqueles que pretenderam que essa matéria era apenas aparente, e daqueles que pretenderam que ela era real. SMTN: V

Poder-se-ia, portanto, exclamar com razão: Homens, era por vós que os Ímpios deviam conhecer a justiça, e mal podeis responder quando vos perguntam o que é a justiça, era por vós que eles deviam ser reconduzidos aos caminhos da luz e a corromper as vias. Era por vós que a verdade devia aparecer, e só ofereceis a mentira. Como a justiça, a luz e a verdade serão então conhecidas, se o Ser encarregado de exprimi-las, não só não conservou a ideia, mas se esforça mesmo para destruir os vestígios que delas estavam escritos nele e em toda a Natureza? Como se saberá que o princípio necessário é Santo e Eterno, se professais o culto e a doutrina da matéria? Como se saberá que ele só está ocupado em perdoar e que arde de amor pelos homens, se só respirais ódio e se pagais seus benefícios apenas com blasfêmias? Enfim? Como se crerá na ordem e na vida, se mostrais em vós apenas a confusão e a morte? SMTN: V

/home/mccastro/public_html/cristologia/data/pages/tableau_naturel/materia-lcsm-tn-v.txt · Last modified: by 127.0.0.1