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Evágrio – Carta 7

ACEP

(1) Não se estende a alma a Deus como um homem justo em retidão, uma vez que se está cheio de pensamentos perversos. Além disso, não se está perto do Senhor como o Criador, uma vez que, por si, não se compreende as razões dos corpóreos e incorpóreos, e do julgamento e da providência. Novamente, não se é como um que está na presença de Deus – eu que sou indigno! – uma vez que ainda não se é competente para orar 'com a cabeça descoberta' por autoridade própria, pois se está a carregar os ídolos deste mundo; até se lhes dirige a palavra no momento da oração. Se jura retirar-se em espírito do mundo, mas com a alma não se faz petição para ser afastado do envolvimento com outras pessoas: bate-se à porta de cada casa e se procura cada cidade onde talvez se possa encontrar oportunidade para comprar para si o salário da vanglória, por assim dizer, para a satisfação desta alma que ama as vaidades.

Isso é suficiente sobre o vosso 'Lázaro', que se disse que 'repousa no conhecimento do seio de Abraão'.

(2) Aplaudiu-se a intenção da prudente diaconisa Severa, mas não se aprovou que ela o fizesse. Não se sabe que vantagem lhe advirá de uma jornada tão árdua através de uma longa distância, mas o que quer que ela e aqueles com ela estejam a faltar é fornecido pelas minhas mãos para os preservar na vida pelo poder do Senhor. Mas pede-se à Vossa Santidade que impeça todos aqueles que abandonaram o mundo de pegarem a estrada sem necessidade. Pois ficaria-se surpreso se, durante todo o tempo, eles não bebessem das águas de Gihon, ou nos pensamentos das suas mentes ou em atos reais – mas estas coisas são estranhas à integridade dos prudentes!

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