PRMA

Walter Hilton, em um tratado intitulado The song of Angels, diz o mesmo: “Quando a alma é elevada acima da sensualidade e perde todo pensamento das coisas terrenas, então, em grande fervor de amor e luz (se Deus permitir), ela pode ouvir e sentir uma música celestial, feita pela presença de anjos que cantam a Deus”.

E Santo Agostinho, na Enarratio in Psalmum xii: “Foi assim que o Salmista… foi conduzido até a casa de Deus, seguindo o encanto de uma certa alegria, de um prazer íntimo, misterioso, oculto, como se da casa de Deus lhe chegasse o som de algum instrumento suave. E ele, enquanto caminhava no Tabernáculo, ouvindo uma certa música interior, conduzido por sua doçura, e retirando-se, ao aproximar-se dessa música, de todo o ruído da carne e do sangue, viu-se conduzido até a casa de Deus.

“Na casa de Deus reina uma alegria sem fim. Os coros dos anjos celebram a presença do Rosto de Deus, a alegria que nunca se extinguirá. Deste concerto eterno chega aos ouvidos do coração um canto misterioso, melodioso e suave, desde que o barulho do mundo não o abafe.”

Na vida de Suso também se encontram vários episódios “musicais”, que lembram as extases auditivas de Rolle.