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Gênesis - Dia 1 (Gn 1,1-5)

Bíblia das Origens: Gen 1,1; Gen 1,2; Gen 1,3; Gen 1,4; Gen 1,5

Emmanuel

O primeiro dia é aquele da duração; é o sentido da separação da luz e das trevas, quer dizer da aparição do dia e da noite que doravante se alternarão sem fim. Em criando o primeiro dia, composto de dois contrários, a noite e a manhã, deus criou a duração. E em dizendo yom ehad, um dia, a Escritura chama a atenção sobre o fato que a noite e a manhã compõem um Dia e formam o início dos tempos, e não sobre esta outra realidade, ainda indiferenciada, que este dia-aí é também o primeiro da criação.

Leo Schaya

O primeiro versículo apresenta a Transcendência do Criador (também resumida no sétimo dia). Sua Transcendência é o «Sabbath do Alto» ou a Unidade transcendente das Sephiroth, chamada também o «Mundo da Emanação» sefirótico ou dos Arquétipos transcendentes, descrito simbolicamente neste primeiro versículo. Em seguida o segundo versículo comporta a descrição particular da Receptividade comum das Sephiroth — a «terra informe e vazia» ou o «abismo tenebroso» —, em presença da qual se encontra o «Espírito» ativo, que constitui com ela a Imanência divina ou o «Mundo da Criação»; este é sempre de ordem incriada e arquetípica, mas é nele que o Poder criador passa ao Ato criador. Esta passagem, que ainda não é o cosmos enquanto tal, mas a revelação primeira e universal de seu Arquétipo divino, é o fiat lux ou o «primeiro Dia» descrito pelo Gênesis.

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