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Saint-Martin (SMMHE, II) – espírito do universo

A porta por onde a inteligência sai de si mesma é a porta por onde ela entra no espírito do universo. PRIMEIRA PARTE - Da Natureza

A porta por onde o espírito do universo sai de si mesmo é aquela por onde ele entra nos elementos e na matéria. É por isso que os sábios que não percorrem todos esses caminhos nunca entram na natureza. PRIMEIRA PARTE - Da Natureza

Pois, assim como os seres animados espalhados pela natureza não conhecem em si mesmos nem o espírito deste universo, nem os germes dos vegetais, que são apenas o resultado e a expressão sensibilizada das propriedades desse espírito do universo, e só conhecem todas essas coisas nos sabores dos frutos de que se alimentam, assim também os anjos só conhecem o Pai no Filho. Eles não o conhecem nem em si mesmo, nem na natureza, que, especialmente desde a primeira alteração, está muito mais próxima do Pai do que do Filho, devido à concentração que sofreu, e só podem compreendê-lo no esplendor divino do Filho, que por sua vez só tem sua imagem no coração do homem e não na natureza. PRIMEIRA PARTE - Da Natureza

Esse também é o único meio pelo qual os planos divinos podem se cumprir, pois o homem nasceu para ser o principal ministro da Divindade. Pois, hoje mesmo, o corpo material que carregamos é muito superior à terra. Nosso espírito animal é muito superior ao espírito do universo por sua junção com nosso espírito anímico, que é nossa verdadeira alma, e nosso espírito anímico é muito superior aos anjos. PRIMEIRA PARTE - Da Natureza

O inimigo foi ambicioso desde o princípio, porque lia nas maravilhas da glória e quis desviar sua fonte para si e dominá-la. O homem não começou seus desvios por esse crime, pois só deveria chegar às maravilhas da glória à medida que cumprisse sua missão, e ainda não conhecia essas maravilhas quando recebeu a existência. Mas começou seus desvios pela fraqueza, como ainda hoje fazem todos os seus filhos na tenra idade, quando os objetos de ambição não os tocam. E essa fraqueza foi ter se deixado atingir, atrair e penetrar pelo espírito do universo, quando o infeliz homem era de uma ordem e de uma região acima da região deste mundo. PRIMEIRA PARTE - Da Natureza

Pois, temporalmente, ele só está cercado de socorros. A natureza só lhe oferece a abundância de suas colheitas. Os elementos, sua reação salutar. O espírito do universo, seu sopro e sua luz. Os animais úteis, seus serviços e benefícios. Quanto aos animais nocivos e até aos venenos, ele tem meios de vencê-los e desinfetá-los para si, enquanto ele mesmo só trabalha para se infectar. SEGUNDA PARTE - Do Homem

O que terás depois a combater? Será essa fermentação áspera que mantém na violência e numa agitação confusa todas as bases fundamentais da natureza. Trabalha para conter e suspender essa fermentação, e o espírito do universo, liberto desse terrível entrave, se tornará mais acessível aos teus esforços, pois também é preciso que o atenues e subjugues. Não é ele um operário cego que faz indiferentemente o bem e o mal? TERCEIRA PARTE - Da Palavra

Quando tiveres atenuado e subjugado esse espírito do universo, chegarás a essa natureza eterna que não conhece o bem e o mal, que não conhece a fermentação áspera e que ainda menos conhece as perseguições do inimigo. Atravessa o recinto dessa natureza eterna, e encontrarás em sua morada teu lugar de repouso e o altar onde deves depositar tua oferenda. Pois ela é habitada pelo espírito puro, pela inteligência, pelo amor, pela palavra, pela majestade santa. E então sentirás o que é a oração, pois só dessas fontes divinas ela deriva e poderá fluir em teu seio, para que a derrames sobre as nações. TERCEIRA PARTE - Da Palavra

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