A união com o Divino foi destacada pela experiência vivida por Israel no Sinai, no momento da Revelação de Deus. Todos os graus existenciais, do mais alto ao mais baixo, apareceram para o Povo Escolhido como integrados e transfigurados na única “Glória” ou Onipresença de Deus, e esta última como infinitamente unida à Sua Essência transcendente: tudo era um, na evidência da cadeia causal e universal das coisas e sua identidade essencial com o Supremo. Essa é a visão do mundo para aqueles que conhecem Deus, e esse será o estado universal, alcançado pela Redenção Final; o grande Mestre cabalista, Moisés de Leon, falou sobre isso em seu Sepher ha-Rimmon: “Cada coisa está ligada a outra, até o anel mais baixo da corrente, e a verdadeira Essência de Deus está acima e abaixo, nos céus e na terra, e nada existe separado Dele. É isso que os sábios querem dizer quando afirmam: Quando Deus deu a Torá aos israelitas, Ele abriu os sete céus para eles, e eles viram que não havia nada lá além de Sua Glória (ou Presença); Ele abriu os sete mundos (ou “terras”) para eles, e eles viram que não havia nada lá além de Sua Glória; Ele abriu os sete abismos (ou infernos) diante de seus olhos, e eles viram que não havia nada lá além de Sua Glória. Medite sobre essas coisas e você entenderá que a Essência de Deus está ligada a todos esses mundos e que todas as formas de existência estão ligadas umas às outras, mas derivam da Existência e Essência de Deus.”