JBET De Tribus Principiis: «… estamos (…) numa hospedaria estrangeira, onde não temos morada fixa, mas apenas vivemos como peregrinos. Ali, devemos sempre esperar, em grande sofrimento, que nosso anfitrião estranho nos expulse e nos roube nossas propriedades, nossas obras e os frutos de nosso labor — de modo que nadamos, na verdade, num mar profundo de dores; banhamo-nos num desconhecido banho de espinhos e cardos; sabemos com toda certeza e vemos diariamente diante de nossos olhos que somos agora um povo de viajantes nesta estalagem; que devemos presumir sem cessar que o destruidor virá e causará devastação em nosso coração, em nosso espírito e em nossas virtudes, assim como nos despojará de nossa carne, de nosso sangue e de nossos bens. Então, é verdadeiramente proveitoso para nós aprender a conhecer e a saber o caminho de nossa verdadeira pátria, para que possamos evitar essas grandes e dolorosas misérias e adentrar a eterna hospedaria que é nossa propriedade — e da qual ninguém nos poderá expulsar.» (XX, 2.)