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Henri le Saux – Dualidade

Saux1991

 

Essa consciência que agora brilha no fundo de mim não é algo que me pertença, que eu possua; pois assim reapareceria o dualismo e seria o fim dessa consciência pura e inefável. (SHMC, p. 232.)

Assim como não posso dizer que o ser, o sat, a consciência de ser, o cit, são meus, também não posso dizer que o ananda, essa alegria infinita que brota das fontes do meu ser, é meu. Novamente, isso seria dualidade, e a dualidade faria essa alegria desaparecer. (SHMC, p. 233.)

A dualidade primordial a ser superada é esta: eu e o resto, não aquela entre Deus e “eu”. Enquanto houver esses “Outros” — fora de mim: Deus e o mundo estarão confusos, mesmo que sejam analisados e definidos em um segundo olhar. Enquanto o mundo permanecer aliud para mim, Deus nunca poderá ser percebido por mim dentro de mim.

Suprimir esse “centro” que chamo de “eu” e em torno do qual traço círculos concêntricos, que são minha mente, meu corpo, o mundo essencialmente por mim “relacionado” a mim e, finalmente, Deus, infelizmente, não menos “relacionado” a mim. (15.7.52; La Montée au fond du coeur, p. 70.)

Jesus Homem e Jesus Deus são ainda dvandvas (dualidades). A experiência, satyam (verdade), sat (ser), está além dos dvandvas.

O conceito é dualista e, portanto, falseia tudo o que pretende expressar do além dos dvandvas. Os dvandvas: homem-Deus em Jesus, para começar; o dvandva: pecado e virtude, salvação e condenação. (2.4.72; La Montée au fond du coeur, p. 418.)

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