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Henri le Saux – Deserto

Saux1991

 

Se a elite, se aqueles que compreenderam, se retiram para o deserto, quem permanecerá para anunciar a Palavra entre os homens? Quem desempenhará a função de “profeta”? (SHMC, p. 206.)

Não se vai ao deserto para fugir do mundo. O mundo da koinonia humana é a avaliação de cada homem — e ainda mais de cada cristão, cuja missão é transformar a “célula humanidade” em koinonia “pneumática”. A solidão só é buscada para cumprir uma diaconia, uma espécie de contrapeso à dispersão humana. Testemunha do Absoluto. Testemunha de que a res está além do signo. (16.1.64; La Montée au fond du coeur, p. 322.)

Não se busca a solidão para encontrar Deus. Vai-se ao deserto porque ali não há mais nada além de Deus, e é Deus quem se faz único.

Se no deserto ainda houvesse Deus e eu, então não seria o deserto. No deserto, perdi-me e já não sou capaz de reencontrar meus rastros até mim.

E no deserto, perdi o Deus que buscava, e já não sei mais reencontrar os rastros nem dele nem de mim.

Deus não está no deserto. O deserto é o próprio mistério de Deus, que não tem limites, nem algo para medi-lo, nem para situá-lo, nem algo para me medir e me situar nele, em relação a ele. (6.2.65; La Montée au fond du coeur, p. 337.)

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