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Underhill (EUM) – Suso, algumas citações

EUM

Nesse estado — para o qual o termo “visão” mal é aplicável — observa-se que a consciência está no seu ponto mais alto e a alucinação no seu mais baixo. Nada é visto, nem mesmo com os olhos da mente: assim como, no caso paralelo da “palavra substancial”, nada é dito. É pura apreensão: em um caso, da Personalidade; no outro, do conhecimento. “A visão imediata da Divindade nua”, diz Suso sobre isso, “é sem dúvida a pura verdade: uma visão deve ser considerada mais nobre quanto mais intelectual for, quanto mais despida de toda imagem e se aproximar do estado de pura contemplação.”

O Espírito supremo e supereessencial enobreceu o homem, iluminando-o com um raio da Divindade Eterna. … Assim, do grande anel que representa a Divindade Eterna, fluem… pequenos anéis, que podem ser interpretados como simbolizando a alta nobreza das criaturas naturais.

Como a Trindade é uma e a Trindade na Unidade da natureza é uma, embora a Trindade provenha da Unidade, isso não pode ser expresso em palavras devido à simplicidade desse abismo profundo. É aqui, neste inteligível, que o espírito, espiritualizando-se, se eleva; ora voando nas alturas incomensuráveis, ora nadando nas profundezas silenciosas das maravilhas sublimes da Divindade!

O sofrimento é a lei antiga do amor, não há busca sem dor, não há amante que não seja também mártir. Portanto, é inevitável que aquele que ama algo tão elevado como a Sabedoria às vezes sofra obstáculos e tristezas.

A visão imediata da Divindade nua é sem dúvida a pura verdade: uma visão deve ser considerada tanto mais nobre quanto mais intelectual for, quanto mais despojada de toda imagem e quanto mais se aproximar do estado de pura contemplação.

Quando a alma, esquecendo-se de si mesma, habita nessa escuridão radiante ela perde todas as suas faculdades e todas as suas qualidades, como disse São Bernardo. E isso, mais ou menos completamente, dependendo se a alma — seja no corpo ou fora do corpo — está mais ou menos unida a Deus. Esse esquecimento de si mesma é, em certa medida, uma transformação em Deus; que então se torna, de certa forma, todas as coisas para a alma, como diz a Escritura. Nesse êxtase, a alma desaparece, mas ainda não inteiramente. Adquire, é verdade, certas qualidades da divindade, mas não se torna naturalmente divina. … Para falar na linguagem comum, a alma é arrebatada, pelo poder divino do Ser resplandecente, acima de suas faculdades naturais, para a nudez do Nada.

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