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Gorceix (BGFA) – Angelus Silesius

BGFA

Repetidamente destacamos o interesse que, ao longo do tempo — sobretudo desde o romantismo —, suscitaram a personalidade e a obra do místico silésio Johannes Scheffler, luterano de origem e formação que, ao se converter ao catolicismo em 12 de junho de 1653, em Breslau, adotou o nome de Johannes Silesius, tornando-se Johannes Angelus Silesius na página de título da primeira edição dos Aforismos espirituais e sentenças rimadas de 1657, primeiro título de O Peregrino Querubínico. Desde Baader e Schlegel, passando por Hegel e Schopenhauer, segundo as estimativas de Eugène Susini, “em pouco menos de setenta anos, de 1895 até hoje, vinte e cinco ou trinta reimpressões se sucederam”.

A bibliografia silésiana é a mais extensa entre as dos místicos alemães do século XVII, e uma das mais ricas entre as bibliografias de escritores do período. O poeta continua sendo um mestre do pensamento. Jean Guitton não tem dúvidas quanto a isso, conforme escreveu em um artigo no Le Monde des livres, publicado no Natal de 1970. Ele se refere a esse “profeta sibílico”, a esse “diamante”, ao “errante querubínico… médico, poeta, metafísico, místico protestante, católico”. Para muitos, a mística germânica se resume a dois nomes, símbolos de sutilezas infinitas e profundidades insondáveis: Mestre Eckhart e o último místico alemão, Angelus Silesius. Esse clichê não é totalmente descartável.

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