SMTN Ao reunir esses dois sinais na mesma ordem em que os Químicos os empregam, isto é, colocando o triângulo acima da figura crucial 🜍, tem-se de maneira evidente e sensível o quadro das duas substâncias opostas que nos compõem, e ao mesmo tempo o da imperfeição de nosso estado atual, onde o Ser pensante se vê sobrepujado e como sepultado sob o peso da forma corpórea; enquanto que, destinado por sua natureza a reinar e dominar sobre ela, essa forma deveria lhe ser absolutamente subordinada: e eis como todas as leis dos Seres poderiam voltar-se para nossa instrução. Pode-se mesmo encontrar aí uma nova prova da necessidade das manifestações superiores, para auxiliar o homem a se restabelecer em sua ordem natural, e para que nossa essência intelectual, sendo recolocada em seu posto primitivo e superior à matéria, o edifício que havia sido derrubado segundo essa figura 🜍 se encontrasse reerguido assim (cruz sobre triângulo). SMTN: XII Pode-se notar ainda que, na decomposição dos corpos, seu princípio ígneo, seu flogisto escapa a todos os meios corpóreos empregados para contê-lo. Isso nos mostra visivelmente a distância que existe entre a matéria e seu Princípio, e por analogia, quão estranho é o Princípio intelectual do homem em relação ao seu invólucro. SMTN: XII Eles afetaram traduzir por “ele fez” a palavra Bara, que significa igualmente “ele produziu”, “ele criou”. Não nos deixemos enganar; essa expressão “ele fez” anunciaria uma coeternidade da matéria com Deus, que não teria tido outra obra a fazer senão modificá-la, enquanto essa coeternidade só pertence ao Princípio imaterial da matéria. SMTN: XII “E mesmo a serpente, esse animal tão desproporcionado, esse Ser sem nenhuma armadura corpórea, sem escamas, sem penas, sem pelos, sem pés, sem mãos, sem nadadeiras; tendo toda sua força em sua boca, força que não é senão veneno, morte, corrupção; a serpente, digo eu, traz consigo sinais físicos e análogos à sedução de que o pensamento do homem é suscetível, pois esse animal é o único, entre os outros, que tem a propriedade de formar com seu corpo um círculo perfeito, e de nos apresentar assim, sob uma aparência regular, a forma e a base de todos os objetos sensíveis e compostos; isto é, de fixar nossos olhos na matéria e na ilusão; enfim, ao formar um círculo vazio, onde não se vê centro algum, tem a propriedade de nos fazer perder de vista o Princípio simples de quem tudo desce, e sem o qual nada existe. Não é pois surpreendente que se tenha percebido tanta antipatia entre o homem e a serpente, visto que o homem, ao contrário, liga-se ao centro pela proporção de sua forma, ao passo que a serpente não oferece em sua forma senão a circunferência ou o nada. Que não se tome isto por um jogo de imaginação; verdades importantes estão envoltas nessas relações. E é aí que se encontraria instrução sobre as relações metafísicas que outrora existiram entre o homem, a mulher e a serpente; e que se manifestam materialmente entre eles hoje, em toda a regularidade dos números.” SMTN: XII “Pois a nudez que os Livros hebreus lhe atribuem antes de seu crime, e da qual se diz que ele não se envergonhava, apresenta outra verdade. A palavra gharum, nu, vem da raiz árabe ghoram, que significa um osso despido de carne; ora, o osso é o símbolo sensível da palavra força, virtude, pois o osso é a força e o suporte do corpo. De outro lado, essa palavra osso remonta, pela palavra ossum dos Latinos, até a raiz hebraica ghatzam, que significa uma força, uma virtude. Assim, pois, apresentar-nos o homem primeiro em um estado de nudez é dizer-nos que ele era um Ser imaterial, uma virtude, uma força, uma potência desprovida de carne, ou sem corpo de matéria.” SMTN: XII