Saint-Martin (SMNH) – pai

SMNH O novo homem pode, digo, usar esta linguagem, porque quando descobriu em si a pedra fundamental do templo, reconheceu igualmente que ela não era senão o fruto, o extrato, o produto e o testemunho da própria unidade, e que se esta pedra fundamental era o testemunho da unidade, a unidade por sua vez era o testemunho desta pedra fundamental, visto que o filho é o testemunho do pai, assim como o pai é o testemunho do filho. Le Nouvel Homme: 46. “Não acreditam que estou em meu pai, e que meu pai está em mim? O que digo, não digo de mim mesmo, mas meu pai, que permanece em mim, faz as obras que faço. Não acreditam que estou em meu pai, e que meu pai está em mim? Acreditem ao menos por causa das obras que faço.” Como não haveríamos de acreditar em nosso ser essencial e fundamental, se o vemos nascer um filho em nós? Ao mesmo tempo, pode este filho oferecer reais testemunhos de seu pai, se não está continuamente neste pai, e se seu pai não está continuamente nele? Observação que poderia ter agido sobre aqueles que duvidam da divindade do Reparador, e que na verdade não duvidam tanto da divindade deste Reparador senão porque não duvidam o suficiente da divindade da matéria, e porque não se esforçaram para fazer nascer um filho em si, visto que se o homem não renascer de novo, não pode entrar no reino dos céus. Le Nouvel Homme: 61. “Se me amassem, alegrar-se-iam de que lhes disse que vou para meu pai, porque meu pai é maior do que eu.” Desejamos que nosso consolador particular ou o espírito que deve nascer em nós retorne prontamente para seu pai, visto que seu pai é maior do que ele, e visto que por aí devemos obter novas forças, novos favores e novas consolações. Se o amamos, devemos desejar este retorno para seu pai, visto que não só por aí ele deve fazer nossa felicidade, mas também deve fazer a sua própria por sua união com sua fonte. Le Nouvel Homme: 61. Eu sou a videira verdadeira, e meu pai é o viticultor. Ele cortará todos os ramos que não dão fruto em mim, e podará todos os que dão fruto, para que deem mais. O que o Reparador opera em toda a família humana, o espírito opera em nosso filho espiritual para lhe proporcionar uma constituição sã e robusta, e para fazê-lo produzir numerosos frutos; e por sua vez este filho espiritual deve operá-lo em nós sobre todo o nosso ser. Pois este filho espiritual é nossa verdadeira videira cujas faculdades são os ramos, assim como todo o nosso ser é um ramo da videira universal ou do eterno Reparador. Le Nouvel Homem: 62. Ao contrário, “Se permanecemos nele, e se suas palavras permanecem em nós, pediremos tudo o que quisermos, e nos será concedido, porque a glória de seu pai é que reportemos muitos frutos e que nos tornemos seus verdadeiros discípulos.” Le Nouvel Homme: 62. É por isso que o Reparador acrescenta: “Se não tivesse feito entre eles obras que nenhum outro fez, não teriam pecado; mas agora as viram, e odiaram a mim, e a meu pai.” Visto que se aquele que vê o filho, vê o pai, se aquele que ama o filho, ama o pai, é impossível pela mesma razão odiar o filho sem odiar o pai, uma vez que o pai está no filho, assim como o filho está no pai. Le Nouvel Homme: 62. “Ele me glorificará, porque tomará do que é meu, e o anunciará; tudo o que meu pai tem é meu, por isso lhes disse que tomará do que é meu, e o anunciará.” Quando o espírito tomar do que é do filho, tomará do que é do pai, visto que tudo o que é do pai, é do filho; eis por que glorificará o filho, visto que desenvolverá e manifestará como pertencendo ao filho as maravilhas das quais o pai é o depositário e a fonte. Eis por que a glória do novo homem será tão grande quando todas as suas faculdades tiverem sido renovadas pelo espírito, visto que este espírito testemunhará por aí que o novo homem está ele mesmo cheio das maravilhas do pai, e que esta Divindade suprema realmente passou para ele por inteiro. Le Nouvel Homme: 63. “Disse-lhes isto em parábolas. Vem o tempo em que não mais falarei por parábolas, mas falarei abertamente de meu pai. Nesse tempo pedirão em meu nome, e não digo que orarei a meu pai por eles, pois meu pai mesmo os ama, porque me amaram, e acreditaram que saí de Deus.” O tempo das parábolas é aquele em que ainda estamos sob as sombras de nossa região tenebrosa que, como a antiga aliança, só nos permite ver lampejos da verdade; quando a idade da maturidade do espírito chega para o novo homem, ele está acima das parábolas, visto que a palavra ou a boca do pai está aberta para ele, e que o pai busca recompensá-lo por tê-lo reconhecido na palavra e na boca de seu filho. Le Nouvel Homme: 63. “Acreditam agora, mas o tempo virá e já chegou em que serão dispersos, cada um para seu lado, e me deixarão sozinho; mas não estou sozinho, porque meu pai está comigo.” A presença do novo homem alegra por um tempo nossas faculdades tenebrosas; mas quando ele se retira para retornar1 para seu pai, elas ficam entregues às suas trevas, e não se lembram mais dele, até que ele volte para regenerá-las de novo. Mas elas podem deixá-lo sozinho; ele não pode estar sozinho, visto que é um testemunho vivo da existência e da presença de seu pai junto a ele. Le Nouvel Homme: 63.