Inácio de Antioquia

Inácio de Antioquia (35-110)

Sucessor de S. Pedro como bispo da antiga sé de Antioquia, foi preso para o martírio em Roma. Durante a fase final de sua vida, correspondeu-se com várias igrejas que visitou. Segundo James Cutsinger este “desejo”, mencionado abaixo, é ao mesmo tempo a energia de seu eros e seu objeto Divino.

I. Hausherr: Nomes de Jesus

Exceto por Paulo Apostolo e São João ninguém mais nos pões em contato com a realidade da vida na igreja primitiva tão concretamente quanto Inácio de Antioquia. Sua filosofia do Nome de Jesus se destaca por afirmar que o nome é a pessoa ela mesma. A honra devida ao nome aumenta com a dignidade da pessoa. Sua dignidade própria mais alta veio das cadeias que suportou por Cristo, que fizeram dele merecedor do nome real de “prisioneiro de Cristo”. Para ele só um nome era importante, um nome que se tem somente de pronunciar na presença de cristãos para eles preencherem seus pensamentos com ele e encherem-se dele, o nome que está acima de todo nome, a pessoa que está acima de todo ser humano que pode ser nomeado porque é uma pessoa divina.

Quando Inácio nomeia esta pessoa, que nome usa? Ele não para de nomeá-lo; o nome recorre incessantemente. Iesous Christos só é usado doze vezes em suas cartas. Apenas uma vez usa “Jesus” sem adição e duas vezes usa somente “Cristo”. Assim seu uso do Nome de Jesus é comumente com alguma adição e não só Jesus ou Cristo, como por exemplo: “Jesus Cristo”, “Senhor Jesus Cristo”, “Cristo Jesus”, “Deus Jesus Cristo”, “Cristo Jesus nosso Salvador”; e expressões como “sangue de Cristo”, “carne de Cristo”, “mente de Cristo”, “pertencente a Cristo”. Expressões estas que em grego, melhor que em latim, demonstram esta associação do Nome de Jesus com outro nome.

Excertos: