JBSR
Tal é o Centro da Natureza. No início, no primeiro Princípio, é um Espírito; no segundo, é um Amor; no terceiro, é uma Seidade. E nesse terceiro Princípio, as três formas se chamam: Enxofre, Mercúrio e Sal. No primeiro Princípio, Sul é a vontade livre como tendência do nada para algo, na liberdade extranatural; Phur é a cobiça dessa tendência, compreendendo a gênese da Natureza eterna e da Natureza exterior, pois a dureza, a atração severa aguça as essências e as perpetua. Pelo Sul, a angústia sombria torna-se uma luz e, no terceiro Princípio, o Sul é o óleo da Natureza onde arde a vida e onde todas as coisas crescem. O Sul, na realidade, não está separado do Phur: é uma única Seidade que tem duas propriedades: alegria e dor, luz e trevas; — dois mundos: um de fogo escuro na severidade, outro de fogo luminoso na liberdade: este último permite compreender a Divindade, o primeiro permite compreender a Natureza, e esses dois são a causa recíproca de sua existência. A dor é o médico do desejo de liberdade, pela angústia que faz com que o nada se torne uma vida e tome consciência de si mesmo, o que não poderia acontecer permanecendo na calma. E a luz, ou o Sul, é o médico da cobiça da natureza sombria, ao interromper o turbilhão de angústia, que se converte em uma sonoridade na essência. Cada uma das três propriedades permanece como é e elas habitam, no entanto, umas nas outras; são o médico uma da outra, por meio da imaginação, pois o eterno é mágico. (De Signatura Rerum, II, 11-16.)