Jesus disse: O reino do Pai é semelhante a uma mulher que leva uma jarra cheia de farinha. Enquanto anda por um caminho distante, a asa da jarra quebra e a farinha se derrama atrás dela sobre o caminho. Não se dá conta e não descobre a desgraça. Quando chega a sua casa põe a jarra no solo e a encontra vazia.
97. Jésus a dit : Le Royaume du est semblable à une femme portant un vase plein de farire. Tandis qu’elle marchait chemin éloigné, l’anse du vase se brisa, la farine se répandit derrière elle sur le chemin. Elle ne s’(en) aperçut pas, ne sut pas le malheur. Quand elle arriva dans sa maison, elle posa le vase à terre : elle le trouva vide.
I Jésus a dit : 2 le royaume du Père est semblable à une femme 3 portant une cruche pleine de farine. 4 Tandis qu’elle marchait sur un long chemin, 5 l’anse de la cruche se brisa, 6 la farine se déversa derrière elle sur le chemin. 7 Comme elle n’en sut rien, 8 elle ne put s’en affliger. 9 Rentrée dans sa maison, 10 elle posa la cruche à terre et elle la trouva vide.
97 (1) Jesus said, “The kingdom is like a woman who was carrying a full of meal. (2) While she was walking along a distant road, the handle of the jar broke and the meal spilled behind her the road. (3) She did not know it; she had not noticed a problem. hise).] (4) When she reached her house, she put the jar down and discovered that it was empty.”
A parábola ilustra o mistério do pão da vida, o alimento que permanece para a vida eterna e que só vem do Filho do homem. A mulher, a alma, leva consigo quando vem ao mundo, uma jarra cheia de farinha, o que deve entender-se como a matéria prima, indispensável, para que toda alma que creia no Filho — o qual é sua essência, o Eu de seu eu — e vá a ele, tenha o pão que necessita para acalmar sua fome e sua sede de vida.
Mas a alma da parábola anda “por um caminho longe”. Não se diz de onde é longe este caminho, mas não é difícil supor que está longe do Reino do Pai e nenhum caminho nessa direção é adequado para ir ao Filho e receber dele o alimento que ele dá.
A ruptura da asa da jarra, talvez seja “figura” da perda da faculdade de fazer uso da farinha, a “carne”, em parábola, do Filho. A partir de então o caminho pelo qual transita “esta mulher”, se distingue, como tantos outros caminhos humanos, pela dissipação cotidiana do tesouro de Vida depositado em cada alma ao nascer.
A desgraça que supõe o manter esta atitude inconsciente “natural”, este “não dar-se conta”, ao tempo de dar cada passo, do desperdício do caudal próprio, é o que costumam descobrir poucas almas.
Só quando se chega ao final do caminho, quando a jarra já está na mão, senão no solo, é seguro que todas as almas “consintam” em olhar a jarra. Mas então a jarra está vazia.
A parábola descreve um acontecimento habitual, conhecido, mas não menos certo e penoso por isto. No entanto, no evangelho de João se diz: Esta é a vontade de meu Pai: que todo o que veja ao Filho e creia nele, tenha vida eterna, e que eu o ressuscite no último dia.
”Ver” ao Filho é discernir o Ser interior e reconhecer que realmente é o “Filho” enviado ao homem pelo Pai, com sua Glória e poder.
Porque meu marido não está em casa; foi fazer uma jornada ao longe; (Prov 7,19)
“Aqueles que Ele (o Pai) ungiu são os gnósticos, pois estes são os vasos cheios que se cuida geralmente de selar. Mas quando a ação de um se difunde, ele se esvazia, e onde ele é deficiente é o lugar por onde sua unção se escorre, se perde. Mas aquele que é sem deficiência, nenhuma selo não lhe é subtraído, nem nada é esvaziado.”
No caso do despojamento (da farinha), este se dá após uma longa caminhada que pode simbolizar o caminho da liberação.
Uso de “cheio” no Logion 61 não é significativo
Da mulher que anda “em um caminho distante”, portadora de um “vaso cheio de farinha” cuja alça se quebrou e que ao chegar ao final de sua caminhada, ela encontrará “vazio”; é dito expressamente que ela “não se apercebeu” do que lhe acontecia, que ela “não soube, não conheceu o infortúnio”.