GEORGES VALLIN — VIA DE GNOSE E VIA DE AMOR
Capítulo I — Perspectiva religiosa e perspectiva metafísica: amor e conhecimento
A experiência metafísica da transcendência, aplicável às tradições espirituais de tipo “mitológico-metafísico”, como as tradições orientais e extremo-orientaisUma metafísica não dualista centrada em um eixo de iluminação de um aspecto do Absoluto que é posto como mais profundo que o Aspecto “causal” e “criador”
A distinção entre os dois grandes tipos de tradiçõesA mentalidade contemplativa que implica em um sentido inato do simbolismo das formas naturais, que tende a ver os entes como reflexos dos Arquétipos ou do Princípio e que une paradoxalmente um politeísmo aparente — ligado à mitologia — a uma visão de Absoluto concebido segundo a “Não-dualidade”
Uma via espiritual como a via religiosa, essencialmente centrada sobre a dualidade Criador-Criatura, por conseguinte, identificando a priori o indivíduo humano com a Vontade e não com o Intelecto intuitivo pode examinar a verdade segundo duas perspectivas:A vontade como iluminada por uma certa participação na gnose
A vontade radicalmente separada de toda participação no Intelecto, apresentando o caminho espiritual caracteres extremamente diferentes, ao mesmo tempo bhakti contemplativo e de pura gnose intelectiva