====== Saint-Martin (SMMHE, Homem) – Alma humana ====== Se o homem estivesse //atento// aos seus caminhos, poderia chegar a produzir o mesmo efeito, ou a sair de si de outra maneira; seria quando se sentisse impelido ao //falso//, de tentar não esquecer que o //verdadeiro// não deixa por isso de existir; seria de dizer a Deus no fundo de seu ser, que ainda há algo a fazer para a //melhora// da natureza e da **alma humana**, e para o //avanço// da obra divina, da //soberana// sabedoria. Seria de //representar// a ele quão //urgente// é esta obra, de pedir-lhe que o empregasse nela, e de não o deixar //ocioso// nem abandonado a nenhuma outra obra, que a tarefa em questão não fosse cumprida. O Ministério…: Do Homem. Assim, quando Deus //admite// um homem ao //primeiro// lugar no ministério do Homem-Espírito, é para o transformar em um agente //penetrante//, //vivo//, e cuja //ação// seja //universal// e //permanente//; pois o caminho de Deus não se manifesta assim para obras //indiferentes// e //passageiras//. Assim, todos os universos reunidos não deveriam //balancear// em nossos olhos o preço de uma semelhante //eleição//, se tivéssemos a felicidade de que nos fosse oferecida, já que poderíamos então trabalhar //utilmente// para o alívio da **alma humana**. O Ministério…: Do Homem. Quando caímos de algum lugar //elevado//, nossa cabeça gira tão //forte// durante a queda, que não percebemos nada; é só no momento do //choque// que o sentimento //vivo// da dor vem nos //penetrar//; e muitas vezes permanecemos sem movimento e sem conhecimento. Tal foi a história da **alma humana** na //prevaricação//. Ela perdeu de vista a //região// gloriosa de onde se precipitava por sua queda, e o homem inteiro se encontrou como //morto// e privado do uso de todas as //faculdades// de seu ser. O Ministério…: Do Homem. Quando pela //tenra// efusão do //amor// supremo, os primeiros tratamentos foram empregados em relação à **alma humana**, o movimento lhe foi //devolvido//, e esse movimento a colocou em condições de //aproveitar//, para sua //instrução//, do movimento que regia o universo; pois esses dois movimentos deviam ser //coordenados//. De fato, buscamos diariamente //coordenar// nosso pensamento com tudo o que age neste universo; e era verdadeiramente um //favor// particular concedido à **alma humana**, aquele que lhe fornecia os meios de //contemplar// ainda a verdade nas imagens deste mundo, depois que ela se banira da morada da //realidade//. O Ministério…: Do Homem. Ela havia sabido durante sua //glória//, esta **alma humana**, que não deveria ter outro Deus senão o Deus //supremo//; e embora não devesse, de fato, conhecer o //complemento// dessa glória senão depois que tivesse atingido o //complemento// de sua obra, no entanto, por pouco que em seu estado //primitivo// tivesse //provado// o //encanto// das //maravilhas// e das //doçuras// divinas, não deveria ignorar que nada podia ser comparado ao seu princípio. O Ministério…: Do Homem. No entanto, ela se deixou //enternecer// pelo poder de um princípio //inferior// que é este mundo físico universal, onde as estrelas e os astros exercem um emprego tão importante que a **alma humana** se tornou //corporalmente// submetida ao seu regime. Mas, embora tivesse caído nesse regime //inferior// e que estava ligado à sua //degradação//, a fonte que havia produzido esta **alma humana**, não quis perdê-la de vista e lhe transmitiu, nesta nova ordem de coisas, o //preceito// fundamental de sua lei primitiva. O Ministério…: Do Homem. Mas assim que o dia //anuncia//, a luz desses astros se //enfraquece// para nós; ela se //esvai// completamente quando o dia adquiriu seu grau e sua força, e o sol, ao fazer desaparecer, por sua //única// presença, a //vã// multiplicidade desses //falsos// Deuses, parece dizer a todo o universo o que foi dito à **alma humana**, quando ela saiu de sua gloriosa fonte: Não terás outro Deus diante de mim. O Ministério…: Do Homem. **alma humana**, tu havias //esquecido// esta lei //superior//, quando, em teu estado de //esplendor//, te deixaste //extraviar// por um //falso// atrativo; mas esta lei //inextinguível// te //perseguiu// até em teu //abismo// terrestre, porque o princípio das coisas não pode produzir nada sem //imprimir// em toda parte os //eloquentes// caracteres de sua língua divina. O Ministério…: Do Homem. Sim, **alma humana**, é certamente assim que o //amor// supremo se //conduziu// contigo, quando viu que os //grandes// flagelos da natureza que tu havias //provocado// por tuas //inadvertências//, não te haviam tornado mais //sábia//. Ele se //aproximou// de ti com todos os traços de um //zelo// inquieto, e tomando um tom //ameaçador//, ele te //recordou// as //antigas// ordenanças sobre as quais tua origem e o //contrato// divino estavam //fundados//; que ele havia //pronunciado// diante de ti depois de te ter dado a existência; que ele havia feito //pronunciar// de novo à natureza, depois que tu te havias //sujeitado// ao seu regime figurativo, e que poderiam a todo momento //ressonar// em teu ser mais //íntimo//, já que tu és sempre //originariamente// o órgão da //eterna// fonte divina, e já que o que ela //pronunciou// uma vez não pode mais cessar de se //pronunciar// sem //interrupção// e na //duração// de todas as //eternidades//. O Ministério…: Do Homem. Independentemente de mil outras lições //instrutivas// que a natureza é encarregada pelo //amor// supremo de transmitir todos os dias e //fisicamente// à **alma humana**, estamos //intimamente// convencidos de que cada coisa, para ter apenas um nome entre os homens, deve ter feito sua //própria// revelação. Assim, as //práticas// religiosas que se veem //universalmente// em uso entre os homens, não permitem duvidar que este //amor// supremo não tenha aberto também neste gênero alguma espécie de via de //reabilitação// para a **alma humana**, embora //enormes// amontoados de //entulho// se tenham tão //acumulado// sobre essas fontes //restauradoras//, que mal podem ser //reconhecíveis//. O Ministério…: Do Homem. É por isso que distinguimos //claramente// duas classes de profecias, umas //assustando// o povo //culpado// com ameaças, outras //anunciando// às almas de //paz// os dias de //consolação// prometidos à terra. Notamos também o quanto nessa época o objeto das profecias se //estende// e se //aproxima// dessa //regeneração// da **alma humana** que sempre havia sido o objetivo de todas as manifestações divinas //anteriores//, mas que se mantivera //envolvido// nas ordenanças //figurativas//. O Ministério…: Do Homem. De fato, a efusão do sangue da vítima deve operar em razão do //posto// e das //propriedades// dessa vítima; e se o sangue dos animais só podia //desatar// as //cadeias// corporais do pecado no homem, já que não têm nada acima do //elementar//; se o sangue dos profetas //desatava// as //cadeias// de seu espírito, deixando-o entrever os //raios// da estrela de Jacó, a efusão do sangue do //reparador// devia //desatar// as //cadeias// de nossa alma divina, já que esse //reparador// era ele mesmo o //princípio// da **alma humana**, e //desvendar// suficientemente seus olhos para que ela //percebesse// a própria fonte onde havia //buscado// o nascimento, e que ela sentisse que era apenas pela //imolação// interior e //voluntária// de tudo o que em nós nada no sangue e está ligado ao sangue, que podíamos //satisfazer// o desejo e a necessidade //essencial// que temos de nos //reunir// à nossa fonte divina. O Ministério…: Do Homem. Só esse //princípio// divino que, em seguida a essa operação, pôde //atrair// a **alma humana** para fora de seus //abismos//, e //identificar-se//, por assim dizer, com ela, a fim de lhe fazer //provar// as //delícias// de sua //verdadeira// natureza; só ele que, sendo //depositário// da //chave// de Davi, podia de um lado //fechar// o abismo, e do outro //abrir// o reino da luz, e //devolver// ao homem o //posto// que ele deveria sempre ter ocupado. O Ministério…: Do Homem. Reanimemos, pois, nossa //coragem//. Se nossa //reabilitação// espiritual exige, na verdade, todos os nossos //cuidados//, podemos também //considerá-la// //assegurada//, por pouco que nos //determinemos// a empreendê-la, pois a doença da **alma humana**, se posso me permitir expressar-me assim, não é senão uma espécie de //transpiração// //estagnada//; e a //sabedoria// suprema não cessa de fazer passar até em nós //salutíferos// e //poderosos// sudoríficos que tendem incessantemente a //restabelecer// a //circulação// e a //ordem// em nossos líquidos. O Ministério…: Do Homem. De seu lado, essa //envoltura// material, tendo sido //perpetuamente// impregnada dos frutos de sua obra, sofreu quase //imperceptivelmente// a //decomposição// diária de suas molas, e se os planos //restauradores// tivessem sido seguidos, ela teria sofrido comumente sem dor sua própria //demolição// final. Pode-se, então, conceber algo mais //doce// do que todas essas //progressões// que a //sabedoria// suprema estabeleceu para a //reabilitação// do homem? Mas se tais são as //alegrias// que o //devotamento// ao Ministério do Homem-Espírito nos apresenta, mesmo aqui embaixo, o que esse //devotamento// não deve, então, prometer à **alma humana**, quando ela depositou sua //mortal// despojo? Vemos que aqui embaixo nossos corpos são destinados a //gozar// de todas as suas faculdades, e a se //comunicar// entre si. Quando não gozam de nenhuma de suas faculdades, não se //comunicam// nada, como se vê para as crianças da primeira idade. O Ministério…: Do Homem. Sem dúvida, este //simples// quadro poderia ser //suficiente// para //inflamar// tua //coragem//, e para //excitar// teu //devotamento//; pois qual móvel mais //belo// do que aquele que leva o homem a trabalhar para fazer a **alma humana** //sabatizar//? Mas este móvel se tornará muito mais //premente// e mais //ativo//, quando pensares que tua obra não se //limita// à posteridade //inteira//, //passada//, //presente// e //futura//, do primeiro homem, e que ela pode se //estender// até este primeiro homem mesmo, pelas relações que esta posteridade //conserva// com ele; pois ele //sofreu// tanto pelo //contato// da atmosfera //desarmonizada// que habitamos, que não teria podido //suportar// o //choque// até o presente, se a mão //suprema// não tivesse //temperado// os primeiros //ataques//. O Ministério…: Do Homem. Será, além disso, para o //interesse// da //triste// morada dos homens. Pois aqui embaixo quando Deus não encontra **alma humana** onde possa se //colocar// e pela qual possa //agir//, é então que as //desordens// se //engendram// e se //sucedem// na terra de uma maneira //dilacerante// para aqueles que amam o //bem//, e isso mostra que o //crime// do primeiro homem foi de se ter tornado //vazio// de Deus, para seguir apenas seu //próprio// espírito //tenebroso//. Mas esses //abusos// a que sua posteridade se entrega, fazem com que se o espírito do homem se //inclina// assim todo para um lado, a força divina se //inclina// do outro por sua vez //inteira//, e que por seu //grande// peso ela se faz //perceber// no fim em algumas almas humanas de onde ela se //estende// em seguida para //fora// para //conter// o //excesso// do mal e //deter// as //desordens//; sem isso, o universo já estaria //derrubado//. O Ministério…: Do Homem.