====== Zaleski Teoria Oração ====== Philip Zaleski — ORAÇÃO #Teorias da Oração **As origens da oração, históricas e mitológicas, têm uma significação intrínseca, pois na semente está a árvore. **Sir Edward Burnett Tylor (1832-1917) é o primeiro teórico moderno da oração. Estudou a religião tolteca no México buscando criar uma ciência da cultura que explicasse a gênese da crença e da prática religiosas, assim como a teoria da evolução explicava a gênese das formas de vida. **Sir James George Frazer (1854-1941) foi o principal herdeiro da visão evolucionista de Tylor. Passou uma vida elaborando esta visão e assim legando sua monumental obra de doze volumes The Golden Bough (A Rama Dourada). **Dentro da visão evolucionária merece crédito a análise de Freud em Totem e Tabu, que reflete sua posição fundamental de que a história da cultura reflete o desenvolvimento psíquico-sexual humano. **Tylor, Frazer e Freud, guardadas suas diferenças, compartilham pressupostos comuns: ***Um evolucionismo exacerbado... ***Para descobrir a essência da oração, deve-se descobrir as formas mais primitivas, subdesenvolvidas e primordiais. ***Estas formas se acham nas sociedades tribais, de onde se podem compreender a cultura pré-histórica. ***De seu modelo primitivo mágico, a oração evoluiu para formas superiores, tornando obsoletas o modelo primitivo. ***Religião e magia são esforços pré-científicos que fazer o que a ciência explica e pode fazer agora com mais sucesso. ***Os cientistas sociais são aqueles mais dotados para explicar o comportamento humano. #Infelizmente estes pressupostos dominaram a cena dos estudos e pesquisas sobre a oração, tornando um tema por si mesmo delicado e sutil, em algo extremamente reduzido e irracional. Apenas com William James surgiu o primeiro estudo empático com tema, respeitando sua sutileza e profundidade, The Varieties of Religious Expression, As Variedades da Expressão Religiosa. **Apesar de no final de sua vida, responder a um discípulo que não podia orar, pois se sentia tolo e artificial. #Síntese do livro de Friedrich Heiler, Prayer — A Study In The History And Psychology Of Religion (1918), por considerá-lo simpatizante do tema da oração e por adotar uma primeira abordagem fenomenológica da religião.