====== Máximo o Confessor – Ad Thalassium ====== //Máximo o Confessor — Quaestiones ad Thalassium// As Quaestiones ad Thalassium datam dos anos 630-33 AD e consistem em respostas de Máximo a questões sobre aporias nas Escrituras, enviadas a ele por seu amigo líbio, “presbítero e higumeno” Thalassius, provavelmente em benefício de toda comunidade de monges a qual pertencia Thalassius. Um certo número de questões é sobre problemas exegéticos levantados exegeses patrísticas anteriores, enquanto outros claramente refletem as preocupações dos monges em colher frutos espirituais de textos discrepantes ou obscuros. Máximo revela sua dívida com a tradição hermenêutica de Alexandria, incluindo o princípio que o Espírito Santo tenha inserido “obstáculos” (skandala) na Escritura para provocar a exploração dos mistérios profundos que encerra. Máximo demonstra também sua habilidade para desenvolver doutrina espiritual dos múltiplos sentidos do texto escriturário. Suas respostas são ao mesmo tempo profundamente teológicas e práticas. Usamos tanto citações apresentadas em Liturgia Cósmica e na tradução inglesa de Ad Thalassium 1, 2, 6, 17, 21, 22, 42, 60, 61, 64, reunidas em On the Cosmic Mystery of Jesus Christ. Cabe ainda lembrar, segundo o compilador e organizador da versão francesa da Philokalia, que algumas das Centúrias de Máximo o Confessor são compilações retiradas das "Quaestiones ad Thalassium", especialmente as Centúrias sobre a Teologia III (itens 48-100), IV, V, VI e VII (1-61). //ConstasT// //Respostas a Thalassios// consiste em uma série de sessenta e cinco perguntas e respostas sobre passagens difíceis das Escrituras. Como muitas das perguntas de Thalassios contêm duas ou mais passagens bíblicas, o número real de passagens tratadas na obra é de oitenta e uma. Em termos de conteúdo, vinte e oito dessas passagens são do Antigo Testamento e cinquenta e três do Novo Testamento, embora treze das passagens do Antigo Testamento recebam um tratamento de comprimento monográfico e, juntas, componham quase metade de toda a obra. Apesar da promessa de Máximo de "responder a cada uma das passagens da forma mais breve e concreta possível", as respostas variam muito em tamanho, indo de algumas frases a dezenas de páginas, tornando-se progressivamente mais longas à medida que a obra se desenrola. Como é típico do gênero, as perguntas surgem de diversas dificuldades no texto sagrado, que vão desde problemas filológicos básicos até questões hermenêuticas mais amplas sobre a natureza e o significado da narrativa bíblica. Grande atenção é dada a aparentes ou percebidas contradições nas Escrituras, embora apenas duas perguntas (Qu. 2 e 10) lidem diretamente com contradições entre o Antigo e o Novo Testamento. Já as contradições no Novo Testamento representam o maior número de questões em toda a obra. Essas incluem contradições entre os Evangelhos (por exemplo, Qu. 4); entre Mateus e Atos (Qu. 27); entre Paulo e João (Qu. 9); ou dentro de um único livro ou autor bíblico, como o Evangelho de João, as cartas joaninas ou as cartas de Paulo (Qu. 6, 8, 18, 19, 22, 58). A redundância de linguagem nas Escrituras constitui outra área de dificuldade (Qu. 14, 30, 46, 51), embora seu silêncio também possa ser igualmente desconcertante (Qu. 3).