Chamam-nos de crianças. Recebemos bem esse apelido. As crianças são as novas almas em meio à velha tolice, os novos sábios, os nascidos do novo Testamento. Jovens, eles são um povo diferente do antigo, o novo povo, treinado na escola de novos bens. A fecundidade de nossa época é nossa juventude, livre de toda senilidade. Ela nos incita constante e vigorosamente a conhecer. E nós somos sempre jovens, sempre crianças, sempre novos. Não seriam novos aqueles que participam do novo Logos? Quem entrou na participação da eternidade com alegria se torna incorruptível. Portanto, “crianças” significa que, para nós, toda a vida é uma primavera. É assim porque em nós a Verdade não conhece a velhice, e nela toda a nossa existência se move. A sabedoria sempre germinando, sempre igual e sempre constante, eternamente imutável! “Seus filhinhos”, está escrito, “serão carregados em seus ombros e consolados em seus joelhos. Como um filho é consolado por sua mãe, assim eu os consolarei”. A mãe traz seus filhinhos em seus braços, e nós procuramos nossa mãe, a Igreja (Pedagogus, 1,50,20-21).