Categoria: Henri-Charles Puech

  • Puech (HCPG1:Prefácio) – o gnóstico e sua liberação

    Não se trata, portanto, de uma busca desinteressada e serena do Conhecimento, visando a Ciência ou a Verdade por si mesmas. A pergunta que o gnóstico faz a si mesmo desde o início: “Quem sou eu?”, “O que somos nós?”, é pragmática e, para ele, vital. Ao mesmo tempo em que trai um certo desenraizamento,…

  • Puech (HCPG1:Prefácio) – o gnóstico e os sacramentos

    Se a “gnose” se revela um instrumento de salvação por si mesma e sozinha, se é capaz de salvar pelo próprio fato de sua presença e de seu exercício, não deixa de revelar outro meio de salvação. Por exemplo, práticas concretas, ritos, tipos de “sacramentos”. Mas ritos como esses, além de serem rejeitados em bloco…

  • Puech (HCPG1:Prefácio) – individualismo gnóstico

    É tão importante notar que o gnóstico tende a colocar tudo em relação a si mesmo e à sua salvação pessoal, quanto descrever sua atitude como “egoísta”, se preferirmos, ou “egocêntrica”: em todo caso, “individualista”. Individualismo que se manifesta não apenas na afirmação resoluta e inequívoca de um “eu” soberano e autônomo no qual desemboca,…

  • Puech (HCPG1:Prefácio) – o gnóstico, descensão e ascensão

    Uma preocupação semelhante com a salvação pessoal, as provações que a originam, os esforços que ela provoca, são refletidos e ecoados na especulação e na literatura gnósticas. Já é significativo que o autor muitas vezes se expresse nesses textos na primeira pessoa do singular ou do plural, às vezes em uma espécie de confissão ou…

  • Puech (HCPG1:Prefácio) – Consubstancialidade gnóstico e entidades de sua metafísica

    Também seria muito fácil demonstrar que, com suas pretensões e aspirações, o que o gnóstico faz é projetar-se nas Entidades de sua metafísica ou nos personagens de seus mitos. O “Salvador”, como ele o concebe, o “Iluminador” (phoster), responde a uma necessidade, mas também à imagem ideal que ele faz de si mesmo; esse Salvador,…

  • Puech (HCPG1:Prefácio) – O gnóstico: cosmogonia, antropologia, soteriologia

    Suas doutrinas cosmogônicas e antropológicas também foram construídas com base em uma soteriologia: elas certificam, em particular, que, devido à sua constituição espiritual, devido à presença nele de um noûs adicionado à sua alma e ao seu corpo, ele é capaz de ser salvo e até mesmo de salvar a si mesmo, uma vez que…

  • Henri-Charles Puech

    GNOSTICISMO — Henri-Charles Puech (1902-1986) Um dos maiores estudiosos do Gnosticismo, participou ativamente dos trabalhos iniciais sobre as descobertas da Biblioteca de Nag Hammadi (vide também Evangelho de Tomé). *Collège de France — Professeurs disparus DESTAQUES *GNOSE *GNOSTICO *PRÍNCIPE DAS TREVAS

  • Puech (HCPG1) – Gnose, uma atitude

    Por conseguinte, se se quer chegar a uma compreensão da Gnose, é conveniente, como se faz aqui, não só começar por apoiar-se nas definições dadas por aqueles que pensam ter buscado e obtido sua posse, nas descrições mais ou menos diretas que nos tenham deixado de sua “busca”, mas também analisar e aprofundar os dados…

  • Zostriano [HCPG11]

    A terceira peça do Códice VIII, da qual ocupa aproximadamente as primeiras 132 páginas, é o tratado cujo título, atestado por dois colofões, é Zostrianos (e não, no primeiro, como eu havia repetido seguindo Doresse, Zostrianou), e que contém as revelações com as quais Zostriano, que é quem as relata, teria sido agraciado por um…

  • Puech (HCPG1:Prefácio) – O Gnóstico

    Henri-Charles Puech — Excertos do Prefácio de seu livro “En quête de la gnose I” A imagem global e total que desta forma é possível para o gnóstico obter do seu destino acaba sendo para ele uma das mais instrutivas. Não só o período de infortúnio e desânimo que atravessa deixa de ser, imprensado entre…

  • Puech (HCPG1) – Essência da Gnose

    Se quisermos progredir, de acordo com a linguagem dos “fenomenólogos”, devemos tentar descobrir a “essência” [da Gnose] em suas “manifestações”. E há mais um aspecto a ser esclarecido. A Gnose não existe em si mesma, independentemente de suas expressões, além da “Gnose” e dos gnósticos. Reduzi-la a um conceito abstrato, a uma noção puramente ideal,…