Categoria: Franz von Baader

  • Baader (FC:I.6c) – aniquilação

    De acordo com este princípio (B é em/com A, enquanto A é revelado por B) de Scotus Erigena: Deus est in se fit in creaturis. — A palavra “aniquilar” deve ser tomada apenas no sentido de que podemos dizer que o conceito orgânico aniquila dentro de si o seu fluido vital, ou seja, não o…

  • Baader (BBPL) – Somente a alma rica ama

    O Deus que é totalmente livre e independente em seu próprio ser esconde a dependência da criação em relação a ele, a fim de que a adoração a ele possa ser uma adoração livre, e não uma adoração servil, forçada pela necessidade. Esse relacionamento livre entre a criatura e o criador não ocorreria (…) se…

  • Baader (FC:I.1 nota a) – torno-me o princípio que me orienta

    Esta expressão1)) não deve de jeito nenhum ser tomada aqui no sentido absoluto como o fez Fichte por exemplo; se bem que este ato decida sobre o lugar (ou princípio) pelo qual me oriento e que se desenvolve em mim, me dominando e me formando, não é a ação que forma e cria esse princípio…

  • Baader (FC:I.1) – fazendo o bem, torna-se bom; fazendo o mal, torna-se mau

    “É em fazendo o bem que a gente se torna bom”, diz um escritor francês, e se poderia por conseguinte retornar a fórmula e dizer: « É em fazendo o mal que a gente se torna mau””. Mas se é unicamente por intermédio de minha colaboração e de minha ação pessoal que me torno bom…

  • Baader (FC:I.10) – manifestação e criatura

    A união aumenta nas mesmas proporções que a distinção (a multiplicidade de órgãos); em outras palavras, quanto mais um ser se fecha em si mesmo (segue um movimento de atração), mais livremente se desdobra (segue um movimento de expansão). Mas essa união ou harmonização da existência dentro de si mesmo e da existência fora de…

  • Baader (FC:I.2) – erro fundamental do panteísmo

    O espírito que se desviou de Deus (da unidade enquanto «unidade — princípio — centro»), que saiu desta unidade para viver nele mesmo, não pode mais, como já fiz notar em minha obra «sobre a força da adivinhação e da crença», senão separar em confundindo em lugar de distinguir em unindo, e confundir separando em…

  • Baader (FC:I.3) – só se é tentado por seu próprio desejo

    Não é somente por este (ato primitivo->art20634) (universal e central) mas também por cada ato autônomo da inteligência, por cada ato particular realizado na vida temporal e traduzindo uma decisão livre desta inteligência, que vale o princípio segundo o qual ela se dispõe fazendo seu próprio caráter bom ou mau; e é preciso em consequência…

  • Baader (FC:I.32) – subordinação

    Tudo o que é “imediato” primeiro se apresenta com a pretensão de me mediar, ou seja, de me subordinar a ele, e, portanto, depende acima de tudo da escolha que fiz para saber a qual “imediato” estou me submetendo e a qual outro, ao contrário, estou subordinando ou tendendo a subordinar a mim. Se a…

  • Baader (FC:I.33) – infinito e finito

    Hegel está perfeitamente certo ao distinguir o infinito ruim do infinito verdadeiro; e da mesma forma não é menos correto distinguir a finitude ruim da finitude verdadeira, e não chamar de ruim o finito como tal, mas sim reconhecer que o subjetivo que deve ser apenas subjetivo, o finito que deve ser apenas finito, o…

  • Baader (FC:I.4) – livre-arbítrio e liberdade

    Portanto, é claro que, quando desta livre escolha1 entre o bem e o mal, no caso em que uma tendência ao mal já existe na criatura, ocorre, pelo menos no momento da escolha, uma liberação da influência determinante dessa tendência ao mal, uma cessação e, por assim dizer, um silêncio dessa tendência; também é concebível…

  • Baader (FC:I.5) – ação liberadora

    Assim como, de acordo com o que foi dito acima, não há virtude pronta para o homem, também não há verdade pronta para ele. E assim como o homem, mesmo que tivesse permanecido fiel ao seu primeiro estado paradisíaco ou de inocência de um determinado conhecimento, teria sido obrigado, por uma atividade própria que desenvolveria,…

  • Baader (FC:I.6) – o ser humano é em e por outro

    Pode-se aplicar a cada atividade do homem (e por conseguinte a seu conhecimento) o que vale de maneira geral para seu ser, a saber que é ao mesmo tempo em outro ser (superior a ele), que é com ele, e que este outro, superior (enquanto revelado pelo homem), existe por sua vez por ele :…

  • Franz Baader – Les enseignements secrets de Martinez Pasqualis

    Vous me demandé, honoré ami, de vous communiquer quelque chose touchant les enseignements secrets de Martinèz Pasqualis, auxquels vous vous êtes intéressé à travers les écrits de deux de ses disciples, feu Saint-Martin et l’abbé Fournie(i) qui vit encore à Londres ; je vais donc, selon mes forces et autant qu’il m’est permis, accéder à…

  • Baader (FC:I.7d) – o homem como órgão de Deus

    De acordo com o ponto de vista que apresentei em meu tratado “Sobre o poder da adivinhação e da crença”, o homem, como órgão de Deus (colaborador), deveria agir como intermediário entre Deus e a natureza ininteligente considerada como um instrumento. (Na realidade, deveríamos dizer, a natureza não inteligente com a natureza inteligente, já decaída…

  • Baader (FC:I.8) – Nenhum ser vivo é uno

    Goethe disse o seguinte sobre a vida orgânica: Alegrem-se com a verdadeira aparência, Alegrem-se com o jogo sério. Nenhum ser vivo é uno, É sempre uma pluralidade. (Goethe, Lyrische Dichtungen, « Epirrhema », Insel Verlag, II, 208.) Isso se aplica especialmente à ideia abstrata e superficial de unidade (a de Mendelssohn, por exemplo), que é…

  • Baader (FC:II.2) – interior-exterior

    Enquanto o homem, por exemplo, no interior de si mesmo ou em seu eu, for servo ou escravo do mesmo espírito do mundo que manifesta seu poder no domínio exterior, como um furacão que o homem em sua queda desencadeou contra si mesmo (Fermenta Cognitionis, I, p. 163 e Epístola aos Efésios, 2:2), enquanto esse…

  • Baader (FC:II) – Fermenta Cognitionis II

    Meu espírito deve buscar. Salmo 77:7 É uma grande miséria que o homem se torne tão cego que não consiga mais reconhecer o que Deus é, embora viva em Deus, e há até homens que proíbem esse conhecimento, alegando que não devemos procurar saber o que Deus é, e ainda querem ensinar Deus. Eles estão…

  • Baader (FC:III) – Fermenta Cognitionis III

    “E assim como era infinitamente necessário e bom que a Magia Naturalis desaparecesse entre os cristãos quando a fé foi revelada por Cristo, é ainda mais necessário hoje que a Magia Naturalis se manifeste novamente, para que o que hoje se chama de cristianismo possa reconhecer na natureza os ídolos que formou para si mesmo,…

  • Baader (FC:IV) – Fermenta Cognitionis IV

    Mas espere até que a afinidade natural da religião e da ciência se junte na mente de um único homem de gênio: o aparecimento desse homem não pode estar longe, e ele pode até já existir. Esse homem será famoso e colocará um fim ao século XV, que ainda está em andamento, pois os séculos…

  • Baader (FC:V.1) – forma e matéria

    A identidade da matéria e da forma (a) é muitas vezes mal interpretada, ou seja, é entendida como uma unificação (um estado de confusão) de uma e outra, enquanto expressa apenas a identidade do princípio que produz ambas e se manifesta nelas. Um mineral, por exemplo, no qual a simultaneidade da aparência de sua essência…