Categoria: Agostinho de Hipona
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Agostinho: Deus
E como invocarei meu DEUS, meu DEUS e meu Senhor, se ao invocá-lo o faria certamente dentro de mim? E que lugar há em mim para receber o meu DEUS, por onde DEUS desça a mim, o DEUS que fez o céu e a terra? Senhor, haverá em mim algum espaço que te possa conter?…
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Agostinho: mundo
Foi assim que comecei a comunicar meus desejos às pessoas entre as quais vivia, e entrei a fazer parte do tempestuoso MUNDO da sociedade, dependendo da autoridade de meus pais e obedecendo às pessoas mais velhas. Confissões I, VIII Ó meu Deus, meu Deus! Que de misérias e enganos não experimentei então, quando se me…
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Agostinho: alegria
E que me deleitava, senão amar e ser amada? Mas eu não era moderado, indo de alma para alma de acordo com os sinais luminosos da amizade, pois, da lodosa concupiscência de minha carne e do fervilhar da puberdade levantava-se como que uma névoa que obscurecia e ofuscava meu coração, a ponto de não discernir…
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Agostinho: amor
E não era desobediente para me ocupar de coisas melhores, mas por AMOR ao jogo; buscava nos combates orgulhosas vitórias; deleitava-me com histórias frívolas, com as quais incentivava sempre mais minha curiosidade. Igualmente curiosos, meus olhos se abriam sempre mais para os jogos e espetáculos dos adultos, jogos que dão tao grande dignidade a quem…
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Agostinho: vontade
Nesta minha infância, na qual eu tinha menos que temer por mim do que em minha adolescência, eu não gostava dos estudos, e odiava que a eles me obrigassem. Contudo, era coagido, e me faziam grande bem. Quem não procedia bem era eu, que não estudava a não ser constrangido, pois ninguém faz bem o…
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Agostinho: morte
E que pretendo dizer-te, Senhor, senão que ignoro de onde vim para aqui, para esta não sei se posso chamar vida mortal ou MORTE vital? Não o sei. Mas receberam-me os consolos de tuas misericórdias, conforme o que ouvi de meus pais carnais, de quem e em quem me formaste no tempo, pois eu de…
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Agostinho: fé
Que eu, Senhor, te procure invocando-te, e te invoque crendo em ti, pois me pregaram teu nome. invoca-te, Senhor, a FÉ que tu me deste, a FÉ que me inspiraste pela humanidade de teu Filho e o ministério de teu pregador. Confissões I, I Assim, pois, meu Senhor e meu Deus, tu que me deste…
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Agostinho: carne
Tudo isto vim a saber mais tarde, quando me falaste por meio dos mesmos bens que me concedias interior e exteriormente. Porque então as únicas coisas que fazia era sugar o leite, aquietar-me com os afagos e chorar as dores de minha CARNE. Confissões I, VI Porque odiava eu as letras gregas, que me ensinavam…
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Agostinho: trevas
Assim, pois, meu Senhor e meu Deus, tu que me deste a vida e corpo, o qual dotaste, como vemos, de sentidos e proveste de membros, adornando-o de beleza e de instintos naturais, com os quais pudesse defender sua integridade e conservação, tu me mandas que te louve por esses dons e te confesse e…
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Agostinho: mal
Certa vez, vi e observei um menino invejoso. Ainda não falava, e já olhava pálido e com rosto amargurado para o irmãozinho caçula. Quem não terá testemunhado isso? Dizem que as mães e as amas tentam esconjurar este defeito com não sei que práticas. Mas se poderá considerar inocência o não suportar que se partilhe…
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Agostinho: misericórdia
Permita, porém, que eu fale em presença de tua MISERICÓRDIA, a mim, terra e cinza; deixa que eu fale, porque é à tua MISERICÓRDIA que falo, e não ao homem, que de mim escarnece. Talvez também tu te rias de mim, mas, voltado para mim, terás compaixão. Confissões I, VI Tu vês, Senhor, estas coisas,…
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Agostinho: sabedoria
És grande, Senhor e infinitamente digno de ser louvado; grande é teu poder, e incomensurável tua SABEDORIA. E o homem, pequena parte de tua criação quer louvar-te, e precisamente o homem que, revestido de sua mortalidade, traz em si o testemunho do pecado e a prova de que resistes aos soberbos. Todavia, o homem, partícula…
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Agostinho: obras
Diziam: “Verdade! Verdade!” — e, incessantemente, falavam-me da verdade, que nunca existiu neles; antes, diziam muitas falsidades, não apenas de ti, que és verdade por excelência, mas também dos elementos deste mundo, criação tua. Sobre isso, mesmo quando os filósofos diziam a verdade, tive de ultrapassá-los nos raciocínios por amor de ti, ó pai sumamente…
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Agostinho: filho
Que eu, Senhor, te procure invocando-te, e te invoque crendo em ti, pois me pregaram teu nome. invoca-te, Senhor, a fé que tu me deste, a fé que me inspiraste pela humanidade de teu FILHO e o ministério de teu pregador. Confissões I, I Tu vês, Senhor, estas coisas, e te calas compassivo, paciente, cheio…
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Agostinho: pai
E antes desse tempo, minha doçura e meu Deus, que era eu? Fui alguém, ou era parte de alguma coisa? Dize-mo, porque não tenho quem me responda, nem meu PAI, nem minha mãe, nem a experiência dos outros, nem minha memória. Acaso te ris de mim, porque desejo saber estas coisas, e me mandas que…
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Agostinho: criação
És grande, Senhor e infinitamente digno de ser louvado; grande é teu poder, e incomensurável tua sabedoria. E o homem, pequena parte de tua CRIAÇÃO quer louvar-te, e precisamente o homem que, revestido de sua mortalidade, traz em si o testemunho do pecado e a prova de que resistes aos soberbos. Todavia, o homem, partícula…
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Agostinho: Verbo
Que minha alma te louve por tudo isto, ó Deus, criador de todas as coisas; mas não se pegue a elas com o visco do amor dos sentidos, pois também elas caminham para o não-ser, e dilaceram a alma com desejos pestilentos, e ela quer existir e gosta de descansar nas coisas que ama. Mas…
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Agostinho: imagem
Acaso alguma criança pequena de hoje, em quem vejo a IMAGEM do que não recordo de mim? E em que eu poderia pecar nesse tempo? Acaso por desejar o peito da nutriz, chorando? Se agora eu suspirasse com a mesma avidez, não pelo seio materno, mas pelo alimento próprio da minha idade, seria justamente escarnecido…
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Agostinho: graça
Eu te confesso, Senhor dos céus e da terra, louvando-te por meus princípios e por minha infância, de que não tenho memória, mas que, por tua GRAÇA, o homem pode conjectura de si pelos outros, crendo em muitas coisas, ainda que confiado na autoridade de humildes mulheres. Confissões I, VI Como agradecerei ao Senhor por…
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Agostinho: lei
Assim, pois, meu Senhor e meu Deus, tu que me deste a vida e corpo, o qual dotaste, como vemos, de sentidos e proveste de membros, adornando-o de beleza e de instintos naturais, com os quais pudesse defender sua integridade e conservação, tu me mandas que te louve por esses dons e te confesse e…