Boehme: terra

“Os filhos de Deus falam através do Espírito Santo. Portanto, suas palavras permanecem um mistério aos homens da TERRA; e mesmo que esses imaginem que as compreendem, eles só vêem o sentido externo”. (Cartas, XI. 40). 20

“Não estou coletando meus conhecimentos das letras e livros, mas do meu próprio ser; porque o céu e a TERRA, com todos os seus habitantes, e mais que tudo, o próprio Deus, está no homem”. (Tilken… II. 297).

“A vontade deve buscar ou desejar nada mais do que a misericórdia de Deus no Cristo; deve entrar continuamente no amor de Deus, e não permitir que nada a afaste deste objetivo. Se a razão externa triunfa e diz: ‘Eu tenho o verdadeiro conhecimento’ então a vontade deve fazer a razão carnal curvar-se à TERRA, fazendo com que entre num estado mais elevado de humildade, e com que repita sempre para si mesma as palavras: ‘És tola. Tu nada possuis senão a misericórdia de Deus’. Tente penetrar essa misericórdia e tornar-se um nada em si mesmo, e afaste-se de todo o seu próprio conhecimento e desejo egoísta, reconhecendo-os como algo inteiramente impotente. Então a vontade própria natural, irá entrar num estado de abandono, e o Espírito Santo de Deus irá tomar uma forma viva dentro de ti, inflamando a alma com suas chamas de amor divino. Assim, o conhecimento elevado e a ciência do Centro de todo ser irá surgir. O eu humano irá começar a perceber o Espírito de Deus, tremulamente e na alegria da humildade, e será capaz de ver o que está contido no tempo e na eternidade. Tudo está perto de uma alma nesse estado, pois a alma não é mais propriedade sua, mas um instrumento de Deus. Em tal estado de calmaria e humildade a alma deve permanecer, como uma fonte permanece em sua própria origem, ela deve, sem cessar, atrair e beber daquele poço, e nunca mais desejar deixar o caminho de Deus”. (Quietude…, 1, 24).

“Se alguém deseja me seguir, que não seja intoxicado pelos pensamentos e desejos terrestres, mas que seja cingido pela espada do Espírito, pois terá que descer à terrível profundidade, por não dizer ao meio do reino do inferno. É muito duro lutar contra o demônio entre o céu e a TERRA, por ele ser um poderoso senhor. Durante tais batalhas passei por experiências amargas, que encheram meu coração de dor. Frequentemente o sol desaparecia da minha vista, mas depois surgia novamente e quanto mais o sol se punha, mais lindo, claro e magnífico era o seu raiar”. (Aurora, XIII. 20).

“Assim como a TERRA continua a produzir plantas, flores, árvores, metais e seres de várias espécies, um mais glorioso, forte e belo que o outro; e como no nosso plano terrestre uma forma aparece enquanto outras perecem, havendo um contínuo trabalho e envolvimento das formas, do mesmo modo a geração eterna com o santo mistério, continua ocorrendo com grande poder; em consequência dessa contorção de poderes espirituais, os frutos divinos aparecem um ao lado do outro, todos e cada um deles, numa radiação de belas cores. Tudo aquilo pelo qual estamos rodeados no mundo terrestre, não passa de um símbolo terrestre, que existe no reino celestial numa bela perfeição, num estado espiritual. Não existem ali meramente como um espírito, uma vontade ou um pensamento, mas numa substancialidade corporal, em essência e poder, e aparece inconcebível se comparado com o mundo material externo” (Assinatura…, XVI. 18).

“É dito que Deus é tudo, que Ele está no céu e na TERRA, e também no mundo externo; tal afirmação é verdadeira, de certa forma; porque tudo se origina em Deus e de Deus. Mas de que serve essa doutrina, que não é uma religião? Tal doutrina foi aceita pelo demônio, que queria se manifestar e ser poderoso em todas as coisas”. (Tilken… I.140).

“Não imagine Deus como sendo um poder cego, existindo ou movimentando-se no céu ou além e acima do céu, desprovido de razão ou conhecimento, comparável ao sol, que gira em torno de sua órbita, emitindo luz e calor, sem se importar se isso beneficia ou não a TERRA e suas criaturas. Não! O Pai não é isso; mas Ele é onipotente, sábio, o Deus que tudo sabe; Nele mesmo, Ele é bom, generoso e misericordioso, alegre e regozija-se em si mesmo”. (Aurora, III. II).

“Se o leitor considerar a profundeza do céu, as estrelas, os elementos e a TERRA, não irá, com certeza, ver com seus próprios olhos, a Divindade pura e cristalina, embora Deus esteja ali, dentro de tudo isso; mas se você elevar seus pensamentos e direcionar sua mente a Deus, que em Sua santidade governa com o Todo, estará então penetrando o céu e alcançando o próprio coração sagrado de Deus”. (Aurora, XXIII. II).

“Toda a localidade do mundo, as profundezas da TERRA e acima da TERRA, até o céu e o próprio céu criado, que vemos com os nossos olhos, mas que, no entanto, não podemos compreender com nossos sentidos, todo esse espaço é um reino, onde Lúcifer era o governador antes de sua queda; mas os outros dois reinos, o de Miguel e Uriel, existem além do céu criado (espaço) e são iguais ao primeiro reino”. (Aurora, VII.7).

“Cada país possui seu espírito guardião principal com suas legiões. Do mesmo modo, há anjos governando os quatro elementos — fogo, água, ar e TERRA”. (Mysterium, VIII. 9).

“Antes dos tempos da cólera, havia no lugar desse mundo as seis fontes espirituais, gerando a sétima de forma suave e doce, como ainda acontece no céu, e não crescia ali nem sequer uma gota de cólera. Tudo o que existia era luz e transparência, sem a necessidade de outra luz, pois a fonte do amor com o coração de Deus estava iluminando tudo. A natureza era então muito etérea, e tudo permanecia num grande poder. Mas tão logo se deu o início da guerra dos demônios orgulhosos, tudo tomou uma outra forma e modo de ação. A luz se extinguiu na geração externa; consequentemente, o calor tornou-se aprisionado na corporalidade, não podendo mais gerar sua própria vida. Por causa disso, a morte penetrou a natureza e a natureza se degenerou. Uma nova criação da luz se fez necessária, sem o que a TERRA teria permanecido na morte eterna”. (Aurora, XVII. 2 IV.15).

“Os espíritos expulsos ainda se encontravam na qualidade do pai, e, portanto acenderam a qualidade da natureza através da imaginação, de modo que a substância transformou-se em TERRA e pedras, e o doce espírito da água num céu incandescente. Depois disso ocorreu a criação deste mundo”. (Encarnação de Cristo…, I. 2-8).

“Assim, as trevas permaneceram na qualidade da cólera, na substância da TERRA e em toda profundidade desse mundo; e na substância da luz, a luz da natureza do céu, ou seja, da quinta essência, surgiu aquilo do que a constelação foi criada. Essa essência está em todo lugar, na TERRA e acima da TERRA” (Aurora, XII. 15).

“Quando Deus pronunciou: ‘Que haja a Luz’, a essência, o ser dentro da qualidade da luz, não se movimentou apenas na TERRA, mas em toda a profundeza, com grande poder; com isso, o sol foi criado no quarto dia, quer dizer, foi aceso”. (Mysterium, XII.13).

“Esse movimento durou seis dias e seis noites, quando todos os sete espíritos de Deus estavam em geração móvel e completa; o coração de todos os espíritos e o salitre da TERRA também giraram seis vezes dentro da grande roda”. (Aurora, XXI. 123).

“A água sobre a TERRA é um ser mortal e degenerado, como a própria TERRA. Essa água material, contida na geração mais externa, foi separada da água inconcebível”. (Aurora, XX. 27).

“Toda água deste mundo encontra-se degenerada, portanto, a água superior deve vir em auxílio da TERRA, extinguindo seu fogo e apaziguando-a, a fim de que a verdadeira água possa nascer”. (Aurora, XX. 33).

“Quando a luz contida na água doce penetrou o espírito amargo, o raio de luz, inflamando-se na água, na qualidade morta, dura e amarga, provocou um movimento em todas as coisas, surgiu a mobilidade (a vida) na existência, não somente no céu acima da TERRA, mas também na TERRA. A vida começou a ser gerada em todas as coisas, e a TERRA produziu as plantas, ervas e árvores; dentro da TERRA se formaram a prata, o ouro e os metais de vários tipos”. (Aurora, XXI. 132; XX. 6).

“Quando a luz apareceu novamente no exterior, não concebível, o Verbo fez surgir a vida da morte, e o salitre corrupto produziu frutos novamente; mas isso tinha que ocorrer em certa relação com o estado depravado existente na cólera, e como a produção dos frutos veio da TERRA, tinham que ser bons e maus”. (Aurora, XXI 19).

“Há na TERRA, acima de tudo, a qualidade amarga. Esta contrai o salitre e solidifica a TERRA, tornando-a um ser corporal, formando corpos de vários tipos, tais como rochas, metais e múltiplas raízes. Na ocasião desta formação, não há vida que permita o crescimento e a expansão. Mas quando o calor do sol age sobre o solo, várias formações prosperam e crescem na TERRA”. (Aurora, VIII. 41).

“Na morte, no centro, no corpo ou ainda na substância corporal da TERRA, Deus despertou a tintura, com seu brilho, esplendor e luz, onde está contida a vida da TERRA; mas na profundeza acima do centro Ele deu o sol, que é uma tintura de fogo, e que com seu poder, alcança a liberdade fora e além da natureza, e de onde a natureza recebe seu esplendor. Ele é a vida de todo o círculo das estrelas, e todas essas estrelas são Seus filhos. Não que ele contenha suas essências, mas a vida deles surgiu de seu centro, no princípio”. (A Vida Tríplice… IV. 27).

“Depois de Deus ter desenvolvido as estrelas e os quatro elementos, foram produzidas as criaturas em todos esses quatro elementos, tais como pássaros na constelação do ar, peixes na constelação da água, animais e seres de quatro patas na constelação da TERRA e espíritos na constelação do fogo”. (Mysterium XLIV I).

“Pelo poder de Seu Verbo, o Fiat, Deus fez com que todos os seres surgissem da matriz da natureza no quinto dia, cada um segundo suas qualidades; os peixes na água, os pássaros no ar, e outros animais sobre a TERRA. Eles receberam sua corporalidade da fixidez (rigidez) da TERRA, e seu espírito do Spiritus Mundi”. (Grace, V 20).

“Todas as criaturas, foram criadas da vida de baixo e da vida de cima. A matriz da TERRA forneceu o corpo e as estrelas, o espírito”. (A Vida Tríplice… XI 7).

“Se um homem, como imagem de Deus, deve governar os peixes, aves, animais e toda a TERRA, assim como as essências de todas as estrelas, então ele deve ser parte dos três, pois cada espírito só pode governar em sua mãe, onde tem sua origem”. (Mysterium, XIV 8).

“Se Moisés diz que Deus criou o homem de um monte de barro, e que soprou nele o sopro da vida, não se deve compreender com isso que Deus tenha atuado de maneira pessoal — como se fosse um homem tomando um punhado de barro para fazer um corpo; mas o Fiat, ou seja, o desejo do Verbo, estava contido no modelo do homem percebido eternamente, que permaneceu no espelho da sabedoria, e que extraiu os Ens (o princípio) de todas as qualidades da TERRA (matéria) num corpo, e essa era a quinta-essência feita dos quatro elementos”. (Grace, V. 27).

“A corporalidade santa interior do elemento puro penetrou os quatro elementos e manteve consigo o Limo da TERRA, ou seja, o corpo sulfúrico (terrestre) exterior, como num estado de absorção; este corpo estava realmente presente, mas do mesmo modo que as trevas habitam na luz, não podendo manifestar-se, por causa da luz”. (Mysterium, XVI. 6).

“Todas as coisas estavam sujeitas a Adão; seu governo estendia-se do céu à TERRA, a todos os elementos e estrelas, pois o poder divino estava nele manifestado”40 (Mysterium, XVI 2).

“Antes de sua queda, o homem podia governar o sol e as estrelas. Tudo estava em seu poder. O fogo, o ar, a água e a TERRA não podiam subjuga-lo; nenhum fogo o queimava, nenhuma água o afogava, nenhum ar o sufocava; tudo o que vivia o temia”. (A Vida Tríplice…, XI 23).

“Nenhum calor, frio, doença, acidente ou medo algum podia tocá-lo ou terrificá-lo. Seu corpo podia passar pela TERRA e pedras sem que nada fosse quebrado; pois um homem que fosse subjugado pela natureza terrestre, ou que pudesse ser quebrado em pedaços, não seria eterno”. (Encarnação de Cristo…, I 2 13).

“Adão encontrava-se no Paraíso, ou seja, na temperatura. Ele encontrava-se numa certa localidade, a saber, onde o mundo santo estava florescendo pela TERRA e gerando os frutos do Paraíso”. (Grace, V.34).

“No Paraíso há plantações, assim como neste mundo, mas não com a mesma tangibilidade. Lá o Céu está no lugar da TERRA, a Luz de Deus, no lugar do sol e o Pai Eterno no lugar do poder das estrelas”. (Três Princípios…, IX 20).

“O mundo tangível ou natureza, antes da cólera de Deus, era tênue, etéreo, amoroso e claro, de modo que os espíritos originais pudessem olhar através de todas as coisas e nelas penetrar. Não havia ali nem TERRA, nem pedras, não havia a necessidade da luz criada, tal como é agora; mas a luz foi gerada em todas as coisas no meio de cada coisa, e tudo se encontrava na luz”. (Aurora, XVIII 29).

Deus viu e sabia que o homem iria cair, por isso o Paraíso não floresceu e gerou frutos em todo o mundo por meio da TERRA, embora estivesse manifestado em todo lugar, mas apenas no Jardim do Éden, onde Adão foi tentado, é que ele se tornou revelado em sua total magnificência”. (Cartas, XXXIX 28).

“O Homem foi criado no Paraíso, que brotou sobre a TERRA, e da TERRA do paraíso foi criado o corpo de Adão, pois ele era um senhor da TERRA; ele estava destinado a revelar as maravilhas da TERRA. Se esse não fosse seu propósito, Deus o teria dotado de um corpo angélico; mas nesse caso o ser substancializado com suas qualidades maravilhosas não seria revelado”. (Encarnação de Cristo…, II 12).

“O espírito de Adão buscava o fruto terrestre, pertencente à natureza da TERRA corrupta, portanto a natureza formou para ele uma árvore semelhante à TERRA corrupta; pois Adão era o coração na natureza; desta forma, ele auxiliou na formação dessa árvore, da qual desejava comer”. (Aurora, XVII 20).

“A Razão (o raciocínio do homem) diz: ‘Por que Deus permitiu que Adão extraísse a árvore da tentação da TERRA, através de sua imaginação?’ O Cristo diz: ‘Se você tiver fé do tamanho de uma semente de mostarda, e disser à montanha: mova-se para o mar; assim será feito’. A alma-espírito (alma espiritual) foi produzida da onipotência divina, do centro da natureza eterna, onde todos os seres foram criados. Por que então não seria ela poderosa? Ela era uma centelha de fogo emanada do poder de Deus, mas depois de ter sido reunida num ser criado (individualizada como um organismo) deu passagem a seu próprio desejo egoísta, rompendo-se com o todo, causando corrupção em si mesma. O poder da alma, antes da invasão da vaidade, era tão grande que não podia ser subjugado a nada; o mesmo ocorreria agora, hoje mesmo, se a compreensão não tivesse sido retirada”. (Mysterium, XVII 41).

“Ao contrário de Lúcifer, Adão não desejou realmente despertar o primeiro princípio; seu desejo era mais o de provar do bem e do mal, ou seja, a vaidade da TERRA”. (Mysterium, XVIII 31).

Deus deu ao mundo externo a luz, soprando Seu poder através dos raios de Sua luz, e com o sol e a lua governa com as coisas deste mundo. As estrelas tomam a luz do sol e da lua, da radiação se derrama de Sua luz, e por meio dessa mesma luz Deus ornamenta a TERRA com belas plantas e flores e torna belo tudo que vive e cresce”. (Oração…, XLVII).

“Este mundo possui um Deus natural que lhe é próprio, o sol; mas ele toma sua existência do fogo de Deus, e este da luz de Deus. Assim, o sol oferece seu poder aos elementos, e os elementos dão sua força as criaturas e eras da TERRA”. (Seis Pontos Teosóficos…, V. 13).

“O abismo do inferno está neste mundo, e o sol é a causa única da existência da água, e do fato da profundeza acima da TERRA ser amorosa, prazerosa, branda e deleitosa”. (A Vida Tríplice… VI 36).

“O sol é o centro da constelação (sistema solar) e a TERRA é o centro dos elementos. Ambos, se comparados, são como espírito e corpo, homem e mulher. Mas a constelação possui uma outra mulher, onde lança sua substância, ou seja, a lua, esposa de todos os planetas, mas especialmente do sol”. (Mysterium XI 31).

“O bem e o mal em todas as coisas vem das estrelas; e como as criaturas sobre a TERRA estão mergulhadas em suas qualidades, o mesmo ocorre com as estrelas”. (Aurora II 2).

“Tudo o que vive e existe é despertado e trazido à vida pelas estrelas, pois elas não são apenas fogo e água, mas também possuem dureza e maciez, amargura e doçura, todos os poderes da natureza e tudo o que está contido na TERRA”. (A Vida Tríplice… VII 46).

“A constelação é a causa das artes e da ciência, assim como de toda ordem e harmonia neste mundo, pois desperta as árvores e metais, permitindo que cresçam. Na TERRA estão todas as coisas contidas nas estrelas; a constelação inflama a TERRA, e tudo isso junto é senão um espírito”88 (A Vida Tríplice…, VII 48).

“O superior deseja o inferior e vice-versa. A fome daquilo que está acima é direcionado poderosamente para a TERRA, e a fome da TERRA busca aquilo que está acima. Assim, se compararmos um ao outro, são como corpo e alma, ou como homem e mulher, gerando filhos”. (Grace V 19).

“Se você observar a TERRA e as pedras irá reconhecer que há uma vida ali; pois, se assim não fosse, não haveria nem ouro, nem prata, nem ervas, nem grama”. (Aurora, XIX 57).

“Cada existência deseja a outra. A que está acima, deseja a que está abaixo; a que está abaixo deseja a que está no alto. Desta forma, a TERRA anseia as estrelas e o espiritus mundi, de modo que não tem paz”. (Clavis, 110).

“A TERRA está girando porque possui dois fogos, o fogo frio e o quente, e aquilo que está embaixo sempre deseja elevar-se em direção ao sol, porque a TERRA recebe espírito e poder unicamente do sol. Portanto, ela está girando. O fogo, seu desejo de luz, a faz girar, pois ela deseja ser inflamada e ter vida própria. Tendo, contudo que permanecer na morte, até que deseje e atraia a vida que está acima, abrindo seu centro para sempre receber a tintura e fogo do sol”. (A Vida Tríplice… XI 5).

“Do fogo origina-se o ar e do ar a água e da água a TERRA; ou seja, uma substância que é de natureza terrestre; os elementos são meramente uma manifestação externa do elemento eterno interior e um fumaça inflamada do último”. (Mysterium, VII 19).

“Os quatro elementos surgiram do elemento único, que possui uma única vontade; eles existem agora num único corpo, havendo entre eles muita luta e disputa. O calor está contra o frio, o fogo contra a água; o ar está contra a TERRA e cada um causa a morte e o rompimento do outro”. (Assinatura… XV 4).

“Pode parecer estranho para a mente racional, se observarmos a TERRA com suas pedras sólidas e sua aparência áspera e dura, que grandes pedras tenham sido criadas, sendo em parte inúteis e muitas vezes um obstáculo para as criaturas deste mundo”. (Mysterium X I).

“A consciência terrestre corrompeu a celeste, e a primeira tornou-se a Turba da última. Da mesma forma, o Fiat fez a TERRA e as pedras a partir da essencialidade eterna”. (Encarnação de Cristo… I 9).

“Mas na TERRA encontramos ainda uma outra tintura oculta que é como a celeste, especialmente nos metais preciosos”. (Seis Pontos Teosóficos…, VI 2).

“Antes da queda, o paraíso florescia por todas as árvores e frutos que Deus criou para o homem. Mas quando a TERRA foi amaldiçoada, essa maldição penetrou todos os frutos, tornando todas as coisas boas e más. Houve morte e podridão em tudo o que anteriormente encontrava-se na única árvore, chamada de árvore do conhecimento do bem e do mal”. (A Vida Tríplice… IX 15).

“Os frutos da TERRA não estão inteiramente na cólera de Deus, pois a palavra incorporada, sendo imortal e imperecível, estava florescendo novamente no corpo da morte, produzindo frutos do corpo mortificado da TERRA”. (Aurora, XXI 24).

“Que ninguém pense que o homem antes da queda possuía órgãos animais de reprodução, e nem partes corporais como tem agora. Tais impurezas não existem na Santíssima Trindade, nem no Paraíso; Isso pertence à TERRA. Originalmente, o homem foi criado um ser imortal e santo, como os anjos”. (Três Princípios…, X 7).

“A alma penetrou com Adão uma habitação estranha, ou seja, o espírito deste mundo. Há, de fato, quatro habitações nas quais aquela jóia preciosa está aprisionada. Destas quatro, há sempre uma especialmente manifestada na pessoa, não as quatro, de acordo com os quatro elementos que se encontram dentro do homem; um deles sempre predomina na vida da pessoa. Esses quatro estados, formas ou temperamentos são conhecidos como: colérico ou bilioso, sanguíneo, fleumático ou linfático e o melancólico ou nervoso. No temperamento colérico está manifestada a natureza e qualidade do fogo; no sanguíneo, a do ar; no fleumático, a da água e no melancólico, a qualidade do elemento TERRA”. (Quatro Complexões…, I.6).

“Ouça e veja qual era o desejo de Adão e Eva antes e depois da queda. Eles desejaram o reino terrestre e a mente de Eva estava direcionada para as coisas terrestres. Quando ela deu à luz a Caim, disse: ‘Eu tenho o Homem, o Senhor’. Ela pensou que ele era aquele cujo calcanhar esmagaria a cabeça da serpente, afastaria o demônio. Ela não pensou que deveria morrer quanto a sua vontade carnal, terrestre e falsa e renascer na vontade divina. Tal vontade (egoísta) ela carregaria com sua semente, e Adão, da mesma forma, resultando a vontade na essência-alma.145 A árvore produziu um galho de sua própria natureza, pois os pensamentos de Caim tiveram a mesma propensão, tornando-se senhor desta TERRA. Quando Caim viu que Abel era maior do que ele no amor de Deus, sua vontade animal livre surge com o propósito de matar Abel, pois ele preocupava-se apenas com a possessão do mundo externo, e de ser seu senhor, enquanto Abel procurava apenas o amor de Deus”. (Mysterium, XXVI 23).

“A configuração de Sem desceu sobre Abraão e Isaac, pois o Verbo do pacto foi manifestado e continha em si o som; mas a configuração de Jafé passou pela sabedoria da natureza no reino da natureza, e daí originou-se os gentis (povo intelectual, mas não espiritual) que deram atenção (proeminentemente) à luz da natureza (coisas naturais). Assim, Jafé, ou seja, a alma destrutiva, aprisionada, pertencente à natureza eterna, vivia entre as “cabanas” de Sem, quer dizer, dentro do pacto, pois a luz da natureza vive na luz da graça, constituindo uma forma ou um estado concebido da luz informada de Deus. A linha descendente de Ram encobriu o homem animal, formado do Limus da TERRA, onde está a maldição, de onde surgiu a raça sodomita semi-animal, que não presta atenção nem na luz da natureza nem na luz da graça, no pacto”. (Mysterium, XXXIV 14).

“O corpo de Adão foi criado do Limus da TERRA, e também do Limus do céu da santidade; mas o Limus do céu, onde a vontade livre poderia conceber-se numa forma celeste e assim mover-se, agir, pensar e orar diante de Deus estava enfraquecido em Adão, e, portanto, os dois irmãos inflamaram (sacrificaram) os frutos da TERRA. Caim trouxe dos frutos da TERRA (matéria), mas Abel trouxe do primogênito seus rebanhos (do espírito), e isso foi inflamado através do fogo”. (Mysterium, XXVII 7).

“O Cristo é maior do que todos os anjos do céu, porque Ele possui um corpo humano celestial; Ele possui também a noiva celestial eterna, a virgem da divina sabedoria, e, finalmente, a Santíssima Trindade em Sua possessão. Em verdade, podemos afirmar que Ele é uma individualidade na Santíssima Trindade no céu, um verdadeiro homem no céu, e um eterno rei neste mundo, um senhor do céu e da TERRA”. (Three Princíples, XXII 86).

“A virgem pura e imaculada em quem Deus nasceu está diante de Deus e é uma virgem eterna. Ela era pura e sem culpa antes mesmo que o céu e a TERRA fossem criados; essa virgem pura incorporou-se em Maria, de modo que lhe conferiu um novo ser dentro do elemento santo de Deus. Portanto, ela foi abençoada entre as mulheres, e Deus estava com ela, como foi dito pelo anjo”. (Três Princípios…, XXII 38).

“O Cristo tomou de Maria a semente interior, enfraquecida em Adão, e à ela foi anexada a semente externa da carne, mas elas não se misturaram, nem estavam separadas; mas eram, uma para a outra, como Deus, que habita na TERRA, ainda que o mundo não seja Deus”. (Cons. Stiefel…, II 204).

Deus revelou-se na semente externa (princípio) de Maria, pois o Cristo não se diferenciou, enquanto esteve sobre a TERRA, de outros seres humanos, em forma, substância ou aparência externa. Naquela semente externa Ele não tomou a divindade; Sua forma externa era mortal, e através disso ele anulou a morte”. (Cons. Stiefel…, II 203).

“Enquanto o Cristo viveu sobre a TERRA Sua forma externa era limitada como nossos próprios corpos, mas o homem interno era imensurável”. (Três Princípios…, XXIV 88).

“Foi da vontade de Deus transmutar a humanidade numa qualidade celeste, após esta ter se tornado terrestre, transformar a TERRA humana (elemento material) em céu, fazer dos quatro elementos apenas um e transformar a ira de Deus, na qualidade humana, em amor. Mas a ira de Deus, tento sido inflamada no homem, era um poder de fogo e fúria, ao qual se deve resistir e transformar em amor, era necessário que o amor propriamente dito, penetrasse a ira, circundando-a totalmente. Não bastava para tanto, que Deus permanecesse no céu (em Sua própria auto consciência divina) olhando para a humanidade de forma amorosa. Isso não teria subjugado o poder da fúria e da cólera, a humanidade tão pouco poderia penetrar um estado de amor”. (Assinatura…, XI. 7).

“Quando o Cristo morreu, Ele não jogou fora o corpo que havia estado em Sua possessão sobre a TERRA, nem o deixou ser consumido pelos quatro elementos, mantendo (ou tomando) um corpo totalmente estranho (para a forma terrestre); Ele simplesmente repousou o sofrimento (a consciência exterior) deste mundo, e Se revestiu da imortalidade, a fim de que Seu corpo pudesse viver no poder divino, e não no espírito deste mundo”. (Três Princípios…, XXV 53).

“Como as prisões do mundo de trevas deveriam ser destruídas na morte de Cristo, a TERRA tremeu e o sol se tornou negro, simbolizando que, como a luz eterna havia renascido, a luz temporal havia que deixar de existir”. (Grace, VII 8).

“Quando a TERRA recebeu o sangue de Cristo, tremeu e chacoalhou, pois a cólera de Deus fora conquistada, e nela penetrou o sangue vivo, procedente do céu e da substancialidade de Deus”. (Encarnação de Cristo…, I 10).

“A cólera do pai havia que consumir a vida de Cristo, na morte; mas quando a cólera engoliu a vida na morte, a vida santa do mais profundo amor de Deus movimentou-se na morte e na cólera, engolindo a cólera. Então a TERRA começou a tremer, as pedras rolaram e as tumbas dos santos foram abertas”. (Mysterium, XXVIII 123).

“Embora o Cristo nem sempre caminhava visivelmente entre os discípulos, Ele frequentemente se mostrava visível, tangível e substancialmente a eles, na forma do corpo que havia ocupado sobre a TERRA, e o qual o novo corpo havia absorvido, tendo o poder de representar novamente”. (Três Princípios…, XXIV 97).

“O fundamento mais interno no homem é Cristo; mas não de acordo com a natureza humana do homem, mas segundo a natureza de Cristo, a qualidade divina em Sua essência celestial, a qual Ele regenerou. O segundo fundamento é a alma, ou seja, a natureza eterna, onde o Crksto (a luz) se revelou; e o terceiro fundamento é o homem exterior, proveniente do limus da TERRA com as estrelas e os quatro elementos. No primeiro fundamento está a vida ativa do amor divino; no segundo fundamento está a vida-fogo natural da alma criada, onde Deus é chamado de Deus ígneo; e no terceiro, está a criação de todas as qualidades nas quais Adão permaneceu na temperatura, e que foi objetificada na queda”. (Grace, IV 37).

“Pois, aquilo que é feito de carne mortal irá retornar a TERRA. Nela reside a vaidade deste mundo. A carne deseja o que não é de Deus, e não pode ser considerado um Templo do Espírito Santo. Muito menos pode ocorrer ali uma regeneração espiritual da carne terrestre, porque ela morre e se dissolve, e é morada dos pecados. Mas o verdadeiro Cristão nasce de Cristo, e aquele que é regenerado é um templo do Espírito Santo que habita em nós”. (Regeneração, I).

“Para se produzir um verdadeiro Cristão, não basta satisfazer-se com uma crença meramente histórica e científica, no Filho de Deus, que um dia viveu sobre a TERRA. Não seremos recompensado por uma espécie de Deus externo, que nos atribuirá retidão, por conta de nossa confissão em tal crença; mas, o reconhecimento da verdade divina deve nascer e ser recebida dentro de nós de forma pueril. A carne está condenada à morte, e temos que nos tornar como uma criança que nada sabe, mas que se apega (instintivamente) a mãe que lhe deu à luz. Da mesma forma, a vontade do Cristão deve morrer para a sua vontade própria e auto afirmação, tornar-se como uma criança em Cristo. Então, se a vontade e o desejo da alma é dirigido unicamente à sua fonte, irá surgir do espírito de Cristo uma nova vontade e obediência na justiça divina, a partir da morte da vontade-própria; não mais será uma vontade pecadora”. (Regeneração, I).

“Há dois tipos de vontade a serem distinguidas na constituição do homem. Uma surge com o lírio e cresce no reino de Deus; a outra afunda nas trevas da morte e desejos pela TERRA, sendo ela sua mãe. Essa irá lutar contra o lírio, constantemente, e o lírio voa para longe de sua aspereza. Um broto cresce da TERRA, e assim a substância da qual é formada voa da TERRA e é atraída para a luz do sol até se tornar uma planta ou uma árvore. Então o Sol divino atrai o lírio humano, ou seja, o novo homem em seu poder, fora da substância do demônio, até que ele finalmente se torne uma árvore no reino de Deus. Ele deixa a árvore má ou a casca cair na TERRA, sua mãe que tanto busca, para deixar crescer a nova árvore”. (Encarnação de Cristo…, XI 8).

“Um Cristão sincero, nada quer saber sobre sua própria santidade; ele só vê suas imperfeições, nas quais o demônio batalha contra ele. Suas imperfeições estão sempre diante de si, mas sua santidade ele não conhece enquanto viver nesta TERRA. Essa santidade encontra-se oculta pelo Cristo, aos pés de Sua Cruz, a fim de que o demônio não a perceba”. (A Vida Tríplice…, XV).

“Observe o que você é. da TERRA; um corpo. Tua vida está sujeita às estrelas e aos elementos. São eles que te governam segundo suas qualidades, dotando-o de talentos e ciências; mas quando o tempo e constelação sob os quais foi concebido e nascifo chega ao fim, então eles irão te abandonar”. (Encarnação de Cristo…, XI 6).

“As essências corporais retornam a TERRA; o espírito elemental, o ar, retorna ao ar; a água e o sangue são recebidos pela água e TERRA (verrestres), e do homem externo nada fica. Ele deixa de existir. Ele teve um início e um fim”. (A Vida Tríplice…, XVIII 8).

“Durante a vida terrestre o descrente sente a presença do inferno dentro de sua falsa consciência, mas ele não o compreende; pois ainda vive na vaidade terrestre, onde se distrai, e o qual lhe proporciona prazer e luxúria. Além do mais, sua vida externa está em possessão da luz da natureza externa, e sua alma revela-se ali; de modo que a dor interna não pode se manifestar. Mas quando o corpo morre, a alma não mais desfruta de tal proteção e dos prazeres temporais. Somado a isso, a luz externa terá sido extinta. A alma entra numa eterna ânsia pela vaidade à qual cedeu durante sua vida na TERRA; mas ela nada pode reter além de sua própria falsa vontade concebida. Ela agora possui muito pouco daquilo que antes possuía tanto, e com o que tampouco estava satisfeita. Ela certamente cometeria mais mal, mas não tem como realizá-lo, e assim ela interpreta esse papel dentro de seu próprio ser”. (Vida Suprasensual…, XXXIX).

“A alma é como uma pessoa que sonha estar em grande angústia e tortura, buscando alguma coisa que a alivie, sem poder encontrar. Ela então se desespera, e não encontrando saída rende-se ao seu condutor (ao impulso interior que a conduz), para que este faça com ela o que quiser. Assim, a alma abandonada cai no poder do demônio, onde não pode, e nem lhe é permitido seguir suas inclinações; mas o que quer que o demônio faça, ela também é compelida a fazer. É desta forma que ela se torna um inimigo de Deus, e facilmente ergue-se ali o orgulho e o fogo sobre o trono principesco dos anjos. Na TERRA e em seu corpo físico ela se fazia de tola; agora, ela continua sendo tola e traquina, e seja qual for a bobagem que cometeu na vida, é o que agora passará a representar. A própria tolice é seu tesouro, e isso é, como diz o Cristo, seu coração e sua vontade”. (A Vida Tríplice…, XVIII 10).

“O motivo pelo qual nossos antepassados aparecerem, de vez em quando,de forma maravilhosa, deve ser encontrado na fé dos vivos; pois a fé é um poder que move montanhas. A fé das pessoas vivas ainda era boa e pura, e elas não adoravam seus ventres ou o show terrestre. Portanto, a fé destas pessoas penetrou o céu; ou seja, o elemento único, os santos. Assim, uma fé alcança a outra; pois os santos também reagem a esta fé poderosa, especialmente aqueles que, sobre a TERRA, converteram muitos para Deus. É desta forma que obras maravilhosas tem sido realizadas pela invocação da memória dos santos”. (Três Princípios.., XVIII 80).

“Não há luz, nem deste mundo, nem de Deus, apenas a luz da ignição de seu próprio fogo, sendo ele um terrível inimigo, a carne de sua cólera. O tipo de angústia destas almas diferem segundo à qualidade daquilo que a alma se carrega. Para tal alma não há auxílio; ela não pode penetrar a luz de Deus; e mesmo que São Pedro tivesse deixado mil chaves sobre a TERRA, nenhuma delas abriria a porta, pois ela já rompeu o laço que a conectava com a Divindade”. (Veja: Três Princípios…, XIX).

“A virgem diz: Algo em ti me contraria. Eu te criei e te tirei do meio dos espinhos. Quando eras um animal selvagem, eu te configurei em minha própria imagem. Mas o animal selvagem está entre os espinhos: isso eu não vou tomar em meu peito. Você ainda vive com seu animal selvagem. Quando o mundo tomar esse animal, já que a ele pertence, então eu te tomarei. Assim, cada um irá tomar o que lhe pertence. Por que então amas tanto aquele animal selvagem que não te causa mais nada além de dor? Não podes carregá-lo contigo. Ele não te pertence, mas ao mundo. Que o mundo o use como puder, mas permaneças tu comigo. Será por pouco tempo; logo seu animal irá se quebrar, e tu dele te livrarás, e permanecerás comigo. Como irás regozijar-te, se pensares naquele animal, que te afligia dia e noite, e ver que dele estas livres. Como uma flor cresce da TERRA, tu te elevarás acima de teu animal selvagem. Tu dizes: ‘Sou teu animal; tu nasceste em mim’. Ouça, meu animal! Sou maior que tu. Quando estavas por vir, eu era tua construtora. Minhas essências saem da raiz da eternidade; mas tu pertences a este mundo. Tu irás te quebrar, mas eu permaneço eternamente em meu poder. Portanto sou muito mais nobre que tu. Tu vives na cólera; mas eu irei colocar minha cólera assustadora na luz, na alegria eterna. Minhas obras estão no poder, enquanto as tuas permanecem como sombras. Quando eu estiver livre de ti, nunca mais irei te aceitar como meu animal; mas, (tomo) meu novo corpo, o qual estou regenerando na mais profunda raiz do elemento santo”. (Princípios, XXI 69).

“Eleve tua mente no espírito, veja que toda a natureza, com todos os seus poderes, com sua profundidade, largura e peso, céu e TERRA, e tudo que ali se encontra e acima dos céus, é o corpo de Deus, e os poderes das estrelas são as artérias do corpo natural de Deus neste mundo”.(Aurora, II 16).

“Nem no céu, nem na TERRA; nem dentre as estrelas ou elementos, podemos encontrar algum caminho que nos leve ao repouso. Mal entramos na vida, e depois disso é o fim, quando nosso corpo nascerá de volta na TERRA e todas as nossas obras, trabalhos, ciências e glórias serão herdadas por outros, que também se incomodam por um tempo, com as mesmas coisas, e então nos seguem (para a morte). Isso ocorre desde o princípio do mundo até o seu fim. Durante nossa miséria nunca poderemos saber onde permanece nosso espírito quando o corpo cai e se torna cadáver, a menos que sejamos recém-nascidos, fora deste mundo; de modo que, embora vivamos neste mundo, em nosso corpo, habitamos na nossa alma e espírito em outra vida, nova, perfeita e eterna. Ali, um novo homem será encontrado em nosso espírito e alma, e ali deverá ele viver eternamente. Somente nesta nova forma aprenderemos a conhecer o que somos e onde está nossa verdadeira casa”. (Princípios, XXII 5).