“Falar sobre o céu e o nascimento dos elementos, não é falar de coisas que estão longe ou que são estranhas a nós, mas daquilo que está ocorrendo dentro de nosso próprio ser; não há nada mais perto de nós do que esse nascimento, pois é como se estivéssemos falando de nossa própria mãe. Falar do céu é falar de nosso lar, de nosso lugar próprio, onde a alma iluminada pode ver, mesmo que esse lugar esteja oculto aos olhos do corpo”. (Princípios, VII. 7).
“Antes dos tempos da cólera, havia no lugar desse mundo as seis fontes espirituais, gerando a sétima de forma suave e doce, como ainda acontece no céu, e não crescia ali nem sequer uma gota de cólera. Tudo o que existia era luz e transparência, sem a necessidade de outra luz, pois a fonte do amor com o coração de Deus estava iluminando tudo. A natureza era então muito etérea, e tudo permanecia num grande poder. Mas tão logo se deu o início da guerra dos demônios orgulhosos, tudo tomou uma outra forma e modo de ação. A luz se extinguiu na geração externa; consequentemente, o calor tornou-se aprisionado na corporalidade, não podendo mais gerar sua própria vida. Por causa disso, a morte penetrou a natureza e a natureza se degenerou. Uma nova criação da luz se fez necessária, sem o que a terra teria permanecido na morte eterna”. (Aurora, XVII. 2 IV.15).
“O mesmo salitre (a base material ou fundação), que no tempo da ignição da cólera pereceu na morte, é elevado no raio de fogo, na regeneração. Não que tenha se tornado algo novo, mas apenas adquiriu outra forma de corporalidade, que no momento se encontra num estado de morte” (sua existência é relativa, como a matéria bruta)”. (Aurora, XXII.80).
“Os espíritos expulsos ainda se encontravam na qualidade do pai, e, portanto acenderam a qualidade da natureza através da imaginação, de modo que a substância transformou-se em terra e pedras, e o doce espírito da água num céu incandescente. Depois disso ocorreu a criação deste mundo”. (Encarnação de Cristo…, I. 2-8).
“Quando o Verbo eterno se movimentou, por causa da malícia de Lúcifer, e a fim de expulsar esses parasitas demoníacos de sua residência, rumo as trevas eternas, a essência se compactou (coagulou). Deus não queria mais deixar os poderes manifestados sob o comando de Lúcifer, no lugar em que reinava como um príncipe, e fez com que penetrassem um estado de coagulação, guspindo-os em seguida para fora de ali”. (Mysterium, X.13).
“Nisso consiste a queda de Lúcifer; ele despertou a mãe do fogo e quis governar sobre a benevolência, no coração de Deus. Esse fogo é agora seu inferno; mas esse inferno foi capturado por Deus através do céu, ou seja, a mãe da água. Pois enquanto a localidade desse mundo dera para queimar por conta própria, Deus movimentou-se para criar, e criou a água. Disso resultou o oceano e a insondável profundeza aquosa. Foi o que ocorreu em Sodoma e Gomorra, pois quando o pecado era grande e o demônio habitava ali, desejando manifestar seus poderes, Deus permitiu que o príncipe desse mundo acendesse aqueles cinco reinos, para ali ser senhor e ter sua morada. Deus pensava em destruir seu orgulho; Ele fez com que a água chegasse até lá, e desta forma extinguiu sua glória”. (A Vida Tríplice… VIII. 24).
“A cólera não tocou o coração de Deus, mas o amor benevolente emanou de Seu coração, penetrando a mais externa geração da cólera, extinguindo-a. Ele disse: ‘Que haja a Luz’”. (Aurora, 85).
“Ao dizer: ‘Que haja a Luz’, o santo poder concebido juntamente com a cólera, movimentou-se, fazendo com que o poder do demônio fosse completamente extraído dele, em sua essência”. (Mysterium, XII. 14).
“Assim, as trevas permaneceram na qualidade da cólera, na substância da terra e em toda profundidade desse mundo; e na substância da luz, a luz da natureza do céu, ou seja, da quinta essência, surgiu aquilo do que a constelação foi criada. Essa essência está em todo lugar, na terra e acima da terra” (Aurora, XII. 15).
“Quando Deus pronunciou: ‘Que haja a Luz’, a essência, o ser dentro da qualidade da luz, não se movimentou apenas na terra, mas em toda a profundeza, com grande poder; com isso, o sol foi criado no quarto dia, quer dizer, foi aceso”. (Mysterium, XII.13).
“Quando Deus se movimentou para criar esse mundo, não foi só uma parte que se movimentou, enquanto a outra repousava, mas tudo se movimentou ao mesmo tempo”. (Aurora, XXII. 122).
“Esse movimento durou seis dias e seis noites, quando todos os sete espíritos de Deus estavam em geração móvel e completa; o coração de todos os espíritos e o salitre da terra também giraram seis vezes dentro da grande roda”. (Aurora, XXI. 123).
“As obras do dia referem-se as sete qualidades; seis delas pertencem ao atual regimento, mas a sétima, ou a essencialidade, é aquela em que as outras repousam; pois essas qualidades foram pronunciadas por Deus e tornaram-se visíveis”. (Mysterium, XII. 2).
“A água da vida separou-se da água da morte, de tal forma que no tempo deste mundo elas encontram-se unidas como o corpo e a alma. Mas o céu, tendo sido feito da parte do meio da água, é como um abismo entre os dois, de modo que a água concebível é a morte, mas a inconcebível é a vida”. (Aurora, XXI. 7).
“A água sobre a terra é um ser mortal e degenerado, como a própria terra. Essa água material, contida na geração mais externa, foi separada da água inconcebível”. (Aurora, XX. 27).
“A água acima do firmamento está no céu, e a água abaixo do firmamento é a água material”. (mysterium, XII. 24).
“Quando observo a água exterior, sou forçado a dizer: ‘Aqui, na água de baixo do firmamento, está contida a água de cima do firmamento’. Mas o firmamento é o meio, a ligação (linha divisória) entre tempo e eternidade, de modo que nenhuma das duas é a outra. Aos olhos externos, ou deste mundo, só vejo a água abaixo do firmamento, mas a água acima do firmamento é aquela que Deus instituiu para o batismo da regeneração em Cristo”. (Mysterium, XII. 26).
“Toda água deste mundo encontra-se degenerada, portanto, a água superior deve vir em auxílio da terra, extinguindo seu fogo e apaziguando-a, a fim de que a verdadeira água possa nascer”. (Aurora, XX. 33).
“No segundo dia, Deus separou o mercúrio ígneo do aquoso, e chamou o ígneo de firmamento do céu. Então, no espírito da natureza externa originou-se a espécie macho e fêmea, ou seja, no Mercúrio ígneo o masculino e no aquoso o feminino”. (Clavis, 86).
“No terceiro dia, o Mercúrio ígneo e o aquoso entraram novamente em conjunção e mistura, foi então que o salitre deu origem às ervas, plantas e árvores”. (Clavis, 88).
“Quando a luz contida na água doce penetrou o espírito amargo, o raio de luz, inflamando-se na água, na qualidade morta, dura e amarga, provocou um movimento em todas as coisas, surgiu a mobilidade (a vida) na existência, não somente no céu acima da terra, mas também na terra. A vida começou a ser gerada em todas as coisas, e a terra produziu as plantas, ervas e árvores; dentro da terra se formaram a prata, o ouro e os metais de vários tipos”. (Aurora, XXI. 132; XX. 6).
“Quando a luz apareceu novamente no exterior, não concebível, o Verbo fez surgir a vida da morte, e o salitre corrupto produziu frutos novamente; mas isso tinha que ocorrer em certa relação com o estado depravado existente na cólera, e como a produção dos frutos veio da terra, tinham que ser bons e maus”. (Aurora, XXI 19).
“Até o terceiro dia depois da ignição da cólera de Deus no mundo, a natureza permaneceu na ansiedade, e era um vale de trevas na morte; mas no terceiro dia, quando a luz das estrelas começou a se acender na água da vida, a vida rompeu a morte, e uma nova geração teve início”.(Aurora, XXIV. 41).
“Há na terra, acima de tudo, a qualidade amarga. Esta contrai o salitre e solidifica a terra, tornando-a um ser corporal, formando corpos de vários tipos, tais como rochas, metais e múltiplas raízes. Na ocasião desta formação, não há vida que permita o crescimento e a expansão. Mas quando o calor do sol age sobre o solo, várias formações prosperam e crescem na terra”. (Aurora, VIII. 41).
“Depois que o céu foi feito, para a distinção entre a luz de Deus e o corpo corrupto deste mundo tudo mudou; o mundo corrupto era uma vale de trevas, sem luz, onde todos os poderes encontravam-se capturados, como que na morte; era uma situação muito difícil, até que se tornasse iluminado no meio de todo o corpo. Mas quando isso ocorreu o amor na luz de Deus rompeu aquele céu da divisão e acionou o calor”. (Aurora XXV 68).
“Deus, a luz eterna e a vontade eterna, brilha nas trevas e as trevas capturaram a vontade (recebeu sua atividade). Nessa vontade surgiu a ansiedade, e nela está o fogo, e no fogo a luz. Assim, as estrelas foram produzidas do fogo; o sol, do poder dos céus”. (Três Princípios… VIII. 22).
“No quarto dia, Deus criou de Sua sabedoria eterna, o senhor do terceiro princípio (o mundo visível), o sol e as estrelas. Vê-se aqui claramente a Divindade e a sabedoria eterna de Deus, como num espelho claro. Esse ser, visível diante de nossos olhos, não é Deus propriamente dito, mas um Deus no terceiro princípio, que irá finalmente retornar ao seu éter e ter um fim”. (Três Princípios… VIII.13).
“Deus fez uma sólida fundação (firmamento) chamada ‘céu’, entre a geração mais externa e mais interna, entre a Divindade clara e a natureza corrupta, através da qual deve surgir o querer de cada um de ir para Deus. Sobre essa fundação é dito que mesmo os céus não são puros diante de Deus, mas no dia do julgamento a cólera será arrancada de lá”. (Aurora, XX.41).
“No tempo da criação de uma nova luz, o sol foi despertado nesse mundo tornado corrupto por Lúcifer, o que afastou o esplendor do demônio. Ele foi enclausurado nas trevas como um prisioneiro, entre o reino de Deus e o reino deste mundo; ele não tem mais o que governar nesse mundo, exceto na Turba, onde a cólera e a fúria de Deus estão despertadas”. (Encarnação de Cristo…, I. 2).
“No sol do mundo externo, e através dele, Deus despertou um rei, ou como chamaria simbolicamente, uma divindade natural, junto com seis conciliadores, para serem seus assistentes, ou seja, o sol e os seis outros planetas, pronunciados das sete qualidades do lócus (lugar ou centro) do sol. O sol recebe seu esplender da tintura do mundo ígneo e o mundo da luz, sendo manifestado como um ponto revelado com relação ao mundo de fogo”. (Mysterium, XIII. 16).
“Na morte, no centro, no corpo ou ainda na substância corporal da terra, Deus despertou a tintura, com seu brilho, esplendor e luz, onde está contida a vida da terra; mas na profundeza acima do centro Ele deu o sol, que é uma tintura de fogo, e que com seu poder, alcança a liberdade fora e além da natureza, e de onde a natureza recebe seu esplendor. Ele é a vida de todo o círculo das estrelas, e todas essas estrelas são Seus filhos. Não que ele contenha suas essências, mas a vida deles surgiu de seu centro, no princípio”. (A Vida Tríplice… IV. 27).
“O sol é o coração de todos os poderes nesse mundo, e está configurado segundo os poderes de todas as estrelas, enquanto que, por outro lado, ele ilumina e vivifica todas as estrelas e poderes neste mundo”. (Aurora, VII 42).
“O sol está no meio das profundezas, ou seja, na luz ou no coração das estrelas, extraído de todos os seus poderes pelo poder de Deus, trazido para a forma. Portanto, ele é a luz clara de tudo, e pelo seu brilho e calor acende todas as estrelas, cada um de acordo com sua própria e especial qualidade e poder”. (A Vida Tríplice… VII.40).
“Não que chamando o sol de centro queremos dizer que todas as estrelas originaram-se de um ponto central, chamado ‘sol’. O sol é o centro dos poderes das estrelas, a causa pela qual se movimentam em sua essência. Ele desenvolve seus poderes e coloca seu poder dentro delas, esse poder constitui seu coração”. (Mysterium XI.32).
“Assim como o sol é o coração da vida e origem de todos os espíritos no corpo deste mundo, Saturno é o princípio de toda corporalidade e tangibilidade. Desta forma, seu princípio e descendência não vêm do sol; sua origem é a intensa, azeda e severa ansiedade de todo corpo deste mundo”. (Aurora, XXVI I).
“Quando a luz se acende, o poder conquistado na adstringência torna-se Mercúrio”. (Três Princípios…, VIII 24).
“O Mercúrio é agitador, barulhento e retumbante; mas ainda não possui a verdadeira vida. Essa se origina no fogo. Assim, ele deseja a essência tempestuosa e penetrante, para fazer com que surja o fogo, que é Marte”. (A Vida Tríplice… IX 78).
“Quando o sol se inflamou, o terrível raio de fogo saiu da localidade do sol para uma região superior como um furioso rompimento de relâmpago, que se torna Marte. Este é um tirante, um elemento de atrito, aquele que coloca em movimento todo o corpo do mundo, para que toda vida tire dele sua origem”. (Aurora, XXV 72).
“Tão logo os espíritos de movimento e de vida, através da ignição da água, surgiram da localidade do sol, a brandura, sendo a base da água, penetrou e envolveu com o poder da luz, numa direção inferior, do modo da humildade, o que trouxe à existência o planeta Vênus”. (Aurora, XXVI 19-33).
“Quando o terror ígneo fora capturado pela luz, esta, através de seu próprio poder e sendo uma vida doce e de exaltação, elevou-se ainda mais das profundezas, até chegar no lugar duro e frio da natureza. Ali permaneceu, e deste poder veio à existência o planeta Júpiter” (Aurora, XXV 76-82).
“A sétima forma é a Lua, onde estão contidas as qualidades das seis formas. Ela é, por assim dizer, o ser corpóreo das outras formas, os quais lançam nela todos seus desejos através do Sol. Ou seja, aquilo que no Sol é espiritualidade, torna-se corpóreo na Lua”. (Assinatura…, IX 24).
“O firmamento do céu, feito do meio das águas, é uma geração que penetrou através da geração congelada e externa, quer dizer, através da morte, trazendo à tona a vida sideral, tais como animais, homens, pássaros, peixes e vermes”. (Aurora, XX. 60).
“Depois de Deus ter desenvolvido as estrelas e os quatro elementos, foram produzidas as criaturas em todos esses quatro elementos, tais como pássaros na constelação do ar, peixes na constelação da água, animais e seres de quatro patas na constelação da terra e espíritos na constelação do fogo”. (Mysterium XLIV I).
“Pelo poder de Seu Verbo, o Fiat, Deus fez com que todos os seres surgissem da matriz da natureza no quinto dia, cada um segundo suas qualidades; os peixes na água, os pássaros no ar, e outros animais sobre a terra. Eles receberam sua corporalidade da fixidez (rigidez) da terra, e seu espírito do Spiritus Mundi”. (Grace, V 20).
“Todas as criaturas, foram criadas da vida de baixo e da vida de cima. A matriz da terra forneceu o corpo e as estrelas, o espírito”. (A Vida Tríplice… XI 7).
“Como o espírito das estrelas, ou o espírito na forma-ígnea, pelo poder de sua duração, misturou-se com o da água, de uma única essência surgiram duas essências. Uma, a masculina na forma ígnea, e a outra, a feminina na forma aquosa (estado)”28. (Três Princípios… VIII. 43).
“Deus quis criar um exército angélico. Para tanto, criou Adão, que deveria gerar de seu próprio corpo, criaturas de sua mesma espécie; mas no meio tempo, deveria nascer do corpo de um homem o Rei de todos os homens; Ele deveria tomar posse do novo reino como um governante destes seres criados, no lugar do degenerado e banido Lúcifer”29. (Aurora, XXIV 18).
“Adão deveria ser um perfeito símbolo de Deus, criado da Magia eterna, a substância de Deus; ele era para ser algo feito do nada, do espírito — o ideal — para um corpo”. (Encarnação de Cristo… I.5).
“Os anjos são criados de dois princípios, mas a alma com o corpo da vida exterior é criada de três princípios. Portanto o homem é superior aos anjos, contanto que permaneça em Deus”. (Quarenta Questões… I 263).
“Na vida do homem há três estados que devem ser distinguidos um do outro — primeiro, o mais interno, ou seja, Deus eternamente oculto no fogo; segundo, a parte do meio, que desde a eternidade permanece como uma imagem ou semelhança nas maravilhas de Deus, comparável a uma pessoa que se vê no espelho; terceiro, essa imagem viva que recebe ainda um outro espelho na criação, onde se observou, ou seja, o espírito do mundo externo, ou o terceiro princípio, que também é uma forma (estado) do Eterno”. (A Vida Tríplice…, XVIII. 4)
“As trevas no homem que deseja a luz, é o primeiro princípio; o poder da luz, o segundo; e o poder desejante que atrai e se torna pleno (substancial), e onde o corpo material cresce, é o terceiro princípio”. (Três Princípios… VII 26).
“A alma, ou o primeiro princípio, é encontrada no fogo da natureza eterna; o espírito, ou o segundo princípio tem sua raiz na luz; e o corpo é o terceiro princípio, ou a substancialidade do mundo visível”31 (Tabulae Principice, 65).
“Se vocês observarem seu próprio ser e o mundo exterior, e o que está ocorrendo ali, descobrirão que vocês são esse mundo exterior, com relação ao ser externo. Vocês são um pequeno mundo formado a partir do grande mundo, e sua luz externa é um caos do sol e das constelações de estrelas. Se assim não fosse, vocês não seriam capazes de enxergar através da luz do sol”. (Mysterium, II. 5).
“Se um homem, como imagem de Deus, deve governar os peixes, aves, animais e toda a terra, assim como as essências de todas as estrelas, então ele deve ser parte dos três, pois cada espírito só pode governar em sua mãe, onde tem sua origem”. (Mysterium, XIV 8).
“O homem terrestre tinha em sua constituição o reino deste mundo, mas os quatro elementos (separados) não governavam sobre ele; eles encontravam-se em um, e a ordem terrestre das coisas encontrava-se oculta no homem. Ele deveria viver no estado celeste, e embora tudo estivesse em movimento (vivo) dentro dele, no entanto ele governava a angústia terrestre (consciência externa) através da qualidade celestial (consciência interna) do outro (segundo) princípio, para manter o domínio sobre o reino das estrelas e dos elementos através da qualidade paradisíaca”. (Menschwerung I 2).
“O corpo de Adão (o corpo etéreo do homem aborígine) foi criado dos quatro elementos da natureza externa, e das estrelas (da essência das estrelas), por meio do Fiat eterno. Desta forma, ele estava em posse da essencialidade terrestre e divina; mas a terrestre estava na divina como que consumida ou impotente (latente). A substância ou a matéria da qual o corpo foi feito ou criado também continha o primeiro princípio em si, mas não estava em movimento”. (Encarnação de Cristo…, I 3, 15).
“Como Deus reside em Si mesmo e penetra todas as Suas obras, incompreensíveis a si próprias, e sem Ser afetado por nada, do mesmo modo Sua imagem (homem) originou-se do puro elemento. Ele também foi criado neste mundo; mas o reino deste mundo não era para compreende-lo, mas ele governaria poderosamente neste mundo através das essências do elemento puro”. (Três Princípios…, XXII 15).
“Se Moisés diz que Deus criou o homem de um monte de barro, e que soprou nele o sopro da vida, não se deve compreender com isso que Deus tenha atuado de maneira pessoal — como se fosse um homem tomando um punhado de barro para fazer um corpo; mas o Fiat, ou seja, o desejo do Verbo, estava contido no modelo do homem percebido eternamente, que permaneceu no espelho da sabedoria, e que extraiu os Ens (o princípio) de todas as qualidades da terra (matéria) num corpo, e essa era a quinta-essência feita dos quatro elementos”. (Grace, V. 27).
“Os espíritos originais, no todo, não podiam ser imediatamente inflamados pela alma, pois a alma era apenas uma semente no todo, oculta no coração de Deus em seu céu, até que o criador expandisse o todo pelo Seu sopro. Então os espíritos originais inflamaram a alma, fazendo com que corpo e alma vivessem imediatamente. A alma realmente possuía sua vida antes que o corpo existisse; mas ela encontrava-se no coração de Deus, oculta no todo e no céu, e nada mais era do que uma semente santa, um centro de poder em Deus”. (Aurora, XXVI. 126).