“Toda a nossa doutrina nada mais é do que uma instrução de como o homem pode criar um reino de LUZ dentro de si mesmo… Aquele em quem flui esta fonte de poderes divinos carrega consigo a imagem divina e a substancialidade celeste. Nele Jesus nasceu da Virgem, e ele não irá perecer na eternidade”. (Seis Pontos…, VII 33).
“Não digo que o homem não deva investigar as ciências naturais, e adquirir experiências relacionadas as coisas externas. Com certeza, esse estudo é útil, mas o raciocínio do homem, não deve ser a base de seu conhecimento. O homem não deve ter a sua conduta guiada meramente pela LUZ da razão exterior, mas deve sim, com todo seu raciocínio e todo o seu ser, curvar-se em profunda humildade diante de Deus”. (Quietude…, 1. 35).
“Todos aqueles que desejam falar ou ensinar os mistérios divinos devem possuir o Espírito de Deus. O homem deve reconhecer em si a LUZ divina da verdade, e nessa LUZ as coisas que ele deseja apresentar como sendo verdade. Ele nunca deve estar sem esse auto conhecimento divino, e nem fazer com que a força de seus argumentos dependa meramente do raciocínio externo ou de interpretações literais da Bíblia”. (Encarnação de Cristo…, I. I, 3).
“O espírito do homem não veio meramente das estrelas e dos elementos; ele traz oculta em si uma centelha da LUZ e do poder de Deus. Não é à toa que Moisés (Gênesis I) diz: “Deus criou o homem à Sua própria imagem. Para ser Sua própria imagem Ele o criou”. (Aurora, Prefácio, 96).
“Essa LUZ e esse poder de Cristo surge em Seus filhos dentro da fundação interior e ilumina a totalidade de suas vidas. Dentro dessa fundação encontra-se o reino de Deus no homem” (Communion, V. 18).
“Siga meu conselho, deixe de buscar o conhecimento de Deus, através da sua vontade egoísta e de teu raciocínio; jogue fora tua razão imaginária, aquela que teu eu mortal pensa que possui, então tua vontade será a vontade de Deus. Se Ele encontrar a Sua vontade como sendo a sua vontade na Dele, então a Sua vontade irá se manifestar em sua vontade, como se fosse em Sua própria propriedade. Ele é Tudo, e o que quer que desejes saber no Tudo está Nele. Não há nada oculto diante Dele, e tu verás em Sua própria LUZ.” (Quarenta Questões…, I.36).
“Quando meu espírito, cheio de sofrimento, movimentando-se como que numa grande tormenta, sinceramente surgiu em Deus, carregando consigo todo o meu coração e minha mente, com todos os meus pensamentos e com toda a minha vontade; quando eu não podia mais parar de lutar contra o amor e a misericórdia de Deus, a menos que sua Benção descesse sobre mim — ou seja, a menos que Ele iluminasse minha mente com Seu Espírito Santo, para que eu pudesse compreender a Sua vontade e me livrar de minha dor, então a LUZ do Espírito rompeu das nuvens. Enquanto que em meu fervor, lutava poderosamente contra os portais do inferno, como se tivesse mais forças do que as que estavam em minha posse, desejando arriscar a própria vida (que teria sido insuportável, sem o auxílio de Deus); após duras lutas contra os poderes das trevas, meu espírito rompeu as portas do inferno, e penetrou a essência mais íntima da Divindade recém-nascida, onde foi recebida com grande amor, tal qual aquele oferecido por uma noiva ao receber seu amado noivo. As palavras não podem expressar a grande satisfação e triunfo que experimentei então; tampouco poderia comparar tal satisfação com qualquer outra coisa, senão com o estado no qual a vida nasce da morte, ou com a ressurreição do morto. Durante este estado, meu espírito imediatamente viu através de todas as coisas, e reconheceu à Deus em todas as coisas, até mesmo nas ervas e nas pragas, e soube o que era Deus e qual era a Sua vontade. Então, minha vontade cresceu rapidamente nessa LUZ, e recebi um forte impulso de descrever o estado divino.” (Aurora, XIX. 4).
“Não sou um mestre da literatura ou das ciências deste mundo, mas um homem de mente simples. Nunca desejei aprender ciência alguma, mas desde tenra idade busquei a salvação de minha alma, e descobrir como poderia herdar ou possuir o reino do céu. Encontrei em meu interior um poderoso contrarium, ou seja, os desejos pertencentes ao corpo e ao sangue; Ingressei numa árdua batalha contra a minha natureza corrupta, e com o auxílio de Deus, decidi superar a vontade demoníaca que havia herdado, vencê-la e penetrar totalmente no amor de Deus no Cristo. Daquele momento em diante, resolvi considerar-me como um morto quanto a minha forma herdada, até que o Espírito de Deus tomasse forma em mim, para que Nele e através Dele, pudesse conduzir a minha vida. Isso era praticamente impossível, mas permaneci firme em minha sincera resolução, travando uma dura batalha contra mim mesmo. Enquanto buscava e lutava, com o auxílio de Deus, uma LUZ maravilhosa surgiu em minha alma. Era uma LUZ completamente estranha à minha natureza descontrolada; nela reconheci a verdadeira natureza de Deus e do homem, a relação existente entre eles, algo que nunca havia compreendido, e que nunca teria buscado”. (Tilken… 20-26).
“Assim como o relâmpago surge no centro, e num momento desaparece novamente, o mesmo ocorre com a alma. Quando durante sua batalha ela penetra as nuvens, vê a face de Deus como um raio de LUZ; mas as nuvens do pecado logo se juntam à sua volta, encobrindo sua vista”. (Aurora, XI. 76).
“Quem lê esses escritos e não pode compreendê-los, não deve colocá-los de lado, imaginando que nunca serão compreendidos. Deve buscar mudar a sua vontade, elevar sua alma à Deus, rogando-lhe a graça e a compreensão, e então ler novamente. Com certeza, irá perceber mais verdade do que antes, até que por fim o poder da vontade de Deus se manifeste nele, atraindo-o para as profundezas, para o fundamento supranatural — isto é dizer, na eterna unidade de Deus. Então ele irá ouvir as reais mas inexprimíveis palavras de Deus, que irão conduzi-lo através da radiação divina da LUZ celestial, mesmo com as formas mais grotescas da matéria terrestre, e daí novamente de volta para Deus; e o Espírito de Deus irá buscar todas as coisas nele e com ele”. (Clavis, Prefácio, 5).
“Se tenho que tornar compreensível a geração eterna, a revelação ou a evolução de Deus, fora de Seu próprio ser sou obrigado a usar uma maneira diabólica (sabidamente errônea), como se a LUZ eterna tivesse se se inflama nas trevas, e como se a Divindafe tivesse um princípio. Não posso instrui-los de outra forma, se pretendo que vocês adquiram uma concepção aproximada da Divindade. Não há nada primeiro e nada depois na geração e evolução, mas ao descrevê-la tenho que colocar uma coisa depois da outra”. (Aurora, XXIII. 17-33).
“Deus em seu aspecto primitivo não deve ser concebido como um ser, mas como um poder ou inteligência constituindo a potencialidade para ser — uma vontade insondável e eterna, onde tudo está contido e que embora sendo tudo é um, mas desejoso de revelar-se e de entrar num estado de ser espiritual. Isso ocorre através do fogo no desejo do amor, ou seja, no poder da LUZ”. (Mysterium, VI 1).
“Não temos porque falar que Deus é três pessoas, nesse ponto, mas Ele é ternário em sua evolução eterna. Ele dá nascimento a Si mesmo na trindade; nesse desdobramento eterno continua sendo um ser, nem o Pai, nem o Filho, nem o Espírito Santo, mas unicamente a vida eterna ou Deus. A vontade ternária torna-se compreensível em Sua eterna revelação, só quando Ele revela a Si mesmo por meio da natureza eterna — ou seja, na LUZ através do fogo”. (Mysterium, VII 9 — 12).
“Deus introduz Sua vontade na natureza, a fim de revelar Seu poder na LUZ e na majestade, para constituir um reino de alegria. Se não houvesse uma natureza originando-se na unidade eterna, não haveria nada mais do que a tranquilidade eterna. A natureza entra num estado de dor, a tranquilidade transforma-se em movimento, e os poderes tornam-se audíveis como as palavras”. (Grace, II . 16).
“Se existe LUZ é porque existe fogo. O fogo produz a LUZ, e a LUZ é o fogo manifesto; ela recebe a natureza do fogo em si e reside no fogo”. (Mysterium, XL . 2)
“A majestade de Deus não se revelaria com todo poder, alegria e magnificência, se não fosse pela atração causada pelo desejo. Do mesmo modo, não haveria LUZ, se o desejo não fosse penetrante e obscurecedor, criando um estrado de trevas, que cresce até que ocorra a ignição do fogo”. (Grace, II. 14)
“A LUZ e as trevas são opostas, mas há entre elas um vínculo, de modo que nenhuma poderia existir sem a outra”. (A Vida Tríplice…, II. 86)
“Em Deus há dois estados, eternos e sem fim, a LUZ eterna e as trevas eternas. A LUZ é Deus, e nas trevas não haveria dor se não fosse pela presença da LUZ. A LUZ faz com que as trevas anseiem pela LUZ e com isso sofra a angústia”. (Três Princípios…, IX.30)
“A vida-luz tem seu impulso e movimento próprio, assim como o fogo-vida; mas esse gera a primeira, que é o senhor da segunda. Se não houvesse fogo, não haveria nem LUZ, nem espírito; e se não houvesse espírito para soprar sobre o fogo, esse seria extinto e as trevas governariam. Nenhum dos dois seria nada sem o outro; ambos são dependentes um do outro”. (Quarenta Questões…, I. 62).
“Deus é desde a eternidade Poder e LUZ, e é chamado Deus por causa disso, mas não de acordo com o espírito-ígneo. Quanto a esse, não falamos dele como Deus, mas como ‘a cólera de Deus’ e a parte de Seu poder que consome. A LUZ de Deus também possui a qualidade do fogo, mas em nela a cólera é transformada em amor; ódio e amargor doem numa humilde beneficência e doce desejo ou satisfação”. (Encarnação de Cristo…, I 5-16).
“A fonte do amor é uma detentora e mantenedora da corrente colérica, um superar do poder áspero, pois a brandura afasta o comando do poder duro e pungente do fogo. A LUZ da paz mantém as trevas aprisionadas e reside nas trevas. O poder rigoroso deseja unicamente o colérico e o aprisionamento na morte; mas a brandura emerge como um doce crescimento, ela desabrocha e supera a morte, dando a vida eterna”. (A Vida Tríplice…, II 92).
“Quando o amor revela-se na LUZ através do fogo, corre pela natureza e a penetra, como o brilho do sol penetra uma erva ou o fogo penetra o ferro”. (Clavis, VIII 36).
“Quanto mais alto forem exaltados, e quanto mais inflamados, maior será a alegria deles no reino da LUZ”. (Mysterium, V.6).
“Quando o quarto princípio penetra o primeiro, todos os espíritos misturam sua LUZ, triunfo e regozijo. Eles surgem uns nos outros, e envolvem cada um como num movimento circular; a LUZ no meio deles começa a brilhar, oferecendo-lhes a luminosidade. A qualidade áspera permanece oculta, como uma semente na fruta. Assim como uma maçã amarga ou azeda transforma-se, ao amadurecer sob o sol, adquirindo um sabor adocicado, ainda que mantenha as características que a constitui uma maçã, a Divindade retém suas próprias qualidades essenciais, mas elas se tornam manifestas de forma doce e agradável”. (Aurora, XIII 80).
“O Desejo, sendo uma forte atração, causa a liberdade etérea , que é comparável a um nada, para contrair e entrar num estado de trevas. A vontade primitiva deseja ser livre das trevas, pois deseja a LUZ. A vontade não pode reter essa LUZ, e quanto mais ela deseja a liberdade maior será a atração causada pelo desejo”. (Seis Pontos Teosóficos…, I 38).
“O fogo é originalmente, trevas, aspereza, frio eterno e secura, e não há nada nele, senão uma fome eterna. Como então se transforma em fogo? O Espírito de Deus, em seu aspecto de LUZ eterna, vem em auxílio da fome-ígnea. A fome origina-se da LUZ, porque quando o poder divino espelha-se nas trevas, essas se tornam cheias de desejo da LUZ, e esse desejo é a vontade (da natureza eterna). Mas a vontade ou o desejo na secura, não podem atingir a LUZ, consistindo então de angústia e súplica pela LUZ. Essa angústia e essa súplica persistem até que o Espírito de Deus entre como que um raio de LUZ”. (Três Princípios…, XI.45).
“A liberdade por meio da vontade eterna alcança as trevas, essa alcança a LUZ da liberdade, mas não pode retê-la. A vontade aprisiona-se pelo próprio desejo que há em si, tornando-se trevas. Dessas duas coisas, ou seja, da impressão de trevas e do desejo da LUZ ou liberdade, que é direcionado para as trevas, resulta o raio de LUZ nas trevas, a condição primitiva do fogo. Mas como a liberdade é um nada, e portanto inapreensível, não pode reter a impressão. Assim, a impressão entrega-se à liberdade; essa, por sua vez, devora a natureza obscura da impressão. Assim, a liberdade governa nas trevas, e não é compreendida por ela”. (Assinatura…, XIV. 22).
“A unidade eterna ou liberdade, per se, é de infinito amor e brandura, mas as três qualidades são ásperas, dolorosas e até mesmo terríveis. A vontade das três qualidades anseia pela unidade branda, e a unidade anseia pelo fundamento ígneo e pela sensibilidade. Assim, um penetra o outro, e quando isso ocorre o raio de LUZ aparece, comparável à chispa produzida pela fricção entre a pedra e o aço. É desta forma que a unidade retém a sensibilidade, e a vontade da natureza recebe a unidade suave. Assim a unidade torna-se uma fonte de fogo, e o fogo penetrado pelo desejo, uma fonte de amor”. (Clavis, IX. 49).
“Quando o fogo e a LUZ espirituais são acesos nas trevas (tendo, contudo, queimado desde a eternidade), o grande mistério do poder e do conhecimento divino revela-se eternamente ali, porque no fogo todas as qualidades da natureza aparecem exaltadas na espiritualidade. A natureza permanece o que é, mas a sua expressão, ou seja, aquilo que ela produz, torna-se espiritualizado. A vontade obscura é consumida no fogo, expressando com isso o puro espírito-fogo, penetrado pelo espírito-luz”. (Clavis, IX. 64).
“Observe como toda vida, no mundo externo, atrai para si o seu alimento. Irás reconhecer como a vida origina-se da morte. Não pode haver vida sem que aquilo de onde a vida se expressa, surja em suas formas. Todas as coisas tem que entrar num estado de angústia para reter o raio de LUZ, e sem isso não haverá ignição”. (Encarnação de Cristo…, II. 5).
“Se algo se torna àquilo que não era antes, isso não se constitui um princípio; um princípio está onde uma forma de vida e movimento começa, o qual não existia anteriormente. Desta forma, o fogo é um princípio, assim como a LUZ que nasce do fogo, mas que, contudo, não é uma qualidade do fogo, mas tem uma vida própria.” (Seis Pontos Teosóficos…, II. I).
“Como o sol no plano terrestre transforma a amargura em harmonia, do mesmo modo age a LUZ de Deus nas formas da natureza eterna. Essa LUZ brilha dentro delas e fora delas; a LUZ incendeia as formas, a fim de que obtenham sua vontade e se rendam à ela completamente. As formas então, abandonam sua própria vontade e tornam-se como se não tivessem poder algum, desejando unicamente o poder da LUZ”. (Seis Pontos Teosóficos…, V. 3). Pela união do fogo e da LUZ o terceiro princípio conquista a substancialidade.
“O fogo recebendo em si a essência do desejo como seu alimento, a fim de poder queimar, fornece um espírito alegre e abre o poder da humilde essencialidade na LUZ”. (Seis Pontos Teosóficos…, I.57).
“O fogo, atraindo para si a humilde essencialidade da LUZ, emana, através da cólera da morte, o humilde espírito que ali estava, o qual contém em si as qualidades da natureza”. (Tilken…, I. 171).
“A Quinta Qualidade é o verdadeiro fogo-amor, que na LUZ separa-se do fogo doloroso, e onde o amor divino aparece como um ser substancial. Ele tem consigo todos os poderes da sabedoria divina; é o tronco ou o centro da árvore da vida eterna, onde Deus, o Pai, revela-se em Seu Filho através do Verbo pronunciado”. (Grace, III. 26).
“A Sexta forma da natureza eterna é a vida inteligente ou som. As qualidades estando num estado de equilíbrio na LUZ (a Quinta), agora se regozijam e tornam-se audíveis. Com isso, o desejo da unidade entra num estado de (consciência) querendo e atuando, percebendo e sentindo”. (Tabulae Principice, I. 48).
“Na LUZ de Deus, no reino dos céus (a consciência do espírito), o som é muito sutil, doce e amoroso, de forma que se comparado com o barulho terrestre, é como uma perfeita quietude. No entanto, no reino da glória é, de fato, um som compreensível, e há uma linguagem ouvida pelos anjos — uma linguagem que só faz parte da natureza do mundo angélico”. (Mysterium, V. 19).
“O Sétimo Princípio é a compreensão corpórea das outras qualidades. É chamado de “Sabedoria Essencial” ou “O Corpo de Deus”. O terceiro princípio aparece nas sete formas da natureza desde que eles tenham sido trazidos para a compreensibilidade no sétimo. Esse princípio ou estado de ser é santo, puro e bom, É chamado de eterno céu incriado ou de reino de Deus, e emerge do primeiro princípio, do obscuro mundo-fogo e do santo mundo-amor de LUZ flamejante”. (Grace, IV. 10).
“Não é a sabedoria, mas o Espírito de Deus, o centro ou o revelador. Como a alma está manifestando-se num corpo através da carne, e como a carne não teria poder algum se não fosse habitada por um espírito vivo, da mesma forma a sabedoria de Deus é a corporalidade do Espírito Santo, através da qual ele adquire substancialidade, a fim de manifestar-Se. A sabedoria dá à LUZ, mas isso não seria possível se o Espírito não atuasse nela. Ela revela sem o poder da vida-fogo, ela não possui desejo ardente, mas sua satisfação encontra sua perfeição na manifestação da Divindade, e, portanto é chamada de virgem em castidade e pureza diante de Deus”. (Tilken…, II 64).
“A LUZ e o poder do sol revelam os mistérios do mundo externo através da produção e crescimento de vários seres. Da mesma forma Deus, representando o Sol eterno ou o único e eterno Bem, não se revelaria sem a presença de sua natureza espiritual eterna, único lugar em que pode manifestar seu poder. Somente quando o poder de Deus se torna diferenciado e relativamente consciente, de modo que haja poderes individuais combatendo entre si durante seu jogo de amor, se abrirá Nele o grande, imensurável fogo de amor, através da aproximação da Santíssima Trindade”. (Grace, II.28).
“O Pai é o primeiro de todos os seres concebíeis, mas se o segundo princípio não se tornasse manifesto no nascimento do Filho, Ele não seria revelado. Assim, o Filho, sendo o coração, a LUZ, o amor e a bela e doce beneficência do Pai, mas sendo distinto Dele em Seu aspecto individual, entrega-se ao Pai reconciliado, amoroso e misericordioso. Seu nascimento ocorre no fogo, mas Ele obtém sua personalidade e nome pela ignição da LUZ clara, branca e suave, que Ele próprio é”. (Três Princípios…, IV. 58).
“O Pai Eterno manifesta-se no fogo; o Filho manifesta-se na LUZ do fogo; o Espírito Santo manifesta-se no poder da vida e no movimento que emana do fogo e da LUZ”. (Assinatura…, XIV 34).
“Não imagine Deus como sendo um poder cego, existindo ou movimentando-se no céu ou além e acima do céu, desprovido de razão ou conhecimento, comparável ao sol, que gira em torno de sua órbita, emitindo LUZ e calor, sem se importar se isso beneficia ou não a terra e suas criaturas. Não! O Pai não é isso; mas Ele é onipotente, sábio, o Deus que tudo sabe; Nele mesmo, Ele é bom, generoso e misericordioso, alegre e regozija-se em si mesmo”. (Aurora, III. II).
“Com a LUZ e o coração de Deus, como tais, nada pode ser criado; porque, a LUZ é o fim da natureza e não possui qualidade. Portanto, ela não pode mudar ou tornar-se algo, mas permanece sempre a mesma na eternidade”. (Três Princípios…, X 41).
“Nenhum espírito criado pode existir sem o mundo-ígneo. Até mesmo o amor de Deus não existiria, se a cólera de Deus, ou o mundo do fogo, não existisse Nele; pois a cólera ou o fogo de Deus é a causa da LUZ, força, poder e onipotência. (Stief. II. 4)”.
“O mysterium magnum é o Caos de onde se origina o bem e a mal, LUZ e trevas, vida e morte. É o fundamento ou ventre de onde emanam almas, anjos e todos os tipos os outros tipos de seres, e onde estão contidos como numa causa comum, comparável à uma imagem que está contida num pedaço de madeira antes que o artista a corte”. (Clavis, VI 23).
“Michael representa Deus o Pai. Ele não era Deus, o Pai propriamente dito; mas há entre os seres criados (os anjos) um que representa Deus, o Pai. O círculo ou espaço onde ele e seus anjos são criados é o seu reino; ele é um filho amado de Deus, uma alegria para seu Pai. Não o compare com o coração ou a LUZ de Deus, que está na totalidade do Pai, e o qual não tem começo nem fim, assim como o Pai. Esse príncipe é um ser criado, e como tal tem um princípio; mas ele está em Deus o Pai, e se curva a Ele no amor. Portanto, ele usa sobre sua cabeça a coroa da honra, poder e força, e a não ser o próprio Deus em Sua trindade, não se pode encontrar nada no céu que seja maior, ou mais bonito ou poderoso que ele”. (Aurora, XII 86).
“Assim como Michael fora criado segundo o tipo e a beleza de Deus o Pai, Lúcifer fora criado segundo o tipo e a beleza de Deus o Filho, unido à Ele em amor; seu coração repousava no centro da LUZ, como se fosse o próprio Deus”. (Aurora, XII 101).
“Quando Deus criou os anjos, o príncipe do fogo e da LUZ se manifestou. Seu espírito ou vida-angústia (consciência) tem sua origem no fogo. Ele foi então passado pela LUZ, tornando-se ali a angústia do amor, através da qual a cólera foi extinta”. (Encarnação de Cristo…, I 3-10).
“Todos os anjos foram criados no primeiro princípio, formados e corporificados pelo Espírito em movimento e iluminados pela LUZ de Deus”. (Três Princípios…, IV 67).
“Desde toda eternidade a LUZ de Deus era clara, doce e graciosa; mas quando Deus movimentou-se para criar, a matriz (o fundamento), com suas qualidades, amarga, ácida, obscura e ígnea, tornou-se manifesta; os anjos foram criados desta matriz para a LUZ, tornando-se corpóreos pelo Espírito em movimento”. (Aurora, V 24).
“No céu, no mundo espiritual, existem as mesmas qualidades do mundo terrestre; mas elas não se encontram manifestadas de forma tão furiosa (grosseira), mas num estado superior, assim como as trevas estão absorvidas pela LUZ”. (Mysterium, X..7). 54
“Cada anjo que deseja viver na LUZ e poder de Deus deve abandonar o egoísmo da dominação do fogo no desejo; deve render a si e tudo o que lhe pertence à vontade de Deus; deve morrer com relação à sua vontade própria e desdobrar-se na LUZ do amor, como um fruto do amor divino, a fim de que a vontade-espírito (a vontade espiritual) de Deus comande sua vida”. (Stiefel 11. 49).
“O demônio era um anjo; seu dever era colocar sua imaginação (fé) na LUZ de Deus. Nesse caso teria recebido a substancialidade divina em sua imaginação e sua LUZ permaneceria luminosa. A fonte fogo teria permanecido naquela essência e qualidade; ele teria permanecido um anjo”. (Tilk I. 187).
“No raio de LUZ, a quarta forma da natureza, está a origem da vida, ela contém a perfeição na constância do fogo. Aqui, no objeto da divisão, nasce o espírito, que pode voltar e penetrar com sua imaginação em sua mãe, o mundo de trevas, ou ir em frente, e através da morte afundar-se na angústia do fogo, e explodir na vida. O espírito é livre, e, portanto cada um desses dois caminhos estão dentro de sua escolha”. (Pontos Teosóficos, VII. 2).
“Quando Lúcifer encontrava-se em tal forma majestosa, em tão alta glória, ele deveria ter se movimentado em Deus, assim como Deus se movimentava nele; mas isso ele não fez, pois depois que seus espíritos de origem foram tomados por tão gloriosa LUZ, foram preenchidos por tanta satisfação, que se revoltaram contra o direito natural (a lei), e desejaram uma qualificação ainda maior, mais magnificente e suprema do que o próprio Deus. Ocorreu então, que a qualidade adstringente contraiu sua essência a um tal estado de solidez que a água doce que ali existia se secou. Simultaneamente, o raio de LUZ ficou tão claro, que se tornou intolerável aos espíritos emergentes; isso porque o raio de LUZ foi até a qualidade adstringente de forma tão terrível, como se quisesse explodi-los repentinamente com grande satisfação”. (Aurora, XIII. I. 16).
“Deus não criou um inferno ou um estado especial de sofrimento para atormentar as criaturas que dele desertaram; mas tão logo os demônios deixaram a LUZ e tentaram governar através do poder do fogo sobre a beatitude no coração de Deus, no mesmo momento foram para fora de Deus, penetrando as quatro qualidades inferiores da natureza eterna. Com isso, foram mantidos aprisionados no abismo do inferno”. (A Vida Tríplice…, II.53).
“Os quatro princípios inferiores sem a LUZ eterna são o abismo, a cólera de Deus, e inferno. A LUZ desses princípios é o terrível raio de LUZ, onde devem despertar a si próprios”. (A Vida Tríplice…, II. 50).
“O áspero e severo desejo movimentou-se em Lúcifer, despertando a dor e o desejo de angústia. Assim a bela estrela encobriu sua própria LUZ e pereceu, e sua legião atuou da mesma forma”. (Mysterium, IX.10).
“A qualidade adstringente foi a primeira assassina, ao perceber que o ser gerava uma bela LUZ, ela se contraiu de forma ainda mais dura do que quando Deus a criou. A segunda qualidade, a segunda assassina, partiu com grande força para a qualidade adstringente, como se quisesse transformar seu corpo em pedaços. O calor ou o terceiro espírito assassino matou sua mãe, a água doce. O som surgiu tão furioso que soou como um trovão; pretendia com isso, provar sua própria nova divindade; o fogo surgiu como um terrível raio de LUZ. Assim, o corpo todo se transformou num vale escuro; não houve conforto, nem ajuda. O amor transformou-se em inimigo, e o anjo da LUZ tornou-se um escuro demônio de trevas”. (Aurora, XIV. 19-25).
“O céu está no inferno, e o inferno está no céu, e, no entanto, nenhum deles está revelado ao outro. Mesmo se o demônio estivesse viajando por muitos milhares de quilômetros, a fim de chegar ao céu, ele permaneceria sempre no inferno. Assim, os anjos não enxergam as trevas; eles só enxergam a LUZ do poder divino; mas os demônios só enxergam as trevas da cólera de Deus”. (Mysterium, VIII. 28).
“Como os demônios, levados pela concepção e devassidão, incendiaram-se a si próprios, foram completamente expulsos da geração da LUZ, e não podem concebê-la ou compreendê-la em toda eternidade. No entanto, a habitação de Lúcifer ainda não está completada, porque em todas as coisas nesse mundo ainda há amor e cólera residindo juntas, batalhando uma contra a outra. Aquelas coisas ou seres ainda não perceberam a luta da LUZ, mas somente a luta das trevas”. (Aurora, XVIII.32).
“Que nenhum homem pense que está no poder do demônio arrancar de seu coração as obras produzidas pela LUZ. Ele nem pode vê-las e nem compreender o que são. Portanto, mesmo se na mais externa geração, o demônio se enfurece e causa tempestade, enquanto você não transferir os produtos da cólera para a LUZ do seu coração, sua alma será salva de ser prejudicada pelo demônio, pois ele é cego e surdo na LUZ”. (Aurora, XIX.97).
“A imagem do ser criado foi vista na sabedoria, com seus aspectos de cólera e amor. Aqui também o Espírito de Deus, emanando eternamente da LUZ e do fogo do Pai, previu a queda, ou seja, que essa imagem, moldada num ser corporal, seria atraída pela cólera, e perderia seu esplendor divino”. (Considerações Stiefel III. 58).
“Pode ser que se pergunte: Por que Deus não restringiu Lúcifer do desejo maligno? Mas como isso poderia ser feito? Se esse ser de fogo fosse levado ainda mais para a humildade e para o amor, sua LUZ gloriosa se manifestaria ainda mais para ele, e sua ígnea vontade própria cresceria ainda mais com isso. Deveria Ele educá-lo punindo-o? O Objetivo de Lúcifer já era o de excitar em si a fundação mágica, e brincar com o centro das qualidades”. (Mysterium, IX.14).
“Antes dos tempos da cólera, havia no lugar desse mundo as seis fontes espirituais, gerando a sétima de forma suave e doce, como ainda acontece no céu, e não crescia ali nem sequer uma gota de cólera. Tudo o que existia era LUZ e transparência, sem a necessidade de outra LUZ, pois a fonte do amor com o coração de Deus estava iluminando tudo. A natureza era então muito etérea, e tudo permanecia num grande poder. Mas tão logo se deu o início da guerra dos demônios orgulhosos, tudo tomou uma outra forma e modo de ação. A LUZ se extinguiu na geração externa; consequentemente, o calor tornou-se aprisionado na corporalidade, não podendo mais gerar sua própria vida. Por causa disso, a morte penetrou a natureza e a natureza se degenerou. Uma nova criação da LUZ se fez necessária, sem o que a terra teria permanecido na morte eterna”. (Aurora, XVII. 2 IV.15).
“A cólera não tocou o coração de Deus, mas o amor benevolente emanou de Seu coração, penetrando a mais externa geração da cólera, extinguindo-a. Ele disse: ‘Que haja a LUZ’”. (Aurora, 85).
“Ao dizer: ‘Que haja a LUZ’, o santo poder concebido juntamente com a cólera, movimentou-se, fazendo com que o poder do demônio fosse completamente extraído dele, em sua essência”. (Mysterium, XII. 14).
“Assim, as trevas permaneceram na qualidade da cólera, na substância da terra e em toda profundidade desse mundo; e na substância da LUZ, a LUZ da natureza do céu, ou seja, da quinta essência, surgiu aquilo do que a constelação foi criada. Essa essência está em todo lugar, na terra e acima da terra” (Aurora, XII. 15).
“Quando Deus pronunciou: ‘Que haja a LUZ’, a essência, o ser dentro da qualidade da LUZ, não se movimentou apenas na terra, mas em toda a profundeza, com grande poder; com isso, o sol foi criado no quarto dia, quer dizer, foi aceso”. (Mysterium, XII.13).
“Quando a LUZ contida na água doce penetrou o espírito amargo, o raio de LUZ, inflamando-se na água, na qualidade morta, dura e amarga, provocou um movimento em todas as coisas, surgiu a mobilidade (a vida) na existência, não somente no céu acima da terra, mas também na terra. A vida começou a ser gerada em todas as coisas, e a terra produziu as plantas, ervas e árvores; dentro da terra se formaram a prata, o ouro e os metais de vários tipos”. (Aurora, XXI. 132; XX. 6).
“Quando a LUZ apareceu novamente no exterior, não concebível, o Verbo fez surgir a vida da morte, e o salitre corrupto produziu frutos novamente; mas isso tinha que ocorrer em certa relação com o estado depravado existente na cólera, e como a produção dos frutos veio da terra, tinham que ser bons e maus”. (Aurora, XXI 19).
“Até o terceiro dia depois da ignição da cólera de Deus no mundo, a natureza permaneceu na ansiedade, e era um vale de trevas na morte; mas no terceiro dia, quando a LUZ das estrelas começou a se acender na água da vida, a vida rompeu a morte, e uma nova geração teve início”.(Aurora, XXIV. 41).
“Depois que o céu foi feito, para a distinção entre a LUZ de Deus e o corpo corrupto deste mundo tudo mudou; o mundo corrupto era uma vale de trevas, sem LUZ, onde todos os poderes encontravam-se capturados, como que na morte; era uma situação muito difícil, até que se tornasse iluminado no meio de todo o corpo. Mas quando isso ocorreu o amor na LUZ de Deus rompeu aquele céu da divisão e acionou o calor”. (Aurora XXV 68).
“Deus, a LUZ eterna e a vontade eterna, brilha nas trevas e as trevas capturaram a vontade (recebeu sua atividade). Nessa vontade surgiu a ansiedade, e nela está o fogo, e no fogo a LUZ. Assim, as estrelas foram produzidas do fogo; o sol, do poder dos céus”. (Três Princípios… VIII. 22).
“No tempo da criação de uma nova LUZ, o sol foi despertado nesse mundo tornado corrupto por Lúcifer, o que afastou o esplendor do demônio. Ele foi enclausurado nas trevas como um prisioneiro, entre o reino de Deus e o reino deste mundo; ele não tem mais o que governar nesse mundo, exceto na Turba, onde a cólera e a fúria de Deus estão despertadas”. (Encarnação de Cristo…, I. 2).
“No sol do mundo externo, e através dele, Deus despertou um rei, ou como chamaria simbolicamente, uma divindade natural, junto com seis conciliadores, para serem seus assistentes, ou seja, o sol e os seis outros planetas, pronunciados das sete qualidades do lócus (lugar ou centro) do sol. O sol recebe seu esplender da tintura do mundo ígneo e o mundo da LUZ, sendo manifestado como um ponto revelado com relação ao mundo de fogo”. (Mysterium, XIII. 16).
“Na morte, no centro, no corpo ou ainda na substância corporal da terra, Deus despertou a tintura, com seu brilho, esplendor e LUZ, onde está contida a vida da terra; mas na profundeza acima do centro Ele deu o sol, que é uma tintura de fogo, e que com seu poder, alcança a liberdade fora e além da natureza, e de onde a natureza recebe seu esplendor. Ele é a vida de todo o círculo das estrelas, e todas essas estrelas são Seus filhos. Não que ele contenha suas essências, mas a vida deles surgiu de seu centro, no princípio”. (A Vida Tríplice… IV. 27).
“O sol está no meio das profundezas, ou seja, na LUZ ou no coração das estrelas, extraído de todos os seus poderes pelo poder de Deus, trazido para a forma. Portanto, ele é a LUZ clara de tudo, e pelo seu brilho e calor acende todas as estrelas, cada um de acordo com sua própria e especial qualidade e poder”. (A Vida Tríplice… VII.40).
“Quando a LUZ se acende, o poder conquistado na adstringência torna-se Mercúrio”. (Três Princípios…, VIII 24).
“Tão logo os espíritos de movimento e de vida, através da ignição da água, surgiram da localidade do sol, a brandura, sendo a base da água, penetrou e envolveu com o poder da LUZ, numa direção inferior, do modo da humildade, o que trouxe à existência o planeta Vênus”. (Aurora, XXVI 19-33).
“Quando o terror ígneo fora capturado pela LUZ, esta, através de seu próprio poder e sendo uma vida doce e de exaltação, elevou-se ainda mais das profundezas, até chegar no lugar duro e frio da natureza. Ali permaneceu, e deste poder veio à existência o planeta Júpiter” (Aurora, XXV 76-82).
“As trevas no homem que deseja a LUZ, é o primeiro princípio; o poder da LUZ, o segundo; e o poder desejante que atrai e se torna pleno (substancial), e onde o corpo material cresce, é o terceiro princípio”. (Três Princípios… VII 26).
“A alma, ou o primeiro princípio, é encontrada no fogo da natureza eterna; o espírito, ou o segundo princípio tem sua raiz na LUZ; e o corpo é o terceiro princípio, ou a substancialidade do mundo visível”31 (Tabulae Principice, 65).
“Se vocês observarem seu próprio ser e o mundo exterior, e o que está ocorrendo ali, descobrirão que vocês são esse mundo exterior, com relação ao ser externo. Vocês são um pequeno mundo formado a partir do grande mundo, e sua LUZ externa é um caos do sol e das constelações de estrelas. Se assim não fosse, vocês não seriam capazes de enxergar através da LUZ do sol”. (Mysterium, II. 5).
“No Paraíso existe a vida perfeita, sem distúrbios, e o dia perpétuo; o homem paradisíaco é claro como um vidro transparente, plenamente penetrado pela LUZ do sol divino”. (Assinatura…, XI.51).
“A corporalidade santa interior do elemento puro penetrou os quatro elementos e manteve consigo o Limo da terra, ou seja, o corpo sulfúrico (terrestre) exterior, como num estado de absorção; este corpo estava realmente presente, mas do mesmo modo que as trevas habitam na LUZ, não podendo manifestar-se, por causa da LUZ”. (Mysterium, XVI. 6).
“Todas as qualidades do corpo santo e interior, juntamente com as qualidades externas, encontravam-se no homem primordial sintonizadas em uma só harmonia. Nenhuma delas vivia em seu próprio estado de desejo; o desejo de cada uma estava na alma, onde a LUZ divina manifestava-se. A LUZ divina irradiava através de todas as qualidades, produzindo nelas uma temperatura equilibrada e harmoniosa”. (Mysterium, XVI. 5).
“O elemento puro penetra o homem externo e subjuga os quatro elementos; além do mais, o poder do calor e do frio estava na carne. Mas, como a LUZ de Deus brilhava ali, estavam numa harmonia equilibrada, de forma que nenhuma delas se manifestava diante da outra. Assim, Deus o Pai, é chamado de Deus colérico e ciumento, um fogo consumidor; Ele é realmente tudo isso com relação as suas qualidades; mas destas qualidades nada se torna manifestado na Sua LUZ”. (Cons. Stiefel…, XI 75).
“A vontade-espírito do homem penetrava todas as criaturas, sem ser injuriada por nenhuma delas, pois nenhuma podia alcança-la. Nenhuma criatura pode apreender o poder e a LUZ do sol em sua vontade própria, mas deve permanecer passiva para ser penetrada por ela; esse era o caso da vontade-espírito do homem”. (Grace, VII 2).
“No Paraíso há plantações, assim como neste mundo, mas não com a mesma tangibilidade. Lá o Céu está no lugar da terra, a LUZ de Deus, no lugar do sol e o Pai Eterno no lugar do poder das estrelas”. (Três Princípios…, IX 20).
“O mundo tangível ou natureza, antes da cólera de Deus, era tênue, etéreo, amoroso e claro, de modo que os espíritos originais pudessem olhar através de todas as coisas e nelas penetrar. Não havia ali nem terra, nem pedras, não havia a necessidade da LUZ criada, tal como é agora; mas a LUZ foi gerada em todas as coisas no meio de cada coisa, e tudo se encontrava na LUZ”. (Aurora, XVIII 29).
“A LUZ e o poder da LUZ é um desejo, e quer possuir a nobre imagem feita à semelhança de Deus, porque foi criada para o mundo da LUZ. O mundo das trevas ou a cólera aguda deseja o mesmo, pois o homem tem todos os mundos em si, e há uma grande batalha ocorrendo dentro dele. Aquele princípio com o qual ele se identifica em seu desejo e vontade, é o que o governará”. (Tilk I 38 I).
“Todo o desejo do homem deveria ser colocado na LUZ; então a LUZ teria se mostrado em suas essências e desejo, preenchendo todas as coisas como se fosse uma só vontade”. (Tilk, I 542).
“O homem permanecia nos três princípios, que se encontravam em igual concordância dentro dele, mas não fora dele; pois o mundo de trevas tinha um desejo diferente daquele do mundo de LUZ; da mesma forma, o mundo externo tinha um desejo diferente daquele do mundo de trevas e do mundo de LUZ. Assim, a imagem de Deus estava entre os três princípios, onde todos em seu desejo eram condutores àquela imagem. Cada um deles queria se manifestar em Adão, para tê-lo em seu próprio regimento ou como governador, e para manifestar suas maravilhas através dele”. (Mysterium, XVII 34).
“O santo Verbo de Deus, após a Trindade da Divindade insondável, concedeu à inteligência ígnea da alma o mandamento: ‘Não comerás da árvore do conhecimento do bem e do mal; se assim o fizerem irão morrer na imagem de Deus, no mesmo dia’. Quer dizer, ‘a alma ígnea irá perder sua LUZ; a mortalidade, qualidade do mundo de trevas, do centro dos três primeiros princípios, irá se aproximar e se manifestar na árvore, engolindo o Reino de Deus’” (Grace, VI 17).
“O terceiro princípio, ou o mundo elemental visível é uma espécie de produto do primeiro e segundo princípios, produzidos pelo movimento e respiração do poder divino e da vontade divina. Nisso está figurado o mundo espiritual segundo a LUZ e as trevas, e trazido a uma condição criada (objetiva)”. (Tabulae Principice, 5).
“A palavra movimentou o Fiat em todas as formas da natureza eterna, na harmonia com o mundo de LUZ e o mundo das trevas; assim, o desejo da qualidade dos dois mundos passaram a existir. Isso fez com que o bem e o mal tivessem sua origem na essencialidade, e através disso foi criado o mundo visível externo, com as estrelas e elementos como uma vida particular”. (Cons. Stiefel…, I 31).
“Esse mundo terrestre está baseado no mundo das trevas, e se o bem não estivesse também corporificado ali, não haveria outro feito senão o do mundo das trevas; mas isso é evitado pelo poder divino e pela LUZ do sol”. (Seis Pontos Teosóficos…, IX 17).
“O mundo interno, o mundo de LUZ, habita no mundo externo, o qual recebe poder do primeiro. A LUZ floresce no poder externo, mas esse poder nada sabe sobre ele”. (Seis Pontos Teosóficos… VI 2).
“A Divindade, a LUZ divina, é o centro de toda vida, e como na manifestação de Deus o sol é o centro da vida”. (Assinatura…, IV 17).
“Deus deu ao mundo externo a LUZ, soprando Seu poder através dos raios de Sua LUZ, e com o sol e a lua governa com as coisas deste mundo. As estrelas tomam a LUZ do sol e da lua, da radiação se derrama de Sua LUZ, e por meio dessa mesma LUZ Deus ornamenta a terra com belas plantas e flores e torna belo tudo que vive e cresce”. (Oração…, XLVII).
“Este mundo possui um Deus natural que lhe é próprio, o sol; mas ele toma sua existência do fogo de Deus, e este da LUZ de Deus. Assim, o sol oferece seu poder aos elementos, e os elementos dão sua força as criaturas e eras da terra”. (Seis Pontos Teosóficos…, V. 13).
“Tudo o que é poderoso na essência do mundo santo está oculto na cólera e na maldição de Deus na qualidade do mundo de trevas; mas floresce através do poder do sol e da LUZ da natureza externa através da maldição e da cólera”. (Mysterium, XXI 8).
“O sol não é tão diferente da água; a água possuía a qualidade e a essência do sol. Sem isso a água não receberia sua LUZ. Embora o sol seja um corpo que possui uma forma, sua essência também está na água, mas não manifestada. De fato, reconhecemos que o mundo como um todo é um sol, e que seu lugar seria em todos os lugares se Deus quisesse inflamá-lo e torná-lo manifesto, pois toda existência começa na LUZ do sol”84 (Seis Pontos Teosóficos, VI 10).
“Como as estrelas, cheias de desejo, atraem para si o poder do sol, do mesmo modo o sol também penetra poderosamente as estrelas, de modo que recebem sua LUZ do poder do sol. As estrelas enviam novamente seu poder inflamado, como produto próprio, aos elementos”. (Grace, II 26).
“O céu estrelado governa em todas as criaturas como se estivesse em sua própria propriedade. Esse céu é o homem, e a ‘matéria’ ou a forma aquosa, é sua mulher, que dá á LUZ ao que o céu cria”. (Três Princípios… VII 33).
“A terra está girando porque possui dois fogos, o fogo frio e o quente, e aquilo que está embaixo sempre deseja elevar-se em direção ao sol, porque a terra recebe espírito e poder unicamente do sol. Portanto, ela está girando. O fogo, seu desejo de LUZ, a faz girar, pois ela deseja ser inflamada e ter vida própria. Tendo, contudo que permanecer na morte, até que deseje e atraia a vida que está acima, abrindo seu centro para sempre receber a tintura e fogo do sol”. (A Vida Tríplice… XI 5).
“Há animais peçonhentos e vermes crescendo da qualidade colérica, formados depois do centro do mundo de trevas. Eles amam habitar unicamente nas trevas, e se escondem da LUZ. Além do mais, há muitas criaturas formadas pelo spiritus mundi a partir do reino da fantasia, tais como macacos, certos animais e pássaros, que adoram pregar peças, atormentar e perturbar outras criaturas, de modo que um é inimigo do outro, e estão sempre brigando. Por outro lado, há também criaturas boas e delicadas, feitas segundo modelos do mundo angélico, tais como os animais mansos e os pássaros: entre eles, contudo, encontra-se também os de má qualidade”. (Grace, V 20)97.
“Como o espírito está em uma coisa, assim é a tintura, pois a tintura emana do espírito e é sua LUZ”. (Três Princípios…, XIII 45).
“A tintura produz todas as cores, porque introduz a qualidade do fogo e da LUZ na água. Assim, ela também transforma água em sangue”. (Six Mystical Points, I 5).
“A alma em sua substância é um fluxo mágico de fogo da natureza de Deus, o Pai. A alma é um desejo ardente pela LUZ. Assim, Deus o Pai, deseja seu coração, o centro de LUZ, de forma muito forte e desde toda a eternidade; Ele a gera em Sua vontade desejante, da qualidade do fogo”. (Quatro Complexões…, II).
“Deus também produz o segundo princípio em Seu amor, de onde gera, de eternidade em eternidade Seu coração e verbo eterno, e o espírito inflama o elo da natureza, e a torna luminosa no amor e na vida de Seu coração, pelo poder da LUZ. Da mesma forma, a alma do homem deseja penetrar o segundo princípio e manter sua ânsia no poder de Deus”. (A Vida Tríplice…, I II-13).
“A essência da alma, que emana da vontade insondável, não morreu. Nada pode destruí-la. Ela permanece para sempre um vontade livre. Mas perdeu o estado divino, onde queimava a LUZ de Deus e o fogo de Seu amor. Não que esse amor havia se tornado um nada, embora isso tenha ocorrido na alma criada (não manifestada) e inconsciente; mas o santo poder, ou seja, o espírito de Deus, que era a vida ativa ali, tornou-se oculto” (Grace, VI 2).
“Depois que Adão perdeu sua imagem bela e pura, sua alma permaneceu apenas na qualidade do Pai, ou seja, na natureza eterna, a qual, aparte da LUZ de Deus, é uma cólera e um fogo consumidor”. (Tilk I 285).
“Se investigarmos a substância da alma e suas essências, veremos que é o que há de mais áspero no homem; ela é ígnea, ácida e amarga. Se ela perde inteiramente a virgem do poder divino que a acompanha, e da qual a LUZ de Deus (na alma) nasce, então começa a ser um demônio”. (Três Princípios…, XIII 30).
“Adão era uma completa imagem de Deus, macho e fêmea, não separados, mas puro como uma casta virgem. Ele tinha em si o desejo (poder) do fogo e da LUZ, a mãe do amor e da cólera, e o fogo dentro dele amava a LUZ, recebendo dela quietude e beneficência; enquanto que a LUZ amava o fogo como sendo a sua vida, do mesmo modo que Deus,em Sua qualidade de Pai, ama o Filho e o Filho ama o Pai”. (Cons. Stiefel…, II 35 I).
“O coração é a verdadeira origem da alma, e no sangue interior do coração (a vontade) está a alma, o fogo, enquanto que na tintura a alma é seu espírito (sua LUZ); o espírito flutua sobre o coração, e comunica-se ao corpo e a todos os órgãos”. (Quarenta Questões…, XI 3).
“O desejo de conjunção nos homens e mulheres resulta da separação da tintura do fogo e da LUZ em Adão. Esses princípios em sua própria essência são ainda mais nobres e puros que a carne. É verdade que agora estão separados, e não contém a verdadeira vida; mas estão cheios de desejo por aquela vida verdadeira, e quando se encontram novamente na unidade de todos os seres, despertam a verdadeira vida para qual seu desejo está direcionado. Querem ser novamente o que eram na imagem de Deus quando Adão era homem e mulher” (Cons. Stiefel…, II 388).
“Quando a alma afastou-se da LUZ de Deus e penetrou o espírito deste mundo, deu-se início ao tormento do primeiro princípio. Ela viu e sentiu que não estava mais no reino de Deus, até que o coração de Deus veio e se colocou entre ela e o reino divino, possibilitando-o penetrar ali e regenerar-se”. (Três Princípios…, IX 6).
“Não havia outra salvação para a imagem divina no homem a menos que a divindade se movimentasse de acordo com o segundo princípio, ou seja, de acordo com a LUZ da vida eterna, e pelo poder do amor reascendendo a substancialidade (da alma) que estava aprisionada na morte”. (Encarnação de Cristo…, I II 22).
“A alma separou sua vontade da vontade do Pai g penetrou na luxúria desta vida. Não haveria outra forma de redenção, exceto que a vontade pura do Pai penetrasse outra vez em sua substância trazendo-a novamente ao estado que ocupava primeiramente, de modo que sua vontade fosse novamente direcionada para o coração e LUZ de Deus”. (Três Princípios…, XXII 67).
“Para auxiliar a alma, o coração de Deus com sua LUZ, e não o Pai propriamente dito, tinha que penetrá-la, pois no Pai ela já estava de qualquer modo; mas encontrava-se afastada da entrada para a geração do coração (o início da auto consciência divina) de Deus, e seus desejos estavam direcionados para o mundo externo”. (Três Princípios…, XXII 68).
“A palavra que Deus pronunciou com relação ao poder que esmagaria a cabeça da serpente, era uma centelha de LUZ do divino coração de Deus, e ali o Pai, desde a eternidade, viu e elegeu a humanidade. Nesta centelha de luz–amor divino todo o mundo deveria viver, e Adão já se encontrava ali quando ocorreu sua criação, como foi expresso por Paulo (Ep. I 13), dizendo que o homem foi eleito no Cristo antes que a fundação deste mundo fosse estabelecida”. (Três Princípios…, XVI 107).
“Desde toda eternidade estava o nome de Jesus em amor imóvel no homem como a imagem de Deus. Mas quando a alma perdeu a LUZ, então o Verbo pronunciou o nome de Jesus naquilo que era móvel; nas enfraquecidas insígnias da substância do mundo celeste”. (Grace, VII 34).
“Antes da queda, Adão recebeu a LUZ divina de Iahweh , ou seja, do Deus único, onde se encontrava oculto o nome de Jesus. Mas durante o tempo do sofrimento, quando a alma caiu, Deus manifestou o tesouro de Sua glória e santidade, e por meio da viva voz do Verbo, Ele incorporou-Se com o fogo divino na imagem eterna, representando o estandarte da alma, o qual ela seguiria como a um guia. Mas se ela não fosse capaz de penetrar ali, sendo como morta com relação a Deus, o sopro divino a penetraria, advertindo-a a interromper sua atividade maligna, a fim de que sua voz voltasse a ser ativa na alma”. (Grace, VII 32).
“Não é na tintura do homem, que representa a essência ígnea, que a palavra da promessa desejou incorporar-se, mas na tintura da LUZ, no centro virginal, quem Adão, geraria magicamente, na substância celeste da santa geratriz porque na tintura da LUZ a alma-essência ígnea era mais fraca do que na natureza ígnea do homem”. (Mysterirum, XXIII 43).
“O Cristo foi perpetuado em todos os homens como uma centelha brilhante da LUZ divina, de acordo com a qualidade da imagem verdadeira e como uma potencialidade (ou semente do ser imortal), mas, é claro que não na carne externa do mundo terrestre, mas dentro do segundo princípio”. (Cons. Stiefel…, II 318).
“A palavra que tinha sido incorporada na semente de Eva perpetuou-se de homem a homem em sua parte celestial como um som (consciência) ou centelha da divina e santa LUZ ígnea, até o tempo em que Maria foi despertada, quando o tempo do cumprimento do pacto havia chegado e as portas da câmara fechada foram abertas”. (Mysterium, XXIII 31).
“Ouça e veja qual era o desejo de Adão e Eva antes e depois da queda. Eles desejaram o reino terrestre e a mente de Eva estava direcionada para as coisas terrestres. Quando ela deu à LUZ a Caim, disse: ‘Eu tenho o Homem, o Senhor’. Ela pensou que ele era aquele cujo calcanhar esmagaria a cabeça da serpente, afastaria o demônio. Ela não pensou que deveria morrer quanto a sua vontade carnal, terrestre e falsa e renascer na vontade divina. Tal vontade (egoísta) ela carregaria com sua semente, e Adão, da mesma forma, resultando a vontade na essência-alma.145 A árvore produziu um galho de sua própria natureza, pois os pensamentos de Caim tiveram a mesma propensão, tornando-se senhor desta terra. Quando Caim viu que Abel era maior do que ele no amor de Deus, sua vontade animal livre surge com o propósito de matar Abel, pois ele preocupava-se apenas com a possessão do mundo externo, e de ser seu senhor, enquanto Abel procurava apenas o amor de Deus”. (Mysterium, XXVI 23).
“Sem representa o mundo da LUZ; Jafé, o mundo do fogo, onde a LUZ é visível. Jafé representa também uma imagem do Pai, Sem a do Filho; mas Ham é uma imagem do mundo externo”. (Mysterium, XXXI 10).
“A configuração de Sem desceu sobre Abraão e Isaac, pois o Verbo do pacto foi manifestado e continha em si o som; mas a configuração de Jafé passou pela sabedoria da natureza no reino da natureza, e daí originou-se os gentis (povo intelectual, mas não espiritual) que deram atenção (proeminentemente) à LUZ da natureza (coisas naturais). Assim, Jafé, ou seja, a alma destrutiva, aprisionada, pertencente à natureza eterna, vivia entre as “cabanas” de Sem, quer dizer, dentro do pacto, pois a LUZ da natureza vive na LUZ da graça, constituindo uma forma ou um estado concebido da LUZ informada de Deus. A linha descendente de Ram encobriu o homem animal, formado do Limus da terra, onde está a maldição, de onde surgiu a raça sodomita semi-animal, que não presta atenção nem na LUZ da natureza nem na LUZ da graça, no pacto”. (Mysterium, XXXIV 14).
“Noé disse: ‘Louvado seja o Deus de Sem, e Jafé deve viver nas cabanas de Sem’. Pela expressão ‘Deus de Sem’, compreende-se o Verbo santo no pacto, e como se manifestaria, de modo que os Jafitas ou gentis, aqueles que viviam apenas pela LUZ da natureza, chegariam à LUZ da graça, manifestada em Sem, penetrando assim a ‘morada de Sem’ e passariam a viver ali. Mas Ham, o espírito da luxúria carnal, deveria tornar-se um servo dos filhos da LUZ, segundo sua qualidade, porque os filhos de Deus o forçariam a se tornar submisso à Ele, afastando sua desprezível vontade própria”151 (Mysterium, XXXIV. 31).
“Os gentis adoravam o sistema planetário e os quatro elementos; eles tinham o conhecimento de que esses regiam a vida externa de todas as coisas. Assim, através da palavra concebida intelectualmente penetravam a igualmente a palavra concebida e formada (manifestada). Por outro lado, o espírito da palavra formada da natureza tornou-se parte deles, sendo que um intelecto passava para o outro. O intelecto humano movimentou a inteligência com a alma do mundo externo tão longe o desejo deste permitiu, e através desta inteligência (que reside na LUZ astral ou mente do mundo externo) o espírito profético para fora do Espírito de Deus indicando a eles, como que nos tempos futuros a palavra formada da naturezxa externa se manifestaria na construção e na destruição dos reinos, etc. Fora desta alma do mundo, os gentis recebiam respostas através de suas imagens e ídolos, porque a fé que introduziram neles tão fortemente, os movimentavam; esta não foi, portanto, uma total obra do demônio, como”. supunham aqueles que, nada sabendo sobre os mistérios, tornam o demônio responsável por tudo, enquanto ignoram até mesmo o que Deus e o diabo são”. (Mysterium, XXXVII 10-13).
“Os gentis ficaram com sua magia própria. Aqueles que deixaram o desejo da corrupção e penetraram a LUZ da natureza, porque não conheciam à Deus, mas que, no entanto, viviam na pureza, eram filhos da vontade livre, e neles o espírito da liberdade desenvolveu grandes maravilhas, como pode ser visto nas obras da sabedoria que deixaram”. (Terrestrial and Celestial Mysterium, VIII.9).
“Nos gentis altamente intelectualizados na LUZ da natureza o santo reino interior estava espelhado; a verdadeira inteligência divina estava fechada e eles captassem apenas um reflexo exterior; no entanto, na restauração de todas as coisas, quando o véu será removido, viverão na cabana de Sem”. (Mysterium, XXV 24).
“A vítima, a madeira, a fumaça, tudo era terrestre, assim como o homem era terrestre, no que se refere ao seu corpo externo; mas depois que o objeto sacrifical fora inflamado (pelo fogo mágico) tornou-se de natureza espiritual, pois da madeira surgiu o fogo, que recebeu e consumiu o objeto. Desta consumação resultou a fumaça do fogo, seguida pela LUZ, e essa LUZ foi o símbolo em que a imaginação do homem e a de Deus, produziram uma conjunção”.(Mysterium, XXVII 29 — 30).
“Não podemos dizer que a virgem celeste ao penetrar Maria tornou-se terrestre por ordem de Deus, mas dizemos que a alma de Maria tomou posse da virgem celeste, e esta adornou sua alma com a coroa pura do santo elemento, um ser humano regenerado, puro; ali Maria recebeu o Salvador do mundo, e deu à LUZ a Ele neste mundo”. (Três Princípios…, XXII 44).
“A primeira coisa que uma criança (no ventre) recebe é a tintura de sua mãe. O mesmo aconteceu com o Cristo. Quando o anjo anunciou à Maria a futura encarnação de Cristo, foi a vontade da mãe, e a tintura que receberam o Limbus de Deus que a impregnou e passou a lhe pertencer. Se, então, a alma da criança está na Santíssima Trindade, não pensam vocês que sua LUZ gloriosa ilumina maravilhosamente a mãe, e que esta mãe coloca, corretamente, seus pés sobre a Lua, ao ser exaltada acima de tudo o que é de natureza terrestre? Ela deu à LUZ o Redentor do mundo sem nenhum contato carnal, e dela originou-se o corpo que atraiu todos os membros, ou seja, os filhos de Deus em Cristo, os filhos da LUZ”. (Três Princípios…, XVIII 93-98).
“Cristo em Maria aceitou os três princípios, mas em ordem divina, e não misturados, como foi o caso de Adão, quem, através da imaginação, introduziu o reino externo no reino interno, na alma-fogo, em consequência do que a LUZ foi extinta. Ele (Cristo) tinha em Si a alma-essência, ou o primeiro princípio, a substância da imagem do segundo princípio, e finalmente a forma externa, ou seja, o terceiro princípio”. (Tilk I 336).
“Podemos comparar o sol à Cristo em Seu aspecto de ser criado, e toda a profundidade do espaço pode ser comparada ao Pai. Se observarmos então, que o sol brilha na total profundidade do espaço, enviando seu calor e poder a todo lugar, não podemos dizer então, que na profundidade o poder e a LUZ do sol estejam fora do corpo do sol; pois se a LUZ e a substância do sol não estivessem em toda parte, o espaço não receberia o poder da LUZ do sol. Dois poderes ou princípios de uma natureza similar são necessários para serem receptivos um ao outro. A profundeza (do espaço) contém sua LUZ de forma oculta (latente). Pela vontade de Deus, toda a profundidade seria sol”. (Menschwerdu, I 8).
“O espírito desse mundo capturou o corpo, tornando-o terrestre; o corpo e a alma tornaram-se corruptos. Desta forma, não mais estamos em posse do elemento puro necessário para a formação de um corpo (puro), mas de uma protuberância dos quatro elementos em combinação com a influência das estrelas. Este corpo não pertence à Divindade. Deus não Se revela num corpo impuro, mas somente no homem santo (interiormente regenerado), na pura imagem que Ele criou no princípio. Nada mais havia de ser feito além de regenerar a imagem através do coração e da LUZ de Deus”. (Três Princípios…, XXIII 21).
“O homem deve, novamente, deixar o espírito dos planetas e elementos e penetrar um novo nascimento, na vida de Deus. Isso a alma não pode realizar pelo próprio e, portanto, a vida de Deus que emana do amor e da misericórdia veio até nós em carne e tomou nossa alma humana novamente para si, na vida divina, no poder da LUZ; assim, nesta vida devemos ter um novo nascimento e penetrar em Deus” (A Vida Tríplice…, I 17).
“A alma de Adão havia se afastado de Deus e morrido com relação a essencialidade da LUZ. O segundo Adão trouxe novamente a alma para o fogo, ou seja, na fonte da cólera, e acendeu novamente a LUZ na morte. A LUZ foi portanto novamente manifestada nas trevas, e a morte morreu, e para a cólera ou inferno foi criada uma praga”. (Tilk I. 513).
“Como nos afastamos da liberdade do mundo angélico e adentramos a tortura escura, o poder e o verbo da LUZ tornou-se homem, e nos conduziu para fora das trevas, através da morte no fogo para a liberdade da vida divina, na essencialidade divina. O Cristo tinha que morrer e penetrar a essencialidade divina através do inferno e através da cólera da natureza eterna, para abrir um caminho para a nossa alma através da morte e através da cólera, onde devemos entrar com Ele pela morte, na vida divina”. (Encarnação de Cristo…, I 3, 7).
“Quando o Verbo pronunciado de Deus na qualidade humana aprisionou-se no Redentor, a essencialidade que havia morrido em Adão, mas que se tornou novamente viva em Cristo, clamou juntamente com a alma: ‘Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonastes?’ Isso significa que a cólera de Deus havia penetrado, através da qualidade da alma, a imagem da essencialidade divina, e que havia absorvido a imagem de Deus, porque era essa a imagem da serpente na alma ígnea, a cabeça da cólera de Deus, para transformar seu poder ígneo na vida-sol eterna. Como uma vela se extingue ao queimar-se, e assim como desta morte surge a LUZ e o poder, da mortificação e da morte de Cristo havia que surgir o sol divino e eterno na qualidade humana. Assim, havia que morrer, neste caso, não só o egoísmo da qualidade humana, ou seja, a vontade-própria da alma com relação à (seu desejo pela) vida no poder do fogo, e se perder na imagem do amor; mas, essa mesma imagem do amor havia que penetrar a cólera da morte, a fim de que tudo mergulhasse na morte e através da morte e da humildade perfeita, e na vontade e misericórdia de Deus, surgisse novamente na substancialidade paradisíaca, a fim de que o espírito de Deus pudesse ser tudo em tudo”. (Assinatura…, XI 87).
“A morte estava lutando com o homem externo (com a vida do), pensando que agora, a alma deveria permanecer na Turba; mas havia um forte poder na alma, ou seja, o Verbo de Deus. Esse verbo capturou a morte e a destruiu, extinguindo a cólera. Trava-se de um grande veneno para o inferno quando a LUZ o penetrou, e o Espírito de Cristo aprisionou o demônio, conduzindo-o da alma-fogo para as trevas, trancando-o ali, na dureza colérica e no amargor”. (Quarenta Questões…, XXXVII 13 — 15).
“Pelo poder da tintura celestial Deus acendeu o fogo que havia se tornado escuro na essência da alma, dali por diante, aquele fogo passou a queimar num poder limpo, branco e majestoso, na LUZ e glória, e a cólera de Deus foi extinta na essência da alma e foi feita amor”. (Tilk II 259).
“A alma de Cristo veio com a LUZ de Deus para a cólera, e os demônios tremeram; pois a LUZ aprisionou a cólera, e Sua alma tornou-se um paraíso, enquanto que a cólera permaneceu no inferno. A LUZ encerrou o princípio do inferno, de modo que nenhum demônio tem a permissão de aparecer na LUZ. Mas isso ele também não vê, e a LUZ é seu terror e sua vergonha”. (Tree Princípios, XXV79).
“Como as prisões do mundo de trevas deveriam ser destruídas na morte de Cristo, a terra tremeu e o sol se tornou negro, simbolizando que, como a LUZ eterna havia renascido, a LUZ temporal havia que deixar de existir”. (Grace, VII 8).
“O fundamento mais interno no homem é Cristo; mas não de acordo com a natureza humana do homem, mas segundo a natureza de Cristo, a qualidade divina em Sua essência celestial, a qual Ele regenerou. O segundo fundamento é a alma, ou seja, a natureza eterna, onde o Crksto (a LUZ) se revelou; e o terceiro fundamento é o homem exterior, proveniente do limus da terra com as estrelas e os quatro elementos. No primeiro fundamento está a vida ativa do amor divino; no segundo fundamento está a vida-fogo natural da alma criada, onde Deus é chamado de Deus ígneo; e no terceiro, está a criação de todas as qualidades nas quais Adão permaneceu na temperatura, e que foi objetificada na queda”. (Grace, IV 37).
“’Cristo significa um penetrador; o ato de afastar o poder da cólera; a iluminação das trevas pela LUZ; a transmutação (na alma do homem), pela qual a satisfação do amor rege sobre o brilho do fogo em seu aspecto colérico; a superioridade da LUZ sobre as trevas”. (Assinatura…, VII 32).
“Para se produzir um verdadeiro Cristão, não basta satisfazer-se com uma crença meramente histórica e científica, no Filho de Deus, que um dia viveu sobre a terra. Não seremos recompensado por uma espécie de Deus externo, que nos atribuirá retidão, por conta de nossa confissão em tal crença; mas, o reconhecimento da verdade divina deve nascer e ser recebida dentro de nós de forma pueril. A carne está condenada à morte, e temos que nos tornar como uma criança que nada sabe, mas que se apega (instintivamente) a mãe que lhe deu à LUZ. Da mesma forma, a vontade do Cristão deve morrer para a sua vontade própria e auto afirmação, tornar-se como uma criança em Cristo. Então, se a vontade e o desejo da alma é dirigido unicamente à sua fonte, irá surgir do espírito de Cristo uma nova vontade e obediência na justiça divina, a partir da morte da vontade-própria; não mais será uma vontade pecadora”. (Regeneração, I).
“Observamos o mundo eterno com suas estrelas e os quatro elementos onde vivem os homens e todas as criaturas. Isso não é Deus, e não é chamado de ‘Deus’. Deus habita ali, mas a essência do mundo externo não O compreende. Da mesma forma, a LUZ brilha nas trevas, e as trevas não a compreende”.
“Deus habita no mundo e preenche todas as coisas; no entanto, Ele nada possui. A LUZ habita nas trevas, mas não a possui; o dia habita na noite e a noite habita no dia, o tempo na eternidade e a eternidade no tempo; o mesmo ocorre com o homem. Ele próprio é o tempo, e vive com ele segundo seu aspecto externo; é desta mesma forma que o mundo externo existe no tempo; mas o homem interior é eternidade, mundo e tempo espiritual, tal como é criado na LUZ, de acordo com o amor de Deus, e nas trevas de acordo com Sua cólera. Seu espírito vive naquele princípio que nele está manifestado, seja nas trevas, seja na LUZ. Cada um deles habita em si mesmo; nenhum deles possui o outro; mas, se um penetra o outro e deseja possuí-lo, este o outro irá perder sua supremacia e poder. Se a LUZ se manifesta nas trevas, então as trevas deixam de ser trevas; e se as trevas surgem na LUZ, então a LUZ e seu poder serão extintos. As trevas eternas da alma constituem o reino do inferno; a LUZ eterna na alma é seu céu. O homem, portanto, é criado e vive nos três mundos. Um é o mundo das trevas eternas que surge do centro da natureza — natureza eterna — onde nasce o fogo como o tormento eterno; o outro mundo, é o da LUZ eterna, onde reside a alegria e o Espírito de Deus. É neste mundo de LUZ que o espírito de Cristo assume substancialidade humana. O terceiro mundo onde vive o homem, e do qual foi gerado, é o mundo visível externo, com seus quatro elementos, e as estrelas visíveis”. (Regeneração, I).
“A pobre alma aprisionada, encerrada nas trevas da morte, é um fogo mágico faminto, que atrai da encarnação de Cristo, a substancialidade reaberta de Deus, e deste engolir ou nutrição, produz um corpo similar ao da Divindade. Assim, a pobre alma será revestida com um corpo de LUZ, comparável ao fogo de um pavio”. (Cartas, XI 21).
“Enquanto a casa mortal existe, nossa alma não habita na fonte de Deus, de modo a apreender essa fonte em si mesma. O sol brilha através de um vidro, provendo-o de luminosidade; no entanto, o vidro não se torna o sol. Ele simplesmente permanece (por um tempo) na LUZ e poder do sol, que brilha em sua substância e através de sua substância. O mesmo ocorre com a alma em seu estado terrestre”. (Mysterium, L II 3).
“As crianças iluminadas de Deus são amedrontadas por grandes perigos; muitas das que desfrutaram da grande visão da santidade de Deus, nas quais o triunfo da vida é alcançado, a razão carnal se espelha ali e busca introduzir seu egoísmo no centro interior, de onde a LUZ brilha. Disso resulta o orgulho miserável e o auto conceito; a razão egoísta — sendo, mais que nada, um reflexo da LUZ eterna — fantasia ser mais do que isso. Ela pensa agora poder fazer o que quer, e que, o que quer que faça, é a vontade de Deus fazendo por ela, acredita ser um profeta. No entanto, ela não penetra lugar algum, senão com seu próprio ser, e se movimenta com seu próprio desejo, através do qual o centrum naturae logo começa a aparecer. Surge então, o demônio da bajulação e o homem se torna embriagado pelo auto conceito, persuadindo a si mesmo que é Deus quem o compele a agir de tal forma. É assim que ele arruína o bom princípio, durante o qual a LUZ de Deus começa a brilhar na Natureza, e a LUZ de Deus o abandona. Nada fica, senão a LUZ da natureza exterior na criatura, mas o convencimento se manifesta e fantasia ser ela a LUZ original recebida de Deus”. (Quietude…, I 8).
“Há dois tipos de vontade a serem distinguidas na constituição do homem. Uma surge com o lírio e cresce no reino de Deus; a outra afunda nas trevas da morte e desejos pela terra, sendo ela sua mãe. Essa irá lutar contra o lírio, constantemente, e o lírio voa para longe de sua aspereza. Um broto cresce da terra, e assim a substância da qual é formada voa da terra e é atraída para a LUZ do sol até se tornar uma planta ou uma árvore. Então o Sol divino atrai o lírio humano, ou seja, o novo homem em seu poder, fora da substância do demônio, até que ele finalmente se torne uma árvore no reino de Deus. Ele deixa a árvore má ou a casca cair na terra, sua mãe que tanto busca, para deixar crescer a nova árvore”. (Encarnação de Cristo…, XI 8).
“Para o piedoso, a LUZ surge das trevas e o dia da noite. Para eles a fortuna resulta do infortúnio, e da maldição e da malícia deste mundo cresce para eles o paraíso. São Paulo diz: ‘Para aqueles que amam à Deus, tudo acontece para o melhor’”. (Mysterium , LXVI).
“Cara alma, se desejas a LUZ de Deus, e também a LUZ deste mundo, se desejas alimentar seu corpo (e mente), e (ao mesmo tempo) busca os mistérios de Deus, faça aquilo que o próprio Deus faz. Um olho de sua alma olha a eternidade, o outro a natureza. Esse busca continuamente no desejo e cria um espelho atrás do outro. Que assim seja. Assim deve ser, pois Deus assim o quer. Mas o olho voltado para a eternidade não pode se voltar para o desejo (longe de Deus); é através dele que se busca virar o outro para si mesmo, e não deixá-lo se desviar de ti; ou seja, não deixe ele se afastar do olho que mira a liberdade. Coloque sua vontade naquilo que está fazendo, lembrando de que é um servo da vinha de Deus; quer dizer, do Eterno; mergulhe sua vontade a cada instante na humildade diante de Deus; então sua imagem irá caminhar na humildade com sua vontade na majestade de Deus, e será iluminada perpetuamente pela triunfante LUZ de Deus”. (Quarenta Questões…, XII 28).
“No fim, todas as coisas devem ser uma e a mesma coisa para o homem. Ele deve ser um com a fortuna e com o infortúnio, com a pobreza e com a riqueza, com a alegria e com o pesar, com a LUZ e com as trevas, com a vida e com a morte. O homem passa então a ser um nada para si mesmo, pois está morto com relação a tudo em sua vontade. Deus está em tudo e através de tudo, e, no entanto, Ele é um nada, e nada pode compreendê-Lo. Tudo se torna manifestado através Dele, e Ele próprio é tudo. No entanto ele nada tem (objetivamente), porque aquilo que está diante Dele, nada é em sua compreensão, pois não O compreende. Este será o estado de uma pessoa segundo sua vontade submetida, caso ela se renda totalmente à Deus. Então sua vontade irá recuar para a vontade insondável de Deus, de onde surgiu no princípio, adquirindo a forma da vontade insondável, onde Deus reside e realiza Sua vontade”. (Mysterium, LXVI).
“A vida que recebemos no corpo de nossa mãe pertence unicamente ao poder do sol, das estrelas e dos elementos, que não só organizam o corpo da criança, dotando-o de vida, mas que também o trás à LUZ, o nutre e o acompanha durante toda a duração desta vida. São esses elementos que distribuem fortuna ou infortúnio, e finalmente o faz morrer e decompor-se”. (Três Princípios…, XIV 4).
“Não há três almas separadas no homem, mas apenas uma. Essa alma permanece em três princípios, ou seja, no reino da cólera, no reino do amor de Deus e no reino deste mundo. Quando o ar do reino externo deste mundo deserta a alma, ela se manifesta ou no obscuro reino do fogo ou no santo reino da LUZ, que é o reino do fogo-amor, o poder de Deus. Seja qual for o plano com a qual ela se envolveu durante sua existência terrestre, ali ela permanece depois que o reino externo a deixa”. (Mysterium, XV 24).
“Se o espírito permanece não regenerado com seu princípio original, então irá aparecer na ruptura da forma tal criatura correspondente à qualidade da vontade (caráter) adquirido durante a vida terrestre. Se, por exemplo, durante a vida se tem a invejosa disposição de um cão, rancoroso com tudo e com todos, então este caráter do cão irá encontrar sua expressão numa forma correspondente após a morte do corpo; pois de acordo com isso, a alma (animal) toma (assume) sua forma, e esse tipo de vontade permanece contigo na eternidade, pois as portas das profundezas que levam à LUZ de Deus são então fechadas diante de ti”. (Três Princípios…, XVI 50).
“Se durante sua vida terrestre, não iluminastes tua alma e o espírito eterno dado a ti pelo bem supremo, na LUZ de Deus, a fim de que o espírito renasça naquela LUZ, na substancialidade divina, então a alma no Mysterium irá retornar ao centro da natureza, e penetrar na qualidade da angustia das quatro formas inferiores da natureza eterna. Ali ela estará na companhia de todos os demônios, e será obrigada a devorar aquilo que movimentou”. (Encarnação de Cristo…, XI 6).
“Durante a vida terrestre o descrente sente a presença do inferno dentro de sua falsa consciência, mas ele não o compreende; pois ainda vive na vaidade terrestre, onde se distrai, e o qual lhe proporciona prazer e luxúria. Além do mais, sua vida externa está em possessão da LUZ da natureza externa, e sua alma revela-se ali; de modo que a dor interna não pode se manifestar. Mas quando o corpo morre, a alma não mais desfruta de tal proteção e dos prazeres temporais. Somado a isso, a LUZ externa terá sido extinta. A alma entra numa eterna ânsia pela vaidade à qual cedeu durante sua vida na terra; mas ela nada pode reter além de sua própria falsa vontade concebida. Ela agora possui muito pouco daquilo que antes possuía tanto, e com o que tampouco estava satisfeita. Ela certamente cometeria mais mal, mas não tem como realizá-lo, e assim ela interpreta esse papel dentro de seu próprio ser”. (Vida Suprasensual…, XXXIX).
“O mesmo verbo eternamente gerado e pronunciado manifesta-se no céu — ou seja, no poder da LUZ — como uma sabedoria santa (deleite), como no inferno, nas trevas, onde se manifesta como chamas de tormento”. (Mysterium, LXI 31).
“Se a vontade interna batalha a cada instante, diariamente, contra as qualidades demoníacas que a aflige, apaziguando-as e não permite que tomem substância em si, ao mesmo tempo em que as qualidades malignas perturbam a pessoa, não permitindo que ela atue sempre com sua boa vontade, essa pessoa deve acreditar e saber, com certeza, que o fogo de Deus está queimando dentro dela e tentando tornar-se LUZ; e quando quer que o corpo maligno com sua condição maligna é rompido, a fim de não mais impedir que a centelha flamejante queime, então o fogo divino, em sua essência, irá queimar numa chama, e a imagem divina será reconstituída de acordo com a qualidade mais forte que aquela pessoa tenha introduzido em seu desejo”. (Seis Pontos Teosóficos…, VII 41).
“O princípio do pai dentro da alma tem sua base num fogo incandescente que origina a LUZ, e nesta LUZ repousa a nobre imagem de Deus. Essa LUZ modera o fogo incandescente através da substancialidade do amor, tornando-o beneficente para a natureza e para a vida”. (Cartas, VIII 78).
“O espírito deste mundo não conhece seu próprio ser, a menos que seja aquela outra LUZ que brilha no espírito — a LUZ em que a mente pode repousar e conhecer seu próprio ser”. (A Vida Tríplice…, V 28).
“A alma, em sua vestimenta astral, flutuando nas portas da profundeza, passa por grandes dificuldades, devido ao seu estado terrestre, e pelo poder que pertence à sua constituição astral, ela pode reaparecer em sua forma corpórea prévia, pedindo algo, tal como era seu desejo antes da morte, buscando obter repouso; ela pode também ir a lugares assombrados e tentar manifestar sua presença na LUZ, de acordo com seu espírito sideral, produzindo ruídos de várias espécies”.
“Não há LUZ, nem deste mundo, nem de Deus, apenas a LUZ da ignição de seu próprio fogo, sendo ele um terrível inimigo, a carne de sua cólera. O tipo de angústia destas almas diferem segundo à qualidade daquilo que a alma se carrega. Para tal alma não há auxílio; ela não pode penetrar a LUZ de Deus; e mesmo que São Pedro tivesse deixado mil chaves sobre a terra, nenhuma delas abriria a porta, pois ela já rompeu o laço que a conectava com a Divindade”. (Veja: Três Princípios…, XIX).
“Se queres seguir o caminho (da LUZ), é preciso grande sinceridade. Não pode ser só palavras e pretensão, enquanto o coração encontra-se longe; pois deste modo nada conseguirás. É preciso unificar toda sua mente, com todos os seus sentidos e razão, em uma só vontade, se queres ser restaurado e sair de suas abominações. É preciso colocar seu sentido em Deus, em Sua caridade, com plena confiança e segurança, então irás conseguir. Se o demônio em ti disser: ‘Não pode ser, és um grande pecador’, não se deixe aterrorizar, pois ele é um mentiroso, e o pai da dúvida”.
“O homem celeste e santo, oculto no homem monstruoso (externo), está tanto no céu quanto Deus, e o céu está nele, e o coração e a LUZ de Deus é gerada e nasce dentro dele. Assim, Deus está nele e ele está em Deus. Deus está mais perto dele do que seu corpo bestial”. 166
“Na quinta qualidade a glória e majestade de Deus manifesta-se como LUZ de amor. Está escrito que Deus reside na LUZ, na qual ninguém pode penetrar. Isso significa que nenhum ser criado nasceu do fogo central do amor, pois este é o mais sagrado fogo, o próprio Deus em Sua Trindade. Deste fogo santo foi emanado o JAH, um raio da unidade sensível. Este é o precioso nome de Jesus, redimindo a pobre alma do fogo-colérico, e ao tomar a natureza humana, abandona-se ao fogo central de Deus na alma, na cólera de Deus dentro da alma; acendendo-a novamente com o fogo-amor, e unindo-a à Deus”. (Theos. Quest. III 25).
“A virgem diz: Algo em ti me contraria. Eu te criei e te tirei do meio dos espinhos. Quando eras um animal selvagem, eu te configurei em minha própria imagem. Mas o animal selvagem está entre os espinhos: isso eu não vou tomar em meu peito. Você ainda vive com seu animal selvagem. Quando o mundo tomar esse animal, já que a ele pertence, então eu te tomarei. Assim, cada um irá tomar o que lhe pertence. Por que então amas tanto aquele animal selvagem que não te causa mais nada além de dor? Não podes carregá-lo contigo. Ele não te pertence, mas ao mundo. Que o mundo o use como puder, mas permaneças tu comigo. Será por pouco tempo; logo seu animal irá se quebrar, e tu dele te livrarás, e permanecerás comigo. Como irás regozijar-te, se pensares naquele animal, que te afligia dia e noite, e ver que dele estas livres. Como uma flor cresce da terra, tu te elevarás acima de teu animal selvagem. Tu dizes: ‘Sou teu animal; tu nasceste em mim’. Ouça, meu animal! Sou maior que tu. Quando estavas por vir, eu era tua construtora. Minhas essências saem da raiz da eternidade; mas tu pertences a este mundo. Tu irás te quebrar, mas eu permaneço eternamente em meu poder. Portanto sou muito mais nobre que tu. Tu vives na cólera; mas eu irei colocar minha cólera assustadora na LUZ, na alegria eterna. Minhas obras estão no poder, enquanto as tuas permanecem como sombras. Quando eu estiver livre de ti, nunca mais irei te aceitar como meu animal; mas, (tomo) meu novo corpo, o qual estou regenerando na mais profunda raiz do elemento santo”. (Princípios, XXI 69).
“Se as três primeiras qualidades possuem sua superioridade no princípio da LUZ e nascem do centro de trevas, então possuirão em si a natureza da LUZ. Todas as sete serão boas”:
“Um princípio (início) nada mais é do que um novo nascimento, uma nova vida. Só há um princípio onde se encontra a vida ou a divindade eterna; esta não se manifestaria se Deus não tivesse criado em si criaturas como os homens e anjos, que conhecem o laço indissolúvel, e como o nascimento da LUZ eterna em Deus ocorre”. (Princípios, V 6).
“Deus não tinha outro material do qual criar algo, senão sua própria essência. Mas Deus é um espírito, intangível, que não possui nem princípio, nem fim. Sua profundeza e grandeza é tudo. Um espírito nada faz senão que surge, incita-se, movimenta-se e dá à LUZ a si mesmo. Neste nascimento há especialmente três formas — o amargor, a adstringência e o calor; mas nestas três formas não há uma primeira, segunda ou terceira; mas todas as três são uma só, sendo que uma dá nascimento à outra”. (Princípios, L 3).
“A alma ígnea, pura como o ouro limpo, testada no fogo de Deus, é o esposo da nobre Sophia, pois ela é a tintura da LUZ. Se a tintura do fogo é perfeitamente pura, então a Sophia se unirá à ela e Adão receberá novamente a noiva mais nobre, que foi dele afastada durante seu sono; ele a tomará em seus braços. Não se trata de homem ou mulher, mas um ramo na árvore de pérolas que encontra-se no paraíso de Deus. Mas como a noiva recebe seu noivo na qualidade-ígnea clara e brilhante dele, e como lhe dá um beijo de amor, isso só será compreendido por aqueles que estiveram no casamento do Cordeiro. A todos os outros isso permanecerá um mistério”. (Mysterium Magnum, XXV 14).
“A palavra Sul e é a alma de algo; pois na palavra Súlfur ela é o óleo ou a LUZ, que nasce da sílaba Phur. É a beleza ou a bondade de algo; seu amor ou o amado. Na criatura é a inteligência e o sentido, é o espírito nascido da sílaba Phur. A palavra ou sílaba Phur é a Prima Matéria, penetrando o terceiro princípio em si mesmo, o Macrocosmo de onde nasce a essência ou o reino (terrestre) elemental; mas, no primeiro princípio é a essência da geração mais interna, de onde Deus, o Pai, desde a eternidade dá nascimento a Seu Filho. No homem também é a LUZ que nasce do espírito sideral em outro centro do Microcosmo, mas no Spiraculum é um espírito-alma no centro interior. É a LUZ de Deus, que por si só, possui aquela alma que está no amor de Deus, pois ela é iluminada e soprada pelo Espírito Santo”. (Três Princípios…, II 7).
“Assim, cada criatura possui seu próprio centro para sua própria expressão ou o som do verbo formado em si mesmo, tanto nos seres temporais como eternos; tanto no homem racional como no irracional; pois o primeiro Ens foi pronunciado do som de Deus, pela sabedoria, de seu centro no fogo e LUZ e foi formado no Fiat, e entrou em “compactação”. O Ens emana do eterno, mas a compactação emana do temporal; portanto, em todas as coisas há algo eterno oculto no tempo”. (Mysterium Magnum, XXII 2).