“O espírito do homem não veio meramente das estrelas e dos ELEMENTOS; ele traz oculta em si uma centelha da luz e do poder de Deus. Não é à toa que Moisés (Gênesis I) diz: “Deus criou o homem à Sua própria imagem. Para ser Sua própria imagem Ele o criou”. (Aurora, Prefácio, 96).
“Se o leitor considerar a profundeza do céu, as estrelas, os ELEMENTOS e a terra, não irá, com certeza, ver com seus próprios olhos, a Divindade pura e cristalina, embora Deus esteja ali, dentro de tudo isso; mas se você elevar seus pensamentos e direcionar sua mente a Deus, que em Sua santidade governa com o Todo, estará então penetrando o céu e alcançando o próprio coração sagrado de Deus”. (Aurora, XXIII. II).
“Antes da criação do céu, das estrelas, dos ELEMENTOS e também antes da criação dos anjos, não havia nada senão a Divindade, reproduzindo a si mesma, doce e amorosamente, concebendo de sua própria imagem”. (Aurora, XXIII. 15). 47
“Cada país possui seu espírito guardião principal com suas legiões. Do mesmo modo, há anjos governando os quatro ELEMENTOS — fogo, água, ar e terra”. (Mysterium, VIII. 9).
“Há sempre dois reinos (estados a serem distintos nos ELEMENTOS) em um reina o amor emanado de Deus, e no outro Sua cólera. Os demônios residem unicamente no reino da cólera, onde estão encerrados com a noite eterna, e não podem entrar em contato com os bons poderes dos ELEMENTOS”. (Questões Teosóficas, XIII. 7).
“Falar sobre o céu e o nascimento dos ELEMENTOS, não é falar de coisas que estão longe ou que são estranhas a nós, mas daquilo que está ocorrendo dentro de nosso próprio ser; não há nada mais perto de nós do que esse nascimento, pois é como se estivéssemos falando de nossa própria mãe. Falar do céu é falar de nosso lar, de nosso lugar próprio, onde a alma iluminada pode ver, mesmo que esse lugar esteja oculto aos olhos do corpo”. (Princípios, VII. 7).
“Depois de Deus ter desenvolvido as estrelas e os quatro ELEMENTOS, foram produzidas as criaturas em todos esses quatro ELEMENTOS, tais como pássaros na constelação do ar, peixes na constelação da água, animais e seres de quatro patas na constelação da terra e espíritos na constelação do fogo”. (Mysterium XLIV I).
“O homem terrestre tinha em sua constituição o reino deste mundo, mas os quatro ELEMENTOS (separados) não governavam sobre ele; eles encontravam-se em um, e a ordem terrestre das coisas encontrava-se oculta no homem. Ele deveria viver no estado celeste, e embora tudo estivesse em movimento (vivo) dentro dele, no entanto ele governava a angústia terrestre (consciência externa) através da qualidade celestial (consciência interna) do outro (segundo) princípio, para manter o domínio sobre o reino das estrelas e dos ELEMENTOS através da qualidade paradisíaca”. (Menschwerung I 2).
“O corpo de Adão (o corpo etéreo do homem aborígine) foi criado dos quatro ELEMENTOS da natureza externa, e das estrelas (da essência das estrelas), por meio do Fiat eterno. Desta forma, ele estava em posse da essencialidade terrestre e divina; mas a terrestre estava na divina como que consumida ou impotente (latente). A substância ou a matéria da qual o corpo foi feito ou criado também continha o primeiro princípio em si, mas não estava em movimento”. (Encarnação de Cristo…, I 3, 15).
“Se Moisés diz que Deus criou o homem de um monte de barro, e que soprou nele o sopro da vida, não se deve compreender com isso que Deus tenha atuado de maneira pessoal — como se fosse um homem tomando um punhado de barro para fazer um corpo; mas o Fiat, ou seja, o desejo do Verbo, estava contido no modelo do homem percebido eternamente, que permaneceu no espelho da sabedoria, e que extraiu os Ens (o princípio) de todas as qualidades da terra (matéria) num corpo, e essa era a quinta-essência feita dos quatro ELEMENTOS”. (Grace, V. 27).
“A corporalidade santa interior do elemento puro penetrou os quatro ELEMENTOS e manteve consigo o Limo da terra, ou seja, o corpo sulfúrico (terrestre) exterior, como num estado de absorção; este corpo estava realmente presente, mas do mesmo modo que as trevas habitam na luz, não podendo manifestar-se, por causa da luz”. (Mysterium, XVI. 6).
“O elemento puro penetra o homem externo e subjuga os quatro ELEMENTOS; além do mais, o poder do calor e do frio estava na carne. Mas, como a luz de Deus brilhava ali, estavam numa harmonia equilibrada, de forma que nenhuma delas se manifestava diante da outra. Assim, Deus o Pai, é chamado de Deus colérico e ciumento, um fogo consumidor; Ele é realmente tudo isso com relação as suas qualidades; mas destas qualidades nada se torna manifestado na Sua luz”. (Cons. Stiefel…, XI 75).
“Todas as coisas estavam sujeitas a Adão; seu governo estendia-se do céu à terra, a todos os ELEMENTOS e estrelas, pois o poder divino estava nele manifestado”40 (Mysterium, XVI 2).
“Uma pessoa razoável perceberá facilmente que não haveria sono em Adão enquanto ele permanecesse na imagem de Deus, pois naquele tempo ele era uma imagem como nós seremos na ressurreição dos mortos. Não necessitaremos então dos ELEMENTOS, nem do sol, nem da lua, nem de sono algum; nossos olhos estarão abertos para ver a glória de Deus, sempre e eternamente”. (Três Princípios… XII 17).
“Se considerarmos corretamente a criação deste mundo e o espírito do terceiro princípio, ou o espírito do grande mundo com suas estrelas e ELEMENTOS, encontramos ali as qualidades do mundo eterno como que num estado de mistura; onde Deus quis manifestar as maravilhas eternas até então ocultas, trazendo-as para uma existência objetiva”. (Seis Pontos Teosóficos… II 6).
“A palavra movimentou o Fiat em todas as formas da natureza eterna, na harmonia com o mundo de luz e o mundo das trevas; assim, o desejo da qualidade dos dois mundos passaram a existir. Isso fez com que o bem e o mal tivessem sua origem na essencialidade, e através disso foi criado o mundo visível externo, com as estrelas e ELEMENTOS como uma vida particular”. (Cons. Stiefel…, I 31).
“Este mundo possui um Deus natural que lhe é próprio, o sol; mas ele toma sua existência do fogo de Deus, e este da luz de Deus. Assim, o sol oferece seu poder aos ELEMENTOS, e os ELEMENTOS dão sua força as criaturas e eras da terra”. (Seis Pontos Teosóficos…, V. 13).
“O sol é o centro da constelação (sistema solar) e a terra é o centro dos ELEMENTOS. Ambos, se comparados, são como espírito e corpo, homem e mulher. Mas a constelação possui uma outra mulher, onde lança sua substância, ou seja, a lua, esposa de todos os planetas, mas especialmente do sol”. (Mysterium XI 31).
“Como as estrelas, cheias de desejo, atraem para si o poder do sol, do mesmo modo o sol também penetra poderosamente as estrelas, de modo que recebem sua luz do poder do sol. As estrelas enviam novamente seu poder inflamado, como produto próprio, aos ELEMENTOS”. (Grace, II 26).
“As estrelas são a quinta-essência, na quinta forma dos ELEMENTOS, e por assim dizer, a vida dos quatro”. (A Vida Tríplice…, VII 45).
“Aquilo que chamamos de quatro ELEMENTOS, de fato não são ELEMENTOS, mas meras qualidades do elemento único e verdadeiro”. (Três Princípios…, XIV 54).
“Do fogo origina-se o ar e do ar a água e da água a terra; ou seja, uma substância que é de natureza terrestre; os ELEMENTOS são meramente uma manifestação externa do elemento eterno interior e um fumaça inflamada do último”. (Mysterium, VII 19).
“Os quatro ELEMENTOS são apenas qualidades de um elemento indiferenciado. Portanto há uma grande ansiedade e desejo entre eles. Eles constituem interiormente um só princípio, e, portanto desejam instintivamente uns aos outros, sendo que cada um busca o princípio interior no outro”. (Clavis 106).
“Os quatro ELEMENTOS surgiram do elemento único, que possui uma única vontade; eles existem agora num único corpo, havendo entre eles muita luta e disputa. O calor está contra o frio, o fogo contra a água; o ar está contra a terra e cada um causa a morte e o rompimento do outro”. (Assinatura… XV 4).
“Alguns animais, especialmente os mansos, estão intimamente relacionados ao elemento único; outros, principalmente os ferozes, estão mais relacionados com os quatro ELEMENTOS”. (Três Princípios…, XVIII 10).
“Quando o homem deixou o Paraíso penetrando uma nova geração, a saber, o espírito deste mundo, na qualidade do sol, planetas e ELEMENTOS, então sua percepção paradisíaca se extinguiu”. (Três Princípios…, XIV.2).
“A alma penetrou com Adão uma habitação estranha, ou seja, o espírito deste mundo. Há, de fato, quatro habitações nas quais aquela jóia preciosa está aprisionada. Destas quatro, há sempre uma especialmente manifestada na pessoa, não as quatro, de acordo com os quatro ELEMENTOS que se encontram dentro do homem; um deles sempre predomina na vida da pessoa. Esses quatro estados, formas ou temperamentos são conhecidos como: colérico ou bilioso, sanguíneo, fleumático ou linfático e o melancólico ou nervoso. No temperamento colérico está manifestada a natureza e qualidade do fogo; no sanguíneo, a do ar; no fleumático, a da água e no melancólico, a qualidade do elemento terra”. (Quatro Complexões…, I.6).
“Por outro lado, a semente externa também possui sua própria essência, que participam das qualidades dos ELEMENTOS externos. Esses ELEMENTOS externos participam das qualidades dos planetas externos, e estão conectados com a cólera e a malícia externa; estas estão conectadas com o abismo do inferno, que pertence aos demônios”. (Três Princípios…, XV 31).
“Os gentis adoravam o sistema planetário e os quatro ELEMENTOS; eles tinham o conhecimento de que esses regiam a vida externa de todas as coisas. Assim, através da palavra concebida intelectualmente penetravam a igualmente a palavra concebida e formada (manifestada). Por outro lado, o espírito da palavra formada da natureza tornou-se parte deles, sendo que um intelecto passava para o outro. O intelecto humano movimentou a inteligência com a alma do mundo externo tão longe o desejo deste permitiu, e através desta inteligência (que reside na luz astral ou mente do mundo externo) o espírito profético para fora do Espírito de Deus indicando a eles, como que nos tempos futuros a palavra formada da naturezxa externa se manifestaria na construção e na destruição dos reinos, etc. Fora desta alma do mundo, os gentis recebiam respostas através de suas imagens e ídolos, porque a fé que introduziram neles tão fortemente, os movimentavam; esta não foi, portanto, uma total obra do demônio, como”. supunham aqueles que, nada sabendo sobre os mistérios, tornam o demônio responsável por tudo, enquanto ignoram até mesmo o que Deus e o diabo são”. (Mysterium, XXXVII 10-13).
“Embora madeira e animais haviam sido usados nos sacrifícios, o fogo usado ali não fora produzido por meios externos, mas originado da mais elevada tintura da fundação paradisíaca. Esse fogo santo consumiu as vítimas através da imaginação e inflamação de Deus, e assim, a vontade humana, introduzida ali e que ainda estava inclinada à condição terrestre, foi (e ainda é) purificada no fogo e redimida do pecado. A grosseria dos ELEMENTOS havia de ser consumida, e desta consumação pelo fogo deveria emanar a imagem espiritual, bela, pura e verdadeira, criada em Adão; a qual, enquanto contida no fogo da cólera divina, não podia aparecer em sua clareza através desse fogo santo”. (Batismo, II 2 16).
“O santo Espírito de Deus formou a substancialidade Angélica, celestial em um só elemento, através da virgem; mas os planetas e ELEMENTOS deste mundo formaram o homem externo, conferindo-lhe um corpo natural e uma alma exatamente igual a dos outros seres humanos, ambos em uma só pessoa. De modo que, cada forma possuía seu próprio estado particular de percepção e sensação, e o estado divino não se misturou a tal fórmula (com a forma terrestre) a fim de que a primeira diminuísse e permanecesse o que era (antes que a encarnação ocorresse), e se transformasse no que não era (através da encarnação), mas sem qualquer separação, diferenciação ou divisão do ser divino. Desta forma, o Verbo permanece no pai, o ser criado do santo elemento permaneceu diante do pai, e o estado natural humano ocorreu neste mundo, no ventre da virgem Maria”. (Três Princípios…, XX 86).
“O espírito desse mundo capturou o corpo, tornando-o terrestre; o corpo e a alma tornaram-se corruptos. Desta forma, não mais estamos em posse do elemento puro necessário para a formação de um corpo (puro), mas de uma protuberância dos quatro ELEMENTOS em combinação com a influência das estrelas. Este corpo não pertence à Divindade. Deus não Se revela num corpo impuro, mas somente no homem santo (interiormente regenerado), na pura imagem que Ele criou no princípio. Nada mais havia de ser feito além de regenerar a imagem através do coração e da luz de Deus”. (Três Princípios…, XXIII 21).
“O homem deve, novamente, deixar o espírito dos planetas e ELEMENTOS e penetrar um novo nascimento, na vida de Deus. Isso a alma não pode realizar pelo próprio e, portanto, a vida de Deus que emana do amor e da misericórdia veio até nós em carne e tomou nossa alma humana novamente para si, na vida divina, no poder da luz; assim, nesta vida devemos ter um novo nascimento e penetrar em Deus” (A Vida Tríplice…, I 17).
“Foi da vontade de Deus transmutar a humanidade numa qualidade celeste, após esta ter se tornado terrestre, transformar a terra humana (elemento material) em céu, fazer dos quatro ELEMENTOS apenas um e transformar a ira de Deus, na qualidade humana, em amor. Mas a ira de Deus, tento sido inflamada no homem, era um poder de fogo e fúria, ao qual se deve resistir e transformar em amor, era necessário que o amor propriamente dito, penetrasse a ira, circundando-a totalmente. Não bastava para tanto, que Deus permanecesse no céu (em Sua própria auto consciência divina) olhando para a humanidade de forma amorosa. Isso não teria subjugado o poder da fúria e da cólera, a humanidade tão pouco poderia penetrar um estado de amor”. (Assinatura…, XI. 7).
“Quando o Cristo morreu, Ele não jogou fora o corpo que havia estado em Sua possessão sobre a terra, nem o deixou ser consumido pelos quatro ELEMENTOS, mantendo (ou tomando) um corpo totalmente estranho (para a forma terrestre); Ele simplesmente repousou o sofrimento (a consciência exterior) deste mundo, e Se revestiu da imortalidade, a fim de que Seu corpo pudesse viver no poder divino, e não no espírito deste mundo”. (Três Princípios…, XXV 53).
“A atividade externa e a vida sensível, onde a cólera de Deus estava queimando, morreram, mas não que se tornaram um nada, apenas descenderam ao nada; ou seja, neste caso, na vontade de Deus, em Sua ação e sentimento. Com isso, ela se tornou livre da vontade do mundo externo, cuja vontade é boa e má, e não mais viveu no mundo e nas constelações com os quatro ELEMENTOS, mas buscou a natureza do Pai, no elemento puro e divino. Assim, a verdadeira vida humana veio novamente a ocupar a posição que havia sido perdida por Adão, e entrou novamente no Paraíso”. (Assinatura…, XII 5).
“O fundamento mais interno no homem é Cristo; mas não de acordo com a natureza humana do homem, mas segundo a natureza de Cristo, a qualidade divina em Sua essência celestial, a qual Ele regenerou. O segundo fundamento é a alma, ou seja, a natureza eterna, onde o Crksto (a luz) se revelou; e o terceiro fundamento é o homem exterior, proveniente do limus da terra com as estrelas e os quatro ELEMENTOS. No primeiro fundamento está a vida ativa do amor divino; no segundo fundamento está a vida-fogo natural da alma criada, onde Deus é chamado de Deus ígneo; e no terceiro, está a criação de todas as qualidades nas quais Adão permaneceu na temperatura, e que foi objetificada na queda”. (Grace, IV 37).
“Observamos o mundo eterno com suas estrelas e os quatro ELEMENTOS onde vivem os homens e todas as criaturas. Isso não é Deus, e não é chamado de ‘Deus’. Deus habita ali, mas a essência do mundo externo não O compreende. Da mesma forma, a luz brilha nas trevas, e as trevas não a compreende”.
“Deus habita no mundo e preenche todas as coisas; no entanto, Ele nada possui. A luz habita nas trevas, mas não a possui; o dia habita na noite e a noite habita no dia, o tempo na eternidade e a eternidade no tempo; o mesmo ocorre com o homem. Ele próprio é o tempo, e vive com ele segundo seu aspecto externo; é desta mesma forma que o mundo externo existe no tempo; mas o homem interior é eternidade, mundo e tempo espiritual, tal como é criado na luz, de acordo com o amor de Deus, e nas trevas de acordo com Sua cólera. Seu espírito vive naquele princípio que nele está manifestado, seja nas trevas, seja na luz. Cada um deles habita em si mesmo; nenhum deles possui o outro; mas, se um penetra o outro e deseja possuí-lo, este o outro irá perder sua supremacia e poder. Se a luz se manifesta nas trevas, então as trevas deixam de ser trevas; e se as trevas surgem na luz, então a luz e seu poder serão extintos. As trevas eternas da alma constituem o reino do inferno; a luz eterna na alma é seu céu. O homem, portanto, é criado e vive nos três mundos. Um é o mundo das trevas eternas que surge do centro da natureza — natureza eterna — onde nasce o fogo como o tormento eterno; o outro mundo, é o da luz eterna, onde reside a alegria e o Espírito de Deus. É neste mundo de luz que o espírito de Cristo assume substancialidade humana. O terceiro mundo onde vive o homem, e do qual foi gerado, é o mundo visível externo, com seus quatro ELEMENTOS, e as estrelas visíveis”. (Regeneração, I).
“Enquanto o homem terrestre viver a alma estará em contínuo perigo, pois o demônio tem uma inimizade com ela, lançando seus raios com uma falsa imaginação no espírito das estrelas e dos ELEMENTOS; ele alcança, assim o fogo-alma, e deseja envenená-la com um desejo terrestre e demoníaco. A nobre imagem deve, neste caso, (na consciência interna do homem) levantar-se em defesa; muita luta pela coroa dos anjos se faz necessária, e sempre surge ali, dentro do velho Adão, dúvidas e descrenças”. (Encarnação de Cristo…, XI. 6).
“Não é a alma mortal, mas a alma interior (espiritual) do eterno Verbo de Deus a que se casa com Sophia. A alma exterior está casada com a constelação (funções mentais) e ELEMENTOS. Essa alma externa raramente lança um só olhar para a Sophia, pois contém em si a morte e a mortalidade. Passado este tempo ela deve ser novamente transformada na primeira imagem que Deus criou em Adão”. (Mysterium, Lii 13).
“Após esta vida não há regeneração, pois os quarto ELEMENTOS com seus princípios já partiram”. (A Vida Tríplice…, I I).
“A vida que recebemos no corpo de nossa mãe pertence unicamente ao poder do sol, das estrelas e dos ELEMENTOS, que não só organizam o corpo da criança, dotando-o de vida, mas que também o trás à luz, o nutre e o acompanha durante toda a duração desta vida. São esses ELEMENTOS que distribuem fortuna ou infortúnio, e finalmente o faz morrer e decompor-se”. (Três Princípios…, XIV 4).
“Observe o que você é. Pó da terra; um corpo. Tua vida está sujeita às estrelas e aos ELEMENTOS. São eles que te governam segundo suas qualidades, dotando-o de talentos e ciências; mas quando o tempo e constelação sob os quais foi concebido e nascifo chega ao fim, então eles irão te abandonar”. (Encarnação de Cristo…, XI 6).
“Na morte os quarto ELEMENTOS separam-se do elemento único. Então a tintura, junto com a sombra daquilo que constituía o homem, dirige-se ao éter e permanece com a raiz daquele elemento que originou os ELEMENTOS, e do qual emanaram”. (Três Princípios…, XIX 14).
“Cada um precisa simplesmente examinar sua própria qualidade e ver em que direção é carregado pela sua vontade. Então saberá a que reino pertence e se é realmente um homem (na imagem de Deus), como ele fantasia ou pretende ser, ou uma criatura do mundo de trevas, um cachorro raivoso, um pavão vaidoso, um macaco luxurioso ou uma cobra venenosa. Se, então, a essência dos quatro ELEMENTOS o deixarem na morte, nada irá permanecer com ele senão a consciência interna, má e envenenada”. (Seis Pontos Teosóficos…, VII 37).
“A oração dos vivos para os mortos são úteis na medida em que os que oram sejam verdadeiros Cristãos (em seus corações), num estado de regeneração. Se a pobre alma não se tornou inteiramente brutalizada num verme ou animal, mas se ela ainda penetra em Deus com seu desejo, estando, portanto conectada à Ele pelo fio da regeneração, e se a alma-espírito daqueles que oram, juntamente com a pobre alma volta-se para Deus em fervoroso amor, então a primeira irá auxiliar a segunda no combate contra os ELEMENTOS das trevas e romper as correntes do demônio. Isso é especialmente possível na hora”da separação do espírito do corpo, e eminentemente no caso de pais, filhos ou parentes de sangue; pois entre aqueles que estão ligados entre si pelo sangue as tinturas entram mais facilmente na harmonia necessária (co-vibração), e então o espírito fica mais propenso a entrar na batalha, havendo mais facilidade de conquistar do que se apenas estranhos estiverem presentes. Tudo isso é porém inútil, a menos que estas pessoas estejam, elas próprias num estado de regeneração, pois um demônio não pode destruir a outro. Se a alma do moribundo está inteiramente separada daquilo que a liga a Cristo, e se ela não alcança por seus esforços próprios está ligação. as orações dos outros não valem de nada”. (Três Princípios…, XIX 55).
“A alma origina-se de três princípios; ela vive, portanto numa angústia ternária, e está presa por três laços. O primeiro laço liga a alma à eternidade e alcança o abismo do inferno (a vontade ígnea); o segundo é o reino do céu; o terceiro é a região das estrelas com os ELEMENTOS. O terceiro reino não é eterno, mas tem um certo período de existência; no entanto, é o reino que faz o homem crescer, dotando-o de hábitos, vontade e desejos relacionados ao bem e ao mal. Ele lhe confere beleza, riqueza e honras, e o torna um rei terrestre. Este reino permanece com ele até o fim de seu tempo, depois o abandona; da mesma forma que o auxilia a obter a vida, o auxilia na morte, libertando-o da alma astral”.
“Primeiro os quatro ELEMENTOS se afastam do elemento único, interrompendo a atividade no terceiro princípio; a separação dos quatro ELEMENTOS é terrível; depois, a tintura com a sombra (do que era homem) entra no outro elemento, e com essa sombra permanece na raiz do elemento, de onde os quatro ELEMENTOS tiveram sua origem e de onde emanaram. Este rompimento, por si só, é dor e sofrimento; é a destruição da casa sensível da alma”.
“Nem no céu, nem na terra; nem dentre as estrelas ou ELEMENTOS, podemos encontrar algum caminho que nos leve ao repouso. Mal entramos na vida, e depois disso é o fim, quando nosso corpo nascerá de volta na terra e todas as nossas obras, trabalhos, ciências e glórias serão herdadas por outros, que também se incomodam por um tempo, com as mesmas coisas, e então nos seguem (para a morte). Isso ocorre desde o princípio do mundo até o seu fim. Durante nossa miséria nunca poderemos saber onde permanece nosso espírito quando o corpo cai e se torna cadáver, a menos que sejamos recém-nascidos, fora deste mundo; de modo que, embora vivamos neste mundo, em nosso corpo, habitamos na nossa alma e espírito em outra vida, nova, perfeita e eterna. Ali, um novo homem será encontrado em nosso espírito e alma, e ali deverá ele viver eternamente. Somente nesta nova forma aprenderemos a conhecer o que somos e onde está nossa verdadeira casa”. (Princípios, XXII 5).
“Se te dizes um Cristão, por que então não acreditas nas palavras de Cristo, quando diz: ‘Eu estarei contigo até o final do mundo’; diz ainda que Ele nos dará seu corpo por alimento e Seu sangue como bebida. Tu perguntas: ‘O Cristo foi para o céu, como poderia estar neste mundo?’ Talvez concordes com o fato de que Ele esteja presente conosco em Seu espírito Santo. Mas o que seria do homem recém-nascido em ti, se fosse alimentado unicamente pelo espírito, sendo esse unicamente alimento para a alma? Cada vida alimenta-se de sua própria mãe. A alma é espírito, como do alimento espiritual; o homem recém-nascido prova do elemento puro, e o homem externo daquilo que provém dos quatro ELEMENTOS”.