“Por que não podemos ver a Deus? Este mundo e o demônio (bem pervertido) na cólera de Deus nos impedem de ver com os olhos de Deus. Não há outro impedimento. Se alguém diz: ‘Não posso ver nada divino’, precisa compreender que a CARNE e o sangue e as artimanhas do demônio (desejos pervertidos) consistem um obstáculo e impedimento para ele. Se ele pretende penetrar a nova vida, caminhar sob a cruz de Cristo, é preciso ter certeza de ver o Pai, seu redentor, o Cristo e também o Espírito Santo”. (Encarnação de Cristo…, II,7).
“Não é a sabedoria, mas o Espírito de Deus, o centro ou o revelador. Como a alma está manifestando-se num corpo através da CARNE, e como a CARNE não teria poder algum se não fosse habitada por um espírito vivo, da mesma forma a sabedoria de Deus é a corporalidade do Espírito Santo, através da qual ele adquire substancialidade, a fim de manifestar-Se. A sabedoria dá à luz, mas isso não seria possível se o Espírito não atuasse nela. Ela revela sem o poder da vida-fogo, ela não possui desejo ardente, mas sua satisfação encontra sua perfeição na manifestação da Divindade, e, portanto é chamada de virgem em castidade e pureza diante de Deus”. (Tilken…, II 64).
“Se um homem diz a si mesmo: ‘Eu, o verbo vivo de Deus, realizo isso e aquilo, nessa santa CARNE e osso’, ele desonra o sagrado nome de Deus; Isso também vai contra a doutrina da Bíblia; pois, sempre que o intelecto de um homem foi escolhido para a profecia, o profeta não dizia: ‘Eu, Fulano de Tal, digo isso ou aquilo, mas ‘Assim fala o Senhor!’. Isso significa que o Senhor fala nesse homem e através desse homem, que é Seu intermediário e Seu instrumento”. (Stief., I.84).
“O elemento puro penetra o homem externo e subjuga os quatro elementos; além do mais, o poder do calor e do frio estava na CARNE. Mas, como a luz de Deus brilhava ali, estavam numa harmonia equilibrada, de forma que nenhuma delas se manifestava diante da outra. Assim, Deus o Pai, é chamado de Deus colérico e ciumento, um fogo consumidor; Ele é realmente tudo isso com relação as suas qualidades; mas destas qualidades nada se torna manifestado na Sua luz”. (Cons. Stiefel…, XI 75).
“Depois que o brilho do espírito deste mundo conquistou Adão, ele caiu no sono. Então seu corpo celeste tornou-se CARNE e sangue, e seu forte poder tornou-se rígidos ossos. A Virgem Celeste partiu para o éter celeste, para o princípio do poder”. (Três Princípios…, XIII 2).
“Eva foi extraída de Adão, não como um mero espírito, mas inteiramente substancial. Poderia se dizer que Adão recebeu uma fenda, e que a mulher está carregando o espírito, a CARNE e o osso de Adão”. (Três Princípios…, XIII 14).
“Ninguém pode afirmar que Eva, antes de ter contato com Adão, tinha sido uma virgem pura e casta, porque, tão logo Adão acordou de seu sono, ele a viu ao seu lado. Ele prontamente imaginou nela (apaixonou-se por ela). Ele a tomou para si e disse: ‘Esta é CARNE de minha CARNE e osso de meu osso. Ela se chamará mulher, pois foi extraída do homem. Do mesmo modo, Eva começou a colocar sua imaginação em Adão, e cada um acendeu o desejo do outro. Onde está então a pura castidade e virgindade? Isso não é animal? A imagem externa não se tornou animal?” (Quarenta Questões…, XXXVI 6).
“O princípio externo é a causa de um combate contínuo. Causa combates contínuos entre animais, pois todos os animais são um fruto do terceiro princípio, e têm a vida daquele princípio; tanto seu espírito e corpo. Tudo que se move neste mundo, e também o homem, até onde concerne seu corpo visível e seu espírito (mundano) em CARNE e sangue, é também um fruto daquele princípio, e nada mais”. (Seis Pontos, III, 53).
“Deus fez a alma penetrar a CARNE e o sangue, a fim de que não pudesse ser, tão facilmente, receptiva à cólera. Assim, (durante a existência terrestre) ela aprecia a si mesma no espelho do sol, e está satisfeita em sua essência sideral”. (Seis Pontos Teosóficos…, VII 19).
“Após Adão e Eva terem comido da árvore do conhecimento do bem e do mal, logo ficaram envergonhados, porque em suas formas etéreas surgiu uma forma animal grosseira, feita de CARNE comum, ossos duros e partes animais. O ser animal engoliu o estado celeste e surgiu neles como que uma criatura estranha a sua verdadeira natureza, da qual não tinham conhecimento até então”. (Mysterium, XXIII I).
“O desejo de conjunção nos homens e mulheres resulta da separação da tintura do fogo e da luz em Adão. Esses princípios em sua própria essência são ainda mais nobres e puros que a CARNE. É verdade que agora estão separados, e não contém a verdadeira vida; mas estão cheios de desejo por aquela vida verdadeira, e quando se encontram novamente na unidade de todos os seres, despertam a verdadeira vida para qual seu desejo está direcionado. Querem ser novamente o que eram na imagem de Deus quando Adão era homem e mulher” (Cons. Stiefel…, II 388).
“O Cristo foi perpetuado em todos os homens como uma centelha brilhante da luz divina, de acordo com a qualidade da imagem verdadeira e como uma potencialidade (ou semente do ser imortal), mas, é claro que não na CARNE externa do mundo terrestre, mas dentro do segundo princípio”. (Cons. Stiefel…, II 318).
“Adão, através de sua Eva, produziria ainda um novo ramo da árvore da vida, um filho, cuja imagem poderia ser similar e semelhante à Adão, chamado Set (uma raça); nele um raio da vontade-amor está preservado dentro da vontade ígnea; tal raio ainda se encontrava aprisionado pela essência do mundo externo, a casa corrupta (matéria que mais tarde se tornaria) CARNE”. (Mysterium, XXIX 24).
“Nos tempos do Antigo Testamento o acordo pelo sacrifício aconteceu através do fogo santo, que era um símbolo da cólera de Deus. que haveria de consumir o pecado junto com a alma. A qualidade do Pai na cólera estava manifesta nesse fogo, e a qualidade do Filho, no amor e na humildade introduziu-se na cólera. Eles sacrificaram a CARNE dos animais, mas introduziram a imaginação e oração na graça de Deus”. (Baptism, I 2, 23).
“A alma, ou seja, a boca da fé dentro da alma, provou a doce e divina graça na hora do sacrifício, não como uma substância, mas no poder (espiritualidade) e no conhecimento antecipado de realizações futuras, quando aqueles poderes se tornariam manifestos na CARNE. Assim, o corpo comeu do pão e da CARNE abençoados, onde encontrava-se o poder da graça, ou seja, a imaginação do pacto. Desta forma, os “Judeus” comeram da CARNE de Cristo e beberam Seu sangue, simbolicamente, pois o poder ainda não havia se tornado CARNE e sangue; mas eles desfrutaram da palavra da graça que mais tarde tornou-se humano”. (Communion, I 34).
“A CARNE animal sacrificada ao Senhor e mais tarde comida, fora santificada pelo homem, porque a imaginação de Deus penetrou ali, e, portanto Moisés a chamou de CARNE santa, e havia também um pão santo”. (Communion, I 33).
“Dizem que Maria era uma virgem eterna da Santíssima Trindade, e que dela nasceu o Cristo; pois, segundo Seu próprio testemunho, Ele não veio da CARNE e do sangue, mas do céu. É verdadeiro o que nosso Senhor disse, que veio de Deus e a Deus retornaria, e que ninguém iria para o céu exceto o Filho do Homem, vindo do céu e estando no céu; mas assim dizendo, falava, evidentemente, de Seu aspecto humano, e não meramente de Sua divindade; pois o Deus eterno não poderia ter sido Filho do Homem, nem um filho do homem poderia surgir da Trindade; foi possível redimir o homem através de uma alma alheia, trazida do céu, onde se satisfez a necessidade da penetração e crucificação de Deus em nossa forma (humana)”. (Três Princípios…, XXII, 6I).
“Tudo o que nasce da CARNE e do sangue deste mundo é impuro, e uma virgem pura não pode nascer nesta CARNE e sangue corruptos; mas o Cristo foi recebido e nasceu sem pecado, de uma virgem pura”. (Three Princípios, XXII 36).
“Maria, em quem o Cristo tornou-se homem, foi verdadeiramente a filha de Joaquim e Ana, segundo a CARNE externa, gerada a partir de suas semente; mas quanto a vontade, era a filha do pacto da promessa, o objeto do pacto, onde o mesmo se realizou”. (Encarnação de Cristo…, I 8 2).
“Nenhuma outra mulher, desde o tempo de Adão, tornou-se revestida pela virgem celeste exceto Maria; isso ocorreu na alma-princípio, e não na CARNE terrestre”. (Quarenta Questões…, XXXVI 12).
“As palavras do anjo, ‘O Espírito de Deus cairá sobre ti, e serás revestida pelo poder do Supremo’, significa: O Espírito Santo abrirá o centro fechado interno, na semente moribunda e a Palavra de Deus penetrará com substancialidade vivificante e celestial naquela que se encontrava enclausurada na morte, tornando-se com ela uma só CARNE”. (Três Princípios…, XXII 41).
“A virgem continha o Cristo, assim como uma mãe contém seu filho. Ela lhe deu as essências naturais, assim como havia herdado de seus pais; O Cristo recebeu as essências de sua CARNE e de seu sangue no elemento, e tornou-se ali uma alma viva”. (Três Princípios…, XVIII 90).
“O Verbo vivo que habitava a virgem eterna atraiu para si a CARNE de Maria, ou seja, as essências corporais de Maria, e assim cresceu ali, em nove meses, um ser humano completo, com alma, espírito e CARNE”. (A Vida Tríplice…, VI 79).
“O Cristo tomou de Maria a semente interior, enfraquecida em Adão, e à ela foi anexada a semente externa da CARNE, mas elas não se misturaram, nem estavam separadas; mas eram, uma para a outra, como Deus, que habita na terra, ainda que o mundo não seja Deus”. (Cons. Stiefel…, II 204).
“Quando o Verbo penetra o elemento puro, a matriz virginal, Ele não se separa do Pai, mas permanece eternamente, e está em todo lugar, presente no céu do elemento em que penetrou, e onde se tornou uma nova criatura, chamada ‘deus’. Essa nova criatura naturalmente não nasceu da CARNE e do sangue da virgem (física), mas de Deus, de Seu elemento (a virgem celeste, e no poder da Santíssima trindade, que permanece ali eternamente em sua plenitude). Mas a corporeidade do elemento daquele ser criado é inferior com relação à Divindade, pois Ela é espírito, e o elemento santo é nascido do verbo da eternidade. Desta forma, o Verbo penetrou a serva, o que fez com que todos os anjos do céu fossem tomados de surpresa. Trata-se do maior milagre já ocorrido desde toda eternidade, porque isso vai contra a natureza (humana), e só poderia ter acontecido por conta do amor divino”. (Três Princípios…, XVIII 42).
“O homem deve, novamente, deixar o espírito dos planetas e elementos e penetrar um novo nascimento, na vida de Deus. Isso a alma não pode realizar pelo próprio e, portanto, a vida de Deus que emana do amor e da misericórdia veio até nós em CARNE e tomou nossa alma humana novamente para si, na vida divina, no poder da luz; assim, nesta vida devemos ter um novo nascimento e penetrar em Deus” (A Vida Tríplice…, I 17).
“Os piedosos se revestiram em Cristo antes de Sua encarnação, no pacto da promessa, não em substância, mas meramente em poder; não na CARNE, mas meramente no espírito”. (Cons. Stiefel…, II 442).
“Como consequência do pecado, não havia salvação para o homem; a menos que o Verbo eterno, coração de Deus, se tornasse humano e penetrasse o terceiro princípio, a CARNE e o sangue humano e tomasse para si (o estado de) uma alma humana, penetrando a morte de uma alma destituída, através da qual pudesse afastar da morte o seu poder e do inferno a sua picada terrível, conduzindo assim a alma para fora da morte e redimindo-a do inferno”. (A Vida Tríplice…, VII 39).
“O Verbo tomou nossa própria CARNE e sangue na essencialidade divina, e quebrou o poder que nos mantinha aprisionado na cólera da morte e fúria. Ele quebrou aquele poder na Cruz, ou seja, no centro da natureza (a quarta forma natural, cujo símbolo é a Cruz), e inflamou novamente em nossa alma (que havia se tornado trevas) um fogo-luz branco e ardente”. (Encarnação de Cristo…, II 6 9 ).
“Na CARNE externa do Redentor encontrava-se a parte demoníaca, aquela que surgiu em Adão ao morrer para Deus. Ora, esse produto tinha que ser novamente recebido no amor de Deus, como Isaias afirmou sobre o Cristo: ‘Ele tomou todos os nossos pecados para Si’. O Adão amaldiçoado ficou pendurado na Cruz, como uma maldição, mas o Cristo o redimiu pela dor do sofrimento inocente e pelo derramamento de Seu sangue. O corpo de Adão morreu na Cruz e Cristo, nascido de Jesus e da semente santificada da mulher, o tingiu (abençoou) com Seu precioso sangue de amor”. (Cons. Stiefel…, II 494).
“Quando o Filho de Deus derramou Seu sangue santo em Cristo, o veneno da cólera na CARNE, alma e espírito de Adão, que tomou para Si, foi santificado e transformado em amor. Assim, a inimizade cessou e Deus tornou-se Emanuel; ou seja, homem com Deus e Deus com o homem. Então a CARNE de Adão foi tingida e preparada para a ressurreição”. (Cons. Stiefel… II 209).
“Os patriarcas judeus não conheceram o Cristo na CARNE, mas apenas em seu protótipo, e se revestiram unicamente do poder que possuíam, procedente do primeiro pacto incorporado e verbo; mas agora se revestiram em Sua substância, pois todos aqueles que colocaram sua fé Nele e se revestiram do pacto no espírito, nestes o pacto fora preenchido com substância celestial. Portanto, muitos se elevaram com Ele após a sua ressurreição, e se fizeram visto em Jerusalém, para testemunharem de que foram elevados em Cristo”. (Grace, X 45)
“É evidente, e não necessita de mais provas o fato de que somos todos feitos de CARNE e sangue, e que somos mortais. No entanto, nos é ensinado que somos templos do Espírito Santo, que habita em nós. Também nos é ensinado que o Cristo deve tomar forma em nós, e que Ele nos dará a Sua CARNE como alimento e o Seu sangue como bebida. Ele diz que aquele que não come da CARNE do Filho do Homem não terá a vida eterna. Portanto, devemos refletir seriamente que tipo de homem há dentro de nós mesmo, similar a Deus e capaz de tornar-se divino”. (Regeneração, I).
“Pois, aquilo que é feito de CARNE mortal irá retornar a terra. Nela reside a vaidade deste mundo. A CARNE deseja o que não é de Deus, e não pode ser considerado um Templo do Espírito Santo. Muito menos pode ocorrer ali uma regeneração espiritual da CARNE terrestre, porque ela morre e se dissolve, e é morada dos pecados. Mas o verdadeiro Cristão nasce de Cristo, e aquele que é regenerado é um templo do Espírito Santo que habita em nós”. (Regeneração, I).
“Para se produzir um verdadeiro Cristão, não basta satisfazer-se com uma crença meramente histórica e científica, no Filho de Deus, que um dia viveu sobre a terra. Não seremos recompensado por uma espécie de Deus externo, que nos atribuirá retidão, por conta de nossa confissão em tal crença; mas, o reconhecimento da verdade divina deve nascer e ser recebida dentro de nós de forma pueril. A CARNE está condenada à morte, e temos que nos tornar como uma criança que nada sabe, mas que se apega (instintivamente) a mãe que lhe deu à luz. Da mesma forma, a vontade do Cristão deve morrer para a sua vontade própria e auto afirmação, tornar-se como uma criança em Cristo. Então, se a vontade e o desejo da alma é dirigido unicamente à sua fonte, irá surgir do espírito de Cristo uma nova vontade e obediência na justiça divina, a partir da morte da vontade-própria; não mais será uma vontade pecadora”. (Regeneração, I).
“Para que a alma receba um real benefício e proveito da oração, então sua vontade deve se afastar de todas as criaturas e coisas terrestres e permanecer pura diante de Deus. Que a CARNE com seus desejos não co-opere (na oração) a fim de que os desejos terrestres não sejam introduzidos no efeito divino na alma”. (Oração…, XXXIV).
“Através da introdução da vontade divina o homem reúne-se a Deus e renasce em sua natureza emocional. Ele começa a morrer com relação ao egoísmo do falso desejo (dentro dele) e a se regenerar em novo poder. Ainda há a qualidade carnal atraída a ele, mas no espírito ele caminha com Deus; desta forma, nasce no homem de CARNE terrestre um novo homem espiritual com percepções divinas e com uma vontade divina, matando dia após dia, a luxúria da CARNE, e pelo poder divino, começa a render o mundo, ou seja, a vida externa; Ele começa a fazer com que o céu, ou o mundo espiritual interior, se torne visível no mundo externo; Deus torna-se homem e o homem Deus, até que a árvore, finalmente, atinja a sua perfeição, quando a casca externa irá cair, e ela aparecerá como árvore espiritual da vida no jardim de Deus”. (Mysterium, Supplement, VIII).
“A causa do antagonismo entre a CARNE e o espírito pode facilmente ser encontrada; o espírito interior tem o corpo de Deus, nascido da doce essencialidade, e o espírito externo tem o corpo do espírito ígneo da cólera, que busca, continuamente, a cólera despertada; ou seja, as grandes maravilhas que estão no Arcanum, na inflexibilidade da alma. O amor-espírito interior protesta e não irá deixar o espírito externo surgir e incendiar a alma; pois isso seria perder sua própria felicidade e forma, que seriam destruídas pela cólera”. (Quarenta Questões…, XVII 14).
“Estamos sempre expostos às tentações, mas podemos ser vitoriosos em Cristo, o conquistador, pois Sua alma é nossa alma e Sua CARNE é nossa CARNE, provando que nele confiamos e a Ele nos entregamos inteiramente, assim como o Cristo rendeu-Se totalmente a Seu Pai”. (Quarenta Questões…, I 10).
“Um verdadeiro Cristão abomina a vontade da CARNE e a rejeita. Ele é, constantemente, seu próprio acusador, e considera-se indigno, e de todo coração desejará penetrar a misericórdia de Deus. Nunca irá dizer coisas do tipo, ‘Sou um Cristão’; lutará para penetrar a misericórdia de Deus e desejar Sua graça, a fim de se transformar num verdadeiro Cristão. Toda sua vida é um arrependimento contínuo, sempre desejando alcançar a graça divina, na medida em que essa graça o alcança”. (Communion, IV 27).
“O reino celeste nos santos é ativo e consciente em sua fé, por onde sua vontade se integra a Deus; mas a vida natural é cercada pela CARNE e pelo sangue e está relacionada, ao contrário, à cólera de Deus. Assim, a alma está sempre na angústia quando o inferno precipita-se sobre ela, desejando nela se manifestar; mas ela mergulha na esperança da graça divina, e permanece como uma bela rosa entre os espinhos, até que na morte do corpo o reino deste mundo dela se afasta. Só então, quando não há mais nada que a obstrua, ela será plenamente manifestada no reino de Deus”. (Vida Suprasensual…, XXXIX).
“Aquele que espera realizar algo bom e perfeito, onde possa regozijar-se eternamente e disso desfrutar, que saia de seu egoísmo e vontade-própria e penetre a submissão na vontade de Deus. Mesmo que o desejo terrestre pelo egoísmo o perseguir em sua CARNE e sangue, se sua vontade-alma não é infectada por aquele desejo do eu, tal eu não será capaz de produzir nada; pois a vontade interna da alma, repousando na submissão de Deus, destrói continuamente a essência da auto afirmação, e desta forma a cólera de Deus não pode alcançá-la. Se a cólera atingisse a essência, então a vontade submetida surgiria ali com seu poder, e permaneceria ali, firme, diante de Deus, como um produto da vitória que irá herdar a infância”. (Quietude…, XI I).
“Não há luz, nem deste mundo, nem de Deus, apenas a luz da ignição de seu próprio fogo, sendo ele um terrível inimigo, a CARNE de sua cólera. O tipo de angústia destas almas diferem segundo à qualidade daquilo que a alma se carrega. Para tal alma não há auxílio; ela não pode penetrar a luz de Deus; e mesmo que São Pedro tivesse deixado mil chaves sobre a terra, nenhuma delas abriria a porta, pois ela já rompeu o laço que a conectava com a Divindade”. (Veja: Três Princípios…, XIX).