“A Ciência não pode abolir a fé no oniciente Deus, sem adorar em Seu lugar o intelecto cego. A verdadeira fé ocorre quando o espírito da ALMA entra com sua vontade e deseja naquilo que não vê e não sente”. (Quatro Complexões…, 85)
“A verdadeira compreensão deve vir da fonte interior e penetrar a mente do Verbo vivo de Deus, dentro da ALMA. A menos que isso ocorra, todo ensinamento sobre as coisas divinas é inútil e desprezível”. (Cartas, XXXV. 7).
“A ALMA busca na Divindade e também nas profundezas da natureza; pois ela tem a sua fonte e a sua origem no todo do Ser divino”. (Aurora, Prefácio, 98).
“Assim como o olho do homem busca as estrelas de onde teve sua origem primitiva, a ALMA penetra e vê no estado divino do ser, onde vive”. (Aurora, Prefácio, 99).
“A vontade deve buscar ou desejar nada mais do que a misericórdia de Deus no Cristo; deve entrar continuamente no amor de Deus, e não permitir que nada a afaste deste objetivo. Se a razão externa triunfa e diz: ‘Eu tenho o verdadeiro conhecimento’ então a vontade deve fazer a razão carnal curvar-se à terra, fazendo com que entre num estado mais elevado de humildade, e com que repita sempre para si mesma as palavras: ‘És tola. Tu nada possuis senão a misericórdia de Deus’. Tente penetrar essa misericórdia e tornar-se um nada em si mesmo, e afaste-se de todo o seu próprio conhecimento e desejo egoísta, reconhecendo-os como algo inteiramente impotente. Então a vontade própria natural, irá entrar num estado de abandono, e o Espírito Santo de Deus irá tomar uma forma viva dentro de ti, inflamando a ALMA com suas chamas de amor divino. Assim, o conhecimento elevado e a ciência do Centro de todo ser irá surgir. O eu humano irá começar a perceber o Espírito de Deus, tremulamente e na alegria da humildade, e será capaz de ver o que está contido no tempo e na eternidade. Tudo está perto de uma ALMA nesse estado, pois a ALMA não é mais propriedade sua, mas um instrumento de Deus. Em tal estado de calmaria e humildade a ALMA deve permanecer, como uma fonte permanece em sua própria origem, ela deve, sem cessar, atrair e beber daquele poço, e nunca mais desejar deixar o caminho de Deus”. (Quietude…, 1, 24).
“É de se lamentar como os homens são guiados de forma tão cega por aqueles cegos, e que a verdade é impedida de se manifestar em sua glória e pureza por causa de nossas concepções das formas e figuras externas; pois quando o poder divino em todo o seu esplendor se torna manifesto e ativo no fundamento interior da ALMA, a ponto do homem desejar sinceramente abandonar os caminhos desprovidos de Deus e sacrificar todo o seu ser por Deus, então toda a Divindade trina estará presente na vida e na vontade da ALMA, e o céu, onde Deus reside, se abrirá para essa ALMA.” (Mysterium Magnum…, LX. 43).
“A nossa visão e o nosso conhecimento estão em Deus. Ele revela a todos neste mundo, segundo a Sua vontade, e na medida em que sabe ser útil para ele. Não estamos em possessão de nosso próprio ser. Nada sabemos sobre Deus. O Deus Propriamente dito é o nosso conhecimento e visão. Não somos nada, a fim de que Ele possa ser Tudo em nós. Devemos ser cegos, surdos e mudos, e não saber nada, não tomar conhecimento de vida que seja propriedade nossa, a fim de que Ele possa ser a nossa vida e a nossa ALMA, e a fim de que nossa obra possa ser a Sua”. (Encarnação de Cristo…, II. 7,9).
“Não sou um mestre da literatura ou das ciências deste mundo, mas um homem de mente simples. Nunca desejei aprender ciência alguma, mas desde tenra idade busquei a salvação de minha ALMA, e descobrir como poderia herdar ou possuir o reino do céu. Encontrei em meu interior um poderoso contrarium, ou seja, os desejos pertencentes ao corpo e ao sangue; Ingressei numa árdua batalha contra a minha natureza corrupta, e com o auxílio de Deus, decidi superar a vontade demoníaca que havia herdado, vencê-la e penetrar totalmente no amor de Deus no Cristo. Daquele momento em diante, resolvi considerar-me como um morto quanto a minha forma herdada, até que o Espírito de Deus tomasse forma em mim, para que Nele e através Dele, pudesse conduzir a minha vida. Isso era praticamente impossível, mas permaneci firme em minha sincera resolução, travando uma dura batalha contra mim mesmo. Enquanto buscava e lutava, com o auxílio de Deus, uma luz maravilhosa surgiu em minha ALMA. Era uma luz completamente estranha à minha natureza descontrolada; nela reconheci a verdadeira natureza de Deus e do homem, a relação existente entre eles, algo que nunca havia compreendido, e que nunca teria buscado”. (Tilken… 20-26).
“Assim como o relâmpago surge no centro, e num momento desaparece novamente, o mesmo ocorre com a ALMA. Quando durante sua batalha ela penetra as nuvens, vê a face de Deus como um raio de luz; mas as nuvens do pecado logo se juntam à sua volta, encobrindo sua vista”. (Aurora, XI. 76).
“Parte da natureza da ALMA tem sua origem na natureza, parte em Deus. Na natureza há o bem e o mal; o homem, através de suas tendências pecadoras, tornou-se sujeito ao que é ígneo na natureza; sua ALMA tornou-se diária e a cada momento marcada pelo pecado. Portanto, o poder da ALMA de reconhecer a verdade eterna não é perfeita”. (Aurora, Prefácio, 100). 28
“Se alguém deseja me seguir na ciência das coisas, das quais escrevo, que sigam os vôos de minha ALMA e não os de minha caneta.” (Três Princípios…, XXIV. 2).
“Quem lê esses escritos e não pode compreendê-los, não deve colocá-los de lado, imaginando que nunca serão compreendidos. Deve buscar mudar a sua vontade, elevar sua ALMA à Deus, rogando-lhe a graça e a compreensão, e então ler novamente. Com certeza, irá perceber mais verdade do que antes, até que por fim o poder da vontade de Deus se manifeste nele, atraindo-o para as profundezas, para o fundamento supranatural — isto é dizer, na eterna unidade de Deus. Então ele irá ouvir as reais mas inexprimíveis palavras de Deus, que irão conduzi-lo através da radiação divina da luz celestial, mesmo com as formas mais grotescas da matéria terrestre, e daí novamente de volta para Deus; e o Espírito de Deus irá buscar todas as coisas nele e com ele”. (Clavis, Prefácio, 5).
“A sabedoria é a panavra revelada do poder divino, conhecimento e santidade, uma antítese da insondável unidade na essencialidade, onde o Espírito Santo forma uma imagem. Ela é passiva, mas o Espírito de Deus é ativo, como a ALMA no corpo”. (Clavis, V. 18).
“A Sétima forma é o estado de ser onde todas as outras manifestam sua atividade, como a ALMA no corpo. É chamada de Natureza, e também de eterna e essencial sabedoria de Deus”. (Tabulae Principice, I.49).
“Não é a sabedoria, mas o Espírito de Deus, o centro ou o revelador. Como a ALMA está manifestando-se num corpo através da carne, e como a carne não teria poder algum se não fosse habitada por um espírito vivo, da mesma forma a sabedoria de Deus é a corporalidade do Espírito Santo, através da qual ele adquire substancialidade, a fim de manifestar-Se. A sabedoria dá à luz, mas isso não seria possível se o Espírito não atuasse nela. Ela revela sem o poder da vida-fogo, ela não possui desejo ardente, mas sua satisfação encontra sua perfeição na manifestação da Divindade, e, portanto é chamada de virgem em castidade e pureza diante de Deus”. (Tilken…, II 64).
“Saiba que o demônio sempre luta com os anjos. Quando a ALMA do homem está segura em Deus, então o demônio deseja entrar, mas ele é impedido, não podendo realizar a sua vontade. Sempre que a ALMA imagina, fazendo com que surjam os desejos luxuriantes, ocorre a vitória do demônio”. (A Vida Tríplice…, XIV.13).
“Que nenhum homem pense que está no poder do demônio arrancar de seu coração as obras produzidas pela luz. Ele nem pode vê-las e nem compreender o que são. Portanto, mesmo se na mais externa geração, o demônio se enfurece e causa tempestade, enquanto você não transferir os produtos da cólera para a luz do seu coração, sua ALMA será salva de ser prejudicada pelo demônio, pois ele é cego e surdo na luz”. (Aurora, XIX.97).
“Falar sobre o céu e o nascimento dos elementos, não é falar de coisas que estão longe ou que são estranhas a nós, mas daquilo que está ocorrendo dentro de nosso próprio ser; não há nada mais perto de nós do que esse nascimento, pois é como se estivéssemos falando de nossa própria mãe. Falar do céu é falar de nosso lar, de nosso lugar próprio, onde a ALMA iluminada pode ver, mesmo que esse lugar esteja oculto aos olhos do corpo”. (Princípios, VII. 7).
“A água da vida separou-se da água da morte, de tal forma que no tempo deste mundo elas encontram-se unidas como o corpo e a ALMA. Mas o céu, tendo sido feito da parte do meio da água, é como um abismo entre os dois, de modo que a água concebível é a morte, mas a inconcebível é a vida”. (Aurora, XXI. 7).
“Os anjos são criados de dois princípios, mas a ALMA com o corpo da vida exterior é criada de três princípios. Portanto o homem é superior aos anjos, contanto que permaneça em Deus”. (Quarenta Questões… I 263).
“A ALMA, ou o primeiro princípio, é encontrada no fogo da natureza eterna; o espírito, ou o segundo princípio tem sua raiz na luz; e o corpo é o terceiro princípio, ou a substancialidade do mundo visível”31 (Tabulae Principice, 65).
“Os espíritos originais, no todo, não podiam ser imediatamente inflamados pela ALMA, pois a ALMA era apenas uma semente no todo, oculta no coração de Deus em seu céu, até que o criador expandisse o todo pelo Seu sopro. Então os espíritos originais inflamaram a ALMA, fazendo com que corpo e ALMA vivessem imediatamente. A ALMA realmente possuía sua vida antes que o corpo existisse; mas ela encontrava-se no coração de Deus, oculta no todo e no céu, e nada mais era do que uma semente santa, um centro de poder em Deus”. (Aurora, XXVI. 126).
“Simultaneamente à introdução de Sua divina imagem, Adão recebeu também a palavra viva de Deus (inteligência espiritual) para fornecer alimento à sua ALMA”. (Encarnação de Cristo…, I 3 24).
“Todas as qualidades do corpo santo e interior, juntamente com as qualidades externas, encontravam-se no homem primordial sintonizadas em uma só harmonia. Nenhuma delas vivia em seu próprio estado de desejo; o desejo de cada uma estava na ALMA, onde a luz divina manifestava-se. A luz divina irradiava através de todas as qualidades, produzindo nelas uma temperatura equilibrada e harmoniosa”. (Mysterium, XVI. 5).
“O corpo interior era um lugar onde a Divindade podia habitar, uma imagem da divina substancialidade. Naquele corpo, a ALMA tinha a sua brandura, e seu fogo havia se tornado brando, pois ela havia recebido o amor e a brandura de Deus”. (Tilken… I 233).
“Quando Adão foi criado no Paraíso, sua ALMA queimava como uma chama de óleo puro. Portanto, sua percepção era celestial, e sua inteligência superava e compreendia coisas além da natureza”. (Assinatura…, VII. 2).
“A ALMA no poder de Deus penetra todas as coisas, e é poderosa sobre tudo, como o próprio Deus; pois ela vive no poder de Seu coração”. (Três Princípios…, XXII 17).
“A ALMA encontrava-se em sua própria essência na eternidade, mas como algo criado, foi formada para representar a imagem de Deus no momento da criação do corpo. No entanto, ela não é, per se, a verdadeira imagem, mas apenas um fogo essencial para a sua produção”. (Tilken… I 8 I).
“A ALMA do homem, soprada por Deus, é do Pai Eterno; mas ela ainda não apreendeu o nascimento do Filho, onde é o fim da natureza, e de onde nenhum ser criado emana”. (Três Princípios…, IX 13).
“Deus possui a eterna e imutável vontade para gerar Seu Coração e seu Filho, e assim a ALMA deveria colocar sua vontade imutável no coração de Deus. Então ela estaria no céu e no Paraíso, desfrutando da felicidade inexprimível de Deus o Pai, a que Ele desfruta no Filho; a ALMA ouviria então as palavras inexpressíveis no coração de Deus”. (Três Princípios… X 14).
“Adão foi concebido no amor de Deus e nasceu neste mundo. Tinha posse de uma substancialidade divina e sua ALMA era de vontade, o primeiro princípio, a qualidade do Pai. Essa vontade deveria ser dirigida, juntamente com sua imaginação, no coração do Pai, ou seja, no Verbo e no Espírito do amor e da pureza. A ALMA humana reteria então, a substância de Deus no Verbo da Vida”. (Encarnação de Cristo…, I 10 2).
“Se a ALMA mergulha sua vontade na humildade, ou seja, na obediência de Deus, torna-se uma fonte do coração de Deus, recebe o poder divino e todas as suas essências tornam-se angélicas e deleitosas. Suas essências ásperas também se tornam úteis, aparecendo-lhe mais humildes e úteis do que se tivessem sido inteiramente doce e humilde desde sua origem”. (Três Princípios… XIII 31).
“Sendo a ALMA essencial e sua substância um desejo, fica claro que está em dois tipos de Fiat. O primeiro é sua própria propriedade-alma; o outro pertence ao segundo princípio, emanado da vontade de Deus na ALMA. A ALMA deseja Deus, a fim de se tornar Sua imagem e semelhança; esse desejo de Deus atua como um Fiat em seu próprio centro; pois o desejo de Deus quer possuir a ALMA. Por outro lado, ela própria deseja possuir o centro no poder do fogo, onde a vida da ALMA se origina”. (Eye, VII).
“A vontade da ALMA é livre, e ela pode mergulhar no nada de si mesma e se conceber como o nada, quando irá despontar como um ramo da árvore da vida divina, e provar do amor de Deus; ou poderá em sua vontade-própria surgir no fogo e desejo de se tornar uma árvore separada”. (Quarenta Questões… II. 2).
“A ALMA de Adão poderia ter governado poderosamente sobre o princípio externo, caso tivesse entrado novamente com sua vontade no coração de Deus, na palavra do Senhor”. (Quarenta Questões… IV 2).
“A ALMA de Adão apaixonou-se pela criação da palavra formada em sua diferenciação, sem a conscientização do poder de distinção, ela entrou na concupiscência, na diferenciação”. (Grace, VI 33).
“A ALMA queria conhecer como seria se a temperatura se separasse, ou seja, se dividisse, como o calor e o frio, a umidade e a secura, a dureza e a moleza, o azedo e o doce, o amargo e o salgado; ela queria provar estas e as outras qualidades separadamente, embora isso tivesse sido proibido a Adão, por Deus”. (Grace, III 34).
“A Razão (o raciocínio do homem) diz: ‘Por que Deus permitiu que Adão extraísse a árvore da tentação da terra, através de sua imaginação?’ O Cristo diz: ‘Se você tiver fé do tamanho de uma semente de mostarda, e disser à montanha: mova-se para o mar; assim será feito’. A alma-espírito (ALMA espiritual) foi produzida da onipotência divina, do centro da natureza eterna, onde todos os seres foram criados. Por que então não seria ela poderosa? Ela era uma centelha de fogo emanada do poder de Deus, mas depois de ter sido reunida num ser criado (individualizada como um organismo) deu passagem a seu próprio desejo egoísta, rompendo-se com o todo, causando corrupção em si mesma. O poder da ALMA, antes da invasão da vaidade, era tão grande que não podia ser subjugado a nada; o mesmo ocorreria agora, hoje mesmo, se a compreensão não tivesse sido retirada”. (Mysterium, XVII 41).
“O santo Verbo de Deus, após a Trindade da Divindade insondável, concedeu à inteligência ígnea da ALMA o mandamento: ‘Não comerás da árvore do conhecimento do bem e do mal; se assim o fizerem irão morrer na imagem de Deus, no mesmo dia’. Quer dizer, ‘a ALMA ígnea irá perder sua luz; a mortalidade, qualidade do mundo de trevas, do centro dos três primeiros princípios, irá se aproximar e se manifestar na árvore, engolindo o Reino de Deus’” (Grace, VI 17).
“O mundo espiritual está oculto no mundo elementar visível, e atua através dele; através do separador, ou da ALMA do mundo exterior, ele se amolda em todas as coisas, de acordo com o caráter e qualidade de cada coisa; mas o ser visível recebe o invisível não em seu próprio poder, nem o que é externo se transforma em algo interno; o poder interno simplesmente toma forma ali, como podemos observar no crescimento das plantas, árvores e nos metais”. (Contemplations III 19).
“O superior deseja o inferior e vice-versa. A fome daquilo que está acima é direcionado poderosamente para a terra, e a fome da terra busca aquilo que está acima. Assim, se compararmos um ao outro, são como corpo e ALMA, ou como homem e mulher, gerando filhos”. (Grace V 19).
“A ALMA em sua substância é um fluxo mágico de fogo da natureza de Deus, o Pai. A ALMA é um desejo ardente pela luz. Assim, Deus o Pai, deseja seu coração, o centro de luz, de forma muito forte e desde toda a eternidade; Ele a gera em Sua vontade desejante, da qualidade do fogo”. (Quatro Complexões…, II).
“Deus também produz o segundo princípio em Seu amor, de onde gera, de eternidade em eternidade Seu coração e verbo eterno, e o espírito inflama o elo da natureza, e a torna luminosa no amor e na vida de Seu coração, pelo poder da luz. Da mesma forma, a ALMA do homem deseja penetrar o segundo princípio e manter sua ânsia no poder de Deus”. (A Vida Tríplice…, I II-13).
“A ALMA possui as sete qualidades do mundo espiritual interior (modificadas) segundo a natureza; mas o espírito não tem qualidade alguma; ele está fora da natureza e na unidade de Deus. Através de sua natureza ígnea, o espírito se manifesta na ALMA, pois é a verdadeira semelhança de Deus, uma ideia através da qual o próprio Deus age e reside, providenciando que a ALMA penetre com seu desejo em Deus, rendendo-Lhe a sua vontade. Se isso não ocorre, então essa ideia, ou espírito, permanece mudo e inativo, como uma pintura no espelho que some e não tem substância, como foi o caso de Adão em sua queda”. (Tabulae Principice, 66).
“A essência da ALMA, que emana da vontade insondável, não morreu. Nada pode destruí-la. Ela permanece para sempre um vontade livre. Mas perdeu o estado divino, onde queimava a luz de Deus e o fogo de Seu amor. Não que esse amor havia se tornado um nada, embora isso tenha ocorrido na ALMA criada (não manifestada) e inconsciente; mas o santo poder, ou seja, o espírito de Deus, que era a vida ativa ali, tornou-se oculto” (Grace, VI 2).
“A ALMA é per se um fogo-tortura, e contém em si o primeiro princípio, a acidez áspera, que tem por seu objeto o fogo. Se deste nascimento (evolução) for extraída da ALMA a humildade e o amor de Deus, ou se ela tornar-se fortemente contaminada pela matéria (desejo material grosseiro) ela permanecerá sendo uma dureza severa, consumindo-se e, no entanto, gerando continuamente nova ânsia em sua vontade própria”. (Encarnação de Cristo…, I 2).
“Depois que Adão perdeu sua imagem bela e pura, sua ALMA permaneceu apenas na qualidade do Pai, ou seja, na natureza eterna, a qual, aparte da luz de Deus, é uma cólera e um fogo consumidor”. (Tilk I 285).
“Se investigarmos a substância da ALMA e suas essências, veremos que é o que há de mais áspero no homem; ela é ígnea, ácida e amarga. Se ela perde inteiramente a virgem do poder divino que a acompanha, e da qual a luz de Deus (na ALMA) nasce, então começa a ser um demônio”. (Três Princípios…, XIII 30).
“Deus fez a ALMA penetrar a carne e o sangue, a fim de que não pudesse ser, tão facilmente, receptiva à cólera. Assim, (durante a existência terrestre) ela aprecia a si mesma no espelho do sol, e está satisfeita em sua essência sideral”. (Seis Pontos Teosóficos…, VII 19).
“Se a matéria deste mundo (o imaginário da natureza externa) fosse rompida, como será um dia, no futuro, a ALMA permaneceria na morte eterna, nas trevas. A bela criatura (a imagem viva) seria capturada pelo reino do inferno, e o demônio triunfaria sobre ela”. (A Vida Tríplice…, VIII 38).
“A pobre ALMA de Adão foi feita cativa pelo espírito e princípio deste mundo, e permitiu que sua tintura nela penetrasse”. (A Vida Tríplice…, VIII 63).
“A qualidade terrestre, que se encontrava no Paraíso numa condição não manifestada, manifestou-se através do desejo da ALMA. Disso resultou o calor e o frio, a vida-veneno de toda adversidade, a supremacia do corpo, de modo que a bela imagem do Céu e do Paraíso desapareceu de vista”. (Cons. Stiefel…. II 83).
“Deus deu ao homem um corpo constituído de poder puro e essencial, depois deu a natureza da ALMA, que se comparada com a grosseira substância terrestre, pode ser considerada como sendo um corpo espiritual”. (Mysterium, XVI 3).
“Quando Eva alcançou a árvore e arrancou o fruto, ela o fez através do limus terrestre e através da vontade da ALMA, que desejou o conhecimento do centro da natureza. Ao realmente comer do fruto, a essência de seu corpo, ou seja, a essência humana, tomou a essência na árvore”107. (Mysterium XX 29).
“Antes do pecado a imagem celestial penetrava totalmente o homem externo, revestindo-o com o poder divino. O elemento animal não estava manifestado nele; mas quando a imagem, formada da essência celestial, empalideceu e desapareceu, então a pobre ALMA, formada do primeiro princípio, viu-se rodeada pelo corpo animal, nua, despida”. (Mysterium XXI 15).
“A ALMA penetrou com Adão uma habitação estranha, ou seja, o espírito deste mundo. Há, de fato, quatro habitações nas quais aquela jóia preciosa está aprisionada. Destas quatro, há sempre uma especialmente manifestada na pessoa, não as quatro, de acordo com os quatro elementos que se encontram dentro do homem; um deles sempre predomina na vida da pessoa. Esses quatro estados, formas ou temperamentos são conhecidos como: colérico ou bilioso, sanguíneo, fleumático ou linfático e o melancólico ou nervoso. No temperamento colérico está manifestada a natureza e qualidade do fogo; no sanguíneo, a do ar; no fleumático, a da água e no melancólico, a qualidade do elemento terra”. (Quatro Complexões…, I.6).
“A pobre ALMA degradada envergonha-se de possuir órgãos animais de geração, e do modo em que a fecundação ocorre. Será que todos não sentem isso? Se tivéssemos sido criados como bestas em Adão, porque teríamos vergonha de nossa bestialidade? Por que a ALMA sente vergonha da monstruosidade de seu corpo externo e de seu método animal de procriação?” (Tilk I 608).
“A coabitação sexual conjugal não é pecadora, pois está de acordo com a natureza humana. É incitado pelo poder da natureza, e tolerado na paciência divina pela ALMA espiritual”. (Cons. Stiefel…, II 409).
“Se um casal gera filhos, a imaginação ou desejo deles (durante o ato sexual) não é santo, e a nobre parte da ALMA envergonha-se disso. Há até animais que se envergonham deste ato. Mesmo em seu melhor aspecto a performance é desagradável diante da santidade daquilo que é divino, pois foi causado pelo pecado em consequência da degradação do primeiro homem, mas sendo pacientemente submetido por aquilo que é divino no homem, porque é uma necessidade de seu presente estado animal”118 (Cons. Stiefel…, II 396).
“A ALMA não é toda vez criada nova e soprada no corpo, mas reproduzida de acordo com a lei natural humana, como um galho que cresce do tronco da árvore, ou como um grão ou semente que é plantada. Assim, a ALMA é plantada para que possa crescer e ser um espírito e corpo”. (Quarenta Questões…, X 4).
“A ALMA é a causa da existência de todos os membros necessários para a vida do homem, pois sem a ALMA nenhum órgão chegaria à existência para viver na vida do homem”. (Três Princípios… XIV 14).
“O coração é a verdadeira origem da ALMA, e no sangue interior do coração (a vontade) está a ALMA, o fogo, enquanto que na tintura a ALMA é seu espírito (sua luz); o espírito flutua sobre o coração, e comunica-se ao corpo e a todos os órgãos”. (Quarenta Questões…, XI 3).
“Uma árvore má não pode produzir bons frutos. Se os dois pais são maus e estão no poder do demônio, uma ALMA inclinada ao mal será semeada. Seria bom que os pais lembrassem disso. Eles guardam dinheiro para seus filhos, mas se pudessem provê-los de uma boa ALMA, isso seria bem mais útil”. (Quarenta Questões…, X 7-9).
“Na medida em que cada um dos pais possui a essencialidade de Deus conectada em sua ALMA, a semente não será introduzida na Turba; pois o Cristo diz: ‘Uma boa árvore não pode produzir maus frutos’.” (Quarenta Questões…, X 5).
“Ainda que uma ALMA seja um galho da árvore, ela é, no entanto, um ser individual. Portanto, uma criança depois que nasce, tem uma vida própria, e o centro da natureza está dentro de seu próprio poder”. (Quarenta Questões…, VI 2).
“Mesmo que uma criança tenha bons pais, pode mais tarde entrar na Turba. Do mesmo modo, uma criança nascida de maus pais pode se converter através de sua imaginação, e penetrar o Verbo do Senhor. Isso raramente ocorre, mas é possível. Deus não se desfaz de nenhuma ALMA, a menos que a própria ALMA se perca. Cada ALMA julga a si mesma”. (Quarenta Questões…, X 6-8).
“Adão teria se perdido eternamente se o coração de Deus com a palavra da promessa, não tivesse penetrado sua ALMA, despertando a esperança espiritual que o manteve”. (Quarenta Questões…, VIII 5).
“Quando a ALMA afastou-se da Luz de Deus e penetrou o espírito deste mundo, deu-se início ao tormento do primeiro princípio. Ela viu e sentiu que não estava mais no reino de Deus, até que o coração de Deus veio e se colocou entre ela e o reino divino, possibilitando-o penetrar ali e regenerar-se”. (Três Princípios…, IX 6).
“Não havia outra salvação para a imagem divina no homem a menos que a divindade se movimentasse de acordo com o segundo princípio, ou seja, de acordo com a luz da vida eterna, e pelo poder do amor reascendendo a substancialidade (da ALMA) que estava aprisionada na morte”. (Encarnação de Cristo…, I II 22).
“A ALMA separou sua vontade da vontade do Pai g penetrou na luxúria desta vida. Não haveria outra forma de redenção, exceto que a vontade pura do Pai penetrasse outra vez em sua substância trazendo-a novamente ao estado que ocupava primeiramente, de modo que sua vontade fosse novamente direcionada para o coração e luz de Deus”. (Três Princípios…, XXII 67).
“Para auxiliar a ALMA, o coração de Deus com sua luz, e não o Pai propriamente dito, tinha que penetrá-la, pois no Pai ela já estava de qualquer modo; mas encontrava-se afastada da entrada para a geração do coração (o início da auto consciência divina) de Deus, e seus desejos estavam direcionados para o mundo externo”. (Três Princípios…, XXII 68).
“O nome de Jesus incorporou-se na tintura da ALMA no Paraíso, quando Adão caiu, e mesmo antes de Adão ser criado; como Pedro menciona em sua primeira carta (I.20), dizendo que nós havíamos sido beneficiados em Cristo, mesmo antes da fundação do mundo” (Encarnação de Cristo…. I 8 I).
“Desde toda eternidade estava o nome de Jesus em amor imóvel no homem como a imagem de Deus. Mas quando a ALMA perdeu a luz, então o Verbo pronunciou o nome de Jesus naquilo que era móvel; nas enfraquecidas insígnias da substância do mundo celeste”. (Grace, VII 34).
“Antes da queda, Adão recebeu a luz divina de Iahweh , ou seja, do Deus único, onde se encontrava oculto o nome de Jesus. Mas durante o tempo do sofrimento, quando a ALMA caiu, Deus manifestou o tesouro de Sua glória e santidade, e por meio da viva voz do Verbo, Ele incorporou-Se com o fogo divino na imagem eterna, representando o estandarte da ALMA, o qual ela seguiria como a um guia. Mas se ela não fosse capaz de penetrar ali, sendo como morta com relação a Deus, o sopro divino a penetraria, advertindo-a a interromper sua atividade maligna, a fim de que sua voz voltasse a ser ativa na ALMA”. (Grace, VII 32).
“Deus falou na imagem de Adão, enfraquecida com relação à sua vida divina, Sua palavra santa, ‘A semente da mulher esmagará a cabeça da serpente’. Pela ação desta voz a ALMA destituída recuperou a vida divina, e essa mesma voz (consciência interna) foi perpetuada de homem a homem como o pacto da misericórdia”. (Grace, VII 16).
“A ALMA (astral) de Adão e Eva e de todos os seres humanos encontrava-se ainda muito bruta, não maleável e impregnada pelo primeiro princípio. Portanto o Verbo e a esmagadora da cabeça da serpente não tomaram forma dentro de suas almas; mas ficou na mente daqueles dispostos a se renderem a tal trabalho, opor-se aos demônios e ao reino do inferno”. (Três Princípios…, XVIII 26).
“Depois da queda, Iahweh pronunciou o nome de Jesus em Adão numa vida real; ele o manifestou no ser celeste, enfraquecido por conta do pecado. Em consequência desse pronunciamento, houve um despertar da morte espiritual ou do estado de morte, onde Adão havia mergulhado; um desejo divino foi novamente despertado, era o princípio da fé. Esse mesmo desejo separou-se da qualidade do falso desejo, formou uma imagem e Abel veio à existência; mas Caim era o produto da qualidade da ALMA de Adão, de acordo com sua luxúria terrestre”. (Grace, IX 101).
“A configuração de Sem desceu sobre Abraão e Isaac, pois o Verbo do pacto foi manifestado e continha em si o som; mas a configuração de Jafé passou pela sabedoria da natureza no reino da natureza, e daí originou-se os gentis (povo intelectual, mas não espiritual) que deram atenção (proeminentemente) à luz da natureza (coisas naturais). Assim, Jafé, ou seja, a ALMA destrutiva, aprisionada, pertencente à natureza eterna, vivia entre as “cabanas” de Sem, quer dizer, dentro do pacto, pois a luz da natureza vive na luz da graça, constituindo uma forma ou um estado concebido da luz informada de Deus. A linha descendente de Ram encobriu o homem animal, formado do Limus da terra, onde está a maldição, de onde surgiu a raça sodomita semi-animal, que não presta atenção nem na luz da natureza nem na luz da graça, no pacto”. (Mysterium, XXXIV 14).
“Os gentis adoravam o sistema planetário e os quatro elementos; eles tinham o conhecimento de que esses regiam a vida externa de todas as coisas. Assim, através da palavra concebida intelectualmente penetravam a igualmente a palavra concebida e formada (manifestada). Por outro lado, o espírito da palavra formada da natureza tornou-se parte deles, sendo que um intelecto passava para o outro. O intelecto humano movimentou a inteligência com a ALMA do mundo externo tão longe o desejo deste permitiu, e através desta inteligência (que reside na luz astral ou mente do mundo externo) o espírito profético para fora do Espírito de Deus indicando a eles, como que nos tempos futuros a palavra formada da naturezxa externa se manifestaria na construção e na destruição dos reinos, etc. Fora desta ALMA do mundo, os gentis recebiam respostas através de suas imagens e ídolos, porque a fé que introduziram neles tão fortemente, os movimentavam; esta não foi, portanto, uma total obra do demônio, como”. supunham aqueles que, nada sabendo sobre os mistérios, tornam o demônio responsável por tudo, enquanto ignoram até mesmo o que Deus e o diabo são”. (Mysterium, XXXVII 10-13).
“Antes da encarnação de Cristo a humanidade redimia-se através da palavra incorporada em nome de Jesus. Aqueles que direcionavam sua vontade em Deus e para Deus receberam a palavra da promessa, porque a ALMA foi aceita. Assim, toda a lei relacionada ao sacrifício nada mais é do que um antítipo da humanidade de Cristo. Aquilo que o Cristo fez como homem, quando através de seu amor reconciliou a cólera divina, foi feito (simbolicamente) através do sangue dos animais. A palavra da promessa estava no pacto, e no meio tempo Deus concebeu uma figura (símbolo), e pelo poder do pacto fez com que fosse reconciliado simbolicamente, pois o nome de Jesus estava no pacto, e através da imaginação reconciliou a fúria e a cólera da natureza do Pai”. (Encarnação de Cristo…, I 7 12).
“Por que os irmãos (Caim e Abel) desejaram fazer sacrifício a Deus, sendo que o pacto só é encontrado no sincero desejo pela misericórdia de Deus, na oração e no convencimento do próprio homem da necessidade de abandonar sua vontade própria e demoníaca, da necessidade de transformar e arrepender-se e de trazer sua fé e esperança para a misericórdia de Deus? A vontade livre da ALMA é tênue como um nada; ainda que seu corpo (material) esteja envolvido por algo (substancial), sua essência concebida e própria encontra-se num estado de falso desejo, devido ao pecado. Se, então, essa vontade livre, com seu desejo (acompanhada pelo) deve atuar em direção a Deus, terá, em primeiro lugar, que se projetar de seu próprio algo ilusório, e toda vez que de lá se projetar, estará nua e impotente, e novamente dentro do nada original. Se a vontade deseja penetrar em Deus, deve morrer para seu próprio egoísmo e deixar o (eu) ilusório; toda vez que a vontade abandona o eu, fica como que nada e não pode agir, lutar ou realizar nada. Se a vontade deseja mostrar seu poder, deve estar dentro de algo onde possa conceber e formar a si mesma, como é o caso da fé; pois, se há uma fé ativa, então essa fé deve conceber algo (ter algum objeto) onde possa agir. Até mesmo a vontade livre de Deus concebeu a si mesma (tem como objeto) o mundo espiritual interno, através do qual atua. Assim, a vontade livre da ALMA do homem, tendo sua origem no abismo (a vontade incognoscível e primordial), deve conceber a si mesma em algo, a fim de manifestar-se e movimentar-se diante de Deus”. (Mysterium, XXVII. I 4-6).
“Nos tempos do Antigo Testamento o acordo pelo sacrifício aconteceu através do fogo santo, que era um símbolo da cólera de Deus. que haveria de consumir o pecado junto com a ALMA. A qualidade do Pai na cólera estava manifesta nesse fogo, e a qualidade do Filho, no amor e na humildade introduziu-se na cólera. Eles sacrificaram a carne dos animais, mas introduziram a imaginação e oração na graça de Deus”. (Baptism, I 2, 23).
“Havia uma qualidade animal, a ALMA animal, originária dos planetas, anexada à mente do homem, em consequência da qual sua vontade e oração não eram puras diante de Deus, portanto o fogo-cólera de Deus consumiu esta vaidade animal dos homens através do sacrifício; mas a concebida imagem da graça seguiu com a oração para o fogo santo. Assim, os filhos de Israel foram reconciliados com Deus e libertados de seus pecados de forma espiritual, e com relação a futuros, porque o Cristo estava por vir, tomar o estado humano e penetrar em Deus como um sacrifício para o Seu fogo-cólera, transformando a cólera em amor”. (Baptism, II 25).
“A ALMA, ou seja, a boca da fé dentro da ALMA, provou a doce e divina graça na hora do sacrifício, não como uma substância, mas no poder (espiritualidade) e no conhecimento antecipado de realizações futuras, quando aqueles poderes se tornariam manifestos na carne. Assim, o corpo comeu do pão e da carne abençoados, onde encontrava-se o poder da graça, ou seja, a imaginação do pacto. Desta forma, os “Judeus” comeram da carne de Cristo e beberam Seu sangue, simbolicamente, pois o poder ainda não havia se tornado carne e sangue; mas eles desfrutaram da palavra da graça que mais tarde tornou-se humano”. (Communion, I 34).
“O santo Espírito de Deus formou a substancialidade Angélica, celestial em um só elemento, através da virgem; mas os planetas e elementos deste mundo formaram o homem externo, conferindo-lhe um corpo natural e uma ALMA exatamente igual a dos outros seres humanos, ambos em uma só pessoa. De modo que, cada forma possuía seu próprio estado particular de percepção e sensação, e o estado divino não se misturou a tal fórmula (com a forma terrestre) a fim de que a primeira diminuísse e permanecesse o que era (antes que a encarnação ocorresse), e se transformasse no que não era (através da encarnação), mas sem qualquer separação, diferenciação ou divisão do ser divino. Desta forma, o Verbo permanece no pai, o ser criado do santo elemento permaneceu diante do pai, e o estado natural humano ocorreu neste mundo, no ventre da virgem Maria”. (Três Princípios…, XX 86).
“Dizem que Maria era uma virgem eterna da Santíssima Trindade, e que dela nasceu o Cristo; pois, segundo Seu próprio testemunho, Ele não veio da carne e do sangue, mas do céu. É verdadeiro o que nosso Senhor disse, que veio de Deus e a Deus retornaria, e que ninguém iria para o céu exceto o Filho do Homem, vindo do céu e estando no céu; mas assim dizendo, falava, evidentemente, de Seu aspecto humano, e não meramente de Sua divindade; pois o Deus eterno não poderia ter sido Filho do Homem, nem um filho do homem poderia surgir da Trindade; foi possível redimir o homem através de uma ALMA alheia, trazida do céu, onde se satisfez a necessidade da penetração e crucificação de Deus em nossa forma (humana)”. (Três Princípios…, XXII, 6I).
“Não é verdade, como dizem alguns, que o Cristo tenha tomado uma ALMA para Si do Verbo na eterna virgem Maria, de modo que Cristo viria de Deus e a ALMA em Sua natureza humana tivesse um princípio”. (Mysterium, LVI 19).
“A ALMA de Cristo é uma criatura como a nossa própria ALMA, e Ele a recebeu da humanidade e no corpo de Maria. Portanto, nos regozijamos eternamente de que a ALMA de Cristo seja nossa irmã e de que o corpo de Cristo seja nosso corpo no homem regenerado”. (Three Princípios, XXIII 30).
“O que me ajudaria se Cristo houvesse trazido com Ele uma ALMA estranha? Nada! Mas regozijo-me de que Ele tenha introduzido minha ALMA no santíssimo Ternário. Posso dizer, verdadeiramente: ‘A ALMA de Cristo é minha irmã, e o corpo de Cristo o alimento de minha ALMA’”(Três Princípios…, XXII 78).
“Não podemos dizer que a virgem celeste ao penetrar Maria tornou-se terrestre por ordem de Deus, mas dizemos que a ALMA de Maria tomou posse da virgem celeste, e esta adornou sua ALMA com a coroa pura do santo elemento, um ser humano regenerado, puro; ali Maria recebeu o Salvador do mundo, e deu à luz a Ele neste mundo”. (Três Princípios…, XXII 44).
“A virgem eterna, não tendo substância, penetrou também a encarnação e assim a verdadeira ALMA fora recebida das essências de Maria. Desta forma, a virgem eterna veio à substancialidade, pois recebeu a ALMA humana em si”. (A Vida Tríplice…, VI 75).
“A primeira coisa que uma criança (no ventre) recebe é a tintura de sua mãe. O mesmo aconteceu com o Cristo. Quando o anjo anunciou à Maria a futura encarnação de Cristo, foi a vontade da mãe, e a tintura que receberam o Limbus de Deus que a impregnou e passou a lhe pertencer. Se, então, a ALMA da criança está na Santíssima Trindade, não pensam vocês que sua luz gloriosa ilumina maravilhosamente a mãe, e que esta mãe coloca, corretamente, seus pés sobre a Lua, ao ser exaltada acima de tudo o que é de natureza terrestre? Ela deu à luz o Redentor do mundo sem nenhum contato carnal, e dela originou-se o corpo que atraiu todos os membros, ou seja, os filhos de Deus em Cristo, os filhos da Luz”. (Três Princípios…, XVIII 93-98).
“A Palavra prometida por Deus no jardim do Éden veio a florescer na vida-luz da virgem; e quando o anjo Gabriel, por ordem do pai, veio a dar a ela um impulso, através da mensagem, a palavra penetrou um elemento da virgem casta, mas não inteiramente em sua ALMA e corpo a ponto de deidificar uma pessoa”. (Three Princípios, XVIII 89).
“A virgem continha o Cristo, assim como uma mãe contém seu filho. Ela lhe deu as essências naturais, assim como havia herdado de seus pais; O Cristo recebeu as essências de sua carne e de seu sangue no elemento, e tornou-se ali uma ALMA viva”. (Três Princípios…, XVIII 90).
“O Verbo vivo que habitava a virgem eterna atraiu para si a carne de Maria, ou seja, as essências corporais de Maria, e assim cresceu ali, em nove meses, um ser humano completo, com ALMA, espírito e carne”. (A Vida Tríplice…, VI 79).
“O Cristo atraiu verdadeiramente para Si as essências humanas enquanto no corpo da virgem Maria, e desta forma tornou-se nosso irmão. Mas as essências humanas não podem apreender Sua divindade eterna; só o novo homem, nascido em Deus, é disso capaz, assim como o corpo apreende a ALMA”. (Três Princípios…, XXII 48).
“A ALMA e o Verbo não são um ou um ser. A ALMA nasce do centro da natureza, das essências, e pertence ao corpo, pois surge das essências do corpo, e atrai o corpo para si; mas o Verbo pertence ao centro da majestade, e atrai a majestade para si”. (A Vida Tríplice…, VI 83).
“A ALMA e o Verbo não estão lado a lado, como duas pessoas, mas o Verbo penetra a ALMA e do Verbo brilha a vida-luz; a ALMA, contudo, permanece livre. Um ferro quente e vermelho encontra-se nela preto e obscuro, mas o fogo a penetra, para que se torne luminoso. Não há transformação no ferro propriamente dito; o ferro continua sendo ferro e o calor continua sendo calor; um é livre com relação ao outro, e um não é o outro; Assim a ALMA tem sido mergulhada no fogo da divindade, a fim de que a divindade possa penetrar e iluminar a ALMA, e ali habitá-la e concebê-la, embora a ALMA não possa conceber a divindade; no entanto, ela não é transformada. A divindade concebe a ALMA e a dota do poder da majestade”. (A Vida Tríplice…, VI 83).
“O espírito desse mundo capturou o corpo, tornando-o terrestre; o corpo e a ALMA tornaram-se corruptos. Desta forma, não mais estamos em posse do elemento puro necessário para a formação de um corpo (puro), mas de uma protuberância dos quatro elementos em combinação com a influência das estrelas. Este corpo não pertence à Divindade. Deus não Se revela num corpo impuro, mas somente no homem santo (interiormente regenerado), na pura imagem que Ele criou no princípio. Nada mais havia de ser feito além de regenerar a imagem através do coração e da luz de Deus”. (Três Princípios…, XXIII 21).
“O homem deve, novamente, deixar o espírito dos planetas e elementos e penetrar um novo nascimento, na vida de Deus. Isso a ALMA não pode realizar pelo próprio e, portanto, a vida de Deus que emana do amor e da misericórdia veio até nós em carne e tomou nossa ALMA humana novamente para si, na vida divina, no poder da luz; assim, nesta vida devemos ter um novo nascimento e penetrar em Deus” (A Vida Tríplice…, I 17).
“Como consequência do pecado, não havia salvação para o homem; a menos que o Verbo eterno, coração de Deus, se tornasse humano e penetrasse o terceiro princípio, a carne e o sangue humano e tomasse para si (o estado de) uma ALMA humana, penetrando a morte de uma ALMA destituída, através da qual pudesse afastar da morte o seu poder e do inferno a sua picada terrível, conduzindo assim a ALMA para fora da morte e redimindo-a do inferno”. (A Vida Tríplice…, VII 39).
“A ALMA de Adão havia se afastado de Deus e morrido com relação a essencialidade da luz. O segundo Adão trouxe novamente a ALMA para o fogo, ou seja, na fonte da cólera, e acendeu novamente a luz na morte. A luz foi portanto novamente manifestada nas trevas, e a morte morreu, e para a cólera ou inferno foi criada uma praga”. (Tilk I. 513).
“Como nos afastamos da liberdade do mundo angélico e adentramos a tortura escura, o poder e o verbo da luz tornou-se homem, e nos conduziu para fora das trevas, através da morte no fogo para a liberdade da vida divina, na essencialidade divina. O Cristo tinha que morrer e penetrar a essencialidade divina através do inferno e através da cólera da natureza eterna, para abrir um caminho para a nossa ALMA através da morte e através da cólera, onde devemos entrar com Ele pela morte, na vida divina”. (Encarnação de Cristo…, I 3, 7).
“Quando os dois reinos, a cólera de Deus e o amor de Deus estavam lutando um contra o outro, o Cristo surgiu como herói. Desejando render-Se à cólera (ao sofrimento causado pelos princípios baixos despertados para a consciência em consequência do pecado), Ele a extinguiu com Seu amor. Ele veio de Deus para este mundo e tomou nossa ALMA para Si, a fim de poder nos tirar do estado terrestre para Si próprio e nos conduzir à Deus. Ele nos regenerou em Si próprio, para que fossemos capazes de viver novamente em Deus, e para que pudéssemos colocar nossa vontade Nele. Com Ele fomos conduzidos ao Pai, à nossa primeira morada, ou seja, ao Paraíso, o qual Adão havia deixado”. (Encarnação de Cristo…, I II 6).
“O Verbo tomou nossa própria carne e sangue na essencialidade divina, e quebrou o poder que nos mantinha aprisionado na cólera da morte e fúria. Ele quebrou aquele poder na Cruz, ou seja, no centro da natureza (a quarta forma natural, cujo símbolo é a Cruz), e inflamou novamente em nossa ALMA (que havia se tornado trevas) um fogo-luz branco e ardente”. (Encarnação de Cristo…, II 6 9 ).
“Depois que a ALMA de Cristo recebeu o pão celeste, era preciso observar se ela se manifestaria no poder do fogo da vaidade, ou, se plena de humildade, se manteria unicamente no coração e na vontade de Deus, entregando Sua ALMA e se tornando um anjo da humildade. Nota-se aqui, a astúcia do demônio, pois ele toma as Escrituras e diz: ‘Os anjos irão conduzi-lo sobre suas mãos’. Esta passagem tem sido mal aplicada, pois não se refere ao corpo físico, mas à ALMA. Isso ele quis introduzir no orgulho, para que se confiasse em ‘ser carregado pelos anjos’; mas o Redentor disse: ‘Também está escrito: Tu não tentarás o Senhor teu Deus’. Desta forma, ele venceu o orgulho do demônio para penetrar a humildade e o amor de Seu Pai celestial”. (Três Princípios…, XXII 108).
“Após o demônio ter falhado por duas vezes, ele se aproximou com a última e poderosa tentação (dizendo) que lhe daria todo o mundo se ajoelhasse e o adorasse. Adão já havia estado ansioso pela possessão deste mundo; ele desejou torná-lo seu; mas ao proceder desta forma, Adão afastou-se de Deus e foi capturado pelo espírito deste mundo. Agora, o segundo Adão havia que se submeter à essa tentação do primeiro Adão. Havia que ser testado se a ALMA permaneceria com o homem novo, santo e celestial, vivendo na graça de Deus ou no espírito deste mundo. Mas a ALMA de Cristo disse ao demônio: “Afasta-te de mim, Satã! Pois está escrito: ‘Deves adorar ao Senhor teu Deus, e Servir à Ele unicamente!’. Assim, o valente guerreiro conquistou, e o demônio teve que partir; tudo o que é terrestre foi superado pelo Cristo. Agora o Senhor está acima da lua, e tem todo o poder no céu e no inferno; Ele é Mestre da vida e da morte. Ele deu início ao Seu reino sacerdotal com sinais e milagres. Ele transformou a água em vinho, tornou são o doente, fez com que o cego enxergasse, e o coxo andasse e até despertou o morto para a vida. Ele se sentou na cadeira de Davi e passou a ser o verdadeiro sacerdote na ordem de Melquisedeck”. (Três Princípios…, XXII 3).
“Quando o Verbo pronunciado de Deus na qualidade humana aprisionou-se no Redentor, a essencialidade que havia morrido em Adão, mas que se tornou novamente viva em Cristo, clamou juntamente com a ALMA: ‘Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonastes?’ Isso significa que a cólera de Deus havia penetrado, através da qualidade da ALMA, a imagem da essencialidade divina, e que havia absorvido a imagem de Deus, porque era essa a imagem da serpente na ALMA ígnea, a cabeça da cólera de Deus, para transformar seu poder ígneo na vida-sol eterna. Como uma vela se extingue ao queimar-se, e assim como desta morte surge a luz e o poder, da mortificação e da morte de Cristo havia que surgir o sol divino e eterno na qualidade humana. Assim, havia que morrer, neste caso, não só o egoísmo da qualidade humana, ou seja, a vontade-própria da ALMA com relação à (seu desejo pela) vida no poder do fogo, e se perder na imagem do amor; mas, essa mesma imagem do amor havia que penetrar a cólera da morte, a fim de que tudo mergulhasse na morte e através da morte e da humildade perfeita, e na vontade e misericórdia de Deus, surgisse novamente na substancialidade paradisíaca, a fim de que o espírito de Deus pudesse ser tudo em tudo”. (Assinatura…, XI 87).
“A crença de que o Cristo teve uma morte natural em Sua qualidade humana não deve ser compreendida como se Sua ALMA criada houvesse morrido, e menos ainda que Ele houvesse perecido em Seu aspecto de ser divino, ou com relação à Sua essencialidade celeste e tintura celeste. Ele morreu unicamente com relação à Sua egoidade, ou seja, com relação à vontade e regime do mundo externo que governava no homem. Ele morreu com relação à vontade própria e aos poderes próprios da egoidade criada. Ele entregou tudo isso inteiramente nas mãos do Pai, o fim da natureza, o grande mistério do Pai; mas não para que isso fosse a morte, mas para que o Espírito de Deus estivesse ali, com toda a sua vida, e o poder divino existisse na personalidade de Cristo”. (Assinatura…, XII I).
“Quando o Filho de Deus derramou Seu sangue santo em Cristo, o veneno da cólera na carne, ALMA e espírito de Adão, que tomou para Si, foi santificado e transformado em amor. Assim, a inimizade cessou e Deus tornou-se Emanuel; ou seja, homem com Deus e Deus com o homem. Então a carne de Adão foi tingida e preparada para a ressurreição”. (Cons. Stiefel… II 209).
“É errôneo supor que a ALMA de Cristo havia deixado o corpo e descendido ao inferno, e que ali, havia, no poder divino, atacado os demônios, atando-os com correntes, destruindo com isso o inferno. É melhor compreender que no momento em que o Cristo prostou o reino deste mundo, Sua ALMA penetrou a morte e a cólera de Deus, e com isso a cólera foi reconciliada no amor. Os demônios e todas as almas descrentes na cólera foram aprisionadas em si mesmas, e a morte foi rompida; mas a vida floresceu através da morte”. (Três Princípios…, XXV 76).
“A morte estava lutando com o homem externo (com a vida do), pensando que agora, a ALMA deveria permanecer na Turba; mas havia um forte poder na ALMA, ou seja, o Verbo de Deus. Esse verbo capturou a morte e a destruiu, extinguindo a cólera. Trava-se de um grande veneno para o inferno quando a luz o penetrou, e o Espírito de Cristo aprisionou o demônio, conduzindo-o da alma-fogo para as trevas, trancando-o ali, na dureza colérica e no amargor”. (Quarenta Questões…, XXXVII 13 — 15).
“Pelo poder da tintura celestial Deus acendeu o fogo que havia se tornado escuro na essência da ALMA, dali por diante, aquele fogo passou a queimar num poder limpo, branco e majestoso, na luz e glória, e a cólera de Deus foi extinta na essência da ALMA e foi feita amor”. (Tilk II 259).
“A ALMA de Cristo veio com a luz de Deus para a cólera, e os demônios tremeram; pois a luz aprisionou a cólera, e Sua ALMA tornou-se um paraíso, enquanto que a cólera permaneceu no inferno. A luz encerrou o princípio do inferno, de modo que nenhum demônio tem a permissão de aparecer na luz. Mas isso ele também não vê, e a luz é seu terror e sua vergonha”. (Tree Princípios, XXV79).
“Depois que o Pai trouxe a ALMA do redentor, que havia penetrado Sua cólera, de volta ao amor, ou seja, na imagem do Paraíso, que havia desaparecido, o mundo tremeu no terror da morte, como se fosse um terror de alegria, alegria que penetrou os corpos mortos daqueles que haviam esperado pela vinda do Messias, e os despertaram para a vida. Foi esse mesmo terror que rasgou a cortina do Templo, ou seja, o véu de Moisés, pendurado diante da clara face de Deus, a fim de que o homem não visse à Deus”. (Assinatura…, XI 71).
“O fundamento mais interno no homem é Cristo; mas não de acordo com a natureza humana do homem, mas segundo a natureza de Cristo, a qualidade divina em Sua essência celestial, a qual Ele regenerou. O segundo fundamento é a ALMA, ou seja, a natureza eterna, onde o Crksto (a luz) se revelou; e o terceiro fundamento é o homem exterior, proveniente do limus da terra com as estrelas e os quatro elementos. No primeiro fundamento está a vida ativa do amor divino; no segundo fundamento está a vida-fogo natural da ALMA criada, onde Deus é chamado de Deus ígneo; e no terceiro, está a criação de todas as qualidades nas quais Adão permaneceu na temperatura, e que foi objetificada na queda”. (Grace, IV 37).
“’Cristo significa um penetrador; o ato de afastar o poder da cólera; a iluminação das trevas pela luz; a transmutação (na ALMA do homem), pela qual a satisfação do amor rege sobre o brilho do fogo em seu aspecto colérico; a superioridade da luz sobre as trevas”. (Assinatura…, VII 32).
“Para se produzir um verdadeiro Cristão, não basta satisfazer-se com uma crença meramente histórica e científica, no Filho de Deus, que um dia viveu sobre a terra. Não seremos recompensado por uma espécie de Deus externo, que nos atribuirá retidão, por conta de nossa confissão em tal crença; mas, o reconhecimento da verdade divina deve nascer e ser recebida dentro de nós de forma pueril. A carne está condenada à morte, e temos que nos tornar como uma criança que nada sabe, mas que se apega (instintivamente) a mãe que lhe deu à luz. Da mesma forma, a vontade do Cristão deve morrer para a sua vontade própria e auto afirmação, tornar-se como uma criança em Cristo. Então, se a vontade e o desejo da ALMA é dirigido unicamente à sua fonte, irá surgir do espírito de Cristo uma nova vontade e obediência na justiça divina, a partir da morte da vontade-própria; não mais será uma vontade pecadora”. (Regeneração, I).
“Deus habita no mundo e preenche todas as coisas; no entanto, Ele nada possui. A luz habita nas trevas, mas não a possui; o dia habita na noite e a noite habita no dia, o tempo na eternidade e a eternidade no tempo; o mesmo ocorre com o homem. Ele próprio é o tempo, e vive com ele segundo seu aspecto externo; é desta mesma forma que o mundo externo existe no tempo; mas o homem interior é eternidade, mundo e tempo espiritual, tal como é criado na luz, de acordo com o amor de Deus, e nas trevas de acordo com Sua cólera. Seu espírito vive naquele princípio que nele está manifestado, seja nas trevas, seja na luz. Cada um deles habita em si mesmo; nenhum deles possui o outro; mas, se um penetra o outro e deseja possuí-lo, este o outro irá perder sua supremacia e poder. Se a luz se manifesta nas trevas, então as trevas deixam de ser trevas; e se as trevas surgem na luz, então a luz e seu poder serão extintos. As trevas eternas da ALMA constituem o reino do inferno; a luz eterna na ALMA é seu céu. O homem, portanto, é criado e vive nos três mundos. Um é o mundo das trevas eternas que surge do centro da natureza — natureza eterna — onde nasce o fogo como o tormento eterno; o outro mundo, é o da luz eterna, onde reside a alegria e o Espírito de Deus. É neste mundo de luz que o espírito de Cristo assume substancialidade humana. O terceiro mundo onde vive o homem, e do qual foi gerado, é o mundo visível externo, com seus quatro elementos, e as estrelas visíveis”. (Regeneração, I).
“Se, então, a ALMA participa deste alimento celestial, ela é acesa pelo grande amor que habita no nome Jesus. Sua angústia se converte em grande alegria e um sol real surge dentro dela, enquanto se torna regenerada em uma outra vontade. Ocorre então o casamento do Cordeiro, do qual os cristãos da boca para fora, falam sem nada compreenderem”. (Regeneration, IV).
“No nome de Jesus, Deus abriu para nós a porta de Seu ouvido; podemos ouvir a Deus realmente falando em nós; em Sua misericórdia Ele fala através deste portal aberto do pensamento. A ALMA, também fala com Deus através desta porta e durante esta conversa interior ela é nutrida, restaurada, iluminada e renovada pelo pronunciamento de Deus”. (Oração…, XXXI).
“Para que a ALMA receba um real benefício e proveito da oração, então sua vontade deve se afastar de todas as criaturas e coisas terrestres e permanecer pura diante de Deus. Que a carne com seus desejos não co-opere (na oração) a fim de que os desejos terrestres não sejam introduzidos no efeito divino na ALMA”. (Oração…, XXXIV).
“Cada oração que não encontra e toma o que pede é fria e insípida, obstruída por coisas temporais terrestres; ou seja, a ALMA não se aproxima de Deus em pureza. Ela não deseja sacrificar a si mesma inteiramente à Deus, mas busca os amores terrestres que a mantém aprisionada, não podendo alcançar o reino de Deus”. (Oração…, XVIII).
“A vontade necessária para realizar a oração é fraca na medida em que estiver em nosso poder o fato de orarmos ou não, mas se ela atua pelo poder divino ela se torna desperta, ígnea, e cheia de desejo. Dentro deste desejo o próprio Deus está atuando. Assim, o homem fala com Deus em verdade, e Deus fala em verdade com a ALMA do homem”. (Oração…, XXIX).
“Enquanto o Cristo se alimenta da fé e da oração de nossa ALMA, a fé humana, juntamente com a oração e o louvor a Deus, torna-se corporal na palavra do poder; esse novo ser passa a ser um com a substância da corporeidade celestial de Cristo, o corpo eterno de Cristo”. (Mysterium, LXX).
“A pobre ALMA aprisionada, encerrada nas trevas da morte, é um fogo mágico faminto, que atrai da encarnação de Cristo, a substancialidade reaberta de Deus, e deste engolir ou nutrição, produz um corpo similar ao da Divindade. Assim, a pobre ALMA será revestida com um corpo de luz, comparável ao fogo de um pavio”. (Cartas, XI 21).
“Ninguém deve se imaginar seguro após ter obtido a coroa de pérolas, pois pode perdê-la novamente. A ALMA, durante sua vida terrestre, está acorrentada por três temerosas correntes. Primeiro pela severa cólera de Deus, o abismo e as trevas do mundo, que é o centro da vida criada da ALMA, cuja raiz mais íntima é o desejo. A segunda corrente é a ânsia ígnea do demônio pela ALMA, que tenta a ALMA e busca, incessantemente, tirá-la do repouso da verdade divina para cair na vaidade, no orgulho, na avareza, na inveja e na raiva; através destas propensões malignas, ele procura ventilar o fogo na ALMA, a fim de que se afaste de Deus e penetre o egoísmo. Mas a terceira e mais perigosa corrente é a do corpo e do sangue, corruptíveis, fúteis, terrestre e mortal, cheios de desejos e inclinações malignas, juntamente com a região astral (plano astral), onde, como num grande oceano, a ALMA está flutuando, o que a faz ser, diariamente, inflamada e infectada pelo pecado”. (Três Princípios…, XXV 7).
“A pobre ALMA está tão cega que nem mesmo reconhece as pesadas correntes às quais está atada. Todo o mundo está cheio de armadilhas arrumadas pelo demônio, com o propósito de capturá-la. Se o homem exterior tivesse seus olhos (espirituais) abertos, ficaria aterrorizado. Tudo o que o homem vê ou toca, ali há uma armadilha do demônio, e se o Verbo do Senhor, tendo se tornado humano, não estivesse ocupando o meio, o demônio capturaria e devoraria todas as almas”. (Encarnação de Cristo…, XI 6).
“Enquanto o homem terrestre viver a ALMA estará em contínuo perigo, pois o demônio tem uma inimizade com ela, lançando seus raios com uma falsa imaginação no espírito das estrelas e dos elementos; ele alcança, assim o fogo-alma, e deseja envenená-la com um desejo terrestre e demoníaco. A nobre imagem deve, neste caso, (na consciência interna do homem) levantar-se em defesa; muita luta pela coroa dos anjos se faz necessária, e sempre surge ali, dentro do velho Adão, dúvidas e descrenças”. (Encarnação de Cristo…, XI. 6).
“Mesmo depois que a jóia preciosa é semeada, ela não se torna imediatamente uma árvore. O demônio, frequentemente, sopra sobre ela, desejando exterminar a semente de mostarda. A ALMA tem que enfrentar muitas tormentas. Normalmente ela se engana com o pecado, e tudo parece estar contra ela. É preciso lutar continuamente contra o demônio. Então a árvore de pérola irá crescer como a relva na tempestade e na chuva; mas quando ela cresce e dá flores, se pode ter a certeza de obter os frutos”. (Três Princípios…, XXIV 37).
“Não é a ALMA mortal, mas a ALMA interior (espiritual) do eterno Verbo de Deus a que se casa com Sophia. A ALMA exterior está casada com a constelação (funções mentais) e elementos. Essa ALMA externa raramente lança um só olhar para a Sophia, pois contém em si a morte e a mortalidade. Passado este tempo ela deve ser novamente transformada na primeira imagem que Deus criou em Adão”. (Mysterium, Lii 13).
“Enquanto a casa mortal existe, nossa ALMA não habita na fonte de Deus, de modo a apreender essa fonte em si mesma. O sol brilha através de um vidro, provendo-o de luminosidade; no entanto, o vidro não se torna o sol. Ele simplesmente permanece (por um tempo) na luz e poder do sol, que brilha em sua substância e através de sua substância. O mesmo ocorre com a ALMA em seu estado terrestre”. (Mysterium, L II 3).
“A ALMA coloca sua grinalda, mas ela é novamente retirada e colocada de lado. O mesmo ocorre com a coroa de um rei, que posteriormente é mantida num tesouro. Isso ocorre com a ALMA porque ela ainda está rodeada pela casa do peado, de modo que, se ela cair novamente, sua coroa não se solidifica”. (Arrependimento…, I 27).
“A causa do antagonismo entre a carne e o espírito pode facilmente ser encontrada; o espírito interior tem o corpo de Deus, nascido da doce essencialidade, e o espírito externo tem o corpo do espírito ígneo da cólera, que busca, continuamente, a cólera despertada; ou seja, as grandes maravilhas que estão no Arcanum, na inflexibilidade da ALMA. O amor-espírito interior protesta e não irá deixar o espírito externo surgir e incendiar a ALMA; pois isso seria perder sua própria felicidade e forma, que seriam destruídas pela cólera”. (Quarenta Questões…, XVII 14).
“Estamos sempre expostos às tentações, mas podemos ser vitoriosos em Cristo, o conquistador, pois Sua ALMA é nossa ALMA e Sua carne é nossa carne, provando que nele confiamos e a Ele nos entregamos inteiramente, assim como o Cristo rendeu-Se totalmente a Seu Pai”. (Quarenta Questões…, I 10).
“Muito mais fácil é destruir o desejo do que destruir depois a substância com grandes dores. Se a vontade livre, já no começo (de um desejo) destrói o desejo, a fim de que ele não se torne substancial, então o médico (para a cura da doença) já nasceu, não haverá a necessidade de grande empenho, como é preciso para aquele que quer sair da companhia de monstros que ele mesmo criou, a fim de destruir o ser que ele trouxe à forma dentro de sua própria ALMA”. (Mysterium, XXIV 25).
“É uma grande tolice para o homem anelar o que não é seu (mas sim um mero atrativo para o ser com o qual está ligado durante sua carreira terrestre), e introduzir em seu desejo aquilo que o infecta de doenças, e que por último lhe conduz para longe de Deus, excluindo-o em corpo e ALMA de seu estado celestial”. (Mysterium, XXIV 16).
“Nossa vida deve ser um arrependimento constante, pois é também uma contínua corrente de pecado. Na verdade, o nobre ramo de lírios, recém nascido em Cristo, não peca; no entanto, o homem terrestre peca em corpo e ALMA, e busca destruir a nobre flor”. (Cons. Stiefel…, XI 537).
“O reino celeste nos santos é ativo e consciente em sua fé, por onde sua vontade se integra a Deus; mas a vida natural é cercada pela carne e pelo sangue e está relacionada, ao contrário, à cólera de Deus. Assim, a ALMA está sempre na angústia quando o inferno precipita-se sobre ela, desejando nela se manifestar; mas ela mergulha na esperança da graça divina, e permanece como uma bela rosa entre os espinhos, até que na morte do corpo o reino deste mundo dela se afasta. Só então, quando não há mais nada que a obstrua, ela será plenamente manifestada no reino de Deus”. (Vida Suprasensual…, XXXIX).
“Onde quer que o eu não habite, ali habita o amor. Na tranquilidade do fundo da ALMA, onde ela morre para si mesma, e onde ela nada deseja senão o que Deus deseja (nela), ali reside o amor. Na medida em que a vontade própria morre, a mesma medida é ocupada pelo amor. No lugar onde antes se encontrava a vontade própria, agora não há nada, e toda vez em que não houver nada, só ali estará ativo o amor de Deus”. (Supernatural Life, XXVIII).
“Aquele que espera realizar algo bom e perfeito, onde possa regozijar-se eternamente e disso desfrutar, que saia de seu egoísmo e vontade-própria e penetre a submissão na vontade de Deus. Mesmo que o desejo terrestre pelo egoísmo o perseguir em sua carne e sangue, se sua vontade-alma não é infectada por aquele desejo do eu, tal eu não será capaz de produzir nada; pois a vontade interna da ALMA, repousando na submissão de Deus, destrói continuamente a essência da auto afirmação, e desta forma a cólera de Deus não pode alcançá-la. Se a cólera atingisse a essência, então a vontade submetida surgiria ali com seu poder, e permaneceria ali, firme, diante de Deus, como um produto da vitória que irá herdar a infância”. (Quietude…, XI I).
“Cara ALMA, se desejas a luz de Deus, e também a luz deste mundo, se desejas alimentar seu corpo (e mente), e (ao mesmo tempo) busca os mistérios de Deus, faça aquilo que o próprio Deus faz. Um olho de sua ALMA olha a eternidade, o outro a natureza. Esse busca continuamente no desejo e cria um espelho atrás do outro. Que assim seja. Assim deve ser, pois Deus assim o quer. Mas o olho voltado para a eternidade não pode se voltar para o desejo (longe de Deus); é através dele que se busca virar o outro para si mesmo, e não deixá-lo se desviar de ti; ou seja, não deixe ele se afastar do olho que mira a liberdade. Coloque sua vontade naquilo que está fazendo, lembrando de que é um servo da vinha de Deus; quer dizer, do Eterno; mergulhe sua vontade a cada instante na humildade diante de Deus; então sua imagem irá caminhar na humildade com sua vontade na majestade de Deus, e será iluminada perpetuamente pela triunfante luz de Deus”. (Quarenta Questões…, XII 28).
“A vontade, entregue a Deus diz: ‘Senhor, se é Vosso desejo que eu esteja na prisão ou na miséria, assim desejarei estar. Se me levas ao inferno, convosco irei, pois Vós estais no Céu. Se eu tiver unicamente a Vós, porque me preocuparia com o céu ou com o inferno? Mesmo que meu corpo e minha ALMA pereçam, em Vós devo permanecer e Vós em mim. Ao Vos possuir, tenho tudo o que quero. Usa-me segundo a Vossa vontade”. (Mysterium, LXVI).
“A ALMA propriamente dita não é nada corporal; mas o corpo na tintura cresce tanto celestial como infernal. Não é um corpo tangível, num aspecto externo, mas um corpo de poder; o corpo de Deus; o corpo celeste de Cristo”. (Quarenta Questões…, VII 18).
“Quando uma pessoa neste mundo morre aparece diante do anjo que em sua espada carrega a morte e a vida, o amor e a cólera de Deus. Ali sua ALMA passa pelo julgamento, nos portais do paraíso. Se foi capturada pela cólera de Deus, não será capaz de passar pela porta, mas se é uma criança da virgem, nascida da semente da mulher (celestial), então ela passará. O anjo irá cortar de sua natureza, aquilo que fora gerado pela serpente, e a ALMA irá então servir a Deus em seu santo templo no Paraíso, esperando ali pela ressurreição de seu corpo (celestial)”. (Mysterium, XXV 2).
“Não há três almas separadas no homem, mas apenas uma. Essa ALMA permanece em três princípios, ou seja, no reino da cólera, no reino do amor de Deus e no reino deste mundo. Quando o ar do reino externo deste mundo deserta a ALMA, ela se manifesta ou no obscuro reino do fogo ou no santo reino da luz, que é o reino do fogo-amor, o poder de Deus. Seja qual for o plano com a qual ela se envolveu durante sua existência terrestre, ali ela permanece depois que o reino externo a deixa”. (Mysterium, XV 24).
“O homem já está no céu o no inferno, neste mundo, onde quer que esteja corporalmente. Se seu espírito está em harmonia com Deus, ele estará então espiritualmente no céu e sua ALMA encontra-se em Deus. Se ele espiritualmente habita a cólera, então já está no inferno e em companhia dos demônios”. (Aurora, XX 86).
“Aqui na vida da ALMA está o equilíbrio. Se ela é má, pode renascer no amor; mas quando o equilíbrio é rompido e o ângulo é virado, então ela estará naquele princípio que nela prevalece”. (Quarenta Questões…, XXIII 10).
“Durante sua vida terrestre a ALMA pode mudar swa vontade, mas após a morte do corpo nada permanece no seu poder através do qual possa mudar sua vontade”. (Tilk I 267).
“O que quer que a ALMA receba em sua vontade. Durante sua vida terrestre, e seja com o que for que ela se envolva, isso irá levar com sua vontade após a morte do corpo; ela não pode mais se livrar disso, pois ela nada mais tem do que aquilo em que se meteu, e que agora constitui seu próprio ser. Mas durante a vida terrestre ela pode destruir aquilo em que envolveu sua vontade”. (A Vida Tríplice…, XII 25).
“Se o espírito permanece não regenerado com seu princípio original, então irá aparecer na ruptura da forma tal criatura correspondente à qualidade da vontade (caráter) adquirido durante a vida terrestre. Se, por exemplo, durante a vida se tem a invejosa disposição de um cão, rancoroso com tudo e com todos, então este caráter do cão irá encontrar sua expressão numa forma correspondente após a morte do corpo; pois de acordo com isso, a ALMA (animal) toma (assume) sua forma, e esse tipo de vontade permanece contigo na eternidade, pois as portas das profundezas que levam à luz de Deus são então fechadas diante de ti”. (Três Princípios…, XVI 50).
“Se durante sua vida terrestre, não iluminastes tua ALMA e o espírito eterno dado a ti pelo bem supremo, na luz de Deus, a fim de que o espírito renasça naquela luz, na substancialidade divina, então a ALMA no Mysterium irá retornar ao centro da natureza, e penetrar na qualidade da angustia das quatro formas inferiores da natureza eterna. Ali ela estará na companhia de todos os demônios, e será obrigada a devorar aquilo que movimentou”. (Encarnação de Cristo…, XI 6).
“Se a alma-fogo não se tornou substancial no Espírito de Deus, nem buscou esta substância em seu desejo, é então um fogo negro, queimando em grande angústia e terror, pois há em sua constituição apenas as quatro qualidades inferiores da natureza. Se a vontade nada tem do poder divino da verdadeira humildade, não poderá haver em nela penetração da vida através da morte; a ALMA fica como uma roda viva furiosa, buscando continuamente elevar-se, enquanto se afunda cada vez mais do outro lado. Há neste estado, com certeza, uma espécie de fogo, mas não uma combustão, pois ali governa uma severa dureza e amargor. O amargor busca o fogo e quer aumentá-lo; mas a acidez o mantém aprisionado, o que resulta uma terrível ansiedade que assemelha-se a uma roda viva, girando perpetuamente em torno de si mesma”. (Quarenta Questões…, XVIII 14).
“As quatro formas do estado original da natureza são a fonte da angústia universal. Cada pessoa sente isso, segundo a qualidade de sua Turba, cada um de um jeito. A ALMA avarenta, por exemplo, sofre de frio; a ALMA raivosa, de calor; a ALMA invejosa experimenta o amargor; a vaidosa permanece continuamente voando e caindo num abismo”. (Quarenta Questões…, XVIII 21).
“Ali o mestre irá que prestar contas a seus servos, caso tenha dado a eles mau exemplo, conduzindo-os ao caminho do erro. Então a pobre ALMA irá gritar de desespero contra seu mestre; pois tudo isso é objetivo diante dela na tintura”. (Três Princípios…, XXIV 30).
“Se um descente deixou para traz um grande rastro de falsidade e engano, a tintura do inferno será invocada sobre sua tumba, e seu curso penetrará sua ALMA. Esse (curso) ele terá que engolir; pois, esse é o seu alimento, enviado a ele pela vida. Enviar tais cursos, contudo, não cabe aos filhos de Deus; pois, cursando outro caminho, o homem lança sementes no inferno — na cólera de Deus. Que todos fiquem alerta, pois irá colher aquilo que semeou”. (Quarenta Questões…, XXIV 4).
“Durante a vida terrestre o descrente sente a presença do inferno dentro de sua falsa consciência, mas ele não o compreende; pois ainda vive na vaidade terrestre, onde se distrai, e o qual lhe proporciona prazer e luxúria. Além do mais, sua vida externa está em possessão da luz da natureza externa, e sua ALMA revela-se ali; de modo que a dor interna não pode se manifestar. Mas quando o corpo morre, a ALMA não mais desfruta de tal proteção e dos prazeres temporais. Somado a isso, a luz externa terá sido extinta. A ALMA entra numa eterna ânsia pela vaidade à qual cedeu durante sua vida na terra; mas ela nada pode reter além de sua própria falsa vontade concebida. Ela agora possui muito pouco daquilo que antes possuía tanto, e com o que tampouco estava satisfeita. Ela certamente cometeria mais mal, mas não tem como realizá-lo, e assim ela interpreta esse papel dentro de seu próprio ser”. (Vida Suprasensual…, XXXIX).
“Os próprios pecados do homem, sua depravação e vícios ao rejeitar a Deus, constituem seu inferno-fogo, que o atormenta eternamente. Seu escárnio está agora diante de seus olhos, e ele não se atreve a deixar nem mesmo um bom pensamento penetrar sua ALMA; pois o bem é para ele como um anjo, e por causa de sua grande fraqueza não pode tocá-lo com sua ALMA, muito menos vê-lo através dela; só lhe resta engolir seu escárnio, juntamente com todos os seus vícios e pecados para sempre dentro de si mesmo, o que lhe causa um desespero eterno”. (Três Princípios…, XXIV 29).
“Deus também habita no abismo da ALMA descrente; mas ele não é reconhecido por ela de outra forma, senão pela cólera, e isso é o significado das seguintes palavras: ‘Com os santos tu és santo, e com os pervertidos tu és pervertido’”. (Mysterium, LX 44).
“A ALMA é como uma pessoa que sonha estar em grande angústia e tortura, buscando alguma coisa que a alivie, sem poder encontrar. Ela então se desespera, e não encontrando saída rende-se ao seu condutor (ao impulso interior que a conduz), para que este faça com ela o que quiser. Assim, a ALMA abandonada cai no poder do demônio, onde não pode, e nem lhe é permitido seguir suas inclinações; mas o que quer que o demônio faça, ela também é compelida a fazer. É desta forma que ela se torna um inimigo de Deus, e facilmente ergue-se ali o orgulho e o fogo sobre o trono principesco dos anjos. Na terra e em seu corpo físico ela se fazia de tola; agora, ela continua sendo tola e traquina, e seja qual for a bobagem que cometeu na vida, é o que agora passará a representar. A própria tolice é seu tesouro, e isso é, como diz o Cristo, seu coração e sua vontade”. (A Vida Tríplice…, XVIII 10).
“A ALMA condenada penetra magicamente na essência incrédula e dela desfruta, e instruem pessoas durante o sono sobre como realizar todos os tipos de enganos, pois está a serviço do demônio. Se uma pessoa fraca (sinceramente) deseja algo, o demônio está pronto para ajudar, pois pode mais facilmente atuar através da ALMA de um ser humano do que por si mesmo”. (Quarenta Questões…, XXVI 18).
“O princípio do pai dentro da ALMA tem sua base num fogo incandescente que origina a luz, e nesta luz repousa a nobre imagem de Deus. Essa luz modera o fogo incandescente através da substancialidade do amor, tornando-o beneficente para a natureza e para a vida”. (Cartas, VIII 78).
“Aquele que ajuda o degradado abençoa a si próprio, pois ele deseja tudo de bom, e ora à Deus para abençoá-lo em corpo e ALMA. Assim seu desejo e benção retornam a quem doou no Mysterium, ele é por elas rodeado e seguido, como uma boa obra nascida em Deus. Esse é o tesouro que o homem leva com ele; seus tesouros terrestres ele terá que deixar para trás”. (Encarnação de Cristo…, CXI 4).
“O repouso da ALMA é como aquele que repousa num doce sonho”. (Quarenta Questões…, XXIX
“Aquelas almas felizes que repousam no seio de Abraão, no Cristo, ou seja, na essencialidade celeste (Devachan) — não podem ser perturbadas por ninguém, a menos que queiram, caso estejam favoravelmente inclinadas a uma ALMA particular em harmonia consigo mesma. Elas não se incomodam com assuntos terrestres, a menos que seja pela glória de Deus. Neste caso serão infatigáveis em revelar coisas de forma mágica”. (Quarenta Questões…, XXVI 22).
“Voz perguntais por coisas sobre as quais não posso saber, para isso eu mesmo deveria estar entre as almas que partiram, e o espírito da ALMA deveria estar comigo; mas, como todos nós temos um corpo e um espírito em Cristo, portanto, todos nós devemos ver no Cristo em um espírito e desfrutar Seu conhecimento. Assim, nossa ALMA estará relacionando-se com as almas dos mortos. Elas não podem vir até nós, mas nós podemos penetrá-las”. (Quarenta Questões…, XXV I).
“As almas que partiram não reivindicam nada a Deus por nós. Por que fariam isso? Nossa salvação não depende daquilo que imploram, mas da nossa penetração. Aquele que coloca sua vontade em Deus será ajudado por Ele. Seus braços estão abertos, dia e noite, a fim de auxiliar o homem. Não seria muita prepotência de uma ALMA querer fazer de Deus um Juiz severo, não desejoso de receber um pecador convertido?” (Quarenta Questões…, XXVI 23).
“Não é possível descrever, por antecipação, o tipo de purgatório que tal ALMA terá que passar; através de sua pequena chama (de amor), ela pode penetrar na vida eterna. O mundo não acreditaria em tal descrição; o mundo é muito esperto, e muito cego para compreender. As pessoas sempre se apegam à letra. Desejo, por Deus, que ninguém passe por essa experiência; Prefiro ficar quieto e não falar nada sobre o assunto”. (Quarenta Questões…, XVIII).
“As almas que ainda não alcançaram o céu possuem o estado humano, com seus feitos, apegando-se à eles e portanto muitas almas deste tipo retornam em sua forma sideral, assombrando suas casas, e são vistas em forma humana. Ela pode pedir por uma coisa ou outra, e pensa ser possível obter a benção dos santos para seu repouso (ela pede oração); ela pode também preocupar-se com filhos e amigos. Tudo isso, contudo, só dura enquanto seu espírito astral for consumido, depois ela entra em repouso. Depois disso todo seu pesar e sofrimento acaba, e a ALMA não mais tem conhecimento sobre ele; tudo o que vê está nas maravilhas, na magia (do espírito)”. (Quarenta Questões…, XXVI 8).
“Sabemos que a comunidade de Cristo tem grande poder de redimir uma ALMA, por fazerem seu trabalho sinceramente, como se fazia entre os primeiros Cristãos, quando ainda eram pessoas santas e sacerdotes santos em existência. Eles, com certeza, tinham sucesso, mas não aqueles que afirmam possuir as chaves e que poderiam libertar as almas do purgatório, segundo a sua vontade e segundo a quantidade de dinheiro que recebem por isso. Para tais pessoas, seria melhor que nunca recebessem dinheiro algum, para que não se apegassem à ele com seu Desejo”. (Quarenta Questões…, XXIV 12).
“A oração dos vivos para os mortos são úteis na medida em que os que oram sejam verdadeiros Cristãos (em seus corações), num estado de regeneração. Se a pobre ALMA não se tornou inteiramente brutalizada num verme ou animal, mas se ela ainda penetra em Deus com seu desejo, estando, portanto conectada à Ele pelo fio da regeneração, e se a alma-espírito daqueles que oram, juntamente com a pobre ALMA volta-se para Deus em fervoroso amor, então a primeira irá auxiliar a segunda no combate contra os elementos das trevas e romper as correntes do demônio. Isso é especialmente possível na hora”da separação do espírito do corpo, e eminentemente no caso de pais, filhos ou parentes de sangue; pois entre aqueles que estão ligados entre si pelo sangue as tinturas entram mais facilmente na harmonia necessária (co-vibração), e então o espírito fica mais propenso a entrar na batalha, havendo mais facilidade de conquistar do que se apenas estranhos estiverem presentes. Tudo isso é porém inútil, a menos que estas pessoas estejam, elas próprias num estado de regeneração, pois um demônio não pode destruir a outro. Se a ALMA do moribundo está inteiramente separada daquilo que a liga a Cristo, e se ela não alcança por seus esforços próprios está ligação. as orações dos outros não valem de nada”. (Três Princípios…, XIX 55).
“Aprenda a conhecer o guia do mundo interior e também o guia do mundo exterior, é conhecer a escola mágica dos dois mundos. Então nossa mente estará livre da desilusão, pois na desilusão não há perfeição. O espírito deve ser capaz de alcançar o mistério. O Espírito de Deus deve ser o guia no desejo do homem. Sem isso o homem estará simplesmente no mistério exterior, no céu externo da constelação, que frequentemente incita e guia a ALMA humana; mas ele não possui a escola de magia divina, que só existe numa mente infantil e simples”. (Epistl. XI 62).
“Cristo” significa o Caminho e a Verdade; significa VIDA ETERNA para a humanidade e para cada indivíduo. Ninguém deve jamais pensar em procura a fonte de sua própria vida em outro lugar exceto em sua própria ALMA interior, pois a vida universal o aguarda somente se estiver ativo em si mesmo.
“A ALMA origina-se de três princípios; ela vive, portanto numa angústia ternária, e está presa por três laços. O primeiro laço liga a ALMA à eternidade e alcança o abismo do inferno (a vontade ígnea); o segundo é o reino do céu; o terceiro é a região das estrelas com os elementos. O terceiro reino não é eterno, mas tem um certo período de existência; no entanto, é o reino que faz o homem crescer, dotando-o de hábitos, vontade e desejos relacionados ao bem e ao mal. Ele lhe confere beleza, riqueza e honras, e o torna um rei terrestre. Este reino permanece com ele até o fim de seu tempo, depois o abandona; da mesma forma que o auxilia a obter a vida, o auxilia na morte, libertando-o da ALMA astral”.
“Primeiro os quatro elementos se afastam do elemento único, interrompendo a atividade no terceiro princípio; a separação dos quatro elementos é terrível; depois, a tintura com a sombra (do que era homem) entra no outro elemento, e com essa sombra permanece na raiz do elemento, de onde os quatro elementos tiveram sua origem e de onde emanaram. Este rompimento, por si só, é dor e sofrimento; é a destruição da casa sensível da ALMA”.
“A ALMA, em sua vestimenta astral, flutuando nas portas da profundeza, passa por grandes dificuldades, devido ao seu estado terrestre, e pelo poder que pertence à sua constituição astral, ela pode reaparecer em sua forma corpórea prévia, pedindo algo, tal como era seu desejo antes da morte, buscando obter repouso; ela pode também ir a lugares assombrados e tentar manifestar sua presença na luz, de acordo com seu espírito sideral, produzindo ruídos de várias espécies”.
“Não há luz, nem deste mundo, nem de Deus, apenas a luz da ignição de seu próprio fogo, sendo ele um terrível inimigo, a carne de sua cólera. O tipo de angústia destas almas diferem segundo à qualidade daquilo que a ALMA se carrega. Para tal ALMA não há auxílio; ela não pode penetrar a luz de Deus; e mesmo que São Pedro tivesse deixado mil chaves sobre a terra, nenhuma delas abriria a porta, pois ela já rompeu o laço que a conectava com a Divindade”. (Veja: Três Princípios…, XIX).
“Não há mais do que dois reinos movendo-se no homem. Um é o reino de Deus, onde está o Cristo, desejando-o; o outro é o reino do inferno, onde está o demônio, desejando-o também. A pobre ALMA terá que batalhar, pois está no meio. Cristo oferece a ela o novo manto, e o demônio as roupas do pecado; sempre que o homem tem um bom pensamento ou desejo por Deus, desejando entrar em verdadeira sintonia (tornar-se um com o Divino), esse pensamento, com certeza, não vem dele, mas do amor de Deus, e a nobre virgem o chama para que venha, e para que não desistas de seus esforços. Mas, se neste caminho, o homem se depara com seus grandes pecados, que tentam dete-lo como montanhas, de modo que não encontra paz em seu coração, isso é, com certeza obra do diabo, que o faz pensar que Deus não quer ouvi-lo. Nestes momentos não deixe que nada te detenha ou te terrifique; pois o demônio é teu inimigo. Está escrito que se os pecados dos homens fossem vermelhos como sangue eles se arrependessem verdadeiramente, os mesmos se tornariam brancos como a neve”. (Princípios, XXIV 34).
“Assim, a jóia preciosa é semeada; mas, lembra-te bem, ela não se transforma imediatamente em árvore. O demônio irá, frequentemente, insinuar-se e tentará destruir a semente de mostarda; a ALMA terá sempre que suportar pesadas tormentas, e ser coberta com as sombras de seus pecados. Mas, se há uma batalha constantemente contra os poderes do demônio, então a árvore irá crescer e florir, e tu obterás o fruto”. (Três Princípios…, XXIV 37).
“Deus é o centro do homem, mas ele reside apenas em si mesmo, a menos que o espírito do homem torne-se um espírito com Deus; neste caso, ele se tornará manifesto na natureza humana, na ALMA, na mente e no desejo, por onde se tornará perceptível aos sentidos interiores do homem. A vontade envia os sentidos para Deus, e Deus grava os sentidos e se torna um ser com eles. Então, os sentidos passam a carregar o poder de Deus para a vontade, e a vontade os recebe com gratidão, mas com tremor; pois reconhece ser indigna e sabe que vem de uma morada instável. Assim, ela recebe aquele poder ao mergulhar-se diante de Deus e de seu triunfo surge a doce humildade. Essa é a verdadeira essência de Deus, e essa essência concebida na vontade é o corpo celestial, e é chamado de fé verdadeira e justa, recebida pela vontade, no poder de Deus. Ela mergulha na mente e reside no fogo da ALMA”. (Menschw. X 8).
“Na quinta qualidade a glória e majestade de Deus manifesta-se como luz de amor. Está escrito que Deus reside na luz, na qual ninguém pode penetrar. Isso significa que nenhum ser criado nasceu do fogo central do amor, pois este é o mais sagrado fogo, o próprio Deus em Sua Trindade. Deste fogo santo foi emanado o JAH, um raio da unidade sensível. Este é o precioso nome de Jesus, redimindo a pobre ALMA do fogo-colérico, e ao tomar a natureza humana, abandona-se ao fogo central de Deus na ALMA, na cólera de Deus dentro da ALMA; acendendo-a novamente com o fogo-amor, e unindo-a à Deus”. (Theos. Quest. III 25).
“Nem no céu, nem na terra; nem dentre as estrelas ou elementos, podemos encontrar algum caminho que nos leve ao repouso. Mal entramos na vida, e depois disso é o fim, quando nosso corpo nascerá de volta na terra e todas as nossas obras, trabalhos, ciências e glórias serão herdadas por outros, que também se incomodam por um tempo, com as mesmas coisas, e então nos seguem (para a morte). Isso ocorre desde o princípio do mundo até o seu fim. Durante nossa miséria nunca poderemos saber onde permanece nosso espírito quando o corpo cai e se torna cadáver, a menos que sejamos recém-nascidos, fora deste mundo; de modo que, embora vivamos neste mundo, em nosso corpo, habitamos na nossa ALMA e espírito em outra vida, nova, perfeita e eterna. Ali, um novo homem será encontrado em nosso espírito e ALMA, e ali deverá ele viver eternamente. Somente nesta nova forma aprenderemos a conhecer o que somos e onde está nossa verdadeira casa”. (Princípios, XXII 5).
“O homem é a cabeça; ele possui o regimento superior, com a tintura do fogo, e em sua tintura, possui a ALMA que deseja Vênus como sua matriz corporal. A ALMA deseja ter espírito e corpo, e isso está na matriz mulher. Mas o regimento inferior é o feminino, e seu regimento encontra-se na Lua; pois o Sol fornece o calor, Vênus a tintura, não de natureza ígnea, mas aquosa”.
“A Fêmea deseja o macho, e a Lua busca o Sol; pois ela é de natureza material, e deseja um coração celeste. Assim, a matriz feminina deseja o coração do homem e a ALMA feminina deseja sua tintura; pois a ALMA é um bem eterno. Assim, existe o desejo sexual entre todas as criaturas; elas desejam misturar-se uma com as outras. O corpo não compreende isso, nem tampouco o espírito-ar; mas, as duas tinturas, a masculina e a feminina, conhecem muito bem”. (A Vida Tríplice…, IX 106).
“A ALMA ígnea, pura como o ouro limpo, testada no fogo de Deus, é o esposo da nobre Sophia, pois ela é a tintura da luz. Se a tintura do fogo é perfeitamente pura, então a Sophia se unirá à ela e Adão receberá novamente a noiva mais nobre, que foi dele afastada durante seu sono; ele a tomará em seus braços. Não se trata de homem ou mulher, mas um ramo na árvore de pérolas que encontra-se no paraíso de Deus. Mas como a noiva recebe seu noivo na qualidade-ígnea clara e brilhante dele, e como lhe dá um beijo de amor, isso só será compreendido por aqueles que estiveram no casamento do Cordeiro. A todos os outros isso permanecerá um mistério”. (Mysterium Magnum, XXV 14).
“Se te dizes um Cristão, por que então não acreditas nas palavras de Cristo, quando diz: ‘Eu estarei contigo até o final do mundo’; diz ainda que Ele nos dará seu corpo por alimento e Seu sangue como bebida. Tu perguntas: ‘O Cristo foi para o céu, como poderia estar neste mundo?’ Talvez concordes com o fato de que Ele esteja presente conosco em Seu espírito Santo. Mas o que seria do homem recém-nascido em ti, se fosse alimentado unicamente pelo espírito, sendo esse unicamente alimento para a ALMA? Cada vida alimenta-se de sua própria mãe. A ALMA é espírito, como do alimento espiritual; o homem recém-nascido prova do elemento puro, e o homem externo daquilo que provém dos quatro elementos”.
“Qual o benefício do corpo (etéreo) se a ALMA alimenta-se da divindade pura? Pois sabes que a ALMA e o corpo não são um e a mesma coisa. A ALMA é espírito, e necessita do alimento espiritual. Ou pensas que podes alimentar o novo homem com o alimento terrestre? Se pensares assim, é porque estais longe do reino de Deus”. (Princípios, XXIII 6).
“A palavra Sul e é a ALMA de algo; pois na palavra Súlfur ela é o óleo ou a luz, que nasce da sílaba Phur. É a beleza ou a bondade de algo; seu amor ou o amado. Na criatura é a inteligência e o sentido, é o espírito nascido da sílaba Phur. A palavra ou sílaba Phur é a Prima Matéria, penetrando o terceiro princípio em si mesmo, o Macrocosmo de onde nasce a essência ou o reino (terrestre) elemental; mas, no primeiro princípio é a essência da geração mais interna, de onde Deus, o Pai, desde a eternidade dá nascimento a Seu Filho. No homem também é a luz que nasce do espírito sideral em outro centro do Microcosmo, mas no Spiraculum é um espírito-alma no centro interior. É a luz de Deus, que por si só, possui aquela ALMA que está no amor de Deus, pois ela é iluminada e soprada pelo Espírito Santo”. (Três Princípios…, II 7).
“O Sal é a Prima Materia, adstringência. Na adstringência forte surge o amargor; pois, a poderosa atração surge na dificuldade do espírito. Por exemplo, se uma pessoa se torna raivosa, seu espírito atrai aquilo que a faz ficar amargurada e trêmula; e se ela não resiste e se abate, então o fogo da cólera se acende em seu interior, a fim de que queime na malícia. Então, em sua mente e ALMA isso se torna substancial, um ser”. (Três Princípios…, I 9).