Boaventura — LUZ
In Sapientiam 7,10 (Quarachi 1882-1902, 6:153)
Contribuição e tradução de Antonio Carneiro
Lux est pucherrimum et delectabilissimum et optimum inter corporalia. “ Et eam (SC. sapientiam) in tantum dilexi, quod proposui pro luce habere illam” (Sap.7, 10) quae, inquam, lux est pucherrimum et delectabilissimum et optimum inter corporalia, secundum Augustinum (Conf. X, 34, n.51); sic sapientia inter spiritualia lux et animae.
A Luz é belíssima, agradabilíssima e esplêndida entre as coisas corporais. “ E gostei tanto dela (Sabedoria), que propus por sua causa tê-la como a Luz.” (Sb.7,10)1, digo, a Luz é belíssima, agradabilíssima e esplêndida entre as coisas corporais, segundo Agostinho (Conf. X, 34, n.51); deste modo a Sabedoria sobre as coisas espirituais é a Luz da Alma.
NOTAS
Nas traduções das Bíblias :
Jerusalém : Amei-a mais do que a saúde e a beleza e me propus tê-la como minha luz.
TEB : Amei-a mais do que à saúde e à beleza e decidi possuí-la como minha luz.
Loyola : Amei-a mais do que saúde e formosura; preferi-a à luz, pois seu brilho não conhece ocaso.
Vulgata : super salutem et speciem dilexi illam et proposui pro luce habere illam quoniam inextinguibile est lumen illius.
Esta passagem “Sapientiam” 7,10 apoia-se em textos sapienciais que exaltam a Sabedoria acima dos bens mais preciosos. Aqui está explicitado valores apreciados sobretudo pelos gregos: a saúde, a beleza e a luz do dia; ver a luz é viver. ↩