Basílio Pequena Ascética

Basílio o Grande — Pequena Ascética

Excertos:
*ASCÉTICA 1-100
*ASCÉTICA 101-200
*ASCÉTICA 201-313

Regla de San Basílio, traducción: B. Bianchi di Carcano, OSB († ) — Ma. Eugenia Suárez, OSB, introducción: Enrique Contreras, OSB, Notas: Max Alexander, OSB, ECUAM: Luján, Argentina, 1993, xxii, 142 p. ISBN 950-99586-8-9.

Tradução de Antonio Carneiro pags. xii e xiii:

Esta denominação (Pequena Ascética1) foi definitivamente consagrada pelo saudoso P. Jean Gribomont, OSB. Citamos suas próprias palavras: “O aporte mais importante das antigas versões se deve ao latim de Rufino e ao siríaco, que dependem de uma recenção curta, a Pequena Ascética… A versão latina é composta de 203 Questões; dela conheço 60 manuscritos, um do século VI. Em siríaco há 183 Questões, (e) dos 5 testemunhos, 2 datam do século VI”2. Não é estranho o fato de que a Pequena Ascética (PA) não se tenha conservado em grego: “Foi eliminado pela concorrência das recenções (gregas) completas; o achamos somente nas antigas versões latinas e siríacas”3.

A importância maior da primitiva tradução siríaca reside no fato de confirmar a existência de um primeiro estágio da Ascética: a PA. Aliás, pode contribuir para corrigir algumas deficiências da versão latina. Não serve, por sua vez, para efetuar uma retroversão, mas “entre várias leituras gregas, pode-se habitualmente reconhecer a que foi lida; discerne-se assim, sobretudo utilizando o latim de Rufino, que desconhecia os textos gregos”4. Fica, pois, claro que seu valor está muito ligado ao da tradução latina. A data em que foi realizada poder-se-ia aproximar muito a mesma de Basílio, “que estava em relação permanente com o monacato sírio ”5.

A primeira edição da PA latina apareceu em Veneza em 13 de abril de 1500. Tratava-se de uma coleção de Regras: as de São Bento, São Basílio, Santo Agostinho e São Francisco de Assis, por Jean François Brixianus, monge da Congregação De Santa Justina. A edição Sancti Basilii Opera (Paris, 1520) retomou o mesmo texto editado por Brixianus; só introduziu uma mudança na apresentação: 100 capítulos no lugar de 95. Mais tarde, L.Holste ( Holstenius) publicou em Roma, em 1661, o Codex Regularum de Bento de Aniano, dentro do qual se achava a Regula Basilii. Este mesmo texto sem modificações, logo o editou M.Brockie (Ausbourg, 1759), e é o que, finalmente, reproduziu J.P.Migne na Patrologia Latina (vol. 103, cols. 488-554; Paris,1851).

J. Gribomont demonstrou em seu momento as insuficiências destas edições. Contudo, até a recente edição de Klaus Zelzer (Wien, 1986), a de Holste pode ser considerada a melhor de todas6.

Não há dúvidas sobre o fato de que a tradução latina da PA seja obra de Rufino de Aquiléia. Seu trabalho como tradutor neste caso é muito bom. Logrou uma versão inteligente e fiel, que constitui o melhor testemunho da PA7.

  1. J.Geibomont, “Histoire du texte des Ascétiques de S.Basile” , Louvain, 1953 ( “Bibliothèque du Muséon” , 32); idem, art. “Basililio di Cesarea di Cappadocia” en DPAC 1, 1983, 491-497; idem, “Saint Basile, Évangile et Église. Mélanges” , Abbaye de Bellefontaine, 1984, 2 vols. (“Spiritualité Orientale” , 36-37), sobretudo ver as pags. 247 ss. ( do vol.1, ainda que a paginação seja contínua). Ver também “Opere ascetiche di Basililio di Cesarea” ( introd. de U.Neri e trad. de M.B.Artioli), Torino, 1980 (especialmente a introdução, PP. 9-26).[]
  2. “Histoire … ” , p.5. Os negritos são nossos; esta afirmação não tem sido retificada no fundamental, que eu saiba, até o presente.[]
  3. Ibid., p.95.[]
  4. Ibid., p.123 e p.237[]
  5. Ibid., p.147.[]
  6. Ibid., p.100-102 e p.105. Deve-se ter em conta que Holste adaptou o texto bíblico à versão Vulgata.[]
  7. Assim opina J. Gribomont , op.cit., p.107 e p.237.[]