Basílio o Grande — PEQUENA ASCÉTICA 101-200
Excertos:
*ASCÉTICA 192
*ASCÉTICA 195
Tradução da Ir. Hildegardis Pasch e da Ir. Helena Nagem Assad
ÍNDICE
101. Deverá o encarregado da dispensação das ofertas a Deus cumprir a palavra: “Dá a todo o que te pedir e ao que te tomar o que é teu, não lho reclames” (Lc 6,30)?
102. Se convém, ou não, ser retido por exortações aquele que sai da comunidade dos irmãos por qualquer razão. Se é conveniente, sob que condições?
103. Já aprendemos que devemos obedecer aos mais velhos até à morte. Acontece algumas vezes que o próprio velho erra. Deve ser admoestado? Como e por quem? Desejamos sabê-lo. Se não aceitar, o que se deve fazer?
104. Como entregar os ofícios aos irmãos? Só a juízo do superior, ou com o voto dos irmãos? E o mesmo, quanto às irmãs
105. Se devem os recém-vindos para a comunidade aprender logo os ofícios
106. Que penas serão usadas na comunidade em vista da conversão dos pecadores?
107. Se alguém disser que deseja viver na comunidade dos irmãos, mas, devido aos cuidados com os parentes carnais, ou por causa dos tributos, estiver muitas vezes impedido de se entregar de uma vez a esta vida, deve ser-lhe permitido o acesso junto dos irmãos?
108. Se convém que o superior, na ausência da superiora, fale com uma irmã do que se refere à edificação da fé
109. Se convém que o superior fale com frequência com a superiora, principalmente se alguns dos irmãos se aborrecem com isto
110. Se deve estar presente a superiora quando uma irmã se confessa a um presbítero
111. Se o presbítero ordenar algo às irmãs, sem conhecimento da superiora, tem ela o direito de se indignar?
112. Se é conveniente, quando alguém vem seguir uma vida dedicada a Deus, ser recebido pelo superior sem o conhecimento dos irmãos, ou deve isto ser-lhes comunicado primeiro?
113. Se é possível àquele que tem a responsabilidade das almas observar a palavra: “Se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas” (Mt 18,3), visto ter relação com muitas e diferentes pessoas
114. Se é dever obedecer a todos os que dão ordens e a qualquer um deles, porque o Senhor ordenou: “Se alguém vem obrigar-te a andar mil passos com ele, vai com ele dois mil” (Mt 5,41) e o Apóstolo ensinou a nos sujeitarmos uns aos outros, no temor de Cristo (Ef 5,21)
115. Como hão de obedecer uns aos outros?
116. Até onde vai a obediência, segundo as normas para agradarmos a Deus?
117. De que vício sofre quem não aceita receber ordens diárias para a realização de um mandamento, mas quer aprender um ofício? Deve ser tolerado?
118. Qual será a recompensa de quem é zeloso em cumprir o mandamento, mas não faz aquilo que lhe é ordenado e sim o que quer?
119. Se é lícito a alguém recusar o trabalho que lhe é confiado e procurar outro
120. Se convém sair para algum lugar sem avisar ao superior
121. Se é lícito recusar os trabalhos mais pesados
122. Deve-se permitir a recusa da eulógia a alguém que disser: “Se não receber a eulógia não como”?
123. Se alguém se entristece porque não lhe permitem fazer aquilo que não é capaz de fazer, isto deve ser tolerado?
124. Se deve alguém que se encontrou com hereges ou gentios comer com eles ou saudá-los
125. Se alguém a quem foi confiado um trabalho e sem avisar fizer algo aquém da ordem ou além do prescrito, deve ser mantido no trabalho?
126. Como não se deixar vencer pelo gosto de comer?
127. Dizem alguns ser impossível ao homem não se irar
128. Se é lícito permitir a quem quiser fazer abstinência além de suas forças, de modo a ficar tolhido de praticar o mandamento que lhe é proposto
129. Se alguém jejua muito e por isso não pode tomar dos alimentos da mesa comum, o que será melhor? Jejuar com os irmãos e comer com eles, ou por causa do jejum imoderado ter necessidade de outros alimentos, na refeição?
130. Como se deve jejuar, quando for preciso jejuar por motivo de piedade? Por obrigação? Ou de boa vontade?
131. Faz bem quem não toma alimentos quando os irmãos comem, mas procura outros?
132. Que pensar de quem diz: “Isto me faz mal”, e se contrista se não lhe derem outra coisa?
133. Se alguém murmurar por causa da comida
134. Se alguém, irado, se recusar a tomar o necessário
135. Se convém, ao que faz um trabalho cansativo, procurar mais alguma coisa, além do que costuma receber
136. Se é de obrigação reunirem-se todos à hora do almoço; e como receberemos o que estiver ausente e chegar depois do almoço?
137. Se é bom que alguém decida, por exemplo, por algum tempo, abster-se de alguma coisa na comida ou na bebida
138. Se na comunidade será lícito a alguém jejuar ou fazer vigílias mais do que os outros, a seu arbítrio
139. Se intensificamos o jejum, tornamo-nos mais fracos para o trabalho. Que é preferível? Dificultar o trabalho por causa do jejum, ou negligenciar este último, por causa do trabalho?
140. Se alguém não se abstiver dos alimentos que lhe fazem mal e, ingerindo-os fartamente, cair doente, deve ser tratado?
141. Se convém nas oficinas encontrarem-se hóspedes, ou alguns de casa, que saiam de seu lugar
142. Se os artífices devem receber alguma encomenda, sem o conhecimento do responsável por estes trabalhos
143. De que modo devem os que trabalham cuidar dos instrumentos a seu cargo?
144. Se alguém perder alguma coisa por descuido, ou abusar, desprezando-a
145. Se alguém, por própria conta, der ou receber uma coisa emprestada
146. Se por urgente necessidade o prepósito lhe pedir um instrumento, mas ele negar
147. Quem estiver ocupado no celeiro, na cozinha, ou em coisa semelhante, se não se apresentar no tempo da salmodia e da oração, sofrerá detrimento espiritual?
148. Até onde vai a faculdade de administrar do responsável pelo celeiro?
149. Qual a sentença do ecônomo que fizer algo por acepção de pessoas ou por contestação?
150. Se por negligência não der a um irmão o necessário
151. Se é permitido no serviço falar em voz mais alta
152. Se alguém, chegado o seu turno de servir na cozinha, trabalhar acima de suas forças, de modo que por uns dias fique impossibilitado de trabalhar como de ordinário, convém impor-lhe este ofício?
153. Como a encarregada das lãs guarda-las-á, e de que maneira atenderá às que trabalham?
154. Se forem poucos os irmãos e servirem a muitas irmãs, de modo que precisem separar-se, distribuindo-se o trabalho, haverá perigo?
155. Aprendemos que devemos servir aos doentes no hospital como a irmãos do Senhor; se tal não for aquele que é servido, como tratá-lo?
156. Se o encarregado do celeiro ou de ofício semelhante deve ser mantido, ou será bom trocar
157. Com que atitude se deve servir a Deus: e o que é, em resumo, esta atitude?
158. Com que atitude deve ser recebida uma punição?
159. Que pensar de quem se aborrece com quem o repreende?
160. Com que atitude devemos servir aos irmãos?
161. Com que humildade se receberá um serviço da parte de um irmão?
162. Como há de ser a caridade para com os outros?
163. De que modo exercerá alguém a caridade para com o próximo?
164. Que quer dizer: “Não julgueis e não sereis julgados” (Lc 6,37)?
165. Como pode alguém saber se é por zelo de Deus que se comove contra o irmão que pecou, ou por ira?
166. Com que atitude se deve ouvir quem insiste na prática do mandamento?
167. Como há de ser a alma que for considerada digna de se ocupar na obra de Deus?
168. Com que atitude deve ser recebido o hábito e o calçado, sejam quais forem?
169. Como se portará um irmão mais jovem a quem for ordenado dar alguma instrução a um mais velho em idade?
170. Se devem ser tidos na mesma conta os que procedem melhor e os que agem menos bem
171. Como trataremos um inferior que se contrista porque lhe é preferido outro mais piedoso?
172. Com que temor, convicção e atitude receberemos o corpo e o sangue de Cristo?
173. Se é lícito à hora em que, em casa, se realiza a sal-modia, travar-se uma conversa qualquer
174. Como praticará alguém, com ânimo e grande desejo, os mandamentos do Senhor?
175. Como se manifestará que alguém ama o irmão segundo o mandamento do Senhor; e como se convencerá de que não ama deste modo?
176. Quais os inimigos que temos o dever de amar? Como amaremos os inimigos? Somente conferindo-lhes benefícios, ou também pela afeição? E isto é possível?
177. Como devem os fortes carregar as enfermidades dos fracos? (Rm 15,1)
178. Que significa: “Ajudai-vos uns aos outros a levar os vossos fardos” (G1 6,2)? Qual a lei que cumprimos ao fazer isto?
179. Como poderá alguém sem a caridade ter tal fé que transporte montanhas, ou dar todos os seus bens aos pobres, ou entregar seu próprio corpo para ser queimado?
180. Com que atitude e atenção devemos ouvir a leitura, durante a refeição?
181. Se houver duas comunidades de irmãos vizinhos, uma que luta com a pobreza e a outra que dificilmente dá, como deve a pobre portar-se para com a que não dá?
182. Quais frutos comprovam a compaixão de quem repreende o irmão que peca?
183. Se houver entre alguns dos que vivem em comunidade um desentendimento, será certo concordar com eles por causa da caridade?
184. Como poderá alguém, quando exorta ou censura, não apenas se esforçar por se exprimir sabiamente, mas também conservar a devida atitude para com Deus e para com aqueles aos quais fala?
185. Se alguém, vendo que sua palavra tocou os ouvintes, se alegrar, como poderá saber se é por boa disposição ou viciosa afeição para consigo mesmo que se alegra?
186. Uma vez que fomos instruídos a ter tal amor a ponto de dar a vida pelos amigos, queremos saber para que amigos devemos querer isto
187. Se devem todos receber alguma coisa dos parentes carnais
188. Como encararemos os antigos companheiros, ou os parentes que nos vêm visitar?
189. Devemos ouvi-los se quiserem com exortações induzir-nos a voltar para casa?
190. Se devemos compadecer-nos dos parentes, desejando a sua salvação
191. Que significa ser manso?
192. Qual a tristeza segundo Deus e qual a de acordo com o mundo?
193. Que é gáudio no Senhor? Quais dentre nossas ações devem nos alegrar?
194. De que modo chorar para sermos dignos da bem-aventurança?
195. Como fará alguém tudo para a glória de Deus?
196. Como haverá alguém de comer e beber para a glória de Deus?
197. Como agirá a direita, de modo que não o saiba a esquerda?
198. Que é humildade e como a alcançaremos?
199. Como estará alguém inteiramente pronto até a enfrentar os perigos, por causa do mandamento do Senhor?
200. Como poderão os que, durante muito tempo, já se gastaram na obra de Deus, ajudar os recém-vindos?