Basilio Ascetica 1-100

Basílio o Grande — PEQUENA ASCÉTICA 1-100

Excertos:
*ASCÉTICA 11
*ASCÉTICA 27


Tradução da Ir. Hildegardis Pasch e da Ir. Helena Nagem Assad
ÍNDICE
1. É lícito ou útil a alguém fazer ou dizer o que pensa ser bom, sem ter o testemunho das Escrituras divinas?

2. Que espécie de profissão devem exigir uns dos outros, os que querem viver em comum segundo Deus?

3. Como converter um pecador? Ou se não se converter, como agir?

4. Se alguém, mesmo por causa de pecados leves, insiste com seus irmãos, dizendo: “Deveis fazer penitência”, acaso é sem misericórdia e destrói a caridade?

5. Como fazer penitência de cada pecado e mostrar dignos frutos de penitência

6. Que pensar de quem confessa seu arrependimento por palavras, mas não se corrige do pecado?

7. Qual a sentença dos defensores daqueles que pecaram?

8. Como receber quem está verdadeiramente arrependido?

9. Que atitude tomaremos para com o pecador não contrito?

10. Com que temor e com quantas lágrimas deve a mísera alma que muito pecou abandonar os pecados e possuída de que esperança e sentimentos há de se aproximar de Deus?

11. Como odiará alguém os pecados?

12. Como pode a alma persuadir-se de que Deus lhe perdoou os pecados?

13. Quem pecou depois do batismo deve desesperar de sua salvação, por se achar envolvido numa multidão de pecados, ou até que quantidade de pecados deve confiar na benignidade de Deus, por meio da penitência?

14. Com que espécie de frutos se há de comprovar a verdadeira penitência?

15. Que significa a palavra: “Quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim?” (Mt 18,21). E quais os pecados que devo perdoar?

16. Por que é que às vezes a alma sem esforço sente compunção por um pesar espontâneo que dela de repente se apossa; e por vezes de tal modo não sente contrição que, mesmo fazendo-se violência, não pode se compungir?

17. Se alguém pensar em comer, depois censurar-se a si mesmo, deve ser acusado de ter sido inquieto?

18. Se deve um membro da comunidade que pecou, depois de muitos exercícios, receber um ofício. E se deve, qual?

19. Se incorrer em suspeita de pecado alguém que não o comete às claras, deve ser vigiado a fim de que se depreenda o que se suspeitou?

20. Se deve o que viveu no pecado fugir da companhia dos heterodoxos ou também evitar a dos que vivem mal

21. Donde vêm as divagações e as cogitações e como corrigi-las?

22. Donde provêm os sonhos indecorosos?

23. Que espécie de palavras torna ociosa uma conversa?

24. O que é a injúria?

25. O que é a detração?

26. Que merece quem fala mal de seu irmão ou escuta a um detrator e o tolera?

27. Como receberemos alguém que fale mal do superior?

28. Deve-se acreditar, quando alguém com palavras ousadas e tom insolente responder a outrem e, advertido, disser que nada de mal tem no coração?

29. Como pode alguém evitar a ira?

30. Como eliminaremos o vício da concupiscência má?

31. Se não é lícito, absolutamente, rir-se

32. Donde vem o torpor inoportuno e excessivo e como o repeliremos?

33. Como se descobre que alguém está procurando agradar aos homens?

34. Como fugir do vício de agradar aos homens e como menoscabar os louvores dos homens?

35. Como se conhecerá o soberbo e como ficará curado?

36. Se as honras devem ser ambicionadas

37. De que modo o preguiçoso em cumprir o mandamento poderá recuperar a diligência

38. Se um irmão receber uma ordem e contradisser, mas depois for espontaneamente

39. Se alguém obedecer murmurando

40. Se um irmão contrista a outro, como deve ser corrigido?

41. Se aquele que contristou se recusar a pedir desculpas

42. Se quem contristou pedir desculpas, mas o entristecido recusar reconciliar-se

43. Como atender àquele que nos desperta para a oração?

44. Que merece quem ficar de mau humor ou mesmo se irritar, ao ser despertado?

45. Se alguém, tendo ouvido do Senhor que: “O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu Senhor, não a fez, nada preparou e lhe desobedeceu, será açoitado com muitos golpes, e aquele que a ignorou e fez coisas repreensíveis será açoitado com poucos golpes” (Lc 12,47-48), negligencia, no entanto, conhecer a vontade do Senhor, terá ele alguma desculpa?

46. Se é réu de pecado quem permite a outrem pecar

47. Se convém calar diante dos que pecam

48. Como se define a avareza?

49. Que é agir com leviandade?

50. Se alguém rejeita vestes mais preciosas, mas quer para si coisa vulgar, um manto, ou um calçado que lhe fique bem, peca? Ou de que mal sofre?

51. Que é raca? (Mt 5,32)

52. O Apóstolo ora diz: “Não sejamos ávidos de vanglória”; ora: “sem servilismo, como para vos fazerdes bem vistos” (Ef 6,6). Quem é ávido da vanglória e quem é que busca o beneplácito dos homens?

53. Que é mancha da carne e nódoa do espírito e corno delas nos manteremos puros ou que é a santidade e como a alcançaremos?

54. Que é o egoísmo e como se conhecerá o egoísta?

55. Qual a diferença entre amargura, furor, ira e exasperação?

56. Tendo proferido o Senhor que: “Todo o que se exalta será humilhado” (Lc 18,44), e como preceituou o Apóstolo: “Não te ensoberbeças” (Em 11,20), e em outro lugar: “Arrogantes, soberbos, altivos” (2Tm 3,2), e de novo: “A caridade não se ensoberbece” (1Cor 13,4), quem é que se ensoberbece, quem o arrogante, quem o orgulhoso, quem o presunçoso, quem o inchado?

57. Se alguém tiver um vício incorrigível, depois de frequentemente repreendido, deve ser batido ou é preferível despedi-lo?

58. Se é condenado apenas quem mentiu conscientemente ou se também aquele que, por ignorância, afirmou absolutamente alguma coisa contra a verdade

59. Se alguém planejar uma coisa e não a fizer, será condenado como mentiroso?

60. Se alguém teve a ideia de fazer algo que desagradasse a Deus, e decidiu fazê-lo, será melhor desistir do mau propósito ou cometer pecado, por receio de se desmentir?

61. Se alguém não pode trabalhar, nem quer aprender os salmos, que fazer dele?

62. Que é preciso que alguém faça para ser condenado por ocultar o talento?

63. Que é preciso que alguém faça para ser condenado como os murmuradores contra os últimos?

64. Como Nosso Senhor Jesus Cristo disse: “Mas, se alguém fizer cair em pecado um destes pequenos, melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó de um moinho e o lançassem no fundo do mar” (Mt 18,6), que é escandalizar? E como nos acautelaremos a fim de não sofrermos esta horrível condenação?

65. Como alguém injustamente detém a verdade?

66. Que é emulação e que é rivalidade?

67. Que é imundície e que é impureza?

68. Que é próprio do furor ou da justa indignação? Como é que, frequentemente, começando pela indignação, encontramo-nos enfurecidos?

69. Como agir com aquele que não come menos que os outros, nem consta estar inválido ou doente, mas se queixa de falta de forças para o trabalho?

70. Como deve ser tratado o que faz mau uso das vestes e dos calçados; se for repreendido, suspeita-se haver em quem o repreende parcimônia ou murmuração. Que convém fazer-lhe, se, depois da segunda e terceira admoestação justa, continuar do mesmo modo?

71. Há alguns que procuraram mais o sabor dos alimentos do que a quantidade; outros, porém, mais a quantidade do que o sabor, a fim de se saciarem. Como proceder para com ambos?

72. Se alguém, ao tomar a refeição em comunidade, se comportar sem polidez, comendo e bebendo vorazmente, deve ser repreendido?

73. Como deve ser corrigido quem repreender um delinquente não pelo desejo de correção fraterna, mas com sentimento de vingança, se, muitas vezes admoestado, persistir no mesmo vício?

74. Devem ser separados dos demais os que se apartam da comunidade e querem viver uma vida solitária, ou seguir, na companhia de poucos, o mesmo escopo de piedade? Desejamos saber o que ensina a Escritura

75. Se convém dizer que Satanás é a causa de todos os pecados, por pensamentos, palavras e obras

76. Se é lícito mentir por utilidade

77. Que é dolo, e que é malignidade?

78. Quem é inventor de maldades?

79. Como corrigir alguém que é com frequência surpreendido a tratar com dureza um irmão?

80. Por que, de certo modo, faltam a nossa mente bons pensamentos e cuidados agradáveis a Deus, e como evitaremos isto?

81. Se devem de igual modo ser repreendidos os piedosos e os indiferentes, quando ambos forem surpreendidos no mesmo pecado

82. Está escrito: “As anciãs como a mães” (1Tm 5,2). Se acontecer que uma anciã cometa o mesmo pecado que uma jovem, devem sofrer igual castigo?

83. Se alguém, tendo praticado assiduamente o bem, cair uma vez, como o trataremos?

84. Se alguém, de modos turbulentos e agitados, for repreendido e disser que Deus faz a uns bons e a outros maus, falou a verdade?

85. Se convém ter algo de próprio na comunidade

86. Se alguém disser: Nada recebo da comunidade dos irmãos, nem dou, mas contento-me com o que é meu, como agir com ele?

87. Se é lícito a cada um dar a quem quiser o manto velho ou os sapatos, segundo o mandamento

88. Que é a solicitude desta vida?

89. Já que está escrito: “A riqueza de um homem é o resgate de sua vida” (Pr 13,8), nós que as não possuímos, o que faremos?

90. Se é lícito ter uma veste para a noite, quer de pelos, quer de outra espécie

91. Se a um irmão, que nada possui de próprio, for pedido aquilo que usa, o que fazer, principalmente se estiver nu o pedinte?

92. O Senhor ordenou vender as propriedades. Por que fazê-lo? Será porque os bens prejudicam por natureza, ou por causa da dispersão do espírito que deles costuma provir?

93. Com que espírito aquele que renunciou já a seus bens e prometeu nada ter de próprio, deve usar do necessário para viver, como a roupa e o alimento?

94. Se alguém, tendo impostos a pagar, entrar na comunidade, e seus parentes forem importunados pelos cobradores, há motivo de dúvida ou de prejuízo para ele, ou para os que o receberam?

95. Se convém aos recém-vindos aprender imediatamente as palavras das Escrituras

96. Se convém permitir a quem quiser aprender as letras ou entregar-se a leituras

97. Se alguém disser: Quero por pouco tempo aproveitar-me de vossa companhia, deve ser recebido?

98. Que atitude deve manter o superior quando ordena ou dispõe?

99. Com que disposição deve alguém repreender?

100. Como despediremos os mendigos de fora? Dar-lhes-á, quem o quiser, pão ou qualquer outra coisa? Ou deve haver um designado para tal fim?