Barsanufio Bibliografia

Barsanufio e João de Gaza — Bibliografia
Contribuição de Antonio Carneiro
Bibliografia :
em espanhol:

1.Historia de la literatura cristiana antigua griega y latina. II. Desde el concilio de Nicea hasta los comienzos de la Edad Media , Moreschini, Claudio; Norelli, Enrico; Biblioteca de Autores Cristianos, serie Maior (MA0086), 856 p.,978-84-7914-870-6 .

In: Capítulo XVIII. Ascesis y espiritualidad en el siglo V griego y en la primera mitad del VI
1. El monacato egipcio: el desierto de Escete en el siglo V
2. Los ascetas del desierto de Gaza: Isaías, Barsanufio, Juan, Doroteo

em francês:

Éditions Solesmes:

1.Barsanuphe et Jean de Gaza, correspondance, editions de Solesmes, Paris, 1993, traduit du grec par et géorgien par les moines de Solesmes, 574 p., ISBN : 2-85274-155-5.

2. Maîtres spirituels au désert de Gaza. Barsanuphe, Jean et et Dorothée, editions de l’ Abbaye de Solesmes, Sarthe, 1967, 267 p., textes choisis, traduits et présentés par Dom Lucien Regnault

3. Maîtres spirituels au désert de Gaza. Barsanuphe, Jean le Prophète et Dorothée, editions de Solesmes, Sarthe, 2eme édition 1976, 270 p., textes spirituels choisis, traduits et présentés par Dom Regnault, ISBN 2-85274-023-0

Textes choisis, traduits et présentés par Dom Lucien Regnault moine de Solesmes.

Entre os principais mestres da espiritualidade que ilustraram o Oriente cristão, os menos conhecidos no Ocidente são sem dúvida os dois monges Barsanufio e João, que viviam no século VI num monastério da região de gaza. Os dons excepcionais de sabedoria e de santidade lhes valeram uma influência e um deslumbramento consideráveis como padres espirituais em um grande número de monges e de leigos. Completamente enclausurados em suas células, não se comunicavam com seus dirigidos senão por escrito, e uma notável aparte desta correspondência foio conservada.

As cartas dos reclusos de Gaza se distinguem entre todas pelo seu caráter simples e familiar sem nada de artificial nem de convencional e guardam, à este título sobretudo, um valor documental de primeira ordem. Em nos introduzindo diretamente na intimidade das relações ente mestres e discípulos nos permitem tomar ao vivo a prática da direção.

Das cento e cinquenta cartas publicadas pela primeira vez em francês no presente volume, trinta e duas são dirigidas à Doroteo, o autor de notáveis instruções, a qual se encontrará igualmente aqui longos extratos, seguidos da Vida de Dositeo, outro testemunho não menos precioso da santidade e da doutrina dos monges de Gaza. O conjunto desses textos reflete uma espiritualidade singularmente equilibrada, de inspiração puramente evangélica, e os cristãos preocupados com a vida interior autêntica encontrarão aí “essa riquezas espirituais dos Padres orientais”, cuja frequentação regular é recomendada.

3. Maîtres spirituels au désert de Gaza. Barsanuphe, Jean le Prophète, Dorothée de Gaza, Dosithée, éditions de Solesmes, Paris, 2006, 310 p., ISBN : 2-85274-307-8

O que interessa aos homens de nosso tempo, o que querem, é encontrar o “ verdadeiro rosto” de seus ancestrais, descobrir-lhes “tais quais eles foram” e não tais quais imaginaram seus biógrafos.

Sem querer depreciar outras obras que tem também seu interesse próprio, cremos poder afirmar que os documentos publicados no presente volume são daqueles que tem ainda a melhor chance de agradar aos nossos contemporâneos pelo seu caráter simples, vivo e concreto. Isto se verifica não somente pelas Cartas ditadas pelos dois reclusos Barsanufio e João e pelas Instruções de Doroteo recolhidas por um ouvinte atento, mas também pelo relato concernente à Dositeo, o qual deu-se o título de Vida, que reúne algumas lembranças marcantes de Doroteo sobre o ilustre discípulo.

Então como poder-se-á sempre discutir a fidelidade com a qual um Cassiano nos reportou em suas Instituições e suas Conferências os usos e ensinamentos dos monges egípcios, o leitor de Barsanufio e de Doroteo não tem mesmo porque se colocar semelhante questão, tanto que se sente próximo desse meio monástico de Gaza no qual suas obras nos fizeram imediatamente penetrar. Descobre-se então uma real fraternidade que nos une à esses grandes cristãos de outrora.

Padres e irmãos em Cristo: tais apareceram em suas cartas os Anciãos de Gaza entre eles e cara-a-cara de seus discípulos, monjes ou não-monges, tais ficaram para nós hoje ainda após quatorze séculos.

Éditions du Cerf — collection Souces chrétiennes:

Barsanufio de Gaza (V-VI séculos)

A vida de Barsanufio, no século V e início do século VI, nos é mal conhecida. Eremita perto de um monastério da régião de Gaza, apelidado de « o Grande Ancião ». Consultado por todos os meios deixou uma importante correspondência, ligada à João de Gaza. Doroteo de Gaza e Dositeo contam entre seus discípulos.

1. Correspondance I, 1, Aux solitaires; Lettres 1 — 71, Barsanuphe de Gaza — Jean de Gaza, Éditions du Cerf, collection « Souces chrétiennes » n° 426, coéditeur : Solesmes, Paris, 1997, 356 p., texte critique, notes et index par François Neyt, O.S.B., moine du monastère S. André de Clerlande, professeur à l’Université catholique de Louvain et Paula de Angelis-Noah, docteur ès lettres. Traduction par Lucien Regnault, O.S.B., moine de l’abbaye de Solesmes.ISBN: 2-204-05918-8.

2. Correspondance I, 2, Aux solitaires; Lettres 72 — 223, Barsanuphe de Gaza — Jean de Gaza, Éditions du Cerf, collection « Souces chrétiennes » n° 427, coéditeur : Solesmes, Paris, 1998, 384 p., texte critique, notes et index par François Neyt, O.S.B., moine du monastère S. André de Clerlande, professeur à l’Université catholique de Louvain et Paula de Angelis-Noah, docteur ès lettres. Traduction par Lucien Regnault, O.S.B., moine de l’abbaye de Solesmes.ISBN: 2-204-06015-1.

3. Correspondance II, 1, Aux cénobites; Lettres 224 — 398, Barsanuphe de Gaza — Jean de Gaza, Éditions du Cerf, collection « Souces chrétiennes » n° 450, coéditeur : Solesmes, Paris, 2000, 488 p., texte critique, notes et index par François Neyt, O.S.B., moine du monastère S. André de Clerlande et Paula de Angelis-Noah, docteur ès lettres. Traduction par Lucien Regnault, O.S.B., moine de l’abbaye de Solesmes.ISBN: 2-204-06489-0.

O volume II da « Correspondência » de Barsanufio e João de Gaza se dirige principalmente aos cenobitas que escolheram se retirar para o monastério de Séridos, em Thavatha, prerto de Gaza na Palestine.

As « Questões e as Respostas » desse primeiro tomo, compreendendo as Cartas 224-398 fazem-nos descobrir a vida quotidiana desses monges : as edificações onde se alojavam, o local onde oravam, o refeitório, a enfermaria, o lugar onde se acolhiam os hóspedes e as mulheres piedosas; suas atividades em suas células e em comum: trabalho manual (carpintaria, poteria, cozinha, enfermagem, biblioteca, etc.) e recolhimento espiritual (orações pessoais, leitura de Salmos, das « Vidas e Palavras dos Padres » e de outras obras patrísticas). Temos também indicações sobre a liturgia, sobre a importância concordada aos sacramentos, às celebrações, aos ofícios e aos Salmos.

Um grupo importante de cartas se dirige ao jovem Doroteo de Gaza, que, após a morte dos dois Grandes Anciãos cerca de 550, fundaria ele também um monastério e escreveria para seus discípulos as célebres « Didascalias ».

Colaborações : Paula de Angelis-Noah — François Neyt — Lucien Regnault

4. Correspondance II, 2, Aux cénobites; Lettres 399 — 616, Barsanuphe de Gaza — Jean de Gaza, Éditions du Cerf, collection « Souces chrétiennes » n° 451, coéditeur : Solesmes, Paris, 2001, 568 p., texte critique, notes et index par François Neyt, O.S.B., moine du monastère S. André de Clerlande et Paula de Angelis-Noah, docteur ès lettres. Traduction par Lucien Regnault, O.S.B., moine de l’abbaye de Solesmes.ISBN:2-204-06490-4.

As cartas 399 à 616, que constituem este volume da Correspondência de Barsanufio e João de Gaza, são questões colocadas principalmente pelos monges que vivem à Thavatha, perto de Gaza. Elas fazem estado de modificações importantes na vida do monastério : morte do abade, eleição de seu sucessor. João o Profeta retarda seu fim para responder à suas questões sobre o governo da comunidade ; após a morte de João, Barsanufio se fecha definitivamente no silêncio. Os dois anciãos aconselhavam praticar a obediência, a humildade e a oração. Entre as citações patrísticas, os Padres do deserto ocupam um lugar central. Numerosos exemplos são tirados também das « Vidas dos Padres », escritos isaíanos e das « Kephalaia » de Evagrio, que fazem entrar nas querelas cristológicas do século VI na Palestina.

Colaborações : Paula de Angelis-Noah — François Neyt — Lucien Regnault

5. Correspondance III, Aux laïcs et aux évêques; Lettres 617 — 848, Barsanuphe de Gaza — Jean de Gaza, Éditions du Cerf, collection « Souces chrétiennes » n° 468, coéditeur : Solesmes, Paris, 2002, 374 p., intoduction, texte critique, notes et index par François Neyt, O.S.B., moine du monastère S. André de Clerlande et Paula de Angelis-Noah, docteur ès lettres. Traduction par Lucien Regnault, O.S.B., moine de l’abbaye de Solesmes.ISBN:2-204-06853-5.

Esta correspondência revela as preocupações tanto dos cristãos, quanto dos personagens importantes, pagãos, judeus, heréticos monofisitas, nestorianos ou ainda adeptos de Evagrio. Os bispos dos campos circunvizinhos, ou ainda de Gaza, a metropolitana de Cesareia e mesmo o patriarca de Jerusalém colocam volta a volta questões sobre os candidatos aos diferentes ministérios, sobre o modo de conduzir a Igreja face aos heréticos, em particular face aos maniqueus que se fazem batizar para escapar das perseguições. Essas cartas são uma mina de ensinamentos, para o estudo das mentalidades e da história no século VI.

A seguir recensão em francês pelo ICT, Institut Catholique Toulouse, Octobre-Decembre de 2007:

http://www.ict-toulouse.fr/ble/site/783.html

Partiellement éditée par D. J. Chitty dans la Patrologia orientalis dès 1966, intégralement traduite par L. Régnault en 1971, la correspondance de Jean et Barsanuphe était en attente d’une édition critique et complète. Il aura fallu de longues années à F. Neyt et P. deAngelis-Noah pour achever ce grand projet, mais le résultat en valait la peine. Les 132 lettres de ce cinquième volume concluent donc la série amorcée en 1997 dans la collection “Sources chrétiennes”.

Les précédents volumes, déjà recensés dans cette revue, concernaient les échanges des deux Anciens (mot qui serait, nous semble-t-il, préférable à “vieillard” pour traduire gerôn) avec les moines solitaires, puis avec les moines cénobites. Ils traitaient essentiellement de la vie spirituelle et du discernement des pensées. Le présent volume nous tourne vers des problèmes plus concrets, soit de type séculier (les biens matériels, la maladie, les affaires, les procès…), soit d’ordre ecclésiastique (la liturgie, l’administration du diocèse, les rapports avec le pouvoir impérial ou avec les hérétiques). Mais à quelque question que ce soit, la réponse est donnée avec la même sagesse et la même attention. En quelques lignes ou parfois en une phrase, Jean, auteur de la plupart des lettres, éclaire son interlocuteur et dénoue les situations les plus épineuses.

La lecture de ces pages nous instruit, d’abord, sur la vie de l’Église de Palestine au VIe siècle, à travers maints détails sur les règles de l’aumône ou de l’hospitalité, la persistance des rites païens et de la magie, les critères de l’ordination, le rôle des chorévêques, et bien d’autres indications historiques. Mais elle nous édifie surtout par la douceur “non-violente” des conseils donnés. À l’égard des hérétiques ou supposés tels (ainsi dans l’affaire des Trois chapitres, cf. p. 145), aucune prise de parti, mais la prudence et la bienveillance sont recommandées. Face aux méchants de toutes sortes, une seule règle : “On ne corrige pas par le mal, mais par le bien” (p. 91). Dans le combat intérieur lui-même, modestie et persévérance sont préférées aux à-coups sans discernement. “Chacun fait ce qui est à sa mesure” (p. 39) ; “Faire plus qu’on ne peut, […] cela porte ensuite au trouble, à l’acédie et au murmure” (p. 45).

L’Église n’a pas toujours tenu compte de ces sages avis : l’intransigeance dogmatique, le rigorisme disciplinaire ou ascétique ont parfois dévoyé le christianisme, l’éloignant de ses sources évangéliques en ce qu’elles ont de plus apaisant. Du fond de leur désert, la voix de deux grands solitaires nous ramène vers cette oasis.

Patrologia orientalis :

Volume 31. 1966. 616 p.
III. Barsanuphius and John, questions and answer / critical edition of the Greek text with English translation by Derwas James Chitty

Outras Editoras:

Et le désert devint une cité : une introduction à l’étude du monachisme égyptien et palestinien dans l’Empire chrétien, Derwas James Chitty et autres contributions de Monastère Saint-Jean l’Évangéliste, Éd. Bellefontaine, collection Spiritualité orientale n° 31, 1997, ISBN : 978-2-85589-031-9

Em inglês:

The Desert a City, an introduction to the study of Egyptian and Palestian Monasticism under the Christian Empire , reverend Derwas James Chitty , St. Vladimi’s Seminary Press,1977 [1997, new edition], 222 p., ISBN 10: 0913836451. Written in english.

This study of early Christian monasticism by Derwas Chitty has already proved to be a classic. No other account of this vital period in the history of the monastic movement equals it for detailed scholarship combined with vivid and dynamic writing. Dr. Chitty, one of the major scholars in this period, deals with the golden age of Egyptian monasticism and describes the three founders of the movement, Anastasius, Anthony and Pachomius. He follows the development of monastic life in all its forms in Egypt to the end of the fourth century, when the center shifted to Palestine; the following chapters are devoted to accounts of the great ascetics of Palestine. The controversies surrounding the monastic movement are examined in their political and ecclesiastical aspects and the book concludes with an account of the monastic history of Mount Sinai. This book contains a wealth of material indispensable to any serious student of monasticism; it is also a book which will bring alive for any reader the great questions underlying monasticism in any age. As Dr. Chitty writes in his prologue, ‘This making a City of the Wilderness was no mere flight…it was rooted in a stark realism of faith in God and acceptance of the battle which is not against flesh and blood… Has it not its challenge for today?’

In: 8. EARLY MONASTICISM IN CAPPADOCIA, PALESTINE & SYRIA

http://moses.creighton.edu/harmless/bibliographies_for_theology/Patristics_7.htm

Texts & Translations:

1.Barsanuphius and John, Letters, 2 vol., Fathers of the Church 113-114, trans. John Chryssavgis (Washington, DC: Catholic University of America Press, 2006-2007).

This is the first complete English translation of a sprawling correspondence, nearly 850 letters, of two sixth-century leaders of Palestinian monasticism, Barsanuphius and John of Gaza. The two — referred to as “the Great Old Man” and “the Other Old Man” — lived as enclosed hermits in Gaza and, from their dark cells, directed a monastic community. The two hermits met the wider world via an intermediary, Abba Seridos, who passed on brief notes written in response to questions of inquirers. The back-and-forth of question-and-answer is so detailed that one can literally chart the spiritual ups-and-downs of ancient directees and glimpse how ancient masters practiced the art of spiritual direction.

2. John Chryssavgis, trans., Letters from the Desert: A Selection of Questions and Responses, Popular Patristics Series (Crestwood, NY: St. Vladimir’s Seminary Press, 2003). A selection of the letters of Barsanuphius and John of Gaza.

Studies:

3. Jennifer L. Hevelone-Harper, Disciples of the Desert: Monks, Laity, and Spiritual Authority in Sixth-Century Gaza (Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2005). The first book-length study in English of the remarkable letters written by Barsanuphius and John of Gaza. The 800- surviving letters allow us to see how two ancient masters practiced the fine art of spiritual direction.