No que diz respeito à confusão panteísta de Deus com a criação, seria, é claro, uma afirmação totalmente falsa, contrária a toda religião, sustentar que Deus (Espírito do Mundo, como Hegel o chama… contrariamente ao uso das escrituras) adquire conteúdo apenas por meio das criaturas, e que Aquele que determina todas as coisas primeiro encontra sua própria determinação e realização por meio de seu ato de criação — em outras palavras, que Deus alcança a realidade apenas a partir de algo que não é Deus, mas que se transforma no Deus real… Por fim, não seria menos errôneo não reconhecer a produção livre e, por assim dizer, artística do ser criado como a da semelhança e da imagem (que, portanto, não deve ser confundida com o original): ou seja, como poesia, como invenção e como livre projeção do amor criativo… (1,396)