João Crisóstomo — Excertos "Da incompreensibilidade da natureza de Deus"
Pressons l'hérétique dans ses derniers retranchements, et ne le laissons point partir sans le convaincre. Demandons-lui ce que veut dire saint Paul par ces mots : Ce que nous avons maintenant de science et de prophétie est très-imparfait. Il ne parle pas, dira-t-il, de l'essence de Dieu, mais de ses desseins. S'il parle des desseins de Dieu, notre victoire sera beaucoup plus complète; car si les desseins de Dieu sont incompréhensibles, à plus forte raison l'est-il lui-même. Mais, pour preuve que l'Apôtre ne parle pas ici des desseins de Dieu, mais de Dieu lui-même, écoutons la suite du passage. Après avoir dit : Ce que nous avons maintenant de science et de prophétie est très-imparfait, il ajoute : Je ne connais maintenant Dieu qu'imparfaitement et en partie ; mais alors je le connaîtrai, comme je suis moi-même connu. (I Cor. XIII, 9 et 12.) — De qui connu? est-ce de Dieu ou de ses desseins? c'est de Dieu, sans doute : c'est donc Dieu qu'il ne connaît qu'imparfaitement et en partie. Quand il dit en partie, ce n'est pas qu'il connaisse une partie de l'essence divine et qu'il ignore l'autre; car Dieu est un être simple mais voici le développement de sa pensée. S'il sait que Dieu existe, il ignore quelle est son essence; s'il sait qu'il est sage, il ignore quelle est l'étendue de sa sagesse ; s'il n'ignore point qu'il est grand, il ne tonnait point les limites de sa grandeur; s'il sait qu'il est partout, il ne sait pas comment il remplit tout de sa présence; s'il sait que sa providence s'étend sur tout et gouverne tout dans le plus grand détail, il ignore de quelle manière; voilà pourquoi il a dit: Ce que nous avons maintenant de science et de prophétie est très-imparfait. Première Homélie. 5.
Pressionemos o herético nas suas últimas trincheiras, e não o deixemos partir sem o convencer. Perguntemo-lhe o que quis dizer São Paulo com essas palavras: O que temos agora de ciência e profecia é muito imperfeito. Ele não fala, dir-se-á, da essência de Deus, mas de suas desígnios. Se ele fala dos desígnios de Deus, nossa vitória será muito mais completa; pois se os desígnios de Deus são incompreensíveis, com mais forte razão o é Ele mesmo. Mas, para provar que o Apóstolo não fala aqui de desígnios de Deus, mas, de Deus Ele mesmo, escutemos a continuação da passagem. Após ter dito: O que temos agora de ciência e profecia é muito imperfeito, acrescenta: Não conheço agora Deus senão imperfeitamente e em parte; mas, então, eu o conhecerei, como sou eu-mesmo conhecido. (I Cor. XIII, 9 e 12) — Conhecido de quem? de Deus ou de desígnios ? De Deus, sem dúvida: é então Deus que ele conhece só imperfeitamente e em parte. Quando ele diz em parte, não é que conheça uma parte da essência divina e ignora a outra; pois, Deus é um ser simples, mas, eis aqui o desenvolvimento de seu pensamento. Se ele sabe que Deus existe, ele ignora qual é sua essência; se ele sabe que é sábio, ele ignora qual é a extensão de sua sabedoria; se ele não ignora que é grande, ele não tem ideia dos limites de sua grandeza, se sabe que está em todo lugar, não sabe como preencher tudo com sua presença; se sabe que sua providência se estende sobre tudo e governa tudo nos mínimos detalhes, ignora de qual maneira; eis aí porque disse: O que temos agora de ciência e profecia é muito imperfeito. Primeira Homilia. 5.
Mas, deixando o Apóstolo e os profetas , transportemo-nos, se quiser, aos céus, e vejamos se lá estão mesmo os seres que conhecem a essência divina. Quando aí teria semelhantes seres, eles não teriam nada em comum conosco, visto a grande distância que se encontra entre os anjos e os homens; mas, para vos instruir a mais, para vos ensinar que mesmo no céu não existe poder criado que conheça Deus perfeitamente, escutemos os anjos eles-mesmo. Falam entre eles e dissertam sobre a essência do Altíssimo? Absolutamente não. Que fazem então? Penetrados por temor e respeito o glorificam, o adoram, lhe dirigem continuamente hinos triunfantes e cantos místicos. Dizendo em uma só voz: Glória à Deus no mais alto dos céus! (Luc. II, 14.) Os Serafins clamam: Santo, santo, santo! (Is. VI, 3) eles cobrem o rosto, e não podem sequer sustentar o os olhares de um Deus que tempera sua glória. Os querubins fazem ressoar essas palavras: Bendito seja a glória do Senhor, do lugar onde reside! (Ezéch. III, 12.) Não é que Deus, tenha um lugar marcado: não, sem dúvida; mas, é por emprega uma linguagem humana; é como se disséssemos: em algum lugar que exista, ou de qualquer maneira que exista; se é de fato permitido ao homem de se servir dessas expressões humanas para falar de Deus. Vêde que temor, e que respeito o céu tem pelo soberano Ser, e quão pouco a terra o teme e o respeita. Os anjos o glorificam, os homens querem escrutar sua natureza; os anjos o abençoam, os homens afirmam conhecê-lo; os anjos cobrem o rosto em sua presença, os homens sem nenhum pudor ousam dirigir sua visão para sua glória inefável. Quem não iria gemer, quem não se lamentaria vendo uma tal loucura, uma tal extravagância? Primeira Homilia 6