Ioan Couliano: Excertos de PSYCHANODIA [ICEE] (trad. Antonio Carneiro)
Encontramos Samael no texto etíope e na recensão latina fragmentária da Ascensão de Isaías (século I). Em uma série de testemunhos judaicos que não chegam à uma época anterior ao século III — Bereshîth rabbah, Tanhuma, 3 Enoque, etc. —, Samael é o anjo de Edom. Segundo uma tradição, o mesmo nome é atribuído ao anjo da morte que, do tempo de R. Eliézer b. R. José Haggelili (c. 150), tinha o título de kosmokrator. Na consciência dos letrados judeus do fim dos Tanaítas, esse Samael era decididamente a figura mais antipática de todo exército angélico. Isto é também provado por uma tentativa de fazer derivar seu nome de sam’el, « veneno de Deus ».